Enamorados escrita por Millsforever


Capítulo 35
Passando dos limites.


Notas iniciais do capítulo

O bom filho a casa torna.



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—Ué tia? Que cara é essa?

—Cadê o Killian? – Henry

—Já está dormindo. – falei sentando-me a mesa.

No dia seguinte.

Pov Regina.

Acordei me espreguiçando de forma demorada. O sono ainda tomava conta ainda mais depois de uma noite muito pouco dormida. Olhei para o homem ao meu lado me lembrando da noite passada.

Eduardo era insaciável, e eu não estava reclamando, mas precisava desesperadamente de uma noite de sono.

Levantei da cama, sem fazer muito barulho, e fui até o banheiro. Tomei um banho frio, escovei meus dentes e penteei meu cabelo em uma viagem só.

Quando saí do cômodo, enrolada em minha toalha, Edu tinha apenas acabado de acordar. Ainda estava com aquela típica cara amassada e os olhos um pouco pesados... Bem, até me ver.

—Bom dia. - ele disse de pé me encarando.

—Bom dia. - respondi com uma certa distância.

Ele veio em minha direção.

—Nem tente. Pode parar aí mesmo.

—Mas...

—Eu conheço seus trejeitos Eduardo. Eu tenho que ir trabalhar!

—Mas Gina só dez minutos.

—Nem cinco. - falei pegando minha roupa e voltando para o banheiro.

Em menos de sete minutos já tinha voltado para o quarto.

—E agora? Eu posso pelo menos te abraçar? – ele perguntou com a cara emburrada.

—Não faz assim. Você sabe que eu preciso sair e sabe também que se eu te der corda isso não vai acontecer.

—É, eu sei. – ele falou me beijando.

Apoiei minha cabeça em seu peito.

—Ei? Está tudo bem?

—Mais ou menos, estou preocupada com Killian.

—Afinal, o que vamos fazer em relação a isso?

—Eu não sei! Mas também não posso deixar ao acaso. Esse ciúme pode acabar afastando os dois.

—Eu entendo o Killian.

—Sério?

—Sim, ele ficou dezoito anos sem você. Está inseguro. É tudo muito novo. Ele sente medo d éter perder pro Henry.

—Mas isso não vai acontecer.

—Ele não pensa assim. E é aí que está o perigo de verdade.

—O que eu faço?

—Primeiro você toma café da manhã. Pensar de barriga vazia não funciona. Vem, vamos lá pra baixo.

Antes de chegarmos as escadas batemos na porta de casa um dos três quartos e tudo que ouvimos foram sons irreconhecíveis e sonolentos.

Na casa dos Nolan Blanchard.

Pov. Emma.

Levantei cheia de energia. Ter acertado as coisas entre mim e Killian foi algo incrível. Eu nunca senti tanta falta de alguém e não pretendia passar por isso de novo.

Saí da minha cama e fui direto para o banheiro. Saindo de lá caminhei até meu guarda-roupas e peguei uma blusa cinza com as mangas, longas, no tom azul. Vesti uma calça jeans preta, meu par de tênis branco e minha jaqueta vermelha. Deixei meus cabelos, que já estavam enormes, soltos, peguei minha mochila e desci.

No hospital.

—Mas eu não acredito!

—Zelena, tenta entender. – Jefferson.

—Não dá pra entender. Justo hoje que eu saio desse lugar infestado de germes você resolve não ficar comigo.

—Eu tenho que fazer as coisas da faculdade e tem uns outros assuntos também.

—Que assuntos? – falou a ruiva com a sobrancelha erguida.

—Nada com que deva se preocupar.

—Jeff...

—É coisa minha, fica tranquila.

—Essa frase nunca me acalmou.

—Meu bem me desculpa, mas realmente não vou poder ficar com você hoje.

—Bem, pelo menos a minha filha não vai me abandonar.

—É quanto a isso...

—Ah não!

—Eu vou precisar da ajuda dela. Sabe que não conheço todos os alunos ainda e a Aurora ficou de ajudar.

—Sai daqui Jefferson.

