L: O.O
K: Bom dia, doutora. Mais uma vez você quase me faz ter um ataque cardíaco, sabia?
L: Bom dia! Desculpa os "quase ataques cardíacos". ^^ Nossa, você acordou sozinha, em plena sexta-feira?
K: Sim.^^
L: Você tá com febre? Quer alguma coisa? Remédio? Colo? Um beijo na testa e...
K: Eu tô bem!Ah, cadê a....
R: Bom dia.
K: Já responderam minha pergunta.
R: Gente, acabou o suco!
L: Ah, meldels!! E agora? Quem poderá....
Chapolim: Eu!! O...
K: Ahhhh!!!!!!!!!!*se esconde atrás de Lana*
L: ÒÓ Posso terminar minha frase??
Chapolim: Claro! ^^'
L: Quem poderá fazer o favor de ir no mercadinho da esquina e comprar o suco??
Chapolim: Aqui é uma faculdade, certo?
L: Sim.
C: E tem mercadinho?
L: Se eu acabei de falar...¬¬°
C: Sabe o que é? É que a Dona Florinda, minha vizinha, me pediu, pediu não, me mandou comprar algumas coisas no mercadinho.
R: E o kiko?
C: O Kiko tá bem. Cresceu, e já adotou o prof. Girafales como pai. Sabe...
L: Eu NÃO quero saber.
C: O.O Tuudo bem!^^ Já entendi o recado. Tchau! *sumindo*
K: Era o Chapolim??
L: Sim, e me atrapalhou na hora de terminar a frase, coisa que vocês sabem que eu odeio e...
F: Oi gente!
K: Frank! *abraçando*
F: que que houve?
L: Você não me deixou terminar a frase e...
G: Ei gente! Ainda não estão prontas pra aula?
L: Eu posso...
M: Oi meninas! Ainda de pijama? Anda, minha gente! Temos aula hoje também e...
L:ÒÓ SERÁ QUE ALGUÉM VAI CONTINUAR A ME INTERROMPER NA HORA DE TERMINAR A FRASE???
Todos: O.O
L: Vamos nos arrumar, depois descemos e comemos alguma coisa no refeitório. Os meninos vão esperar na sala.
G: Tá bom, senhora TPM.
L: EU NÃO TÔ DE TPM!! Vocês não me deixaram terminar a frase 4 vezes!! Isso me irrita muuito!!

Depois da gritaria toda, e do showzinho histérico de Lana, fomos estudar. Passamos a manhã estudando e só nos encontramos no horário do almoço, no refeitório. Nos sentamos numa mesa perto de uma grande janela, que dava vista pro pátio dos fundos do campus. Fiquei olhando pros fundos da praça, num lugar onde tinha muitas árvores e alguns bancos, um local bastante distante, perfeito para nos encontrarmos com Tracy logo mais à noite.
F: Kate, você tá bem?
K: Hã?? - todos me encaravam - Ah, tô bem, sim. Eu vou sair à tarde. Visitar a minha mãe.
L: Vai sim, amiga.
R: É, já tem um tempinho que você não visita ela.
K: Aliás, já tem um tempinho que ninguém aqui visita os pais, neh?
Todos se calaram. Era a mais pura verdade. Frank abaixou levemente a cabeça, mas eu segurei suas mãos e apenas o olhei, fazendo-o dar um leve sorriso.
L: Vamos visitar nossos pais hoje, então.
K: Frank também vai visitar a mãe, certo?
F: ??
K: Minha mãe. Sua sogra, 2ª mãe, que te adoora muito!
F: Ah, sim. Então nós nos separaremos hoje à tarde, neh?
G: Pelo visto, sim.
K: Bem, eu já vou indo me arrumar. Sabem como é, neh? Já tem um tempinho que não vejo ela, e pretendo passar tempo o suficiente com ela.
F: Então tá. ^^

Terminamos o almoço e fomos nos arrumar. Os dois de preto e vermelho, meio estranho pra quem vai visitar a mãe, mas natural para pessoas com os nossos gostos. Desde que entreguei o colar de Tracy para minha mãe ela ficou meio perturbada, digamos assim. Vivia dizendo que havia alguém ali, por isso conversava sozinha e se isolou do mundo. Acho que não foi uma boa idéia entregar aquele colar para ela. Já não falava com minha mãe há mais de 4 meses, não por má vontade, mas por falta de tempo com os estudos e com as investigações de Tracy. Acho que sou uma filha ausente. Sempre me puni muito por causa disso, e estava cada vez mais triste com o modo que as coisas estavam seguindo em casa. Nesse momento é que vemos o quanto valem os amigos.
Seguimos o caminho de carro, em silêncio. A única coisa que pensava era em abraçar minha mãe e tentar fazê-la voltar ao normal. A morte de Tracy foi algo inesperado pra minha mãe, e acho que isso a traumatizou.
S: Katherine! Frank! Que bom que vieram! Entrem, sintam-se à vontade.
K: Oi mãe! Que saudades! Me perdoe por ficar tanto tempo sem vir te visitar, mal tinha tempo livre pra mim.
S: Tudo bem, minha querida. Sentem-se.
F: Susan, posso pegar um pouco de água?
S: Claro que sim! Pode pegar na geladeira. Sinta-se em casa, meu querido.
K: Que cheirinho bom, mãe! Deixe-me adivinhar: alguma das meninas ligaram e avisaram que eu estava vindo, não?
S: Não, ela estava aqui comigo e me disse para preparar algo, porque chegariam visitas.
F: Ela,quem?
S: Tracy.

Frank engasgou, quase cuspiu toda a água no chão. Não pude imaginar que Tracy aparecia pra ela durante todo esse tempo. Então minha mãe não estava louca, nem estava com depressão. Agora tudo se encaixava. Ela estava sozinha, mas aparentava estar muito feliz, como se vivesse com alguém que a fazia se sentir assim.

K: Então...
F: Minha mãe aparece pra senhora?
S: Sim. ^^ Desde que você me entregou o colar dela.
K: Tracy aparecia pra nós dois, na fazenda. Mas infelizmente ela ficou impossibilitada de aparecer. Então nesses três anos...
S: Ela aparecia pra mim. Sabe, ela era um irmã pra mim. Fomos criadas juntas, desde que nascemos. Apesar de primas, nos tratávamos como verdadeiras irmãs.
K: Ah...
F: Espera. Você falou direito? Primas??