Unidas pelo Sangue escrita por All StarCherry


Capítulo 9
Lições de um Semi-Deus


Notas iniciais do capítulo

ola leitores do meu coração
eu to começando a fica magoada por falta de review
então, se vocês querem mesmo que o próximo cap
é melhor ter uns 10 reviews até o dia 2 ¬¬"
é isso ai, vou fazer que nem Srta Aben-Athar e Srta_Rabello
MUAHAHAHAHA!!!

Mas é serio eu quero pelo menos 10 reviews, qual é gente? Não dói '-'



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/65700/chapter/9

Unidas pelo Sangue 9

 

Cap:. 9 Lições de um Semi-Deus

 

- Pobre criança – dizia à voz que me atormentará a pouco tempo em meus sonhos – Se não pode dar conta de tão pouco poder, nada pode fazer – eu queria gritar com aquela voz, mas minha voz não saia –Tão fraca, tão inútil... Pobre meio-sangue...

 

- Cala essa sua maldita boca – eu consegui dizer finalmente

 

- Interessante... – e a voz parecia estar pensativa – Mas nem com a sua maldita Fênix conseguira agüentar tamanho poder, irá enlouquecer com ele – e a voz ria.

 

- Cala a boca

 

- O poder irá lhe consumir e aquela maldita ave não suportara tamanho poder – ele literalmente cuspiu cada palavra.

 

- Você não sabe nada sobre ela

 

- E você sabe? – e então eu dei um meio sorriso

 

- Eu sinto

 

- Está confiante? Que bom, porque você vai precisar... e muito... Terá de se esforçar para domar os quatro ventos e ainda mais para domar Éolo boa sorte meio-sangue – e eu pude sentir a voz sorrir – Nos veremos em breve, se sobreviver até lá... – e a voz gargalhou e eu acordei ofegante e suada.

 

Eu estava na enfermaria, eu procurei Luna com os olhos foi quando eu ouvi uma voz feminina:

 

- Ela está bem. Aléxis não é? – dizia a garota Punk de meus sonhos

 

Eu demorei alguns segundos pra responder

 

- É – eu disse por fim

 

- Sou Thalia, filha de Zeus – ela me ofereceu a mão, e eu lhe cumprimentei.

 

- Prazer – eu tentei soar forte

 

- Olha, sobre o que aconteceu na arena...

 

- Não foi nada – eu lhe cortei – eu apenas... me empolguei um pouco – e então ela deu um meio sorriso

 

- É difícil controlar não é?

 

- O-o que?

 

- É muito poder não é? Ele também quase me consome às vezes...

 

- Não! Eu não tenho nenhum poder e... Eu posso me controlar! – e então ela apenas sorriu um pouco triste

 

- Sim você pode, mas precisa de ajuda.

 

- Eu...

 

- Sabe – disse ela – é difícil pra mim também, é claro que no seu caso é diferente, mas...

 

- Diferente?

 

- Você ainda não percebeu?

 

- O que? O que eu não percebi?

 

- Você tem mais poder do que eu, talvez mais do que muitos filhos de Zeus tiveram em anos, ou até em séculos.

 

- M-mas...

 

- Me disseram que você ganhou uma Fênix – ela sorria – Temos que confiar nela também

 

- Hãn?

 

- Você não sabe pra que servem as Fênix né? Quer dizer, além de lhe seguirem a vida toda e coisas do tipo – e eu apenas neguei com a cabeça e ela suspirou fundo – As Fênix guardam parte do poder de meio-sangues poderosos, você ainda não percebeu? Quanto mais poder você usar mais poder a Fênix terá de guardar, elas são como um selo para que você não acabe matando alguém com tanto poder liberado de uma vez só, ou melhor, matando a si mesma.

 

- Mas então, como assim “teremos de confiar nela”?

 

- Aléxis, é como tentar por um elefante em uma caixa. Se a caixa for grande e resistente ele entra, mas se ela for pequena e fraca ele a esmaga. Você entendeu?

 

- Q-quer dizer... ela pode morrer por minha causa?

 

- Sim, ela pode. Elas se igualam as monstros por poderem voltar a vida depois de mortas, mas se são mortas pelo poder do próprio mestre, não a nada que se possa fazer...

 

- Quer dizer que eu vou matá-la... – e eu já estava cabisbaixa

 

- Não você não vai, – e ela pegava meu rosto com suas mãos – eu vou treinar você e você conseguira controlar o seu poder, pelo menos parte dele.

 

- Onde está Atha? Ela está bem? Eu lhe machuquei? O que houve?

 

- Ela está bem, teve um breve desmaio, mas está bem.

 

- E Luna o que houve com ela?

 

- Está tomando café – ela sorria – Mas agora é melhor você dormir. Maninha... – e logo o sono me pegava

 

- Não resistirá – dizia aquela voz de meus pesadelos que ecoava em minha cabeça – Você cairá. Não resistirá, será inútil, morrerá – e logo eu acordava novamente.

 

Eu continuava na enfermaria... Céus como eu odiava esse lugar! Luna estava ao meu lado, ela segurava minha mão com poucas forças, eu sorri, lhe dei um beijo na testa e sai da enfermaria.

 

Eu não queria ficar lá, era como uma prisão e se eu dormisse provavelmente teria sonhos com essa voz estranha. Eu fui ao chalé de Zeus tomei um banho e troquei de roupa, afinal, sabe-se lá há quanto tempo estou com essa mesma roupa no corpo?

