About you and me escrita por Bee


Capítulo 3
Capítulo 3 - OURS


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos, amados, adorados. Estou aqui postando antes de bater o sino da semana que se passa. Então quero agradecer a todos que estão acompanhando, e quero dizer que a fic já está escrita até o capitulo 7 de 12, então é não vai demorar muito pra acabar. :( Todos choram, eu sei. Quero agradecer a quem tá acompanhando, quem tá comentando, quem tá recomendando (isso eu sei que vai demorar :( ) mas peço que continuem comentando e me contando tudo que acham da história, se tá ficando legal, se acham que foi muito rápido, blablablá.
Bom esse capítulo acho que muita gente vai gostar, vai ter um pouco sobre a partida da Sam, um elevador e...
Então, só tenho mais uma coisa a dizer: Leiam.



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Sam se levantou, o ar parecia denso e pesado naquela manhã em Seattle. As nuvens carregadas trovejavam e despejavam raios por toda parte. Sam sorriu para esconder a realidade, odiava dias de chuva, principalmente quando elas eram tempestades. Foi em uma tempestade que seu pai partiu deixando apenas uma carta e algumas notas.

“Eu era jovem, não sabia tratar vocês, não aguentava sua mãe reclamando, e a Mel chorando” – ele disse alguns meses atrás, quando Sam o conheceu.

Bela desculpa, mas ela o aceitou novamente, afinal, ele ainda era o pai dela, e mesmo com todos os erros, ele tentou se redimir e cuidar das duas. Naquele dia ela tinha dito que iria almoçar com seu pai, sem Melanie, e sua mãe. Melanie havia conseguido um estágio em uma boate, na administração, o que ela queria fazer, e por isso não iria sair com eles.

Sam vestiu uma roupa quente, seu jeans surrado, uma camisa solta, e uma jaqueta de couro, além de suas botas, e saiu. Desceu pelas escadas, foi até o térreo e notou, o clima prometia chuva, o que não era novidade na cidade. Então, preferindo não pegar uma chuva em seus passeios diários, voltou de elevador ao apartamento.

O elevador foi lotado, homens, mulheres, crianças, todos de expressões vazias, e olhares perdidos, e ela lembrou no momento de quando, junto com Freddie, imitava as pessoas, e ambos gargalhavam. Mas conforme o elevador subia, as pessoas desciam, e acabou que ficou apenas ela e o fantasma de quando era feliz ao seu lado. Pegou um guarda-chuva, e antes que a porta se fechasse, correu pegar o elevador novamente.

Ela estava sozinha em um elevador enorme. Apertou aqueles botões espelhados, e então se preparou para o estomago que subia até o peito enquanto o elevador descia. Mas para seu espanto, o elevador parou no andar de baixo. A porta se abriu lentamente revelando um moreno de olhos castanhos que ela conhecia muito bem.

Eles não falaram nada, ele apenas subiu, e apertou o botão em direção ao térreo. Eles não se encararam, um mínimo olhar era um vestígio de lembranças. O elevador desceu um andar e meio antes de parar, e as luzes se apagarem.

Sam olhou para o teto do elevador, olhou para os botões, e olhou para Freddie que olhava em direção ao chão e então levantou os olhos de perdição para a loira, ótimo momento para dar um apagão em Seattle.

Ele pegou o telefone, e ficou murmurando: “Lewb, Lewb, Lewb, atende”, mas logo bateu o telefone no gancho por estar mudo. “Ótimo” – ele murmurou.

Freddie viu a garota se sentar no chão e pegar o celular, para tentar chamar alguém. Mas parecia não haver sinal. Ele não conseguiu olhar na direção dela sem pensar sobre como foi quando ela partiu. O moreno lembrou de quando Carly partiu, quando Sam o ligou e ele por um segundo acreditou que ela queria voltar a namora-lo. E alguns dias antes de partir ela o procurou.

– Eu quero falar com você. – ela disse, parecia triste, mas parecia decidida a algo.

– Eu tenho que te contar algo. – ele sorriu, e a convidou para entrar no apartamento, coisa que não fazia muito – Quer começar a falar?

– Ok. – ela o olhou e respirou fundo – Sobre aquela ligação aquele dia, você perguntou se eu queria voltar, e eu perguntei se você queria. Você queria voltar?

– O que? Não, Sam, é loucura. Eu só ouvi errado. – ele mentiu, Freddie queria voltar com a garota, mas achou que ela ia bater nele se contasse.

– Ah, certo. – Sam deu um sorriso pálido – O que você gostaria de me contar?

– Carly me beijou antes de partir. – ele contou animado, e percebeu o olhar dela, assustado, desaprovando.

– Fico feliz por vocês. – ela mentiu – Bom, agora eu... Eu preciso... hm... preciso ligar para alguém. – Sam pegou seu casaco e saiu apressada do apartamento e ele ficou se perguntando o que tinha dado nela.

