Kian, a assassina escrita por Shanon


Capítulo 21
Capítulo 19 - Insanidade


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta, pessoal! Dessa vez, com mais um capítulo emotivo, embora esse seja do ponto de vista de nosso querido segundo personagem principal, Nikarel (não me digam que vocês pensavam que ele era coadjuvante). Bem, vamos ao relatório.

O capítulo não ficou muito grande, mas resolvi inovar fazendo capítulos com mais de 1.000 palavras a partir do 15º (acho que é esse mesmo). Pode ser que, com o tempo, eu comece a escrever capítulos maiores, mas eu ainda não sei ao certo. Por enquanto, vou manter esse padrão.

Vou fazer uma pequena alteração no capítulo anterior (18), devido ao fato de que ele não se passa com Kian em Kyrista, e sim ela na vida real (Ishida Yuuki). Isso não irá mudar nada no resto do capítulo, mas é bom que compreendam isso para entenderem toda a situação.

Não sei se notaram, mas eu refiz a capa e alterei algumas coisas na história! Não vou mudar os primeiros capítulos, embora já tenha reescrito eles, tornando-os maiores. Digam o que acharam das capas nos reviews!

Por fim, escrevi o capítulo escutando Blame (Calvin Harris) e Fun (Coldplay). A última, em especial, tem um tom de separação, e era isso mesmo que eu queria incitar nesse capítulo.

Acho que esse freetalk tá um pouquinho formal demais, né? Bora zuar? Beleza então. Para falar a verdade, esse tempo todo eu queria dizer que... Sei lá... Essa bodega tá precisando ser esclarecida. Todos sabemos que, nessa história, a Kian é a dark-gótica-das-trevas-antissocial e psicopata da bodega loka, mas o Nikarel também não é santinho. Vocês vão entender isso quando lerem o capítulo.

Não vou mais enrolar vocês, então boa leitura! ♥



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POV NIKAREL/ KINOSHITA SORA – FORA DE KYRISTA

Não consigo dormir. Mantenho-me acordado desde a última vez que vi Kian, ou seja, faz... Três? Quatro dias? Não sei, já perdi a conta. Tenho estado no meu quarto, parado, olhando para o teto. Minha mãe me diz que estou horrível, mas não a escuto. Aki, minha irmã gêmea, tenta me animar, mas seus esforços têm sido em vão. Sou um viciado em estado de abstinência – minha droga é Kian. Ela me acalma enquanto me deixa constantemente extasiado. Sou um louco por pensar assim, mas sou ainda mais por amar alguém que eu nunca vi pessoalmente. Sou louco por ela, minha razão de viver. Isso, eu vivo para amá-la, e se fico longe dela, perco meus motivos para continuar existindo.

Se perdi meus motivos para viver, então por que ainda respiro?

Parei imediatamente de respirar. Faria tudo para aliviar meu sofrimento, embora isso pareça meio... Narcisista. Enquanto aguardava minha morte chegar, enquanto a sentia ao meu lado, pensei nela novamente. Queria morrer feliz, não assim, mas nem tudo é como queremos que seja. Nem tudo é como planejamos, e eu planejei viver uma vida inteira junto a ela, meu amor, meu destino...

Eu sei que está acabado, mesmo antes dela ter falado...

Mas nós não nos divertimos?

Os doces momentos que passei com ela... Tudo voltou à minha cabeça. Sim, nós nos divertimos, e muito – o pôr do sol, eu torcendo por ela naquele torneio (embora essa seja uma das causas do meu sofrimento, a vaga lembrança do sorriso dela naquele dia me alivia), até mesmo o dia em que eu acabei vendo ela coberta só com uma toalha (devo admitir que aquilo foi engraçado) -, mas eu não quero mais sofrer... Eu sou fraco demais, não aguento isso.

“Seu idiota! Você quer viver e poder aproveitar o melhor da vida ou vai se matar pensando que isso foi por amor que nem em Romeu e Julieta!?”

Subitamente, escuto a voz de Kian ecoando na minha cabeça. Volto a respirar e, por pouco, não morri, para minha decepção. Mas que merda! Se você não vai me ajudar, então ao menos não atrapalhe! Sinto o ar indo e voltando dos meus pulmões, acompanhado de uma leve tontura.  Mais alguns segundos e eu teria desmaiado. Em pouco tempo, já não estaria mais vivo.

Levanto-me e olho pelo espelho. Céus, Sora, olhe seu estado! Parece mais um mendigo moribundo do que um... Sei lá... Um idiota apaixonado. Só que o idiota em questão está sofrendo, e muito, com a falta de sua raposinha. Eu poderia simplesmente ir ao chat dela e pedir seu endereço, mas e se ela não morar perto? E, mesmo assim, ela não fica online desde o maldito dia em que desapareceu de meu campo de visão. Isso complica demasiadamente as coisas.

