Escola de sangue escrita por EduarduFreitas


Capítulo 5
Jeniffer - em revisão




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Jeniffer foi caminhando junto a Eduardo e Denis, até que Eduardo virou na Rua Pandora e ela e Denis foram seguindo até suas casas, que não eram muito longe da onde dali, dois quarterões.
— Denis, você teria mesmo coragem de matar a professora?!
— Como é? Sai louca.
— Que bom que disse tudo aquilo de brincadeira, bem é que... é complicado.
— Como assim complicado?
— Matar uma pessoa que você gosta ou odeia não?!
— Talvez, enfim, vou pegar o meu beco. Fui.
Dizendo isso Denis pegou à esquerda enquanto Jeniffer continuou descendo até chegar na sua humilde cada perto da rua da feira de sábado da vila.

Ela tinha o costume de todas as tardes ir caminhar e esparecer pensando na vida e nos erros que cometeu, era a hora de pensar. Mas naquela tarde ela escolheu apenas ficar sentada no sofá ouvindo suas músicas que tinha pirateado pelo torrent, o que ela fazia muito. Sua avó chega na sala com bolinhas e ela recusa.
— Está doente, minha filha? — perguntou a idosa.
— Não vó, é que já comi na escola. — disse Jeniffer mentindo na cara da avó.
— Ah, então tudo bem. — ela suspirou. — Pois bem, eu vou caminhar um pouco e ir na pracinha, se quiser vir...
— Não, prefiro ficar aqui mesmo.
— Tudo bem. Juízo minha neta, juízo.

A avó de Jeniffer saiu pela mesma porta que entrou e foi caminhar. Jeniffer ficou no sofá ouvindo música que adormeceu e quando acordou era já noite, na hora de ir dormir. Sua avó já estava dormindo e deixara um bilhete em cima da mesa: "Janta no micro-ondas, fui dormir" e um coração deformado no final, pois a sua mão tremia às vezes, nada a ser preocupar. Jeniffer abriu a geladeira pegou uma jarra de suco e bebeu dali mesmo, da garrafa para a boca, e em seguida foi até o micro-ondas onde pegou o seu prato e o levou para o seu quarto.

O quarto de Jeniffer estava bagunçado e com uma guitarra jogada em cima da cama, era da mesma, que aprendia a tocar na escola que sua avó pagada para ela. Jeniffer se sentou na cadeira da escrivania e começou a comer e ouvir música, até que seus ouvidos não aguentavam mais os fones e teve que os tirar e em seguida foi dormir.

Eram exatas 01h31 minutos quando Jeniffer se despertou deu um sono só e pegou seu celular para ver que horas eram. Ela desceu e foi tomar um copo d'água, com o seu celular. No primeiro andar da casa foi até a cozinha que ficava já frente da escada curvada e abriu o armário e pegou um copo limpo, o colocou na pia e abriu a torneira do filtro, enquanto esperava o copo se encher ela abriu o Whatsapp e viu que Ygor estava online. Ela sorriu. Digitou por alguns segundos e vorrrrrpi (*bolha estourando*) a mensagem fora enviada.

"Eai, coruja"

Quando se tocara que também estava acordada parou por um minuto e o copo transbordou de água. Ela bebeu o excesso se abaixando e logo em seguida bebeu o copo inteiro de água. Ela se sentou em uma das cadeiras da mesa, pensou e voltou para seu quarto. Ela pegou seus fones e desceu novamente, mas agora para fora da casa. Ouvindo Feeling Good - Avicii ela caminhou pelas ruas apenas iluminadas pelos postos, já que a lua era coberta pelo tempo nublado, que iria permanecer assim até o final de semana, de acordo com a previsão do tempo.

Caminhando pela rua às 02h30 da madrugada de 02 de Fevereiro, sozinha ela vê uma ou duas pessoas na rua voltando ou indo para o serviço. Ela caminhou, caminhou e caminhou que cansou. Quando se deu conta era 06 horas da manhã e havia esquecido de algumas ruas que andou para chegar até onde estava, ela estava a algumas quadras do galpão LixoLixoso e viu alguns carros de polícia passarem pela rua com uma agitação, ela não quis ver o que era e tratou de voltar para casa.

Ela chegou em casa, estava sua avó chorando com uma vizinha com o telefone na mão.
— Oh graças a Deus! — disse a avó de Jeniffer.
— Vô, tudo bem? — perguntou.
— Nunca... mais... me... dê... um... susto... desses... — disse a idosa dando murros fracos na jovem.
— Você preocupou sua avó, Jeniffer, quando for sair deixe um papel dizendo... — disse a vizinha, que saia pela porta aberta por Jeniffer.
— Desculpe vovó, eu surtei e fui caminhar, sabe como é o lance dos apagões que tenho e não lembro do que fiz a noite ou dia inteiro, eu posso ter tido um... — respondeu Jeniffer abraçando sua avó.
— Mas mesmo assim, deixe um bilhete! — respondeu ela rindo e tossindo.

O jornal começou com uma notícia urgente: "Professora morta em bairro pobre" e Jeniffer começou a receber mensagens em seu celular. Era o seu grupo de amigos. Ela abriu o Facebook e viu a foto da família de Ana Cleia de luto pela morte dela, a professora de matemática de Jeniffer havia morrido. Ela avisou a todos no grupo e recebeu uma mensagem de Denis pelo Whatsapp:

"Parece que falamos de mais ontem de tarde..."


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