Por mais uma vez o vermelho-sangue encharca a carne. Eles vociferam textos bíblicos, agridem-me, acusam-me, entristecem-me.

Meu pecado foi abraçar com ternura outro homem. Meu pecado foi voltar a este lugar pedindo amor entre todos, de reis a escravos, de homens à mulheres, criador e criatura.

Fui ingênuo. Anos se passaram e eles cometem os mesmos erros de outrora, com mais certeza que nunca.

Agora os olhos desfalecem, o corpo chora, mas o que mais dói é meu coração ao ver que é minha imagem que eles ostentam em suas placas e faixas, e é em meu nome que agora, por mais uma vez, me crucificam.