Nada é por acaso, o destino nós uni ou nos separa

por motivos que nem mesmo nós sabemos.

...

Hinata paralisou com a pergunta de Menma, fora pega de surpresa e acabara por ficar reação, o menino ao perceber coçou a nuca sem graça e sorriu amarelo para ela que piscou os olhos perdida.

— Desculpe... eu não...

— Tudo bem... eu so fiquei surpresa Menma... você me fez a pergunta como se soubesse que eu sou...su..sua...

— Mãe – ele completou quando a frase dela se perdeu no ar, ela afirmou com a cabeça. Ele sorriu. – Eu posso estar enganado, mas tudo o que aconteceu comigo nos últimos dias me faz acreditar que talvez... você e o Naruto sejam meus pais... – os olhos de Hinata se arregalaram cheios de lágrimas. – Eu estou errado? – perguntou apreensivo, pois o rosto de Hinata expressava algo que ele era incapaz de compreender.

— Men..menma... – o ar parecia não querer entrar, Hinata perdera por um segundo o sentido das palavras. Menma havia descoberto o que não fora capaz de dizer.

Hinata em um impulso abraçou o garoto sem conseguir dizer uma única palavra, o único som que saíra por seus lábios fora o ruído do seu soluço cortando o seu choro. Menma a abraçou forte sentindo pela primeira vez que Nora estava certa.

“Palavras não vão ser necessárias diante das atitudes de quem te ama Menma”— naquele momento o abraço forte e necessitado que ela o dera, tirava por completo todas as suas duvidas, no final o seu coração estava certo. Estava esse tempo todo ao lado dos pais e o sentimento que transbordou em seu peito foi de puro afeto, queria saber o porquê fora abandonado, mas agora não importava queria apenas sentir o calor do abraço de sua mãe. Sentir o amor dela através daquele toque.

Hinata se afastou limpando as lágrimas do rosto do menino que a olhava com os olhos brilhando.

— Eu... eu esperei tanto por esse momento Menma, eu queria te contar desde o primeiro momento, mas não parecia certo... você me entende? – sua voz soou desesperada, ele assentiu sendo abraçado mais uma vez.

— Eu só quero entender... – ele murmurou entre os braços de Hinata. Ela se afastou novamente bagunçando os cabelos negros dele.

— Tudo bem... eu posso contar toda história para o meu filho... – disse chorando mais quando dera ênfase nas últimas palavras. Menma abriu um enorme sorriso, sentindo a força do amor que carregava aquela simples palavra filho.

Menma prestava atenção em cada palavra que Hinata dizia, a crueldade da mulher que dizia ser sua amiga o deixava triste. Hinata poupara o garoto de toda a história, contara apenas como foram separados e como foi descoberto que Hinata não havia perdido um filho.

O que Menma não sabia era que Neji havia sofrido um atentado e Hinata sido ameaçada e toda a sujeira de Shion fizera com seus pais e se dependesse de Hinata, ele nunca, jamais saberia, afinal, era passado e esse já estava enterrado.

...

Sakura corria pelo corredor do hospital, desde que recebera a noticia não conseguia parar de chorar, um atentado havia acontecia a seu marido e amigo e o pior não sabia se estavam bem ou não. Nenhuma notícia, a única coisa que sabia era onde eles estavam.

Sentiu seu corpo ser parado por outro que a segurou antes de ir ao chão, levantou o olhar embargado e encarou a face de Tsunade a olhando firmemente.

— Se acalme... assim você irá se machucar. – disse soltando a e a fitando com compreensão, Sakura repirou fundo acalmando cada célula de seu corpo, tentativa falha.

— Como eles estão? – disse chorosa.

— Eles estão bem Sakura, não aconteceu nada de grave. – apoiou a mão sobre o ombro direito da mulher que relaxou o corpo ao ouvir aquilo. – Venha comigo Sakura.