—Zelena...

—Anda logo.

—Tudo bem. Eu te amo viu?

Ele tenta beija-la, mas ruiva vira o rosto.

Do lado de fora do hospital.

—Eu só espero que tudo dê certo, ou vou ser um homem morto.

Visão do Autor.

Na casa dos Mills.

Regina, Eduardo e Henry já estavam à mesa enquanto Killian e Aurora nem tinham dado sinal de vida.

—Tem certeza de que eles estão acordados? – Henry

—Bem, a gente bateu na porta, mas...

De repente os três escutam passos pesados descendo pela escada.

—Anda Aurora, a gente vai se atrasar. – disse Killian enquanto tentava abotoar a camisa.

—Estou indo o mais rápido que posso, não é fácil correr e amarrar os cabelos ao mesmo tempo.

*O barulho do ônibus se aproxima*

—Ai pai! Não posso ter outro atraso. – Aurora.

—Ei vocês dois! Podem ir comigo de carro, não tem problema. – Regina.

—Nossa tia, valeu. – falou a mais nova se juntando aos outros três na mesa.

—E você filho?

—Vou de ônibus.

—Mas...

O garoto bate à porta.

—Que bicho mordeu ele. – Aurora e Henry perguntam em uníssono.

Eduardo e Regina se olham preocupados.

Pov Killian.

Desde de ontem à noite, quando ouvi o Henry chamar a Regina de mãe, tudo estava diferente. Ele entrou na vida dela, ganhou o espaço que antes meu. Tudo bem ela dizer que as coisas nunca vão mudar, mas sempre mudam. E o fato de um garoto que chegou na minha casa há 2 meses estar chamando a minha mãe de mãe é um ótima prova.

Quando entrei no ônibus, Emma estava à minha espera e por mais chateado que eu estivesse, ver ela sorrindo pra mim me fez me sentir incrivelmente melhor. Era impressionante a forma como aquela loira birrenta e manhosa mudava a minha vida, e só eu sabia o quanto era grato por tê-la comigo.

Sentei-me ao seu lado e ela logo me abraçou encostando a cabeça em meu ombro. Isso fez com o que eu inspirasse o cheiro do seu cabelo. Ela adorava shampoo de baunilha e eu no máximo achava estranho shampoo ter nome de comida. Mas ela gostava, então eu passei a gostar também.

—Como você está? – perguntei.

—Feliz de não ter mais que andar a pé pra te evitar. – acabamos rindo – E você?

Tudo bem?

—Aham. – falei sem muita convicção.

—Nossa você quase me convenceu, só que não. O que foi? Achei que estaria feliz depois de ontem.

—E eu estou! Por favor nem cogite o contrário. Não sabe como estou contente por termos voltado Emms.

—Mas?

—Mas aconteceu uma coisa ontem, e isso me deixou meio chateado.

—O que aconteceu?

—Não quero falar sobre isso tá bem?

Ela me olhou com um olhar curioso e eu sabia o quanto seria difícil pra ela deixar isso pra lá.

—Killian...

—Por favor Emma.

—Tudo bem, não vou te pressionar, mas sabe que eu estou aqui caso precise não sabe?

—É claro que eu sei. E eu te agradeço muito por isso love. – falei antes de beija- la.

Na faculdade.

—Valeu pela carona tia.

—Não tem de quê meu anjo.

A ruivinha abre a porta, saí do carro, mas para.

—É tia, desculpa perguntar. Mas o que está acontecendo entre você e o Killian?

—Não é nada demais...

—Nem vem com essa. Ele não costuma agir assim, muito menos com você.

—Aurora...

—Se não me contar por bem eu vou descobrir sozinha, então por favor poupe meu tempo.

—Acho que a sua mãe não vai querer receber uma notificação de que filha dela se atrasou pela terceira vez.

Aurora estreita os olhos.

—Boa jogada Srta, Mills, boa jogada. – falou a mais nova fechando a porta.

—Um dia você também aprende. Beijo!

—Beijo!