 

Peguei os presentes de meu pai e me dirige ao grande pinheiro, eu me sentei acostada a arvore e logo inspirei aquele ar da colina.

 

Eu podia jurar que só sentir-lo fazia minhas feridas se curarem e que o tempo parasse, foi quando alguém se sentou ao meu lado.

 

- Você é uma fujona sabia? – dizia a voz de Thyler

 

- Você foi me ver na enfermaria? – eu tentava adivinhar

 

- Fui, mas você não estava lá, Quiron vai matar você...

 

- Não se ele não souber...

 

- E como não saber? Luna está quase morrendo do coração por você ter simplesmente “sumido” da enfermaria, não a ninguém em um raio de três quilômetros que não ousa seus berros – e eu apenas ria.

 

- Como sabia que eu estava aqui? – eu perguntei ainda entre gargalhadas

 

- Você adora a colina, eu conheço você – e eu quase me perdia em seus olhos...

 

- Mas, Thyler. O que houve na arena pra vocês estarem tão cansados?

 

- Olha, não foi culpa sua, eu sei que não foi você...

 

- O que eu fiz dessa fez? – eu dizia já um tanto cansada

 

Ele não queria responder eu sei, mas ele sabia que eu insistiria o dia todo se necessário, então ele se virou para mim.

 

- Você queria matar todos, tínhamos que lutar não apenas com as equipes, mas com você, para que não machucasse ninguém – e lagrimas já queriam sair por meus olhos, mas eu simplesmente não podia solta-las... – Não foi você, eu conheço você, sei quem você realmente é.

 

- Obrigada Thyler – e ele apenas me abraçou – Mas mesmo assim me desculpe

 

- Não foi você foi...

 

- Foi sim – e eu lhe olhava nos olhos – Uma parte minha que renego há muito tempo – e eu apenas olhava o sol – Mas vou dominá-la, eu espero...

 

E então ele respirou bem fundo e apenas se levantou com um pouco de esforço.

 

- Vamos? – ele me oferecia a mão

 

- Claro... – e logo partíamos em direção a enfermaria, ao chegar lá eu apenas senti um abraço apertado e um choro um tanto surdo.

 

- Onde você estava? – choramingava Luna – Por que não me acordou?

 

- Eu...

 

- Ela estava comigo – dizia Thyler – a culpa foi minha, – ele sorria torto – foi mal... – e eu apenas o olhava sem entender até que ouvi galopes atrás de mim

 

- Então – dizia Quiron – o que exatamente aconteceu aqui? – ele me olhava firme

 

- Bem... – eu tentava pensar em algo

 

- Eu fui visitá-la de manha cedo – dizia Thyler – e a convidei para dar uma volta, foi só – e eu ainda o olhava um pouco sem entender.

 

- Pois bem – disse Quiron – Não saiam sem avisar da próxima vez – mas ele ainda me olhava com um ar diferente – Entendido?

 

- C-claro – eu consegui dizer

 

- Sem problemas – dizia Thyler indiferente e logo Quiron se foi do mesmo modo que surgiu.

 

- Não foi isso que aconteceu não foi? – dizia Luna

 

- Não – dissemos eu e Thyler

 

- Eu precisava de ar – eu dizia – Meus sonhos só pioram quando estou na enfermaria...

 

- Sonhos?

 

- Não é nada – eu tentava sorrir eu sentia que Luna iria falar alguma coisa quando de repente algo bateu forte na minha cabeça

 

“Desculpe mes... Aléxis!”

 

- Atha? – e eu já recuperava o fôlego – ATHA! – e eu apenas lhe abraçava – Graças...

 

“Mestra... preciso... de ar...”.

 

- Ah claro! – e eu já lhe soltava – Me desculpe, e Atha... sobre o que aconteceu na arena eu...

 

“Não foi culpa sua, você foi forte, por você estou viva agora”.

 

- Por mim? Eu quase te matei!

 

“Não mestra, foi sua força de vontade que conteve o seu poder, foi você”.

 

- M-mas...

 

“Esqueça” eu insistiria, mas sabia que ela apenas negaria a minha culpa então eu simplesmente me calei. Nós andamos pelo acampamento ainda sem uma direção certa.

 

- Então... – eu dizia – O que houve com a Mel?

 

- Mel está bem, Mary sabe invocar travesseiros gigantes de boa qualidade – brincava Thyler risonho e eu apenas ria.

 

- Mas... – eu dizia ainda um tanto confusa – A Mary ela....

 

- Está dando chiliques! – disse Luna – Ela ficou com uma marquinha no rosto e agora quer matar os filhos de Demeter...

 

- Uma marquinha?

 

- Percy conseguiu curar o resto, mas ainda assim ficou uma marquinha...

 

- Preciso vê-la

 

- Ela está bem! Sabe como ela é fresca...

 

- É, mas... preciso vê-la ela... tinha dito algo sobre umas poções e...

 

- A poção verde e a azul certo? – dizia Thyler

 

- É! Eu acho.... – e eu já estava meio confusa

 

- Ela fez você beber as duas enquanto estava desmaiada – ele disse simplesmente

 

- Mas... pra que?

 

- Eu não sei, – dizia Thyler – ela simplesmente disse que daria equilíbrio a você.