Tsunade acompanhou a rosada até uma sala, ela entrou e encontrou Sasuke sentado em uma cadeira, com os cotovelos apoiados sobre as pernas e as mãos emaranhadas no cabelo negro, os olhos fechados e repirava cautelosamente. Naruto estava sentado na maca sem camisa e com o ombro esquerdo enfaixado com uma pequena mancha de sangue, olhava para a janela perdido em pensamentos, Sakura suspirou tranquila quando os viu vivos.

— Como vocês estão? – Sasuke levantou o rosto quando o som da voz de Sakura o invadiu, ele se levantou e a abraçou forte vendo o estado que ela se encontrava. Naruto pareceu não notar a presença dela, continuou olhando para a janela sem expressão alguma.

— Estamos bem...

Tsunade saiu do quarto os deixando sozinhos, somente quando a loira saiu Naruto desviou o olhar da janela dando conta que não estava sozinho com Sasuke, sorriu ao ver o casal Uchiha a sua frente e se lembrou do quão estúpido fora o moreno. O ombro latejava com a dor.

— Sakura seu marido é um estúpido. – disse o loiro, fazendo os dois o olharem.

— O que houve? - perguntou a rosada confusa.

— Você poderia apenas agradecer.

— Agradecer por você ter colocado sua vida em risco por minha culpa? Nunca. – esbravejou.

— Naruto não começa, já conversamos sobre isso.

Sakura entendera o porquê de ambos estarem distantes quando entrou no quarto, estavam discutindo antes dela chegar.

— Vocês poderiam parar de agir como maricas e agradecer por estarem vivos os dois... e me contar o que houve? – disse a rosada sentando se na cadeira ao lado da maca de Naruto.

— A gente estava indo para casa, fomos para o estacionamento como sempre fazemos. Um carro entrou em alta velocidade foi muito rápido Sakura... eu só me lembro de ver o cara encapuzado apontar a arma na direção do Naruto e disparar, então eu pulei e puxando o Naruto e a bala o acertou de raspão.

Sakura teve noção do perigo que ambos correram, e entendeu porque Naruto o chamara de estúpido, Sasuke colocara sua vida em risco, a bala poderia ter o atingido.

— Vocês tiveram muita sorte.

— Tivemos, Naruto poderia ter morrido e fica me chamando de estúpido. - Naruto o olhou diferente, o loiro estava com os olhos cheios de lágrimas.

— Obrigado Sasuke, mas você já pensou que se você tivesse morrido como eu me sentiria? Como eu olharia para Sakura... ou... ou para sua filha sabendo que você não estava mais com elas por que teve um estúpido ato heroico salvando a minha vida... eu me sentira um mons... - O loiro se calou quando Sasuke o abraçou.

— Cala a boca seu idiota... estamos vivos, você não vai ficar livre de mim assim tão fácil seu Uzumaki idiota.. – Sasuke segurou a cabeça de Naruto e o encarou. – Somos irmãos, protegemos uns aos outros. – Sakura sorriu ternamente olhando os se abraçar novamente indo fazer parte do abraço.

...

— EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ FALHOU?

— Senhora...

— CALADO... era para o Uzumaki estar morto... assim ficaria mais fácil convencer Hinata. Idiota saia da minha frente antes que acaba com sua vida inútil.

O homem saiu deixando a mulher sozinha naquela sala, ao lado dela sentado pensativo estava uns dos conselheiros do clã Hyuuga.

— O que faremos agora?

— A essa altura o moleque já deve saber que é filho de Hinata e aquele Hyuuga já entrou com a papelada para a posse dos bens do pirralho. Eu deveria ter acabado com a vida daquele garoto quando tive ele nos meus braços, tão indefeso, tão... inútil.

— Temos que tomar a frente disso, antes que Neji convença todos no conselho. Ele ainda não conseguiu a aprovação de todos, acham que Hinata esta blefando para conseguir a herança de seu pai.