A ruivinha começa a andar sentindo o prédio da instituição e acaba encontrando seu pai.

—Ei, quanto tempo.

—A gente se viu ontem pai. – falou o abraçando.

—Eu também senti saudades. – ele falou rindo.

Os dois caminham juntos.

—E aí? Está tudo pronto pra hoje? Convenceu a mamãe?

—Convencer é uma palavra meio forte. Ela praticamente me expulsou.

—Ela deve estar bem chateada.

—Não tenho dúvidas, mas ela vai gostar da surpresa.

—Tomara, quero ter um pai quando tudo isso acabar.

—Pois é, eu acho bem válida a sua colocação.

Os dois acabam rindo.

*3 horas mais tarde*

Número 108.

—Vamos Henry.

—Não. Atchim!

—Mas você precisa.

—Nem que me paguem.

—Não vai melhorar se ficar fazendo drama.

—Isso não é drama! Atchim! Sente esse cheiro. É horrível, parece o seu chulé. Não me diga que colocou a sua meia nesse chá?

Eduardo acaba rindo do filho.

—Não está tão ruim assim.

—Então bebe aí.

—É você que está doente e não eu.

—Enquanto o chá for baseado nas suas receitas caseiras, pode esquecer. Ah... Atchim!

—Quer um xaropinho meu filho? – Edu falou deboche

—Por favor! – respondeu Henry no mesmo tom.

—Era bem mais fácil cuidar de você quando era uma criança.

—Correção, quando conseguia me manipular com doce. – ele respondeu sorrindo.

*A campainha toca. *

—Deixa que eu atendo. – Edu.

Eduardo se direciona a entrada casa, abrindo a porta sem seguida.

—Ah, olá Elle! Tudo bem?

*Henry ouve o nome da garota e se põe de pé*

—Tudo sim, o Henry está?

—Bem aqui! – ele falou aparecendo.

—Se você tivesse essa disposição para tomar aquele chá tudo já estaria resolvido. Bem, eu vou deixar vocês a sós.

—Obrigado pai. Quer entrar?

—Com licença. - ela diz entrando na casa e indo até a sala – De que chá vocês estavam falando?

—Uma mistura estranha que meu pai insiste em fazer quando fico doente. É tipo, cinco colheres de alho, bafo de ogro, gosma de lesma e uma meia bem fedida.

—Parece terrível. – ela falou rindo se sentando ao lado do garoto.

—Pois é. - ele disse enquanto se olhavam nos olhos.

Na faculdade.

Pov. Ariel

Depois de três longas aulas o sinal finalmente soou, o que foi um alívio pra quem saiu de casa correndo e esqueceu de tomar o café da manhã. Saí da sala de aula e fui em direção a cantina. No caminho vi Killian e Emma juntos e confesso que me senti aliviada.

Mesmo não tendo feito nada de errado, me sentia culpada pelo namoro dos dois ter terminado. Era muito bom ver o Killian feliz de novo. Ele é meu melhor amigo e mesmo ele não me vendo do modo que eu gostaria, o fato de ele estar bem supera tudo isso. Sei que ele sentiria o mesmo por mim.

No meio de toda essa reflexão uma bola me atinge. Olho em volta com raiva e vejo um garoto rindo.

—Isso tem graça pra você?

—Foi sem querer, mas deu graça sim. – ele caminhou na minha direção – Prazer Eric.

—Tá.

—Não vai me falar seu nome?

—E porque eu faria isso?

—Pra não levar outra dessa. – ele falou apontando para a bola

—Você não teria tamanha audá... – bem na minha cara.

—Como você dizia?

—Ariel, seu babaca!

—Ah, eu conheço você. A destruidora de relacionamentos.

—Como é que é?

—Sabe, a história da piscina, fim de namoro... As informações correm por aqui.

—As pessoas falam demais sobre o que não sabem.

—Mas e aí? Foi uma coisa meio feia tentar roubar o namorado da Emma.

—Você não se acha meio invasivo não?

—Não com todas as pessoas.

—Devia estar lisonjeada?