 

- Equilíbrio?

 

- É

 

- Ta mas... mesmo assim, eu preciso vê-la – e eu me virei para eles – vejo vocês mais tarde – e logo eu me despedi e fui ao chalé de Afrodite.

 

Eu bati na porta de leve, mas ninguém me atendeu, eu decidi bater mais forte, e novamente ninguém me atendeu, eu abri a porta de leve e lá estava ela junto com suas irmãs lendo uma revista de fofocas e diziam coisas como “Ah ele é lindo!” ou “Essa blusa tem tudo a ver comigo!”, ou seja, coisas que eu resolvi ignorar.

 

- Mary? – eu disse simplesmente, mas ela pareceu não me notar – Mary?! – e ela continuava fofocando – MARY?!

 

- EU? – dizia ela num pulo

 

- Preciso falar com você

 

- Você não pode entrar aqui – disse uma de suas irmãs, eu já ia abrir a boca pra começar uma boa discussão, mas a Mary me impediu de falar qualquer coisa:

 

- Pode se eu der permissão – e então ela se virou para mim – O que queria falar comigo?

 

- Por que... Por que me deu as poções verde e azul, pra que elas servem? Quer dizer... que tipo de “equilíbrio” é esse? – e ela apenas pareceu pensativa

 

- Aqui não é o lugar certo... Vem comigo – e ela logo estava na porta – Vamos dar uma volta

 

- Ok...

 

Nós caminhamos uns minutos em silêncio, até ela simplesmente me olhar um tanto triste.

 

- Você tem muito poder, sabe disso não é?

 

- Mais ou menos...

 

- Bem, a poção verde aumenta sua força e a azul a diminui, misturando-se as duas poções se consegue uma poção neutra. Uma poção que não lhe aumenta a força e nem a diminui, mas sim a equilibra. Você entendeu agora?

 

- Acho que sim... mas... Como eu posso ter tanto poder? Quer dizer, eu sou só... “eu”.

 

- Só você é suficiente para acabar metade do acampamento, talvez todo – dizia ela rindo.

 

- Não tem graça

 

- Tem sim, o fato de você se desvalorizar sendo quem é, é muito engraçado – e eu apenas a olhava sem entender – Aléxis, você é diferente, sempre foi. – e então ela riu novamente – Achou mesmo que umas campistas tão novatas e desajeitadas como eu e July fossem como vocês duas? Nós nunca chegamos aos pés de vocês – e eu apenas a olhava um tanto curiosa – Não me olhe assim! No fundo você sabia disso!

 

E todas as lembranças de nossas vidas juntas passavam pela minha cabeça...

 

O jeito divertido e louco da July... O fato dela acordar sempre cedo que ainda me assusta... O jeito como ela fica depois que escurece... como se perdesse as forças... O jeito como a Mary fica quando acorda... com os cabelos todos embolados e o como ela reclama disso toda manhã... ou jeito que a Mary tem de não ligar pra você e logo lhe chegar dizendo que sabe mais de você do que você própria.

 

Elas são doidas eu sei, mas eu não conseguiria agüentar a vida sem cada uma das palhaçadas que elas aprontam... não sei se poderia viver sem isso...

 

- Ahh! Eu também te amo!! – dizia ela me abraçando como se lesse meus pensamentos

 

- Qual é? Agora você pode ler mentes?

 

- Eu sinto o seu sentimento sua boba – e ela apenas me abraçava mais – é forte...

 

- Mary, você é uma das minhas melhores amigas – e eu apenas sorria – é obvio que eu gosto muito de você.

 

- Ahh, que fofa – e ela apenas me abraçava mais forte.

 

- Mary... chega... – “Cacete de onde vem toda essa força?” – Ta sentimental demais...

 

- Ah sim, claro – e ela logo me soltava – Me desculpe.

 

- Tudo bem

 

- Eu... – dizia ela meio sem jeito com um sorriso torto

 

- Claro, pode ir lá ver suas revistas de moda...

 

- Ah obrigada! – e ela me abraçava calma – até...

 

- Até – e eu novamente deixava meus passos me levarem enquanto a minha mente voava longe...

 

Maldita voz! Aquilo não deixava de me preocupar mais e mais... foi quando eu cheguei ao refeitório e agora que eu finalmente notava: Já estávamos em horário de almoço...

 

Eu não estava com fome, então simplesmente fui à mesa de Zeus, e lá estava a minha “maninha”, Thalia a minha irmã conversava alegremente com Luna que parecia fascinada com cada palavra que saia de sua boca, eu me sentei tentando ficar indiferente, mas acho que isso era impossível...

 

Afinal a tão falada filha de Zeus que ajudara a Percy a salvar o mundo das mãos do poderoso Cronos e seu exercito de titãs.... A tão famosa filha de Zeus que se tornara a nova tenente das tão faladas caçadoras de Ártemis... eu tinha praticamente uma estrela sentada ao meu lado.

 

Ciúme? Talvez, eu não sei ao certo que sensação é essa. Ela vai de animação à raiva e ódio pelo simples fato de Luna não deixar de sorrir e se encantar com cada palavra que saia da boca da minha MEIA-irmã.

 

O que elas falavam? Eu não sei, não prestei atenção nisso...

