A Maior Força do Mundo - O Amor escrita por Karlos


Capítulo 11
Capítulo XI - O Perdão do Avô e a Ameaça no Brasil


Notas iniciais do capítulo

Atrasado.... Mas hj eu compenso postando dois capítulos...
Arpoveitem



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Na manhã seguinte a comemoração, Dean ao acordar, leva um susto. Pois o antes solitário bunker agora parecia um verdadeiro quartel general. Estava fervilhando de atividade. Em um canto, Charlie, Gadreel, Donna e Jodie estavam concentrados em analisar um mapa na tela de um computador, que por "cortesia" de Gabriel, havia aparecido ali juntamente com outros em um estalar de dedos. Nesse mapa, segundo Gadreel, eles estavam procurando qualquer sinal de atividade demoníaca que pudessem rastrear e consequentemente levá-los até Belial/Abbadon. Já em outro canto, Bobby, Ellen, Sam e Samandriel estavam com as cabeças enfiadas em vários livros, procurando saber o que a cavaleiro queria, pois eles estavam desconfiados que tinha algo mais por trás desse plano. E Castiel fora só o começo.
Jo, Ash, Claire, Kevin e a senhora Tran a pedido de Bobby, estavam contactando os caçadores remanescentes, alertando-os sobre qualquer atividade estranha. Já Miguel e Rafael estavam coordenando alguns anjos, que entraram em contato com Miguel querendo ajudá-los. Mas e Gabriel? Ah, esse não tinha jeito. Ele meio que "ficou" responsável pela alimentação dos moradores do bunker... Porém, mesmo com seu jeito maluco de ser, ele saía em campo procurando informações.
Dean sentiu um orgulho enorme crescer em seu peito, um orgulho de ser caçador e ter amigos, ou melhor, uma família que sempre iria lhe apoiar. Mas antes, ele queria acalmar o seu ser com uma dúvida que ele escondeu de Sam até hoje, mas que ele queria resolver de uma vez por todas para prosseguir. Fazendo sinal ao seu irmão, ele se dirige até Miguel. Rafael sentindo a presença dos dois pede licença e se retira, indo ajudar em outro lugar.
– Hã... Miguel?
– Sim, Dean?
– Tem uma coisa que eu queria lhe pedir. - Havia um certo receio em sua voz.
– Fale, se eu puder ajudar, o farei com maior prazer. - Responde o arcanjo.
– Meu avô, Henry. Sei que ele não está dividindo o corpo com você, mas você poderia levar uma mensagem para ele?
Por ser um ser celestial com milênios de idade e ter uma percepção maior que seus irm]aos, Miguel já descobre qual é a mensagem e decide fazer melhor:
– Bem, Dean. Você pode falar diretamente com ele. - diz o arcanjo, fechando os olhos. Ao abrí-los, eles passaram do tom esverdeado para a tonalidade azul-esverdeado de seu avô.
– Olá, meninos. - Essa agora era a voz de Henry Winchester.
Dean sente um aperto no coração, assim como Sam, ao ouvir a voz tão inconfundível do patriarca Winchester.
– Vovô, nós sentimos muito... Se não fosse por nós, Abbadon não teria o matado. Nós fomos egoístas demais... - Sam não conseguiu continuar. A emoção em sua voz era maior do que ele podia suportar.
Apesar do pouco tempo que passaram juntos, o carinho que ambos viram no olhar do avô, os emocionou demais. Dean sempre se considerou o "machão", chorar não era com ele, achava que era coisa de maricas e depois dos dias anteriores, ele achou que já tinha chorado tudo o que podia. Mas, ledo engano. Ao ver o carinho nos olhos do avô, e perceber que ele os perdoava, foi demais para ele, que só conseguiu fazer a única coisa que o choro não deixava ele falar. Invadindo o espaço pessoal do arcanjo, ele o abraça com toda a força que possui, querendo tanto transmitir seu arrependimento ao avô, a dor que foi vê-lo morrer em seus braços e não poder fazer nada. Sam permanecia parado, com os olhos marejados vendo a cena. Henry sabia que não era culpa deles, e retribui o abraço do neto, acariciando os fios louros que tocavam em seu queixo. Ao se separarem, Henry limpa as lágrimas de Dean com o polegar e lhes dá o que eles tanto precisam nessa hora, conforto e perdão.