—Não mesmo. – ele disse com um sorriso de canto, eu senti um desejo enorme de acertar a minha mão na cara dele.

—Certo, eu estou com fome e você não tem cara de pizza. – falei me retirando.

—Foi legal te conhecer. – ele disse antes de eu dar o primeiro passo.

—Bem, depois de me acertar duas vezes com essa bola de vôlei eu não posso dizer o mesmo.

—Vôlei? Isso é bola de polo aquático.

—Quanta diferença.

—Na verdade é uma diferença bem grande. Além de acabar com relacionamentos não entende de esportes? Da pra piorar?

Avancei na direção dele e ele correu.

—Ah lá, é agressiva ainda.

Eu já tinha seguido o meu caminho. “Mas que cara idiota”, pensei.

Visão do Autor.

Não tão distante dali.

—Então é por isso que está agindo assim com a titia? Por ciúmes?

—Não é ciúme Aurora.

—Ah não?

—Não, eu só não gosto que ele a chame de mãe, ou que se sente perto dela na mesa de jantar, que detalhe é o meu lugar. Ou então...

—Blá, blá, blá. Você está morrendo de ciúme por que o henry da valor a mulher que ele conheceu a dois meses e consegue chama-la de mãe, enquanto você não faz o mínimo.

Ele fica quieto.

—Desculpa amor, mas quem cala consente. – Emma

—Até você Emma?

—Killian, tá tão na cara que você está inseguro, e sem a menor necessidade! A Regina ama você, ela é sua mãe. – Emma.

—Exato, mesmo que ela não seja tratada como tal. Aliás, é tudo o que ela deseja, mas pelo visto ela vai precisar do novo filho pra isso por que você não dá a mínima.

—Aurora não começa. – Killian.

—Mas é a verdade! Ela faz de um tudo pra você e tudo que consegue ser é ingrato.

—Você não sabe como foi a minha vida sem ela.

—Eu sei que não foi tão ruim. O seu pai estava com você, e isso não justifica. Ela voltou por você! Cadê toda aquela sua história de perdão Killian? Era papo furado?

—Por favor, cala a boca.

—Não me manda calar a boca seu imbecil!

—Gente, por favor! Isso não vai adiantar de nada. – Emma.

—A verdade é que você não merece a mãe que tem. Talvez ele também enxergou isso, e aceitou o Henry.

—Puta que pariu. – Emma sussurrou.

—Exato, curte aí com o seu novo primo. – Killian disse se retirando da mesa.

O moreno passa por Robin e Ruby que o cumprimentam, mas ele nem parece notar.

—Killian, espera! Mas que merda. – Emma saí atrás do namorado.

—Acho que falei um pouco demais. – Aurora

—Acho que perdi alguma coisa. – Ruby

—Que que tá acontecendo? – Robin

—Não me diga que eles estão brigados de novo? – Ruby.

—Longe disso. Agora fui eu mesmo. – Aurora

Os dois a olham.

—Coisa de família, relaxa.

—Falando em família, como vai a sua mãe? Na última vez em que conversamos disse que ela tinha sido... Bem, atropelada.

—Não te mandei mensagem depois disso? Enfim, ela já está melhor. Volta pra casa hoje. Ela e o bebê e sim, eu vou me tornar irmã mais velha.

—Pobre criança.

—Se manca Hood! – ela disse atirando um pedaço da massa de pizza no garoto.

—Tô brincando. Tenho certeza que vai ser uma irmã incrível, desde que a criança também tenha um gosto horrível pra bandas como o seu. – Robin

—Ah por favor, vamos entrar nessa discussão de novo? – Aurora

—Panic!At The Disco! – Robin

—OneRepublic! – Aurora 

—Nem música eles têm direito Aurora.

—E você? Que música você tem?

—Nossa, tá ofensiva logo pela manhã.

—Você não viu nada querido.

—Eu senti o tom de ameaça

—Foi a inten...

—Tá certo. Como parece que eu não estou aqui eu vou tornar isso oficial. Bye!

—Ruby! – chamou Robin.

A ruiva só ignorou o namorado.