 

- Ai Aléxis, deve ser tão legal! – eu realmente não dava a mínima pra o que elas falavam, eu não tava nem ai – Aléxis? – por que eu gastaria meu tempo precioso que quase nem tenho com isso? Eu não ligo à mínima – Aléxis?! – por mim podem falar à vontade que eu nem... – ALEXIS?! – e então metade do refeitório passou a olhar para mim e Luna simplesmente ficou quieta enquanto suas bochechas tomavam uma cor avermelhada.

 

- Oi...? – eu disse tentando soar indiferente, mas ela simplesmente me olhou um pouco chateada.

 

- Você não estava me ouvindo certo?

 

- Não – eu confessei

 

- Ah Aléxis, você é muito distraída! – distraída? Eu? Eu podia ter até deficiência do déficit de atenção, mas eu simplesmente não a queria escutar! Só isso! Oras! E depois eu sou distraída..! RAM! – Isso é falta de educação – Falta de educação?? EU?? DEUSES! Eu criei essa pirralha desde que ela se conhece por gente! E eu que sou má educada???

 

- Esqueça.. – dizia Thalia meio apressada – Mas tarde lhe contarei sobre a vida de uma caçadora – ela sorria. Céus... se ela a tivesse contado como é a vida de uma caçadora eu vou morrer de tanto que a Luna vai falar antes de dormir... quer dizer, se a Thalia não dormir no nosso chalé não é? Foi então que Thalia me olhou com certa curiosidade – Você não vai comer?

 

- Não estou com fome – eu disse simplesmente

 

- Você que sabe, mas eu já lhe aviso – e ela me olhava risonha – não sou eu quem vai ficar lamentando por não ter comido nada no almoço, por que eu não pegar leve com você – e seus olhos eletrizantes pareciam me ameaçar com seu brilho.

 

Eu simplesmente me levantei rápido e peguei um prato um tanto cheio, taquei um pouco a Zeus e logo já estava na mesa do mesmo comendo com um tanto de pressa enquanto Thalia e Luna riam ao meu lado, eu ignorei, sabia que depois quem riria de Luna seria eu, e seria melhor aproveitar...

 

Depois do almoço Thalia me pediu para que a seguisse enquanto Luna faria qualquer coisa que não escutei direito. Thalia me levou até a grande colina e simplesmente fechou os olhos, pos a mão no grande pinheiro e inspirou o maravilhoso ar da colina.

 

 - Imagino que goste tanto da colina quanto eu – ela disse ainda sem abrir os olhos – É mágica não é? – e eu apenas sorri

 

- Muito

 

- Pois bem, – e ela abriu os olhos – Vamos começar do básico – e ela me analisava de cima a baixo, quando finalmente me olhou nos olhos – Sabe lançar raios?

 

Eu fiquei meio que sem saber o que responder... Ela considerava isso básico e nem isso eu sei fazer!!

 

- Eu...  não – confessei finalmente

 

- É... bem, vamos ver.... Faça assim – Foi quando ela soltou um raio fraco em direção a uma arvore que ficou funda exatamente naquela parte na qual ela tinha atingido e eu simplesmente a olhava incrédula. Quer dizer, como ela espera que eu faça isso?? – Tudo bem, mas devagar – Foi quando ela inspirou bem fundo e novamente o raio saiu cortante de sua mão e deixou o buraco na arvore ainda mais fundo, eu já ia começar a perguntar como ela tinha feito isso, mas ela simplesmente disse:

 

- Concentre toda a energia que passa por seu corpo em uma de suas mãos e então simplesmente descarregue de uma vez

 

E foi o que eu tentei fazer eu juntei tudo que pude e logo disparei contra a arvore quando ela simplesmente caiu e sua madeira queimava no gramado

 

- Não tanta – disse Thalia, foi quando ela começou a disparar raios com os dedos aonde pegava fogo fazendo imediatamente o fogo parar.

 

- C-como?

 

- Um incêndio apaga outro – disse ela, e então se voltou para mim – faça assim: Inspire fundo e concentre-se em quantidade, poder e força, faça cada elemento passar por você e inspire mais e mais vezes até obter a quantidade e forças certas e então solte, não importa quanto tempo demorar, apenas faça certo e logo se acostumara com os raios, geralmente eles lhe permitem controla-los então são o básico.

 

- Certo – e lá estava eu praticando, praticando e praticando... eu já estava quase pegando o jeito, mas controlar o poder era algo muito difícil pra mim, é algo que ainda não tenho controle, é como se não fosse só o meu poder, é como se alguém o tentasse controlar.

 

Luna ficou toda animada pelo fato de eu estar aprendendo a dominar os raios. Ela queria muito participar e treinar ao meu lado, mas Thalia disse que nada poderia fazer se o poder dela ainda não havia despertado.

 

Mas mesmo assim Luna estava lá sempre que possível, assistindo meus treinos, tentando guardar cada acerto que eu dava, até que os acertos ficaram mais freqüentes e os raios fortes, mas ao mesmo tempo fracos.

 

Eu dava tudo de mim, foi quando Thalia me ensinou a soltar um choque forte, mas que não chegasse a por fogo, ela disse pra me concentrar em algo áspero e que ajudaria, eu não sei por que, mas deu certo.

 

Foi quando veio a próxima lição, aprender a soltar raios pelos dedos, os misturar em chutes e socos, junto com investidas nas espadas, essa parte até foi fácil, só um pouco complicado quando se tratava das espadas, mas eu me acostumei.

