Unidas pelo Sangue escrita por All StarCherry


Capítulo 15
Uma bêbada grogue anda pelas paredes de meu chalé


Notas iniciais do capítulo

Demorei?
Maus, mas bem... para aqueles para aqueles que nao sabem eu fraturei os dois dedos principais de minha mao esquerda, sendo assim, fika dificil postar.
Ai vc diz:
e dai vc nao tem os capitulos prontos??
eu respondo:
pois é tenho so que estou melhorando a historia dando revisadas e tudo mais e aposto wue vc nem percebeu que venho fazendo isso com os capitulos antigos .-.
Mas chega de falaçao
Vamos ao capitulo:



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Unidas Pelo Sangue

 

Cap.:15 

Uma bêbada grogue anda pelas paredes de meu chalé

 

Não sei quanto tempo fiquei ali: na porta de meu chalé enquanto esses pensamentos passavam por minha mente, porém quanto olhei para o chalé de Apolo pude ver Thyler já na varanda de seu chalé.

 

Também não sei se foi por instinto – ou talvez por pura vergonha – que rapidamente me pus a entrar em meu chalé. Não queria que ele me visse como uma boba parada a porta do chalé provavelmente mais vermelha do que um pimentão.

 

Respirei fundo enquanto o sangue voltava a circular normalmente por meu corpo.

 

- Aléxis? – dizia uma Luna sonolenta ainda acomodada em sua cama, porém encolhida nas cobertas. – É você? – e seu rosto demonstrava claramente o sono que ela ainda sentia.

 

- Sim, sou eu. – disse baixinho esperando não acordar Thalia. Thalia. Foi então que eu me virei para sua cama. Ela não estava lá.

 

- Ela está no banho. – Luna respondeu. – Acabamos de acordar, mas... Eu estou com tanto sono... – ela reclamou bocejando levemente.

 

- Bem, eu já tomei banho então... – fiz uma pausa pensativa. – A próxima é você. – conclui, foi quando pude ouvir suas típicas reclamações de “Ah, puxa!” – E não. – respondi antes de ela perguntar. – Eu não vou tomar outro banho para você poder ficar mais tempo na cama.

 

Luna me olhou inocente.

 

- E você acha que eu te pediria isso? – seus olhos pidões encontraram os meus quando sentei em sua cama.

 

- Sinceramente? – perguntei. Luna assentiu levemente com seu olhar irresistivelmente fofo. – Acho. – e sua expressão fofa ganhou uma mistura de sonolenta com tédio.

 

- Está certo. – confessou. – Talvez eu até pedisse.

 

- Talvez?

 

- Ta bom! – ela reclamou. – Eu estava a ponto de pedir ta legal? Está feliz agora?

 

- Muito. – admiti com um sorriso. – Agora levanta. – a balancei levemente.

 

- Hmmm... – Luna murmurou. – Ta tão bom aqui...

 

- Levanta. – mandei mais uma vez antes de levantar de sua cama enquanto botava os presentes de papai.

 

- Ta bom... – Luna reclamou e logo estava sentada em sua cama. – Aléxis.

 

- O que? – virei-me para ela.

 

- Por que você saiu tão cedo do chalé? Você não é disso.

 

- Ta dizendo que eu durmo demais? – forcei uma raiva em minha voz, porém com o sorriso em meus lábios que não fui capaz de esconder. Eu gostava de brincar com ela, era engraçado e até fofo vê-la incapaz de se explicar frente a mim.

 

- Bem... É, Hãn, quer dizer... – e ela parecia um tanto indecisa. –... Quase isso. Mas não fuja da minha pergunta, o que aconteceu? – e esfregou levemente seu olho esquerdo ainda grogue.

 

- Sonhos. – e ela logo entendeu.

 

Luna não falou mais nada a partir daí.

 

Talvez por que estivesse muito grogue ou talvez por que entendesse que já não agüentava mais esses sonhos e que se ela me perguntasse, eu, provavelmente, não responderia.

 

Não estava com cabeça para isso, muito menos agora.

 

Enfim pus todos os presentes de papai: O cinto, a munhequeira – que ainda não sabia para que servia – e as baquetas – nos bolsos de trás do jeans.

 

Suspirei fundo e sentei em minha cama, uma parte minha agora tremia com a antecipação, algo dentro de mim queria partir, e partir agora, podia jurar que minha cabeça iria explodir, foi quando a porta do banheiro foi aberta e de lá saiu uma Thalia com seus olhos pintados de um preto exagerado o que sobressaltava seus olhos azuis céu.

