Sonhos e Realidades escrita por Ayumi Feitoza


Capítulo 18
Capítulo 17 - Na Toca do Lobo


Notas iniciais do capítulo

Olá, como estão? Eu não sei o quanto pretendo levar essa história, pois tudo depende de vocês. Quero saber se estão gostando, ou se estão odiando. Então comentem! Me façam feliz rsrsrsrs.
Bora com mais um capítulo.
Boa leitura!



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A partir desse momento, eu estaria arriscando tudo. Eu precisava tirar à prova, se tudo o que estaria acontecendo era realmente verdade. Eu conhecia o Cebola, desde quando éramos pequenos. Mesmo assim, parecia que eu nunca o tinha conhecido. Ele estava completamente diferente, até de quando morava no Limoeiro. Ou era simplesmente tudo mentira. Será que ele foi capaz de construir tudo aquilo, os amigos, a família, a namorada... Pra no final, sua ganância vencer?

Eu ainda não queria acreditar... Meu coração já não pertencia a ele, mas ele ainda vacila quando a gente se encontra. O que eu sinto pelo Cebola, não acaba assim de uma hora para outra, mas se ele for mesmo essa pessoa que não quero acreditar que seja, eu não poderei salvá-lo.

E ainda tem a Penha... Eu também a conhecia à tanto tempo... Não tão bem a ponto de acreditar em tudo o que ela diz. Mas... Aquele olhar de súplica... Aquilo de algum modo me incomodou. Penha a ``Temida´´, como era conhecida, não parecia ser a mesma garota que usava o olhar de desprezo para intimidar todo mundo.

Ha, como eu estava cansada. Até que tudo estivesse terminado, eu não poderia pensar em descanso. DC estava comigo, apesar de ele ter ``omitido´´ certas informações, eu não estava brava. De algum modo, ele soube me contornar. Ha esse garoto, um dia eu dou o troco.

Já estávamos a tempos em casa, mas o clima ainda estava tenso. Parecia que de hoje até amanhã, ainda iria de piorar. Não tinha visto Penha a tarde toda, e Sabrina tinha saído. Seria um bom momento para colocar meu plano em prática.

— DC. - Chamei-o. - Já está na hora. - Teremos dez minutos. Assim, você sabe o que fazer, certo?

— Bom, eu sei o que você vai fazer, mas me prometa que não vai se machucar, ok? - Ele me olhava com atenção.

— OK. Mas, eu sou a ``Mônica´´. E você sabe que a Mônica sabe se defender. - Dei uma piscadela para ele.

— Sim, mas essa ``Mônica´´, tem um ponto fraco.

— Qual? - Provoquei-o

DC apontou seu dedo para o meu coração.

— Tome cuidado. Eu estarei lá daqui a dez minutos. - Ele me deu um beijo na testa.

Saí do quarto sabendo exatamente o que iria fazer. Eu precisava pensar sempre à frente do Cebola. Se eu falhasse agora, tudo estaria perdido. Cheguei em frente à porta e bati três vezes.

A porta se abriu, revelando um Cebola com uma expressão calma e gentil. Ele estava usando terno, desde quando cheguei a esta casa, não havia visto Cebola vestir outra coisa. Ele realmente tinha mudado, se foi para melhor, eu duvidava muito.

— Oi. - Eu disse, me dizendo para manter a calma mentalmente.

— Precisa de alguma coisa? - Ele estava sinistramente calmo, mas ao mesmo tempo, existia uma tensão ali.

— Eu... Eu preciso conversar com você. Urgente. - Abri mais a porta, passando por ele. Senti seu olhar desconfiado, mas ele parecia acreditar nas minhas palavras firmes.

Ele fechou a porta atrás de mim. Dessa vez, não me deixei abalar pelo clima.

— Sente-se. - Ele apontou para o sofá que estava perto do ``arsenal´´ de câmeras.

Me sentei, esperando ele fazer o mesmo. Ele se sentou à minha frente, cruzando as pernas. Ele abriu um sorriso para mim.

— Que bom que quer conversar, faz tanto tempo, eu achei que estivesse com raiva de mim para fazer isso. - Cebola estava jogando comigo, precisava tomar cuidado.

— É que... Aconteceram tantas coisas, não é mesmo? - Devolvi seu sorriso.

Ele não comentou nada, apenas continuou me olhando.

— Cê... - Tentei usar a mesma voz que eu fazia, quando namorávamos. - Eu estava confusa... Sobre você, DC... Tudo. Eu sei que o que você fez, foi para me proteger, mas naquela hora, eu não conseguia entender... - Dei uma pausa, esperando ver sua reação. - Quando soube que você queria se casar amanhã, eu entrei em desespero. Percebi que isso estava errado. Você não pode me deixar. - Disse essas últimas palavras com firmeza.

— Então, você entende a situação, Mônica? Estou fazendo isso por você, por tudo o que a Penha fez pra gente. É a nossa vingança. Me casando com ela, eu finalmente terei tudo. Terei tirado tudo dela, como ela fez conosco. - A palavra ``vingança´´ me atravessou como facas no meu estômago. Tentei disfarçar a ânsia. Ele estava completamente louco.