– Garotos, não foi culpa de vocês. O que era para acontecer, aconteceu. Só queria ter podido passar mais tempo com vocês, instruí-los mais na arte dos Homens das Letras, mas vocês se viraram muito bem sem mim. E Dean, eu realmente estava sendo sincero quando disse em meus últimos momentos que tinha orgulho de vocês. Conseguiram abrir meus olhos a respeito do preconceito que me foi passado sobre os caçadores. Pode não ser a vida que eu queria para o seu pai ou ambos, mas vocês fizeram um bom trabalho. O mundo hoje está mais protegido graças a pessoas como os caçadores, que livram o mundo das Abbadons que surgem de tempos em tempos.
Ouvir isso, deu ânimo ao dois irmãos. Parecia que um contâiner de culpa tinha sido retirado das costas de cada um, o que os fez respirar mais relaxados.
– E agora que vocês têm certeza disso, trabalhem para não deixar que a morte de seu amigo tenha sido em vão. Mas lembrem-se: busquem justiça e não vingança, pois ela os fará piores que Abbadon. - Dando esse conselho e um último sorriso aos netos, Henry fecha os olhos e quando os abre, Miguel está de volta.
– Obrigado Miguel. Precisávamos disso para seguir em frente. - Sam agradece ao arcanjo.
– Não precisam agradecer. O seu avô pediu para lhes dizer que ele sempre estará intercedendo por vocês.
Estavam nesse ponto, quando Gabriel os interrompe e ele parecia bem afoito.
– Miguel, temos um problema... E é dos grandes...
– O que é Gabriel? - Inquiri o mais velho.
– Temos notícias de uma atividade dos capangas de Belial, Abbadon, ah sei lá como chamar esse ser repugnante, na Grécia e na América do Sul, mais precisamente, o Brasil, no Rio de Janeiro.
– No Brasil? Rio de Janeiro? Eles perderam o senso de perigo?
– Como assim, Miguel? - pergunta Sam, confuso. - Por que o Brasil é tão perigoso?
Antes de Miguel abrir a boca, Gabriel responde:
– Vocês já viram a estátua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro? - ao ver a resposta positiva, ele continua - Aquela estátua representa a imagem do Filho Primogênito do nosso Pai. Ela está cheia de energia celestial e se qualquer ser das trevas aportar lá, imediatamente esse ser é destruído. Por isso quase não se tem caçadores no Brasil. Os seres que chegam lá, são basicamente "importados" de outros lugares.
– E em outros lugares fora do Rio de Janeiro, existem os chamados guardiões da ordem.
– Como é? - Os Winchesters estavam confusos.
– Já ouviram falar do folclore brasileiro? É uma espécia de mitologia do país.
– Mas é claro! - Sam se recorda de ouvir isso de um contato brasileiro. - O Saci, a Iara, a Mula-Sem-Cabeça...
– Exato. Esses seres são bons e tomaram a si a tarefa de proteger o território brasileiro. Alguns podem conseguir enganá-los por um tempo, mas não escapam deles.
– Pois é. Um de nossos irmãos viu uma manifestação de uma fumaça negra muito densa pairando sobre a cidade do Rio, porém acho que é distração.
– Como assim, Gabriel?
– Outro irmão nosso, diz ter sentido no coração da Floresta Amazônica uma perturbação demoníaca. E há relatos de moradores ribeirinhos que dizem ter sentido um forte cheiro de enxofre no ar.
Miguel ouve essa informação e fica pensativo. Pode realmente ser uma cilada, mas como toda pista, é preciso averiguar, porém algo o incomoda.
– E os seres de lá, Gabriel?
– Acho que eles conseguiram de algum jeito baní-los da área em que eles estão. - Gabriel olha seu irmão com ansiedade, pois eles precisariam agir imediatamente.
– Certo. Gabriel, você e Sam vão até a Floresta Amazônica investigar. Mas tomem cuidado. Eu irei até a cidade do Rio de Janeiro fazer uma patrulha.
– Peraí, Miguel. Você vai sozinho? - Gabriel estava incrédulo, sabia que seu irmão era poderoso, mas ir sozinho seria se jogar na boca dos leões.
– Eu vou com ele. - Dean deu um passo a frente. - Eu não vou te deixar sozinho em um momento desses.
Miguel nem pensou em contrariá-lo, pois ele sabia que era causa perdida.
– Os outros fiquem aqui. Qualquer novidade, entraremos em contato.
Após Gabriel e Sam sumirem, Dean sentiu os dedos de Miguel em sua testa e num piscar de olhos, ambos estavam no Rio de Janeiro.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado...



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