 

Ela vestia um jeans preto com algumas correntes presas a ela junto com um suspensório preso ao mesmo, um tênis totalmente preto de uma marca a qual eu não conhecia, luvas meio que rasgadas e uma camisa de banda a qual não consegui identificar, a dislexia distorcia as letras e tudo que entendi era algo como: Edreep Gay.

 

Sacudi a cabeça em uma tentativa de parar a dislexia em minha mente.

 

- Edreep Gay? – perguntei, não sei por que, normalmente eu nem ligaria muito e ignoraria sua camisa, mas algo dentro de mim se sentia livre o suficiente para perguntar e algo dentro de mim ansiava por uma resposta.

 

- É Green Day. – e logo seus olhos azuis me fitaram desafiadores enquanto eu a olhava surpresa. Nota mental: Não fazer perguntas que possam deixar o humor de Thalia ruim logo pela manhã, ou melhor: Não fazer pergunta alguma. – Desculpe – ela pediu –, eu não fico de bom humor pela manhã.

 

- Percebi. – murmurei baixo enquanto ela assentiu meio sem graça, mas ainda grogue.

 

De certo modo vê-la com uma maquiagem tão pesada e tão grogue quanto ela estava era realmente muito engraçado, era como estar olhando para uma gótica, punk – e provavelmente suicida – bêbada tentando andar se apoiando nas paredes do chalé.

 

Quase ri com esse pensamento.

 

Quase.

 

Veja por este ângulo, você não vai querer de repente começar a rir com uma Thalia com tal humor mortal que provavelmente o fritaria antes que você tivesse a chance de se explicar, isso é, se você estiver vivo até lá.

 

Mal havia percebido, mas quando eu escutei o barulho do chuveiro que pude notar que Luna já não estava mais em sua cama. Esfreguei levemente meus olhos – como que para afastar o cansaço e pisquei forte

 

-“Deuses! Devo manter-me lúcida, anda Aléxis! Acorda!”.

 

- Está ansiosa? – pude perceber Thalia sentada na cama em frente a minha. Sua voz era indecifrável tanto quanto a expressão em seu rosto que demonstrava uma curiosidade cínica.

 

Balancei a cabeça – como que para afastar o sono que provavelmente meus olhos não deixavam de mostrar.

 

- Não sei ao certo. – respondi então seus olhos cor de céu fitaram-me amigáveis quando ela apenas sorriu, mesmo que tenha sido por poucos segundos através de todo seu cinismo seu sorriso mostrou algo que talvez jamais pensei ver nela, seu sorriso mostrou compreensão e talvez até uma felicidade inexplicável que possivelmente eu seria incapaz de sentir e novamente sua expressão durona voltou para seu rosto.

 

- Vai dar tudo certo. – disse ela. – Nós vamos conseguir. – e pude sorrir.

 

- Eu sei. – murmurei. E logo pude sentir o sorriso crescer no canto de seus lábios. – Quanto tempo acha que vamos ficar fora?

 

- Eu não sei. – novamente seus olhos encontraram os meus. – Mas não importa, vamos seguir juntos até a morte se necessário, todos nós – e algo dentro de mim pareceu despertar –, vamos vencer, basta você acreditar.

 

Eu ri levemente sarcástica.

 

- Eu? – perguntei. – Por que eu? – e ao contrário do que eu quis, minha voz saiu fraca e rouca. Thalia suspirou cansada.

 

- Porque dessa vez é com você Aléxis. – e eu tentei encontrar o sarcasmo em sua voz e logo ela suspirou novamente. – Olha – e agora pude notar seu olhar sincero –, eu queria muito poder dizer que sei como você esta se sentindo, mas... Acontece que eu não carreguei a profecia, eu não sei como você esta se sentindo e não vou mentir para você, mas tudo que eu sei Aléxis é que... – e novamente ela sorriu. –... É que agora é com você.

 

E logo ela se levantou com a mochila em suas costas, olhou-me por poucos segundos. Abri a boca como que para perguntar qualquer coisa, mas minha mente parecia lenta naquele momento e antes que pudesse formular qualquer pergunta, ela se foi pela porta.

 

Suas palavras pareciam girar por minha cabeça “Agora é com você”, “Vamos seguir juntos até a morte se necessário”, algo dentro de mim pareceu se acomodar em suas palavras e ferida em meu peito pareceu curar.

 

Não vou deixar isso acontecer” – pensei – “Eles não vão morrer. Isto é um juramento que faço a mim mesma: Prosseguirei sem medo e juntos, juntos vamos vencer”.

 

Logo a porta do chuveiro abriu-se em um estrondo tirando-me de meus pensamentos.

