Céu e Mar escrita por ParkBruh


Capítulo 1
Capítulo I - Eu brinco de pega-pega com minha irmã


Notas iniciais do capítulo

Historia sem fins lucrativos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/65726/chapter/1

Capitulo I — Eu brinco de pega-pega com minha irmã.

Ali, enquanto pensava o quão duro é a vida, me arrependia de ter matado certo filho de Hermes. Bom, sei que Luke havia se arrependido e matou Cronos que usava seu corpo, mas pensei que depois de tudo isso finalmente poderia relaxar ao lado de Annabeth. Doce engano. Agora ela ficou insuportável, não para de falar se eu não tivesse aparecido o Luke talvez não tivesse feito à escolha errada. Eu fico me perguntando o que foi que minha cabeça oca viu nessa garota totalmente mimada e idiota. Por culpa dela estou em depressão, por causa dessas palavras que Annabeth joga em minha cara eu estou morrendo de dor no peito. Definitivamente devia ter ouvido Atena e meu pai quando disseram pra me afastar dela... Pretendo nunca mais recusar um conselho da poderosa e sabia Atena, a deusa da sabedoria e estratégia em batalha.

Fico imaginando porque sofro tanto por uma mimada; será que nada irá me trazer de volta a felicidade? Quem tenta me alegrar são meus irmãos, mas não consigo arranjar uma corda pra me puxar de volta à vida, e talvez só faça afundar mais. Por causa dessa depressão que estou todos os filhos de Poseidon, Apolo e Afrodite estão com raiva dos filhos e filhas e Atena. Já tentei fazê-los parar com essa revolta, pena que nenhum faz questão de me ouvir. Não estranho muito meus irmãos sentirem raiva porque Atena e Poseidon têm uma rixa desde aquele pequeno incidente, mas os outros... Minha vida é tão problemática, queria ter a sorte de ser um pássaro e poder voar livremente.

Ficar deitado em minha cama no chalé 3 não ajuda, acho que faz é piorar meu humor sinistro. Tentei mover o corpo, e, infelizmente, não consegui nenhum resultado. Eu devia saber, não comia nada há quase uma semana. Como não estava alimento-me direito, o obvio seria que não me movesse até a morte que muitos inimigos esperam chegar. Então comecei a ouvir gritos, devia ser duas meninas ou o chalé de Poseidon contra o chalé de Atena, coisa que estava pra virar rotina. A culpa é minha por ficar assim, mas não sei muito sobre a questão de meus irmãos estarem todo tempo brigando, tenho medo que eles se se machuquem seriamente.

Não pude evitar um suspiro passar por meus lábios, isso é totalmente desnecessário. E do nada, ali em minha frente, aparece minha irmã favorita, Ayllin. Vou dizer uma coisa, se quer ter a festa agitada ligue para Ayllin e rapidinho você consegue agitação, porque nunca vi menina mais barraqueira que essa.

Notei que ela usava uma roupa de corredora, com a blusa de corredor numero 110, o numero favorito dela. Eu sabia o motivo dessas vestes. Se não me engano, ela aprontou algo ao Sr. D e agora o castigo era trabalhar um mês com Hermes — não que eu ache isso um castigo, Ayllin parece estar se divertindo bastante.

— Até quando ficará assim, Cabeça de Alga?

Porque será que as garotas adoram esse apelido? Estava começando a ficar irritado com essa mania delas me chamarem assim. Além disso, ela também é uma cabeça de alga.

— Olá pra você também — disse eu, sarcasticamente.

Aylin bufou como um gato raivoso. Adoro irritá-la; e se tem um jeito de fazer isso é ignorar as perguntas que ela sempre faz a você. Pena que minha brincadeira rendeu um brilho perigoso naqueles olhos tão verdes quanto os meus, e isso é sinal de perigo.

— Hey, Cabeça de Alga, você vai ficar chorando que nem um emo ou virará gay? Todos estão preocupados com essas atitudes gays suas — disse Ayllin.

Francamente, mudando de ideia. Ela é a pior irmã que já existiu, nunca vi coisinha mais irritante que esse ser a minha frente. O que papai tinha na cabeça ao gerar um humano irritante que nem esse aqui? Um sorriso travesso surgiu no rosto de Ayllin. Fico me perguntando se ela é mesmo filha de Poseidon ou é filha de Hermes, porque já a vi roubando muitas coisas e ama os irmãos Stoll.

— Emo é sua mãe — respondi.

— Hey, meu caro irmão não assumido, não sentiu falta disso aqui? — Ela ergueu uma caneta esferográfica. O que a Contra Corrente estava fazendo naqueles dedos traiçoeiros?

Com rapidez eu me levantei com bastante energia. Fiquei zangado por minha arma estar com aquela ladra e eu precisava resgatar minha espada.

— Devolva — pedi, furioso.

— Oh, ‘to morrendo de medo — caçoou Ayllin. Ela fingiu estremecer de medo. — Venha pegar, irmãozinho.