 

Então veio a lição que literalmente não foi feita pra eu aprender, a lição de chamar os trovões dos céus, não é fácil, pelo contrário, é terrivelmente difícil...

 

Os trovões dos céus, como Thalia disse, são diferentes, como filhas de Zeus somos feitas pra saber lidar com eles, mas mesmo assim, são como trovões selvagens, trovões que não querem ser domados, mas temos de fazê-los, eu só ainda não saquei como...

 

Thalia me disse algo como: “Para um lobo domar as ovelhas, ele deve rugir como um verdadeiro leão” eu só não entendi o que isso tem a ver com os raios, foi quando ela me disse pra procurar no fundo da minha consciência o meu lado “Annabeth”.

 

Eu tentava e tentava achar uma explicação chata e ao mesmo tempo cheia de lógica pra isso, mas eu nada conseguia, eu fiquei com tanta raiva que simplesmente atirei raios para os céus, foi quando o céu ficou escuro e eu logo sentia aquela presença poderosa e louca perto de mim.

 

Sim, raios me davam uma estranha sensação de poder, uma louca sensação de poder eletrizante que passava por minhas veias.

 

Foi então que eu me concentrei ao máximo tentando expelir do meu corpo todo o meu poder, fiz de pouco em pouco e quando nem cheguei na metade um raio dos céus veio até mim, ele passou por todo o meu corpo e aquela sensação de poder se tornou além disso uma sensação de controle.

 

Eu fiquei um dia na enfermaria por ordem de Quiron e logo já estava de volta às lições, Thalia parecia estar feliz com cada lição que eu cumpria, mas ao mesmo tempo nervosa e pensativa, ela havia me impedido de ver Atha, disse que apenas na ultima lição eu poderia vê-la novamente.

 

E isso apenas me incentivava a continuar, ela me ensinava novos golpes com raios a cada dia, foi quando veio outra lição um tanto chata...

 

Controlar os quatro ventos:

Bóreas: O vento norte

Nótus: O vento sul

Eurus: O vento leste

Zéfiro: O vento oeste

 

- Mantenha sua mente limpa – dizia Thalia

 

Mas não adiantava nisso eu era uma Merda!

 

Maldito dia em que Thalia me pos pra dominar os ventos! Desde daquele dia tenho pesadelos com só uma coisa: A voz...

 

E o pior... ela apenas repete uma coisa:

 

 “Fracassarás, perderás meio-sangue, nunca poderás dominar os quatro ventos” e eu novamente acordava ofegante e suada.

 

Eu olhei para os lados e lá estava Luna, dormia tranquilamente, depois de tudo que Thalia contou a ela e a mim, ela não fica enchendo o meu saco falando e falando... parece que vê o quanto esse treinamento ta acabando comigo... mas eu não podia parar... eu tinha de dominar essa “coisa”

 

E sim, a Thalia não dormia no chalé de Zeus, ela dormia no de Ártemis, eu não sei se foi por ela perceber o meu desconforto quanto a isso ou apenas por ela querer dormir lá, mas eu não discuti, me mantive quieta.

 

Eu tomei um banho, troquei minhas roupas e pus os presentes de meu pai.

 

Agora você se pergunta: E a munhequeira? O que ela faz? Você já descobriu?

 

E a resposta é: Não, eu não descobri pra que essa jossa serve, mas como eu já disse: A esperança é a ultima que morre.

 

Eu deixei meus passos me levarem até onde meus pensamentos o guiavam: A colina

 

E lá estava eu de novo, tentando controlar os quatro ventos. Ô coisa difícil viu? Eu fiquei lá um bom tempo, mas não adiantava o quanto eu tentasse, eles simplesmente não me obedeciam.

 

Foi quando eu decidi parar um pouco e me dirigi ao refeitório, lá estava Thalia e Luna, eu peguei um pouco de comida e em um pensamento desesperado eu taquei um tanto a Zeus com um pedido:

 

“Ajude-me com os quatro ventos, por favor”.

 

E logo eu já estava comendo um tanto quieta na mesa de Zeus, eu tinha que continuar treinando... Então eu simplesmente fui direto para a colina, e lá estava eu novamente, treinando, treinando e treinando...

 

Fechei meus olhos tentado me concentrar em cada ensinamento, pensando nos ventos e em cada brisa que passava por mim.

 

Desacelerei meu coração e o mantive calmo, tentava sentir cada criatura presente ao meu redor, e cada mudança de sentido do vento eu tentava captar.

 

Inspirei profundamente enquanto a eletricidade que passava por meu corpo ia se apagando pouco a pouco, afinal a Thalia havia me dito uma coisa interessante outro dia, ela havia me dito que no inicio os ventos não aceitam os raios, então isso deveria significar que eu deveria talvez esquecer que os dominava e quem sabe me concentrar mais apenas nas brisas...

 

Foi quando eu tentei chamar cada vento para perto de mim e meu corpo pareceu flutuar, eu abri meus olhos e eu estava acima do chão.

 

Eu passei a tarde tentando controlar cada vento e brisa, e os combinando com ataques e investidas além de golpes de kung fu e karate. Quando eu fui contar a Thalia, ela pareceu surpresa e logo me olhou seria.