—Desculpa aê!

—Ah, não foi culpa sua, mas eu vou aceitar.

—Seu ridículo. – ela falou rindo.

—Eu vou atrás dela.

—Eu vou contigo.

—Tem certeza? A Ruby enciumada não é nada amigável.

—Eu vou fazer o meu melhor.

Residência dos Mills.

No jardim.

*Eduardo?

*O próprio. Com quem eu falo?

*Sillas, seu chefe.

*Olá senhor! Algum problema?

*Não, não. Muito pelo contrário. Como você bem sabe a nova filial de Quebec será aberta neste fim de semana e eu fiz questão de convidar um representante de cada filial do país. E eu escolhi você representando a filial de Boston.

*É uma honra senhor.

*Eu enviei os convites para a sua residência, mas me recordei que estava em viagem, por isso resolvi ligar.

*Não, sem problemas.

*Te passei um e-mail explicando tudo.

*Certo senhor, muito obrigada pela confiança.

*Não tem pelo que agradecer. Até!

*Até.

—Quebec, aqui vamos nós! – ele disse voltando para dentro da casa.

Na sala.

Henry e Elle se separam sentindo a necessidade de oxigênio.

—Isso não deveria ter acontecido. – Henry

—Não se preocupe, sou quase imune a resfriados.

Os dois riem.

—Você namora Elle.

—Eu sei, e sei que isso não é correto, mas é que eu estou realmente muito afim de você e ...

O garoto a beija novamente a pegando de surpresa. Eles se separam lentamente.

—Desculpa, achei que fosse a deixa pra te beijar de novo.

—Eu não reclamei de nada. – ela falou sorrindo – Quero terminar com Peter, e não é de hoje.

—Por que não fez isso?

—Bem, não é tão simples. Tem os meus pais, e também os meus pais e...

—Deixa eu adivinhar. Seus pais.

—Exato, como acertou?

—Por que é tão complicado pra eles?

—São pessoas difíceis Henry. Difíceis e com a cabeça fechada. Não querem que eu namore qualquer um e blá, blá, blá.

—E acha que pra eles eu seria qualquer um?

—Bem, eles não acham que tocar numa festa seja uma profissão.

—Entendi. Parece que vai ser um caminho difícil.

—Nem me fale. Enfim, acho que disse o que eu queria e também o fiz.

—Não o suficiente.

Ela o puxa e o peso dele recai sobre ela, fazendo os dois deitarem sobre o sofá.

—Eu espero não estar atrapalhando nada. – Eduardo.

—O que você acha? – Henry.

—Acho que no fim, você não precisava de um chá para parar de espirrar. – diz Edu com os braços cruzados.

Os dois jovem se levantam.

—Eu vou indo.

—Eu te levo até a porta.

—Até mais Edu.

—Até Elle.

Eles saem.

—Jovens e seus hormônios. – Eduardo

Do lado de fora.

—Quando eu te vejo de novo?

—Não sei. Mesmo não gostando do Peter não acho legal repetir o que fizemos enquanto não tiver resolvido isso.

—Você está certa.

—Mas é claro. – ela falou em tom convencido. – Foi um prazer Henry.

—Eu que o diga.

A garota vai embora e ele volta para dentro de casa, encontrando com seu pai na cozinha.

—E então?

—Ela me beijou. – ele disse radiante.

—Eu vi. – ele comentou alegre pela felicidade do filho.

—Ela me beijou! – ele gritou em plenos pulmões. – Ela gosta de mim pai, de mim!

—Um brinde a isso então. – ele disse oferecendo um dos copos.

—Boa tentativa meu velho. Eu posso estar feliz, mas ainda não estou cego muito menos sem olfato. – ele disse cobrindo o nariz e voltado para a sala.

—Bem, não custava nada tentar. – ele falou despejando o chá na pia.

Faculdade.

Killian e Emma estavam sentados à beira do lago em silêncio.

—E aí? A gente vai ficar assim, quieto, por quanto mais tempo?

—Emma, não precisa ficar aqui se não quiser. Eu tô bem.

