Pov’s Ally

—Vamos Ally, daqui á pouco a festa acaba e nós nem tivemos a oportunidade de chegar lá. – Ouvi Trish falar do andar de baixo.

—Pra começo eu nem queria nem ir para essa festa e agora que eu vou acho melhor você esperar o tempo que eu quiser. – Falei gritando do meu quarto.

Trish esta me obrigando a ir para a festa de halloween do colégio, eu particularmente não estou com um pingo de vontade de ir, só vou porque sei do que ela é capaz de fazer comigo se eu não for e também não estou a fim de ficar sozinha em casa quando na verdade esta todo mundo em uma das melhores festas que o colégio da em todos os anos.

No momento eu estou passando o batom, já estou pronta e pra ser sincera eu até que gostei dessa fantasia, estou vestida de rainha de copas ,me deixava sexy,bom sexy eu já sou(E muito humilde também) ,mas ela me deixava mais.Dei uma última olhada no espelho, estou gata.

Desci as escadas me deparando com uma Trish vestida de minnie estressada andando de um lado para o outro sem parar,uma Cassidy vestida de chapeuzinho vermelho sentada no sofá mexendo no celular e uma Kira entediada encostada na parede perto da entrava vestida de mulher gato.

—Eu nem demorei tanto assim. – Falei terminando de descer o último degrau.

—Uau você esta linda Ally, vai arrasar corações na festa. –Cassidy disse me lançando um sorriso malicioso.

—Nem vem Cassy, eu nem queria ir nessa festa mesmo. – Falei enquanto colocava o meu celular na bota, Qual é? Essa roupa não tem bolso.

—Vamos logo rainha da lerdeza. – Kira falou puxando eu, Trish e Cassidy para o lado de fora da minha casa. Tranquei a porta de casa, sim eu moro sozinha, tenho 18 anos e me formo daqui á um mês, moro sozinha á uns três meses.

—Let’s go girls. –Trish disse animada, quando Kira deu partida no carro,fomos cantando e dançando o caminho inteiro pelas avenidas de Los Angeles.

Depois de 10 minutos já estávamos na porta do colégio que estava digno de um filme de terror, abóboras espalhadas pelo jardim iluminavam o local por terem lâmpadas dentro delas, vassouras encostadas nas paredes dos corredores, sangue falso nos bebedouros, estava tudo muito bonito. Fomos direto para o salão de festas do colégio onde estavam praticamente todos os alunos, assim que entramos no mesmo, todos pararam o que estavam fazendo e começaram a nos observar, continuamos andando como se eles não fossem nada, pudi ouvir comentários idiotas das consideradas putas do colégio, assobios e elogios dos mais gatinhos, é até que não pareceu ser tão ruim essa história de eu vir para essa festa.Me sentei em uma das mesas com as meninas, estávamos apenas conversando, animadamente e falando sobre as roupas das putas do colégio que foram de coelhinhas da Play boy, sim elas foram disso, nada mais a declarar.

Do nada aparece Dez vestido de príncipe.

—Nossas vocês estão lindas. – Falou nos olhando, em especial para a Trish que corou na hora.

—Posso roubar a amiga de vocês por alguns minutos? – Perguntou se referindo a Trish.

—Claro, pode demorar o tempo que precisar. – Falei dando um leve empurrãozinho em Trish para que ela se levantasse. Ele pegou em sua mão e a levou até o meio da pista de dança, os dois são só amigos, mas eu desconfio de que tenha algo a mais.

—Eu é que não vou ficar aqui sozinha. –Kira disse se levantando.

—Vamos dançar?- Perguntou se referindo a mim e a Cassidy.

—Eu vou você vem Ally? – Cassidy perguntou acompanhando Kira.

—Vocês podem ir depois eu vou. – Falei fazendo referencia para que elas fossem dançar. As mesmas assentiram e indo em direção a pista de danças e eu as perdi de vista.

Fiquei alguns minutos sentada apenas observando o local e recebendo cantadas baratas que eu respondia com um belo de do meio.

—O que uma linda rainha como você estaria fazendo aqui sozinha sentada? –Ouvi alguém sussurrar em meu ouvido o que me fez arrepiar. Virei-me e me deparei com nada mais nada menos do que Austin Moon vestido de coringa, um coringa muito sexy por sinal. Ele estuda comigo desde que éramos crianças, mas nunca fomos de nos falar muito, nem nos odiávamos e nem éramos amigos, só colegas de turma mesmo.

—Que eu saiba isso não é do seu interesse Austin. – Disse me levantando e ficando a sua frente.

—Ui que amarga, amo garotas assim. – Falou se aproximando ainda mais, fui andando para trás até que bati contra a parede havia no lugar, mereço. Ele me prensou na mesma, colocando seus braços cada um de um lado para que eu não conseguisse sair.

—Ou você me solta ou eu te deixo incapacitado de ter filhos. – Falei com um sorrisinho falso.

—Calma Ally, eu só vim te fazer companhia. – Falou me soltando com um sorrisinho de canto.

—Fala logo a verdade. - Falei agora impaciente.

—Eu queria saber se você não quer sair daqui? Sabe parece que você não esta se divertindo e hoje é halloween gata, dia de curtir. – Falou me entregando um copo com um liquido que parecia ser sangue. Inalei aquilo e deduzi que era algum tipo de vodka com corante. Virei o copo em um gole o entregando de volta ao coringa a minha frente, que sorriu.

—O que você me propõe? – Questionei olhando a todos ao nosso redor que pareciam não ligar para nós dois, melhor.

—Que tal nós darmos um passeio pela rua? – Me ofereceu sua mão, que eu logo aceitei.