 

- Preciso falar com Lady Ártemis – ela me disse – volto amanhã – e então ela olhou fixamente em meus olhos – Esteja pronta pra matar um dragão ou até um deus – e logo se foi

 

Eu não entendi bem essa coisa de “Esteja pronta pra matar um dragão ou até um deus”, não sabia se isso era incentivo ou algo pra me deixar pra baixo.

 

Não querendo pensar nisso eu deixei meus passos me levarem e logo eu estava na casa grande, lá estava:

 

Percy, Annabeth, Luna e Rachel.

 

Ah sim! Eu conheço a Rachel, sabe, no inicio eu fiquei até com medo daquela fumaça estranha que saiu dela e nunca chegava muito perto dela, mas o Percy me explicou sobre essa coisa dela ser o oráculo e que às vezes ele a dominava e tal...

 

Foi quando eu comecei a falar com ela, ela não era tão chata ou qualquer coisa, Annabeth até gostaria dela se a Rachel não gostasse do Percy. Ela é simpática, gente boa, a Annabeth que é só um pouco esquentada...

 

Eles pareciam conversar felizes, mas a Annabeth parecia um tanto desconfortável. E então os olhos de todos caíram sobre mim.

 

Annabeth pareceu sorrir e murmurar algo como “minha salvação”, Percy apenas sorriu feliz, Luna pareceu mais feliz ainda e Rachel sorria simpática e então sua expressão sumiu e ela veio até mim encoberta pela tão falada nevoa verde e misteriosa e os olhos tão verdes quanto o normal.

 

Ela me olhou profundamente nos olhos e então seus olhos voltaram à cor normal e ela caiu sobre mim, ela pareceu estar inconsciente de principio e logo abriu os olhos cansados e eu apenas lhe observava confusa.

 

- O que...? O que houve?

 

- O oráculo... – disse Percy, e então novamente Rachel desmaiou em meus braços enquanto eu apenas a sustentava confusa – O oráculo está sem forças... – disse Percy

 

- Como assim “O oráculo está sem forças”?! – eu dizia confusa

 

- Não está vendo? – ele disse apontando para Rachel – Era como se ela fosse fazer uma profecia e ai... puf, desmaiou.

 

- Nossa Percy, estou muito impressionada com a sua inteligência – eu disse irônica – Me diga algo que eu não saiba cabeça de alga! – e ele apenas fez uma careta

 

- Vamos levá-la a Quiron e contar tudo que aconteceu – dizia Annabeth séria – Agora – sabe, é isso que eu gosto na Annabeth, esse lance dela manter o controle e controlar a raiva em horas como essa é muito show.

 

Ela realmente é alguém que me inspira uma pessoa que guarda para si os seus momentos de tristeza, uma pessoa forte o bastante para se manter em pé, é claro, eu já ouvi as historias do Percy e tal e sei que ela sofreu muito e é mais ainda por isso que ela merece minha admiração.

 

- Quiron está na área de treinamento – e ela olhou para mim – Coloque Rachel deitada em seu quarto e cuide dela – ta bom, agora toda a minha admiração que eu tinha por ela se foi.

 

- Mas...

 

- Sem “mas” vai logo

 

- Essa profecia ou sei lá o que era pra mim, eu tenho o direito de saber!

 

- E leve Luna com você – disse ela ignorando minhas palavras e eu apenas revirei os olhos já cansada de tanta coisa num dia só

 

- Vem Luna... – eu dizia pondo Rachel em minhas contas

 

- Mas... Aléxis...

 

- Vamos, estou cansada demais pra discutir hoje.

 

E logo estávamos no quarto do oráculo, ela tinha febre alta que insistia em não querer sair, não importa os remédios que eu a desse.

 

- Não quer baixar... – disse Luna, sentada ao lado da cama.

 

- Vai baixar, eu sei que vai – eu dizia já um pouco impaciente andando em círculos.

 

Foi quando Quiron chegou, ele primeiramente me olhou curioso e apressado, e logo viu Rachel que ainda não acordará.

 

- Ela não chegou a dizer nada – eu disse um tanto sem fé – é estranho demais

 

- Não é estranho – disse Quiron – O oráculo está fraco, fraco de verdade. O monstro finalmente está agindo

 

- O-o que?

 

- Aléxis precisamos conversar – e ele olhou para Luna – a sós

 

E então ela rapidamente se levantou um tanto confusa, deu um beijo na testa de Rachel e um breve aceno para mim e logo se retirou.

 

- Você se lembra do dia que chegou ao acampamento? Pouco antes de você... “tropeçar” na porta – ele respirou fundo e senti que ele não queria dizer que eu estava bisbilhotando – Nós ouvimos uma profecia e...

 

- Eu sei, eu ouvi – admiti.

 

- Ótimo, – disse ele um tanto aliviado – e você... Lembra?

 

- Parte... eu apenas lembro de “as filhas do deus grande” só isso

 

- Isso... complica... um pouco... A profecia, toda é: “As filhas do deus grande irão surgir. E juntas, o destino irão cumprir. Atrás do monstro que sozinho fugiu. Sete deverão ir. Com a ajuda de um amigo contaram. Que será aquele que os deixou em uma missão” – ao terminar ele suspirou – Mas é algo meio sem nexo, pois não havia nenhum monstro que havia despertado ou... “fugido”, então vieram vocês e os monstro começaram a despertar e atacar meio-sangues em grandes números e...