—Sério, só falta o seu nariz crescer e o seu pai se chamar Gepeto. Killian, não fica

assim. O que a Aurora disse...

—É verdade, eu sei e sei que você concorda. Eu não dou valor a ela Emma.

—É claro que dá Killian.

—Não dou não! Tudo que a Regina tem feito foi me amar desde que me conheceu. E tudo que eu dei em troca foi, bem...

—Precisa dizer isso pra ela.

—Eu vou.

*Soa o sinal*

—Só não vai ser agora. – Emma – É aula do Leroy e eu sei que você não quer se atrasar.

—Não mesmo. Vamos.

Os dois se dão as mãos e vão pra a sala.

Na área verde.

—Entendeu? A gente só ficou mais próximo. – Robin.

—Exatamente Ruby. Você sabe melhor do que ninguém que o Robin não daria atenção pra outra garota além de você.

—É eu acho bom viu Robin.

Ele a beija.

—Desculpa Aurora, não foi intencional. Não quis ofender você de forma alguma.

—Que isso Ruby, não ofendeu. Eu te entendo, de verdade.

—Além do mais a Aurora está praticamente namorando de novo. – Robin.

—Aé? Conta mais. – Ruby.

—Não é nada demais. É o Kristoff e...

—Pera que? Kristoff? Mas ele não está preso?

—Está, mas vai cumpri trabalhos voluntários e tals.

—E o companheiro dele?

—Igualmente.

—Que ótimo! Desculpa, Aurora mas não dá pra aceitar.

—Eu sei, eu não te culpo não.

—E você Robin? Que espécie de amigo você é que não aconselha essa pobre alma?

—Pobre alma? Sério? – Aurora.

—Como se ela me ouvisse.

—Mas Aurora, isso é sério mesmo? – Ruby.

—Nós não estamos namorando. Só vamos sair pra dar um volta.

—E o que isso causa em você?

A ruiva sorri e sente as bochechas esquentarem.

—Não precisa nem dizer.

—Tá apaixonadinha! – falou Robin implicando a ruiva.

Levou um pescotapa em seguida.

—A verdade é que eu nunca deixei de ser. Não parei de amar o Kris.

—Bem, a vida é sua Aurora e se você confia nele pra tal coisa, vai fundo.

—Só toma cuidado pra não acabar em um carro com ele. – Robin

—Mas será possível Hood! – a ruivinha o acertou em cheio no ombro enquanto Ruby achava graça.

—Posso saber o que os três jovens fazem aqui? – inspetor.

—Curtindo o intervalo oras. – Robin

—O intervalo acabou já fazem 10 minutos. – ele disse assinando três advertências.

—Ah não! – Aurora.

—Aqui estão. E eu acho bom se preparar mocinha – ele falou se dirigindo a Aurora – Se não me engano, este já é nosso terceiro encontro. Seus pais serão notificados. – ele disse e saiu.

—É, digam palavras bonitas no meu funeral, por favor.

********************************

As horas passam e as aulas acabam. Aos poucos a faculdade vai se esvaziando, com cada um indo para seus respectivos destinos.

No Hospital.

—Toc, toc!

—Gina!

—Ei meu amor, como você está? – ela falou abraçando a irmã.

—Feliz em ver um rosto conhecido. – ela respondeu chorosa.

—Zelena... Não fica assim.

—Deve ser a droga dos hormônios.

—Mas a sua gestão mal começou.

—São os hormônios, eu não choraria por um namorado tratante e uma filha ingrata.

—Sei, é claro que não. – ela disse irônica – Você sabe que eles não podem vir não sabe?

—Eu sei, mas não aceito. São minha família!

—Obrigada verdinha!

—Você entendeu o que eu quis dizer e o fato de eu gostar da cor verde não justifica o apelido.

—Tá bem, até parece. Mas você já tá pronta?

—Sim, vamos embora.

—Vamos.

As duas passam na recepção, assinam uma folha e saem do prédio em seguida.

Numa loja qualquer de Storybrooke.

—Você não pode estar falando sério. – Aurora.