Saímos sem avisar a ninguém, claro nossos amigos estavam ocupados ou se comendo, ou bebendo.

—Austin dá pra você me dizer aonde... - Caí de bunda no chão em cima de algo grande, macio e cheiroso, muito cheiroso. Austin.

—Porque você parou seu infeliz? – Perguntei batendo em seu peito, enquanto ele tentava segurar as minhas mãos.

—Olhe para o lado. – Me disse com um sorriso irônico nos lábios.

Fiz como ele pediu e virei o rosto para encarar uma casa antiga, janelas quebradas e um jardim com rosas mortas e um balançinho de parque que se movimentava lentamente, assustador. Olhei em volta e percebi que estávamos afastados do colégio, não havia casas perto do local, apenas árvores ao seu redor.

—Vamos voltar por colégio Austin. – Falei me levantando e indo em direção do caminho contrário pelo qual nos levou até aqui.

—Qual é, vai me dizer que esta com medo? – Perguntou se levantando e me segurando pelo braço.

—Não eu não estou com medo apenas não quero dar bola pra essas histórias que inventam sobre fantasmas e etc. – Falei revirando os olhos.

—Vamos, qualquer coisa eu te protejo. – Disse estufando o peito como um herói. Tive que rir disso.

—Ok loirinho você me convenceu vamos. – Falei o acompanhando até aquela casa.

Ele abriu o portão com cuidado, por incrível que pareça estava aberto. Austin me deu a mão para que eu a segurasse o que eu estranhei, mas não recusei, aquele lugar estava realmente me assustando.

Seguimos por aquele jardim horroroso e Austin voltou a abrir à segunda porta que dava acesso a sala, a porta rangeu muito, fazendo com que eu apertasse ainda mais a mão de Austin e me encostasse ainda mais perto dele.

A sala estava praticamente vazia a não ser pelo pequeno sofá de couro velho, um tapete mofado e um candelabro em cima do mesmo, esquisito? Demais.

—Chega Austin, isso já foi longe demais. – Falei indo em direção a porta que estava entre aberta e no mesmo instante se fechou com força.

—Aaaaaahhhhhh. - Gritei e corri até Austin, o abraçando.

—Calma deve ser apenas o vento. – Falou indo até a porta com eu ainda em seus braços. Ele forçou a porta e nada, tentou cinco vezes, tentativas falhas.

—Seu idiota, isso é tudo sua culpa. – Falei o repreendendo.

—Calma Ally, deve ter um jeito de sair daqui, vem. – Me deu a mão mais uma vez me guiando pela escada que havia ao lado da sala.

Subimos em silêncio as escadas, mas eu ainda não havia soltava a minha mão da de Austin. Assim que chegamos ao primeiro andar nos deparamos com um enorme corredor, três cômodos de cada lado.

—Vamos nesse. – Ele falou me levando ao primeiro quarto que se encontrava ao nosso lado.

O quarto possuía apenas uma cama, com um colchão velho, nada, além disso. Fizemos o mesmo em mais quatro quartos, restando apenas um o último do corredor. Austin abriu a porta com receio, agora eu estava agarrada em seu braço. Assim que entramos por completo observamos que esse quarto é totalmente diferente do outro, possui uma cama de casal, um guarda roupa e um berço de bebê.

—SOCORRO. –Eu e Austin nós assustamos no mesmo instante. Esse grito veio do quarto em que estávamos, olhei para todos os lados e nada.

—Aaaaaaahhhhh. – Ouvimos e o pior vimos uma menina que aparentava ter 5 anos no canto do quarto ao lado do berço, ela estava sangrando e cheia de cortes no rosto.

Corri para a cama não sei o porquê, acho que para tentar me afastar da menina. Austin me acompanhou e me abraçou. Estávamos ajoelhados na cama. Ele tentava me acalmar enquanto eu chorava rios de lágrimas.

—Ei, cama. – Ele falou segurando o meu rosto em suas mãos.

—Eu estou com medo Austin. – Falei sendo sincera.

—Eu sei, haja o que houver não olhe para trás Ally. - Ele falou olhando em meus olhos.

—Mas isso é quase impossível Austin. - Falei tentando olhar para quem ou o que estava atrás do Austin.

Antes que eu pudesse olhar ele me beijou, começou com apenas selinhos que aos poucos foram se intensificando até se tornar um dos beijos mais quentes que eu já dei em toda a minha vida. A garota ainda continuava chorando, mas eu nem estava mais ligando para isso. Tinha mais com o que me preocupar e era com esses deliciosos lábios sabor de mel.

Aos poucos fomos parando o beijo com longos selinhos.

—Se quiser pode olhar agora. – Sussurrou em meu ouvido.

E assim eu fiz, olhei com muito medo para o canto da parede e não vi nada, absolutamente nada, nem a garota e nem os gritos.

—Vamos embora. - Falei me apressando.

—Sério?Logo agora que estava ficando bom? – Perguntou indignado. Lhe fuzilei com o olhar e ele logo tratou de calar a boca.

(...)

Acabamos de chegar à frente do colégio, não falamos nada por nenhum minuto durante a volta. Já iria entrar corredor adentro quando ele me puxou pela cintura colando nossos corpos e eu pude sentir sua respiração bem próxima do meu rosto.

—Sabe eu estava pensando em a gente terminar o que começou naquela casa. – Falou se aproximando cada vez mais, nossos lábios estavam quase grudados até que eu me afastei dele.

Me virei o ignorando e continuando meu caminho pelo corredor, mas antes de virar o mesmo... Falei de modo em que ele pudesse ouvir.

—Talvez no próximo Halloween...