 

- Então foi pra isso que Clarisse foi ao Olimpo? Para falarem de monstros despertando em grandes quantidades?

 

- Rezei para que estes tempos de paz não terminassem, mas sim – e ele suspirou fundo – Creio que está na hora.

 

- Na hora?

 

- Você terá a sua profecia, assim que ela despertar – e ele olhou para Rachel – Agora eu preciso ir, tenho de ajustar umas coisas – e ele logo se foi pela porta.

 

Agora eu me lembro... mas... sete? Como assim sete? Quem seriam esse sete? E esse monstro que fugiu? Eram tantas e tantas perguntas que giravam pela minha cabeça que ela parecia que iria explodir

 

- Raios! – eu disse um tanto alto e então o quarto todo pareceu ficar mais esverdeado e sinistro, foi quando eu olhei para Rachel e a fumaça tomava seu corpo, foi quando ela abriu os olhos e se sentou na cama com os olhos fixos em mim – Sinistro – eu consegui dizer.

 

E aqueles olhos me olharam com interesse

 

-  “Todos os dois filhos de cada grande deverão se unir

   

    Para juntos o caminho até o grande monstro descobrir

 

    Somente unidas às irmãs de carne e osso conseguirão reunir

 

    Força suficiente com o qual o monstro finalmente irá cair

 

    Amigos inesperados surgirão pelo caminho

 

    E do amor a coragem em um ultimo suspiro” –

 

E ela ainda me olhava com um certo interesse enquanto o meu cérebro tentava digerir cada palavra “às irmãs de carne e osso”...

 

Eu já ia abrir a minha boca pra perguntar como exatamente conseguiríamos reunir tal força quando o oráculo apenas falou:

 

 “União que apenas a grande bruxa poderá formar

     ‘Dois que se tornar um para serem dois’” –

 

E mais e mais coisas passavam pela minha cabeça... “Amigos inesperados”...

 

-   “Dos amigos corajosos um lhe trairá

      E um retornará das cinzas para logo mais voltar”

 

 “Um lhe trairá”... isso com certeza não era bom... mas... “Todos os dois filhos de cada grande”... significa que a mais meio-sangues filhos grandes... significa...

 

-   “Os meio-sangues descobertos uma voz seguirão

 

    A voz daqueles que os abandonaram então

 

   Um rebelde seguira calmo os olhos eletrizantes

 

  E da pergunta à resposta de um fantasma amigo

 

 ‘Onde estará a nova meio-sangue perdida no tempo’?” –

 

E ela me olhou curiosa.

 

- Que a sorte lhe guie herói – foi tudo que ela disse antes de seus olhos ficarem brancos e toda aquela fumaça sumir e ela desmaiar novamente.

 

Eu fiquei uns segundos parada até me convencer de que aquilo não foi só um sonho, e logo eu fui direto a Quiron, ele pareceu nervoso com tais palavras do oráculo e disse que encontraríamos mais respostas com os deuses no dia seguinte e então tudo que eu fiz foi treinar e treinar ainda mais.

 

O dia passou meio sem eu perceber, eu treinei o dia todo tentando controlar os ventos e já os utilizava bem com as espadas.

 

Naquele mesmo dia, antes de dormir eu pensei em Atha. Como será que ela estaria? Eu não sabia, mas eu tinha quase certeza que a veria no dia seguinte.

 

Já estava quase deixando o sono me levar quando escutei a voz de Luna quase num sussurro:

 

- Aléxis...

 

- Hum...?

 

- Esses sonhos... esses sonhos que você tem... eles... são sobre o que?

 

- Quer mesmo saber? – eu dizia tentando não abrir os olhos

 

- Sim, por favor.

 

- É sobre uma voz, uma voz que chega a me dar medo na espinha...

 

- E o que ela fala?

 

- Coisas ruins, você não vai querer saber..

 

- Eu acho que eu não preciso

 

- Hãn?

 

- Aléxis, eu sonho com essa voz... as vezes e... ela é... assustadora...

 

- Não ligue pra ela – e eu abri meus olhos – ainda vou dar uma surra nela em um desses sonhos – e ela riu baixo e eu apenas sorri um tanto feliz – Agora durma, boa noite.

 

- Boa noite Aléxis... – e eu logo adormeci.

 

 - Está próximo...-   dizia a voz quase que como um deboche.

 

- Ei! Acorda! – e eu logo acordava ofegante e suada – Finalmente – dizia Thalia – Vamos, se arruma, coloque suas coisas e vamos à colina, rápido.

 

Eu não entendi muito bem, mas decidi não discutir e ainda mais eu estava cansada demais para isso... Tomei um banho rápido e logo já estava com uma calça jeans simples e uma blusa do acampamento.

 

- Pegue os presentes de papai

 

- Hãn? – eu dizia ainda meio sonolenta – Pra que?

 

- Não discuta – e foi o que eu fiz – Ótimo – disse ela – Venha comigo – e logo já estávamos na colina, quando os ventos da manha vieram até mim eu me senti livre e foi como se o tempo parasse por uns instantes... – Prepare-se

 

- Hm? – e só agora eu reparava que ela estava totalmente arrumada para uma boa luta

 

- Vamos – e ela logo avançou contra mim e eu apenas desviei

 

- O que está fazendo?? – e ela apenas atacava mais e mais

 

- Terá de ser muito mais veloz e forte se quiser dominar os quatro ventos! – e ela me lançou um raio que rapidamente desviei

 

- Mas eu já domino os ventos!!