 

- Ela já foi??? – perguntou Luna enquanto calçava apressadamente seus tênis esportivos, sim, tênis esportivos, pois pense comigo: vamos provavelmente estar correndo o tempo todo e não me leve a mal, correr com all star deixa meus pés mais que doloridos, os deixa totalmente arrebentados e sim. A idéia foi minha, mas me de um desconto ok? All star é feito de pano o que em uma corrida acaba com seus pés, pois é como se eles não tivessem sustento e eles simplesmente deslizam pelo chão e sim. É mais que obvio que mesmo assim eu pus meu all star na mochila, qual é? Eu amo all star!

 

- Eu... – ainda fitava a porta, quer dizer, ela foi realmente sem a gente?? Eu não consigo acreditar em tal coisa. – Não sei.

 

- Ah, σκατά[1]! – ela xingou. A olhei surpresa, quer dizer, ual! Luna xingando em grego como se fosse à coisa mais normal do mundo? Deuses, isso é novidade. – Que foi? – ela perguntou fitando-me enquanto punha o outro tênis.

 

- Nada. – respondi e mordi forte o lábio tentando conter o riso, assim ela suspirou.

 

- Pode rir. – pronto. Foi ai que eu tive uma crise de riso.

 

Mas... Bem, ta liberado né? Mas quando olhei em seus olhos que percebi: Luna tinha parado de mexer em seus tênis enquanto fitava-me a espera de eu terminar enquanto eu meramente deixei o riso morrer em minha garganta.

 

- Acabou? – ela perguntou.

 

- Desculpe. – tentei ser sincera enquanto ela apenas voltou a calçar seus tênis. – Você anda passando muito tempo com Thalia. – comentei e logo eu pude ver seu sorriso maroto brotar em seus lábios.

 

- Estou mudando Aléxis. – ela respondeu ainda sem me olhar.

 

- Continua sendo a mesma em relação à Travor. – tentei soar indiferente.

 

- É... – dizia ela inconseqüente e logo seu rosto estava vermelho, mas dessa vez sabia que era de raiva, pois ela respondeu: “O que tem ele?” De um modo tão ameaçador que eu pude sentir os pelos de meu braço se eriçar.

 

- Ele beijou a July. – comentei. – Foi um beijo e tanto, realmente eu não esperava isso dele. – ri baixinho quando ela amarrou o cadarço com tanta força que chegou a fazer barulho. – Eai – procurei olhar em seus olhos quando ela se levantou rápido em busca de sua mochila. –, o que você acha?

 

- Sim. – disse ela, levantei uma sobrancelha. – Sim, foi um beijo e tanto. – ela concordou, mas pude captar tanto a raiva quanto à tristeza em sua voz.

 

E então eu simplesmente me deixei levar enquanto ria baixinho, quer dizer, minha irmã com problemas de auto-estima?

 

Puxa como ela pode ter isso? Ela se parece comigo, quer dizer, somos gêmeas e ela tem o meu rosto! Como ela pode temer por um segundo que não pode conseguir qualquer garoto?

 

Foi quando seus olhos fitaram os meus com uma raiva que eu desconhecia, mas nem por isso deixei de sorrir. Era cômico vê-la assim.

 

- Ah, Luna... – falei inocente como as filhas de Afrodite. – Foi apenas um beijinho.

 

- Um beijinho?? – e eu pude senti-la controlar o ódio em si.

 

- Um encosto de lábios, aceite isso. – e antes que ela pudesse falar qualquer coisa eu a puxei pelo pulso em direção a porta e por mais incrível que pareça, Thalia esperava na porta com um sorriso brincalhão, acho que eu devo ter devolvido, pois Luna soltou-se de minha mão e foi na frente com sua mochila nas costas e provavelmente um olhar mortal.

 

Ouvi Thalia rir baixinho e logo eu a olhei surpresa tanto quanto assustada e antes que Luna percebesse tudo que fiz foi lhe dar uma cotovelada na boca do estomago sendo assim seus olhos fitaram-me mortais enquanto eu fiz um chiado com os lábios pedindo silêncio que ela apenas deu de ombros.

 

Suspirei cansada e quanto meus olhos se voltavam para frente já estávamos próximos ao pinheiro de Thalia onde Quiron e os outros aguardavam.


[1] Merda em grego

 


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Notas finais do capítulo

recomendem, aumentem a minha popularidade, mandem reviews ou... sei lá! Façam alguma coisa .-.

Ps: ja tenho o nome do livro 2
wiiiiiiiiiii *dando pulinhos de emoção*
o nome será: "Irmãos de Alma" e digo mais, ele promete ein?

Ps2: Tenho autorização de vcs pra postar a historia da filha de Hades da profecia?
Já tenho alguns capitulos comigo *--------*



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