O botão azul escrita por Ahundred Eloy


Capítulo 1
Planejamento




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As montanhas azuis se erguiam na chuva e a chuva caia nos longos canais, a primeira chuva da estação.
As montanhas pareciam mais como grandes muros, cercando a pequena cidade, uma cidade movimentada e que ao mesmo tempo era mais parada que um vaga-lume sem motivação para brilhar.
E nesse cantinho esquecido pelo sol, morava Butterfield, um rapaz alto e charmoso, com os seus 21 anos, se divertia no seu quarto, comendo doces e destruindo seus neurônios com as bobagens que amava ver na TV. 
Em seu relógio rosa de pulso marcava 19:08, daqui uma hora ele vai colocar em pratica um plano que passou as últimas três horas planejando com um botão azul, o botão era de uma camisa que ele usava sempre quando tinha uns 14 anos de idade para ir nas missas nos domingos, o botão era seu melhor amigo, sempre ouvia ele, e sempre estava com ele em todos os momentos, menos quando Butterfield se esqueceu dele no banheiro a duas semanas atrás e o encontrou na lixeira, é, realmente, eles tiveram e terão ótimos momentos na vida, principalmente hoje, no “grande dia”.

— Chegou a hora velho amigo, estou meio nervoso, mas.... É, vai ficar tudo bem. Pode pegar a chave do carro para mim e guardar aquele livro? Ah! Desculpas, esqueci que você não tem braços nem pernas. –Butterfield fala com voz de tédio, muito tédio. — Idiota. 
— Tudo bem, vamos.
Butterfield entra no carro e coloca o pen drive no rádio.
— E então “butaaun” quer ouvir alguma música? O que?! Lady gaga? Ok. Ele liga o carro e dirige por 18 minutos na rua da sua casa. -Chegamos, você fica aqui, sei que não gosta de lugares com pessoas, pode ficar com o rádio ligado, mas quando eu voltar esteja aqui ainda.
Antes de entrar na casa onde estava acontecendo a festa ele teve que confirmar se seu nome estava na lista dos convidados - Butterfield, isso, eu disse que estava aí, mas tudo bem, obrigado. - Ele entra e vai em direção ao balcão onde algumas pessoas pediam suas bebidas, alguns solitários, esperando alguém que os convidasse para uma dança.

— Alguma bebida senhor? - Pergunta o barman. — Sim, sim, tem leite com chocolate? — Claro, aqui está. Aproveite. — Obrigado. — Provavelmente seria melhor com Lafarge aqui comigo (assim que Butterfield chama o botão) mas aquele idiota... deixa para lá.

Ele de longe fica observando uma garota, mediana, cabelos ruivos, branca, seus olhos eram impossíveis de se ver, por causa da distância como pela luz e lasers que acompanhavam a música. Ele se levanta, deixa sua bebida sobre o balcão e fala consigo mesmo - É hora de se divertir um pouco!

 Ele vai entrando no ritmo da música até chegar na garota. — Oi, Tudo bem?! - Ele está frente a frente com ela
— Oi?! Não, desculpe, consigo te ouvir. - Ela fala gritando.
Butterfield pega no braço dela e leva a garota para um lugar mais calmo, onde alguns casais estavam. O som ficava abafado ali, ninguém sabia o motivo, mas, isso realmente não importa. — Ei, você é bem louco em? Em me tirar assim da dança sem mais e nem menos, uh, tudo bem, tu és gatinho, talvez consiga me divertir. Vamos me mostre que vale a pena ficar aqui contigo. — Er... Certo. - Butterfield não sabia muito bem como lidar com aquilo, mas se lembrou das palavras que seu único amigo sempre falava como se fosse um velho sábio "menos palavras e mais ações meu jovem". –Certo, estou louco para me divertir, sair por aí sem preocupações e tudo mais, essas coisas sabe? Mas não tenho alguém para compartilhar esse momento, e pensei que encontrando uma pessoa desconhecida assim e fazer esse tipo de proposta seria interessante. — Que? Mas que diabos, isso é sério? Estou bêbada mesmo... então, Aceito! — Hum, certo, isso foi rápido, vamos.
os dois seguiram calados até onde estava o carro dele.

— Certo, ali meu carro, venha.

— Espera! Aquele é teu carro?! Não! Serio?! Aaaah! Cara! Um... não, não, não acredito que você tem um... Um Impala 67? Cara! Amo carros antigos! Você é perfeito!

— Bom, amo carros antigos desde muito tempo, era uma criança quando criei o gosto, comprei esse no início do ano, estava todo acabado e mandei reformar.

— Nossa, isso é demais, porra, vamos! Rápido! Quero andar nele.
Ele abre a porta para ela - Vai, entra, aproveita. — Que perfeito!

— Escuta o barulho do motor - ele liga o carro.

— AAaaaah!! Faz outra vez, faz outra vez. Cara, ficaria eternamente contigo só por causa desse carro.

— Entendo, mas vamos ficar temporariamente juntos, então que tal aproveitar ao máximo essa oportunidade e correr um pouco com ele por aí?

Eles pegam a autoestrada. Butterfield aproveita a potência e o pouco fluxo de veículos para divertir sua companheira, ela está rindo feito louca e falando umas coisas sobre motores de carros, ele ficou surpreendido pelo conhecimento dela nessa área.

— Ah é, desculpa, mas ainda não sei teu nome, se está no meu carro acho que é uma obrigação sua se identificar.

— Verdade, também não sei o seu, algum problema em me chamar apenas de B? Só por um tempo.

— Tudo bem, me chamo Butterfield.

— Sério? Seu nome é um pouco estranho, mas ok. 
Eles tiveram que entrar em uma estrada de chão porque logo em frente tinha uma blitz a favor da lei seca. Dentro do carro fica um pouco desconfortável por causa dos buracos no caminho. Eles escutam um estouro, foi o pneu dianteiro do lado direito. Butterfield perde o controle do carro, mas antes de qualquer acidente ele freia bruscamente. A poeira da estrada cobre tudo, e entra no carro. B começa a tossir.

— Está tudo bem contigo? - Ela pergunta.

— Sim, sim, foi só um susto, foi o pneu. - Ele fala olhando para fora. - Acho melhor a gente descer, tenho um estepe ali atrás.
Ela sai do carro e se senta no capô observando o céu.

— Ele está lindo hoje, as estrelas, sei quase todas as constelações.

— É realmente, está lindo. - Ele fala sem nem olhar para cima, está concentrado procurando alguma coisa no porta malas. – Encontrei!

Ele pega um pé de cabra, usa umas das mãos para esconder por trás, Butterfield vai se aproximando dela muito devagar, se aproximando, se aproximando, e mais perto, até que...
— Ei o que você... - Antes que ela terminasse a frase, ele sem pensar duas vezes taca o pé de cabra com uma força equilibrada em sua cabeça, ela não está morta, está totalmente apagada, no chão.

— Finalmente esse ser calou a boca, estava ficando meio assombrado já? - Ele pega o corpo dela e coloca no porta malas. - Ainda bem que coloquei esses pregos no caminho, até que está indo tudo como planejamos até agora né LaFarge? Ainda tenho que trocar esse pneu, você deveria me ajudar com isso sabia? Com o trabalho pesado, ela tinha razão... O céu está lindo.


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Notas finais do capítulo

Fim do primeiro capítulo ^^ espero que gostem da história, enfim, até o próximo capítulo.



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