— Então para que eles acreditem na Hyuuga, ela terá que se apresentar junto ao filho para que o conselho Hyuuga a aceite e autorize a iniciação da posse de bens? – disse olhando sorridente para o filho.

O homem compreendendo onde sua mãe queria chegar, sorriu de canto, ambos satisfeito com o plano que acabara de surgir.

...

Naruto finalmente pode ir para casa, se deitou na cama olhando atentamente para o teto, de repente ele pareceu interessante ou sua mente estava vaga demais para se interessar por algo mais.

Antes de chegar em casa a choradeira de Kushina no hospital, perdeu a conta de quantas vezes ela o disse que amava, de quantas vezes o abraçou agradecendo por sua vida, ou de sua irmã Ino chorando disfarçadamente enquanto o abraçava. Era bonito, apesar de escandaloso ver que era amado e o quanto aquilo era bom, por mais que todo o hospital tenha ouvido sua mãe o chamando de bebe e outras mil palavras que ela usara, era gratificante para ele, era maravilhoso viver aquela agitação toda de sua família. Seu pai era tranquilo e calmo, mas os olhos dele demonstravam o quão preocupado havia ficado e quão feliz ficou de saber que seu filho estava bem, todos ficaram. Nem mesmo Sasuke se safou dos abraços e beijos de dona Kushina.

— Como você se sente? – Ino disse sentando se ao seu lado, nem percebera o momento que ela entrara no quarto.

— Confuso... aconteceu muito rápido.

— Você acha que foi uma tentativa de assalto?

— Talvez... – murmurou, mas sabia que no fundo tinha dedo de Kaguya nessa história.

— Talvez não... – Ino sabia que seu irmão escondia algo dela, mas não poderia obriga lo a contar. Mas temia que fosse coisas serias, coisas que envolvessem esse ataque que ele sofrera com Sasuke. – Você não está metido com gente ruim está?

Naruto a olhou sem compreender o que ela queria, se sentou na cama com dificuldade, o ombro doía ao movimentar seu braço.

— Ino não seja tola, sabe que não.

— Que bom... – suspirou e se levantou indo para fora do quarto. – Tem alguém querendo te ver... – saiu. O loiro ficou olhando para a porta do quarto, logo Menma atravessou a porta indo para perto de Naruto que sorriu.

— Como você está... – por um momento Menma pensou em chama lo de pai.

— Estou bem... e você, me parece tão feliz, o que aconteceu?

— Estou feliz que esteja bem. – disse o menino sorrindo abertamente. Hinata apareceu se encostando na batente da porta olhando Naruto afagar os cabelos do menino. Ela sabia que Menma estava louco para contar a Naruto a descoberta que fizera, pois desde que ambos saíram da casa de Madara a frase que o menino repetia para ela “posso chamar o Naruto de pai?”, “Hinata, ele sabe que sou filho dele?”. Assim como ele perguntara a ela se poderia chama lá de mãe o que a deixou completamente feliz, mas Hinata sabia que era euforia do menino que logo após isso ele tentaria chama lós de pais, mas seria algo estranho para o menino, então respondeu o que pareceu certo no momento. – Menma poderá me chamar de mãe quando se sentir a vontade para dize lo, ok? – lembrou se do rosto do menino se iluminar, talvez ele quisesse agrada lá naquele momento. Menma sentia que devia chama lós de pais, mas não se sentia totalmente a vontade por mais feliz que estivesse e esse era um dos motivos de não contado a naruto.

Naruto percebera o quão bonita Hinata estava nunca virá uma mulher tão bela com um jeans surrado e uma camiseta branca, os cabelos soltos e o olhar dela era o que mais chamava atenção, o olhar estava vivo.