Freddie voltou a notar aquele olhar assustado e desaprovador no dia em que voltou. Mas ainda viu resquícios do olhar repleto de magoas do dia que ela partiu. Ele ia pegar uma coisa que esqueceu na casa de Spencer, e a viu, de mala nas costas e capacete em mãos.

– Oi Freddie. – Spencer disse animado – Pensei que quando minha irmã partisse vocês parariam de vir.

– Eu vim pegar uma parte do equipamento que deixei no estúdio, mas eu sempre estarei aqui na frente você sabe. – ele sorriu subindo as escadas.

– Me desculpe, Spencer. – Freddie ouviu Sam dizer, quando já descia as escadas, e ouviu Spencer fungar – Eu só preciso de alguma aventura. Não sei mais se meu lugar é aqui, eu nem sei se tenho um lugar para ficar.

– Eu nunca devia ter te dado a moto. – Spencer falou – Minha irmã já partiu e me deixou o apartamento vazio, agora minha irmãzinha de barulho parte também?

– Eu volto para te visitar. – ela sorriu – Eu juro.

– Sua mãe deixou que você partisse?

– Ela nem ao menos vai notar, você sabe como Pam pode ser.

– Mas e a escola?

– Eu dou meu jeito. E os professores dão graças de se livrarem de Sam Puckett.

– Mas eu não.

– Ah! Vem aqui me abraçar seu bobão. – ela o abraçou e Freddie desceu.

– Hey, Sam, por que ele está chorando?

– Eu vou sair em uma viagem. – ela respondeu apenas – Tchau, Spen. Tchau, Freddie. – e aquele olhar cheio de magoas o cortou, o que ele havia feito?

Sam desapareceu dentro do elevador, mas Freddie correu pelas escadas atrás dela. Ela já estava sobre a moto quando ele chegou lá embaixo.

– Pra onde você vai?

– Quem sabe?

– Sam! – ele gritou.

– Freddie, você vai ficar bem, logo a Carly volta, espero que saiba usar seus novos truques com ela, alguma coisa no beijo a conquistou – Sam sorriu – Conseguiu o que queria, garanhão.

E ele a viu partir, e aquilo não parecia certo. Não pareceu certo por muito tempo. Ela o ligou algumas vezes, eles conversavam sempre que podiam. E ele gostava de ouvir a voz dela, até o dia em que ele contou que estava namorando Carly, e ela parou de ligar.

– Que merda. – ele gritou – Não tinha outro momento para falta luz? – Freddie falava rapidamente – Vou perder a aula.

– Aula? – Sam perguntou calmamente encarando o celular, ele demorou a compreender que ela falou com ele e então a encarou.

– É, do instituto de tecnologia. – ele explicou.

– HighTec, coisa de nerd. – ela sorriu, mas um sorriso vazio de qualquer sentido.

– E o que esperava? Eu sempre fui um nerd, você sempre disse isso. – Freddie deu seu melhor meio sorriso.

– Mas eu nunca te conheci tão bem. – Sam disse enquanto guardava o celular.

– O que? Claro que conheceu. Nós vivemos juntos por anos.

– Eu conheci um nerd apaixonado pela Carly, e que era incrivelmente certinho. Mas eu nem sei se você é isso.

“Aparentemente não sou” – ele pensou calmamente.

Carly havia tentado salvar o relacionamento em ruinas na noite anterior, mas ele soube, após alguns meses de namoro, que não tinha solução. E ele sinceramente preferiu ter terminado com ela, Freddie achou por um tempo que gostava dela, ou que poderia aprender a ama-la novamente, mas era algo tão utópico que ele simplesmente desistiu de tentar.

– Eu sou nerd ainda. E eu me considero certinho. – ele respondeu e viu a loira sorrir, não aquele sorriso espontâneo que ele adorava, mas sorriu – Mas eu já não sei mais nada de você.

– Eu continuo igual, só que agora tenho uma melhor amiga louca, e um pai, e moro com minha irmã.

Freddie se sentou de frente para ela, a encarando com cuidado, o cabelo de Sam estava mais curto que antigamente, e seus lábios eram tão convidativos. – Eu tenho um padrasto agora.

– Como? – Sam se questionou o porque daquilo parecer tão natural para eles? Não parecia que tudo havia mudado, não parecia que eles continuavam os mesmo da noite em que Carly foi comer pizza com Melanie.

– Minha mãe se casou, entende? – Freddie riu.

– Com quem? Quem aguenta ela?

– Lewbert. – a boca de Sam se arregalou – Eu sei, eu também fiquei assim. – Freddie se sentiu bem naquele momento, como há muito não sentia perto de Carly.

– Você sempre consegue me surpreender, Freddie B. – Sam sorriu espontaneamente, e ele adorou aquilo.

– Me esforço para isso todos os dias. – ele disse sarcasticamente, mas era verdade, quando estava perto dela, ele sempre se esforçava.