— Eu te amo. Logo isso estará acabado. Depois de seis meses, eu poderei me separar dela e tudo será nosso. Logo, poderemos voltar para o Limoeiro e... - Ele parou no meio da frase. - Não... Vamos para outro lugar. O Limoeiro está cheio de ``gente´´ que nos fazem sofrer. Vamos para um lugar novo, em que poderemos viver nossas vidas calmamente. - Ele se levantou, pegando uma mecha de meu cabelo. Minha mente estava tentando entender suas palavras. As pessoas que ele estava querendo dizer seriam quem?

— Cê. Eu quero te ajudar com isso. Vamos resolver essa situação juntos. - Sorri para ele novamente.

— Como eu queria tanto ouvir isso de você... Você me assustou Mô. Achava que você fosse me odiar para sempre, que não me entendesse... Obrigado por estar comigo... - Ele aproximou seu rosto do meu, me fazendo recuar involuntariamente. Fique pensando no que ele faria se eu não estivesse com ele. Claro que não estou com ele de verdade, mas isso me dava calafrios.

— O que foi? - Ele perguntou, seu rosto estava sério.

— Hã... Há, eu tenho que resolver uma coisa antes. - Me levantei rapidamente do sofá.

— O que é? - Ele perguntou, enquanto me via indo em direção à porta.

—  Tem uma pessoa que não pode ficar entre nós. - Fiz minha voz soar mais fria possível. Não olhei para o Cebola, mas tive a impressão de sentir ele sorrindo.

Abri a porta e vi DC vindo em nossa direção. Meu coração começou a palpitar fortemente, eu não poderia falhar agora. DC olhou discretamente para mim, curvando sua boca num meio sorriso. Ele sabia que o que eu fosse fazer agora, ele estaria preparado.

DC parou na nossa frente, sua expressão ficou séria. Ele pegou meu braço com força, me fazendo gemer de dor.

— Aí. O que está fazendo? - Falei brava, e eu estava brava mesmo por ele ter usado tanta força.

— O que VOCÊ está fazendo? Por que está aqui com ele? - Seu olhar demonstrava uma diversão que somente eu poderia perceber.

Soltei-me dele bruscamente, fazendo-o cambalear para trás.

— Eu estou com ele por vontade própria! - Cebola continuava em silêncio, apenas colocou seu braço envolta da minha cintura.

— Mônica... Porquê? O que eu te fiz? Eu te amo Mônica, é comigo que você tem que ficar. - Seu olhar entristeceu um pouco. Esse cara sabia atuar melhor que eu puta que o pariu!

— Por quê DC? Porque eu amo o Cebola, você sempre soube. Mas você sempre estava lá, tentando tirar isso de mim, se aproveitando disso. - Mesmo sabendo que tudo que estávamos fazendo era combinado, as lágrimas começaram a rolar do meu rosto. - Eu nunca... Vou te amar!

Um silêncio gritante surgiu. Apenas nossas respirações irregulares dava para ouvir. DC baixou a cabeça e minhas lágrimas rolavam sem parar. Cebola apertou de leve minha cintura.

— Então é isso? - DC murmurou. - Bem... O que eu posso fazer? - Ele olhou pra mim e de certa forma, ele parecia abalado. Acho que tudo isso está sendo demais para nós, era arriscado demais, mas era necessário.

Era a hora do ápice. Me virei para o Cebola, que parecia surpreso e o beijei. DC continuou parado ali, e fiquei com mais raiva por saber que ele ficou ali para assistir essa cena.

Cebola se afastou, me olhando nos olhos. Eu não pisquei. Ele olhou para o DC e tentou disfarçar um sorriso maldoso.

— Eu havia te avisado, mas você não quis me ouvir. Bom, está aí a sua tormenta. - Cebola caminhou em direção ao DC, parando bem em sua frente.

— Da próxima vez que você chegar perto dela, eu te mato com minhas próprias mãos.

Um medo irracional subiu a minha espinha. As palavras que ele acabou de proferir, me fizeram vacilar um pouco. Não havia tom de brincadeira na sua voz.

— Cê... Vamos. - Eu o chamei.

Cebola deu as costas para DC, tocando no meu braço gentilmente. Ele entrou no quarto e eu me preparei para fechar a porta. Foi como câmera lenta, olhei uma última vez para DC, que me olhava fixamente nos olhos. Ele abriu a boca, murmurando uma frase que eu mais queria ouvir naquele momento.

`` Eu te amo Mônica´´

 Fechei a porta, respirando bem fundo. Olhei para o relógio de pulso, marcando 18:30 PM.

Eu teria exatamente vinte e duas horas para fazer meu plano dar certo.

 

 


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Notas finais do capítulo

Olá. Gostaram do capítulo? Deixem seus comentários :D
Até a próxima.
Sayonará.



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