Vamos lá, Kinoshita Sora, se vai fazer isso mesmo, faça logo.

Andei em direção ao banheiro de meu quarto, tampei o ralo da banheira e abri a torneira. Bem, se eu ia morrer afogado, podia ao menos deixar um bilhete de despedida. Peguei um caderno, uma caneta e comecei a escrever uma carta.

“Cara família,

A início de conversa, isso não foi um acidente. Sim, eu morri conscientemente, por incrível que pareça. Mas antes que comecem a chorar, vou contar uma história para vocês.

Era uma vez um espadachim. Ele não era forte nem fraco, não tinha habilidades especiais nem atrativos que o fizessem popular e muito querido. Ele só era um cara normal entre vários outros caras normais. Um dia, ele conheceu uma bela menina que, embora todos dissessem que ela era o mal encarnado, ele conseguia enxergar bondade nela. Eles passaram um bom tempo juntos – como amigos, é claro, embora os dois quisessem ser algo um pouco além disso. Porém alguns eventos fizeram eles se separarem, deixando um enorme vazio no coração do espadachim.”

Isso. Era exatamente essa a palavra: vazio. Eu me sentia vazio sem ela, uma casca, um exoesqueleto abandonado após uma muda. Esse buraco em mim me consumia, me destruía, sugava minha vontade de viver.

Tudo isso porque fui fraco. Não pude impedi-la... Se eu fosse mais forte que ela, poderia protegê-la, não o contrário! Se eu não fosse tão fraco, não teria dependido dela tantas vezes, não teria quase morrido também outras vezes... Eu sou patético. Não consigo proteger nem mesmo a pessoa mais importante para mim...

Então pensei que seria bom provar para todos que eu sou mais forte do que aparento ser antes de me matar. Pelo menos eu seria lembrado por fazer algo inesperado.

“Não se afogue, por favor! Eu te imploro... Se você ainda me ama, não faça isso consigo mesmo!”

Claro que eu te amo, Kian. E é justamente por isso que vou cometer suicídio. Mesmo que eu não me afogue, existem várias maneiras para fazer a mesma coisa. Por exemplo, uma faca. Eu poderia cortar meus pulsos, atravessar meu coração com ela... Com um simples objeto de cozinha.

Continuei a escrever minha carta. Ainda não tinha acabado, e a banheira não estava cheia nem na metade.

“Então, o espadachim pensou: ‘estou sozinho de novo, sem amigos e sem a menina que despertou em mim esse sentimento tão lindo, porém perigoso que é o amor. O que fazer?’. Ele pensou muito até que simplesmente se cansou de sofrer tanto e resolveu extinguir sua própria existência se afogando em um lago.

Acho que vocês já notaram que o espadachim era eu, né?

—Sora”

Após escrever a carta, dobrei-a e coloquei em cima da cama. Ela estava um tanto bagunçada, então a arrumei. Eu podia pelo menos deixar o quarto organizado antes de morrer, talvez para dar menos trabalho a quem ficasse. Enfim, coloquei meu console e liguei-o.

Start connection!

Estando na pele de Nikarel, vi como a casa parecia abandonada sem Kian. Como queria ser rápido para enfim aliviar meu sofrimento, corri o mais rápido que pude até Deathbones, o monstro mais poderoso de Kyrista.

Tente me salvar agora, Kian. Estou prestes a desafiar um oponente infinitamente mais forte que eu e não há nada que você possa fazer para impedir isso, a não ser que você dê um jeito de simplesmente aparecer na minha frente agora. Como isso é tecnicamente impossível, avanço um passo sem hesitar. Um.

“É isso mesmo o que você quer?”

Sim. Eu quero... E agora. Dois.

"Cuidado com o que deseja."

Três.

Repentinamente, sou abraçado por trás e acabo dando um passo a mais, entrando assim na sala do monstro.


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Notas finais do capítulo

É isso, pessoal! Digam o que acharam, comentem e tal! Obrigada a todos os que comentaram na história até agora, sério, eu fico muito feliz com isso!

Agora vamos a mais um freetalk (juro que é o último do capítulo U_U).

Estive pensando (só pensando) em postar também no Spirit, mas com os capítulos reescritos. Não sei se é uma boa ideia e ainda não decidi se realmente vou fazer isso, e resolvi pedir a doce opinião de vocês. O que acham dessa migração? Pode ser algo bom? Eu não vou alterar as postagens nem nada, vou continuar postando aqui no Nyah um capítulo por semana (era para esse ter sido postado na semana passada, mas, bem, sabe como é, né... =P) e tudo continuará igual.

É só isso mesmo. Obrigada por lerem e até o próximo capítulo!



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