Conversaram por algum tempo, aqueles momentos entre os três estavam se tornando frequentes e o loiro apreciava a companhia de Hinata. Assim como parecia que ela e Menma gostava de sua companhia e isso agradava mais, até esquecera a dor no ombro que sentia, brincou com Menma, mas logo Madara apareceu para levar o menino embora que choramingou, mas assentiu e se despediu com um beijo nas bochechas e uma braço apertado de Hinata, se aproximou de Naruto que estava sentado na cama o abraçou forte recebendo o abraço do loiro. Era o primeiro abraço que dava em seu pai desde o momento que descobrira quem ele era.

— Eu sei que você é meu pai... – sussurrou para somente Naruto ouvir e saiu em disparado deixando um loiro de olhos arregalados para trás. Hinata percebendo o estado de Naruto arqueou uma sobrancelha.

— Tudo bem Naruto?

— Hinata... ele... ele sa-sabe? – gaguejou fazendo Hinata sorrir mostrando seus lindos dentes. Ela apenas assentiu com a cabeça. Naruto queria correr para abraça lo de novo, mas ao se levantar ouviu o som do carro do Uchiha indo embora. – Eu queria...

— Eu sei, mas Naruto terá todo o tempo do mundo....

— O que vai fazer agora?

— Não sei, acho melhor Madara ficar com ele... pelo menos ele esta seguro.

— Você acha que foi ela?

— Tenho certeza, já fazia dias que ela não fazia nada... ela já esta agindo Naruto, todo cuidado é pouco.

— Temos que ser cautelosos, o que pretende fazer com o clã?

— Neji me disse que o conselho não acredita que tenho um filho... eu tenho que provar para aqueles velhos que Menma existe, mas eu não quero o expo lo.

—  Como pretende fazer então?

— Não faço ideia, Neji acha que apresenta lo no clã é seguro, mas estou insegura quanto a isso...

— Posso ir com você, se quiser... sabe te dar apoio e cuidar de vocês caso ocorro algo de errado. – disse constrangido, queria protege lós. Hinata sorriu de canto.

— Obrigada... eu aceito sua ajuda... – ele estendeu a mão para ela que segurou, a puxou para abraça lá.

— Não vou deixar nada acontecer com você e com o Menma... eu prometo. – sussurrou afagando os cabelos de Hinata que aceito o carinho, estava precisando de apoio e Naruto parecia amigável.

...

Uma semana depois...

Neji andava de um lado para outro implorando para que tudo ocorresse bem, afinal tinha dado sua palavra a Hinata que no clã ela estaria segura. Hinata apareceu no corredor arrumando alguns papeis na bolsa, iriam buscar o resultado dos testes de DNA e levariam Menma para o clã Hyuuga, onde todos os conselheiros os esperavam ansiosos, alguns duvidoso e outros nem se importavam mais.

— Você vai acabar abrindo uma cratera no meu piso se continuar andando assim.

— Desculpe prima, mas estou ansioso...

— Fala serio Neji, você esta se borrando de medo de acontecer algo. – debochou do moreno que fez careta. – Vai dar tudo certo, está tudo sobre controle.- sorriu abertamente fazendo Neji a olhar desconfiado.

— Hinata... – a chamou fazendo a morena o encara, vendo a face seria do primo suspirou. – Você não está com medo?

— Claro que estou Neji, mas não vou deixar aqueles velhos perceberem isso... e eu tenho que acreditar que vai dar tudo certo, ok! – disse firme olhando o primo com determinação, mas o Hyuuga era esperto para saber que ela escondia algo. – Vamos Menma e Naruto já estão nos esperando. – disse olhando para o celular após receber a mensagem de Naruto.

— Vamos.

Ambos saíram da casa de Hinata indo para o carro que estacionado a frente da casa, Naruto e Menma esperavam os Hyuuga para irem de encontro a um destino final.

O coração de Hinata acelerou com aproximação do local onde crescera, a minutos estaria diante de seu destino e sabia que a partir do momento que atravessasse os portões do clã Hyuuga, sua vida mudaria para sempre.

...