Panspermia: O Livro de Mitologia do Santuário escrita por Anikenkai


Capítulo 1
A Origem DE PÉGaso E MALDIÇÃO DA Deusa Atena




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A ORIGEM DE PÉGASO E A MALDIÇÃO DA DEUSA ATENA

 

Pégaso sempre simbolizou a imortalidade, isso pois seu ato heroico seria sempre lembrado nas estrelas:

Perseu, filho de Zeus, como agradecimento à deusa Atena por ela ter imortalizado sua amada Andrômeda nas estrelas - após seu sacrifício no mar para salvar suas terras -, deu seu cavalo alado que nasceu da cabeça de Medusa para ela, com presente.

Feliz, a deusa se agradou do presente. Pégaso se tornou então, montaria da deusa, e a acompanharia em suas batalhas que ocorriam no Olimpo constantemente e entre os humanos terrenos.

Porém, um dia, Vênus Afrodite - a deusa do Amor - sentiu constante ciúme do lindo presente que Atena recebera e se orgulhava, pois ela própria não podia ter sua própria montaria. Por isso, ordenou que Eros, seu filho o deus Cupido, que flechasse Atena, para que ela se apaixonasse perdidamente pelo animal. Obedecendo-a, ele assim o fez.

Feito isso, a deusa da Sabedoria se perdeu em loucura, e caiu em amores pelo cavalo. Porém, sua mãe Hera - a matriarca responsável pelo Olimpo nos momentos que seu marido desaparecera para sempre —, desaprovou o "amor" que a filha nutria pelo animal, e a proibiu de ficar junto à ele. Inconformada, Atena fazia de tudo burlar a nova lei imposta pela mãe e ficar próxima novamente de Pégaso, acariciá-lo, beijar sua crina majestosa, e cuidá-lo.

Muitos e muitos anos se passaram.

Em uma guerra abaixo do Olimpo, sua mãe lhe permitiu que escolhesse um dos cavalos divinos para montar e ir em favor dos humanos e ajudá-los com sua sabedoria. Prontamente, a deusa recusou - por causa do veneno da poderosa flecha de Eros, - e insistiu que apenas desceria em favor dos humanos se lhe fosse permitida montar em Pégaso.

Vendo a gravidade da situação que ocorria abaixo, e tantos mortos, e mesmo contra, Hera então permitiu ao menos aquela vez, que eles se reencontrassem. Atena então, desceu do Olimpo em sua armadura novamente em sua amada montaria, indo de encontro com os mortais.

Porém, Pégaso nunca mais voltaria para o Olimpo. Uma tragédia o aguardava.

Na terra, os humanos enfrentavam terríveis monstros e seres das trevas, espectros perversos e sanguinários, que abriam fendas na terra e destruíam ilhas inteiras, invocando poderes infernais. Após muitas mortes e cidades destruídas, a guerra sangrenta estava prestes a acabar. Porém, Atena foi ao encontro dos líderes humanos, os auxiliando com suas estratégias para ainda se salvarem do restante que ainda tinham de forças.

Como último recurso, os monstros invocaram poderosas rochas vindo dos céus, destroçadas em forma de meteoros, para destruir os poucos humanos que sobreviveram naquele lugar. Vendo que havia pouco tempo, e Atena não tinha como desviar as rochas, Pégaso ignorou o seu comando, o instinto de protege-la e aos outros fora mais forte. Correu, e subiu voando, com seu poder e desviando os mortais meteoros de onde estavam os humanos abrigados, em um ponto distante dali.

Então, com um último relincho, Pégaso morreu. Esmagado pelos milhares de meteoros que rasgaram seu corpo.

Os monstros, derrotados, foram jogados novamente ao submundo, aprisionados ao seu sofrimento eterno.

Atena, com o coração partido de imensa tristeza e remorso, retornou ao Olimpo após a guerra, levando-a consigo o que havia restado o corpo do falecido animal alado. Aos prantos e lágrimas de sofrimento, com a flecha de Cupido doendo fatalmente em seu coração.

Hera, tendo compaixão pelo luto de sua filha, permitiu então que ela balhasse o corpo do cavalo nas águas sagradas dos deuses, a Fonte da Imortalidade, protegida pela deusa Hebe (que mais tarde, viria ser a inspiração da constelação de Aquário).

Assim, a alma do bondoso Pégaso seria imortal pelo seu sacrifício de ter salvo os humanos.

Assim, o corpo do animal se desfez em um grande brilho, e se transformou em estrelas, subindo aos céus e se tornando uma poderosa constelação, com uma de suas estrelas ligado à Andrômeda, o motivo pelo qual inicialmente tinha nascido, protegendo assim Atena por toda eternidade.

Porém, por causa do terrível veneno da flecha do Cupido na deusa, que teria que ser para sempre virgem, Atena e Pégaso foram postos em uma maldição eterna, onde o representante futuro de sua sagrada armadura ou ela mesma sempre morreriam, antes ou depois das Guerras Santas, como aquela que o matou.

E assim, nunca ficarão juntos, e de fato, se amarem.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Está bem diferente da verdadeira mitologia, mas mesmo assim, espero que gostem.



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