Samantha se calou, e apenas ficou o encarando, se perdeu naqueles olhos de uma imensidão de chocolate. Para ela, Freddie parecia o mesmo garoto pelo qual ela se apaixonou, apesar do rosto mais anguloso, e a barba por fazer, os olhos continuavam os mesmos, a boca continuava a mesma, tão beijável. Ela notou que o moreno deixou o cabelo crescer, não estava tão maior, o topete continuava igual, mas ele estava mais alto.

Freddie a encarou, ela estava linda, e ele adorava como seus olhos azuis podiam ser a perdição para ele. Ou como sua boca era carnuda e pequena. Ele sempre a achou bonita, mas nunca entendeu porque demorou tanto para admitir. Talvez toda a beleza dela ficasse escondida embaixo daquela violência toda que ela insistia em demonstrar.

A luz do elevador voltou, e ambos se levantaram ao sentir o solavanco do elevador voltando a se mexer. – Eu gostei dessas duas horas. – Sam admitiu.

– Eu também gostei. – Freddie sorriu verdadeiro – Mas porque elas tem que acabar? – ele bateu no botão que paralisava o elevador, e sorriu para ela – Às vezes as coisas boas não devem acabar.

– Freddie, as pessoas usam esse elevador. – ela falou cautelosamente.

– Elas podem usar as escadas.

– Mas... isso é errado.

– Quem se importa? – ele disse debochado.

– Quem é você? Eu não te conheço.

Freddie se aproximou de Sam, e como fizera há muito tempo, beijou seus lábios com urgência. Ele pode sentir aquele gosto que adorava, aquele cheiro de morango que vinha de seus cabelos macios, e aquele perfume doce de atitude que ela usava.

Sam aproveitou daqueles lábios contra os seus, e deslizou as mãos até a nuca do garoto. Sentia necessidade de ter ele, de encostar nele, e estava matando o que a matava.

– Freddie. Você. Namora. A. Carly. – ela disse marcando cada palavra ao separar os lábios dos dele.

– Não. Mais. – ele respondeu voltando a beija-la.

O telefone do elevador tocou, e tocou, e tocou. O barulho irritando Sam. Mesmo contra sua vontade ela se separou dele. – Mesmo que você não esteja com ela, eu acabei de voltar, e não quero ser conhecida como a garota que parou o elevador pra ficar se agarrando.

– Sam, ignore, eles só atiram pedras contra o que brilha. – ele piscou e ela demorou a entender o enigma, e quando ela notou ele já havia tomado seus lábios contra os dele.

Eles ficaram no elevador mais algum tempo. Se (re)conhecendo, e (re)descobrindo o quanto adoravam ficar com o outro. Freddie ligou para Lewbert, e disse que o elevador deveria ter enguiçado, e que ele estava ali com uma das gêmeas.

– Uma das gêmeas? – Sam estapeou as costas dele.

– Ele vai tentar resolver. – Freddie disse após desligar o telefone ali.

– E ele vai conseguir? Eu tenho um encontro com meu pai e minha mãe. – Sam disse ameaçadoramente.

– Deixe seus pais se divertirem. – ele piscou – E vamos nos divertir como antigamente. Po, Sam, você está tão Benson hoje.

– Você está Sam demais pro meu gosto.

– Eu sei que você gosta. – Freddie riu se aproximando da loira, e a enlaçando pela cintura fina – Você precisa de um homem de atitude.

– E ele seria você? – Sam arqueou a sobrancelha

– Você sabe que me deseja, agora assuma. – ele sorriu presunçoso

– Nunca. – ela disse antes que ele tomasse seus lábios novamente, ele se afastou e arqueou a sobrancelha com um sorriso canalha – É só isso que tem a oferecer?

– Quer mais de mim. – ele disse sorrindo vitorioso.

– Ok, eu sei que você é um homem de atitude. E talvez eu te deseje. – ela piscou, antes que ele a puxasse e a beijasse novamente.

Eles ficaram naquela brincadeira até que Lewbert quase surtasse, e então seguiram para o apartamento da loira, ali teriam privacidade, pelo menos até o amanhecer. Tudo que ocorreu no elevador pareceu natural como o amanhecer e o entardecer. Ninguém precisa dizer ao sol que deve surgir na linha do horizonte, apenas o ocorre, no momento exato do dia exato.

So don't you worry your pretty little mind, people throw rocks at things that shine

And life makes love look hard. The stakes are high, the water's rough But this love is ours.


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Notas finais do capítulo

E ai, e ai e ai? O que acharam? Gostaram? Se vocês forem legais eu posto logo o próximo capítulo, que também é muito legal haha Mas pra vocês serem legais eu tenho que saber o que acharam da fic, e dos capítulos até aqui. Eu posto aqui mas sempre esperando o feedback de vocês sobre o que tá legal e o que não pra melhorar sempre, então já sabem, deixem suas opiniões aqui embaixo.
Kisses com gosto de almondegas pra vocês.