—Por que? É linda! – Jeff

Os dois olhavam um poltrona verde.

—É cafona, sem estilo...

—Não fala assim dela, ela pode te ouvir.

A ruivinha ri.

—Qual você prefere então?

—Aquela ali, branca com detalhes em verde. É bem mais moderna, não está tão cara e vai combinar com todo o resto.

—Tem certeza?

—Confia na filha que você tem.

—Tá certo, tá certo. Vai ser essa então. Pode pôr na lista, fazendo o favor – falou olhando para o atendente – E as cortinas? Eu vou poder escolher sem você criticar?

—Pode escolher pai, vou ficar na minha.

—Okay... Humm... Aquelas ali, com aquele risco laranja.

—Pelo amor de Deus! Cancela!

Casa da Família Mills.

Zelena e Regina chegam em casa e ruiva é recebida por Edu e Henry.

—Ei, como está a minha ruiva favorita? – Eduardo

—Feliz em não ser obrigada a comer gelatina toda hora.

—Imagino a delícia que deve ser. – Henry.

—Nada agradável. – ela falou bagunçando o cabelo do garoto

—Pra sua sorte Henry e eu passamos um tempo cozinhando.

—E dessa vez eu me superei. – Henry.

—Como é que é? – Edu

—O que foi? Agora vai mentir falando que sabe fazer brownie de chocolate?

—E a pipoca, o brigadeiro e o merengue de limão? – Edu.

—Mísero detalhe. – Henry.

—É sério Regina, por que demorou tanto tempo pra namorar o Edu e trazer o Henry pra cá?

—Eu não sabia o que estava perdendo. – ela falou o beijando demoradamente.

—Argh! Por favor! Vem Henry vamos pra um lugar menos babado.

Horas mais tarde, no Granny’s.

—Ei Killian! Fim de expediente. – Granny.

—Jura? Já? Eu nem percebi.

—É, eu notei. Vai, tira esse avental e pode ir pra casa.

—Mas tem tanta coisa pra arrumar. As encomendas chegaram hoje, é muita coisa pra guardar. Eu posso ajudar.

—Deixa disso menino. Amanhã nós damos conta. Agora vai pra casa.

—Tá certo então. – falou o rapaz colocando o avental por detrás do balcão. – Até amanhã Granny, manda um beijo pra Ruby.

—Pode deixar, até Killian.

O rapaz saiu da lanchonete pensativo. Já estava decidido, seria hoje que diria tudo para sua mãe. Tudo que carregava consigo, suas inseguranças, seus medos, o amor que sentia por ela, mas nunca conseguia expressar. Estava cansado de guardar aquilo e estava mais cansado ainda de magoa-la como fazia.

Ele só desejava que não lhe faltasse coragem para fazê-lo.

Chegando em casa, Killian ouve vozes animadas vindas de dentro. Abre a porta e vê sua mãe e Henry numa disputa de Atari. Aquele Atari com o qual ela e Killian tinham se divertido na antiga casa do garoto.

Tudo foi rápido, como um raio que rasga o céu em segundos. Em um momento Killian estava cheio de esperança e no outro só existia raiva. Em um segundo ele tinha apenas entrado em casa e no outro estava segurando Henry pela gola da camisa.

—Killian o que você está fazendo? – Regina

—Não vai tirar ela de mim. – Killian

—Do que você está falando? – Henry

—Solta ele Killian. – Eduardo

—Acha que pode me substituir e ocupar meu lugar, mas não pode.

—Você tá maluco? – Henry.

—Ela não é sua mãe... É minha!

—Então é isso? Está com ciúme por eu considerar a Regina como mãe? – Henry

—Ela não é sua mãe!

—E nem sua. Mal consegue chamar ela des...

O punho de Killian se fecha e vai de encontro ao rosto de Henry. Eduardo o segura.

—Isso não vai acontecer. – Edu.

—Não vai mesmo. Chega Killian! – Regina.

—O que?

—Isso acaba agora! – Regina.


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Notas finais do capítulo

Beijinhos!



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