Fiquei impressionado com a rapidez que ela corria, e devo dizer que era muito rápido. Mesmo assim não hesitei em segui-la, minha espada foi sequestrada e era minha obrigação resgatá-la custe o que custar.

Não sei da onde tirei força pra correr, mas ao menos eu podia alcançar minha irmã. Ela pulava de tanto entusiasmo por nossa brincadeira tosca, e ficava gritando “não me pega, não me pega”. Logo estávamos virando a atração principal do Acampamento inteiro. Eu gritava pragas em grego antigo, pena que Quíron e Dioniso entendiam tudo, e Ayllin continuava a correr. Devo admitir que ela nasceu para isso, pois estava a vinte metros a minha frente e mesmo assim eu insistia na corrida, gritando mil maldições pelos ares. Passamos apressados por Quíron, ele fingiu estar zangado mais pude ver um brilho de alivio em seus olhos por me ver correr entusiasmado atrás daquela capetinha. Nossos irmãos gritavam, torciam por mim e outros por Ayllin, que continuava a rir como uma idiota.

Notei os olhares venenosos dos filhotes de Ares, coisa que faço questão de ignorar no momento que o jogo de pega-pega esta ficando mais interessante. Travis Stoll gritava alegremente em favor daquela ladrazinha de espadas, eu fiquei mais furioso ainda. Já rodamos a propriedade do Acampamento Meio-Sangue completo e nada de eu alcançar aquela coisinha irritante e ainda por cima filha adotiva de Hermes. A Sra. O’Leary latiu animada ao ver nossa brincadeira, mas — graças aos deuses — não nos seguiu ou senão viraríamos ração de cães infernais.

— Agora sim parece um macho decente — debochou aquela desgraçada. Estávamos rodando em círculos, passamos de forma desesperada pelo chalé de Hades e Nico nos olhou como se fossemos os psicopatas da terra.

Do nada eu a alcancei, com um puxão ela nos fez rolar pelo chão até os maravilhosos pés do Sr. D. Ele nos olhos com diversão, como se fossemos ótimos palhaços de circo.

— O que estão fazendo, filhos de Poseidon? — perguntou.

Arranquei Contra Corrente da mão de Ayllin. Coloquei a caneta no meu bolso e olhei para nosso diretor.

— Bancando os idiotas do Acampamento  eu disse sarcástico.

Quíron se aproximou galopando e olhou diretamente pra mim com severidade. Acho que pegaria um castigo pelas “belas” palavras que falei a minha doce e maravilhosa irmã.

Ayllin começou a rir de modo louco. Os nossos amigos se aproximaram e olhavam o modo de ataque de risos dela. Capturei o olhar desaprovador de Annabeth e fiz que ela nem existisse.

— Bela atração, Percy — disse Nico di Angelo.

— Podem continuar? — perguntou Connor Stoll, filho de Hermes e irmão de Travis.

Sacudi a cabeça e olhei acusatoriamente a Ayllin.

— Não me olhe assim, Cabeça de Alga — falou ela entre os risos histéricos que dava.

— Que bom que está de pé, Percy — disse Annabeth friamente.

Só ouvir a voz de Annabeth fez os risos malucos de Ayllin cessarem. Olhares venenosos vieram por parte do meu chalé ao dos de Atena. A tensão rodopiava pelo ar.

Percebi que parecia que a guerra rolaria, e devo dizer que a carnificina seria pouca por falar ao contrario. O chalé de Apolo, Afrodite e agora os de Hermes vieram para nosso lado, o chalé de Ares foi o único a ficar do lado de Atena. Faíscas voavam de um lado para o outro.

— Nada de brigas — avisou Quíron.

— Então faça a nerd calar a boca — disse Isabelly, minha outra irmã.

Annabeth olhou-a, irritada.

— Respeite-me.

— Nunca  disse uma das filhas de Afrodite. Porque ela está me defendendo?

Os campistas que estavam neutros nos olhavam como se estivéssemos numa importante partida de tênis. As cabeças viravam de um lado para o outro.

— Chega — exclamei. Não era uma hora legal para a segunda guerra de Tróia. Todos me olharam com indignação, principalmente Ayllin.

— A nerd fez isso a você, Percy — Ayllin apontou pra mim. Como será que eu estava?

Annabeth olhou furiosa a minha irmã.

— Eu não fiz nada!

Ergui a mão, zangado. Pus-me de pé e ajudei Ayllin a se levantar. Ouvi as maldições que os filhos de Atena jogavam pra nós e olhei zangado para Annabeth, porque isso, definitivamente, era culpa dela.

Todos voltaram às atividades diárias quando Quíron declarou que eu limparia os estábulos por uma semana e nada de reclamações. Eu era adulto e devia ignorar as brincadeiras infantis de Ayllin, mas como agi feito uma criança eu pagaria a consequência.

É, acho que hoje eu finalmente retornei de Hades.






















Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews? ç.ç
 



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Céu e Mar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.