 

- Não seja tola! Apenas por dominar uma brisasinha acha que já pode contra os quatro ventos??

 

- Como assim “uma brisasinha” eu posso fazer muito mais que isso!

 

- Então mostre!! – e ela logo me lançava mais ataques, foi quando eu girei minhas baquetas e defendi cada qual de seus golpes – Anda! Apenas desviar não ajudará em nada!!

 

- Do que você ta falando?

 

E logo nos empacamos em uma defesa bruta e forte

 

- Acha que é apenas treinar e pronto? Tem de se vencer a representação de cada vento! – e ela cortou o meu ataque – Como filhos de Zeus é obvio que dominamos ventos, mas não “ventos” mesmo, são mais como brisas...

 

- Brisas? – foi quando eu rebati um ataque forte mantendo fortemente nossas espadas unidas

 

- Para realmente dominar os quatro ventos é necessário vencer cada representação dos ventos, Bóreas: O vento norte, – e logo eu rebatia mais um de seus golpes – Nótus: O vento sul, – e ela rebatia um ataque meu – Eurus: O vento leste, – e mais uma vez parávamos com as espadas cruzadas – e Zéfiro: O vento oeste

 

- M-mas... – e eu afrouxei um pouco a força e antes de ela cortar meu braço eu pulei para traz – Como? Como você espera que eu faça isso?

 

- Indo para cada parte dos pais: Norte, Sul, Leste e Oeste – e ela novamente avançava contra mim – Você deve lutar contra os quatro ventos!

 

- M-mas...

 

- Se não pode nem me vencer como vencera os quatro ventos?! Ande! – e ele me mandava mais e mais golpes – Mais rápido! Mais forte! Anda!! – era tanta coisa que girava na minha cabeça... A profecia e agora essa de lutar contra os quatro ventos e Thalia não deixava de gritar e aquilo já estava me deixando louca.

 

- Cala a boca – eu consegui dizer

 

- Cala a boca? É isso que vai falar para os ventos? É isso que vai falar para Éolo? – e a raiva insistia em vir

 

- Por favor... Cala a boca! – e ela investia mais e mais forte

 

- Mais rápido

 

- Cala a boca!

 

- Mais rápido!

 

- CALA A BOCA – e logo eu desviei de cada golpe e lhe mandei um ataque cortante pulando com todo o meu peso contra seu escudo erguido para cima e ela apenas o tacou para longe como se tivesse levado um choque com isso.

 

Ela me apontou a espada e eu apenas a rebati mais e mais rápido e ela parecia assustada ao olhar em meus olhos. Foi quando eu lhe desarmei e joguei sua espada para longe, ela pareceu um tanto sem reação.

 

- O que foi?? – disse uma voz um tanto diferente da minha – Não era isso que você queria?? – e logo ela me olhou mais assustada e tudo que passava pela minha cabeça era que eu tinha que parar isso, parar agora.

 

“Aléxis” dizia uma voz de uma menina de 14 anos que eu não ouvia a um bom tempo “lembre-se de quem você é”

 

E apenas por ouvir aquela voz tudo que eu fiz foi soltar minhas espadas um tanto sem reação, mas a raiva ainda estava sobre mim. Eu senti meu coração bater mais forte enquanto eu dava passos para traz.

 

Foi quando eu senti minha raiva aumentar, mas não importa, eu não iria me descontrolar, eu tinha que me manter no controle e tudo que eu pensava era: Não, eu não posso, não agora.

 

E então eu senti como se meu poder se expelisse do meu corpo e ondas de choque cruzaram contra a floresta enquanto eu notava estar sobre o ar agora.

 

Thalia me olhou confusa e assustada, foi quando os raios atingiram as arvores, ela pareceu perceber que logo isso causaria um grande incêndio, ela pareceu pensar rápido e concluir o que deveria fazer enquanto eu sentia mais e mais cargas sendo expelidas do meu corpo, ela me olhou um tanto triste e murmurou um “Me desculpe” sem som quando lançou um raio em minha direção.

 

Assim que seu raio passou por meu corpo, uma onda de um novo poder o percorreu e meu corpo todo se arrepiou e se contraiu, meus olhos fitavam o céu enquanto minhas pernas estavam esticadas e eu ainda permanecia acima do chão.

 

A raiva pareceu sumir de um certo modo, mas o desejo de revidar me tomou, foi quando eu a olhei, ela pareceu confusa. Eu lhe aponte o dedo indicador.

 

- Minha vez – disse minha voz um tanto mais poderosa foi quando eu ouvi passos apressados.

 

- ALÉXIS!!!!!!– gritava alguém ao longe, foi quando o cansaço me pegou – ALÉXIS!!!!!!!!!!!!!!!! – e logo tudo apagou

 

 

Nota da autora:

é esse final é tenso mas, como voces estam vendo eu estou pondo cada parte do meu trailerzinho sobre a historia na historia Pra vocês terem uma ideia de onde eu tirei

Agora voce se pergunta: Você ja tinha tudo isso planejado? e a resposta é Sim,ó/ por isso os cap saem mais rapidos

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ja leu?
deixa um review, uma indicação ou simplesmente aumenta a minha popularidade,
LEMBRE-SE eu quero 10 reviews até o dia 2 então participa pô ù.ú