Last First Kiss escrita por Marylin C


Capítulo 2
More than just a game for two


Notas iniciais do capítulo

Ooooi, gentem!

Espero que gostem desse, tem uma pequena insinuação no final. Aaah, para os não-manjadores de inglês, o título desse capítulo significa: 'Mais que um jogo para dois'.

Link da música que toca quando os pais dele entram: http://www.vagalume.com.br/nat-king-cole/l-o-v-e.html

Espero que curtam!



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Last First Kiss

Capítulo 2. More than just a game for two

Euphemia Benenati, futuramente Potter, olhava-se no espelho com um sorriso sereno. Vestia-se inteiramente de branco, um modelo plissado de um ombro só com cinto em prata juntamente com a alça. Bastante ousado para a comunidade trouxa, é claro, mas Mia caíra de amores pelo design há algum tempo. Sua mãe dissera que parecia grego e por isso adorara.

Uma de suas amigas fizera um elaborado penteado com seu cabelo longo, deixando os cachos mais definidos e pondo infinitas presilhas com pedrinhas brilhantes de modo a formarem pequenas flores. O toque final havia sido o véu, quase translúcido e de renda. Era uma coroa delicada sobre sua cabeça, e ela se sentia incrivelmente confortável com ela.

Usava uma maquiagem leve nos olhos, mas seus lábios reluziam em um tom forte de vermelho. Suas mãos tremiam quando sua mãe entregou-lhe o buquê de rosas brancas, mas ela mal cabia em si de felicidade. Era o dia de seu casamento, ora.

— Você está linda, querida. — seu pai disse sorridente ao vê-la descendo as escadas da mansão Potter, onde ela resolvera que seria seu casamento. Fleamont havia sugerido muitos outros lugares, mas Euphemia não queria outro lugar que não os extensos jardins da mansão que se tornaria sua casa em algumas horas.

“Nos embrenhamos por essa casa tantas vezes...” ela pensou, rindo enquanto admirava o belo lustre de cristal que enfeitava o salão principal da mansão. “Ainda não acredito em como o tempo passa.”

Anthony Benenati deu o braço à filha e, juntos, seguiram pelo corredor abaixo da escadaria dupla. A mãe da garota havia corrido um pouco à frente para não perder a própria entrada e seu pai estava ocupado esforçando-se para engolir o choro, então Mia ficou livre para perder-se em lembranças de seu relacionamento com o homem que a esperava atrás das portas de vidro que davam no jardim.

Fleamont Potter tentava não ter um ataque de nervosismo bem no dia de seu casamento. Ele arrumava a gravata a cada cinco segundos, passava a mão pelo cabelo a cada dez e olhava na direção das portas de vidro da mansão a cada dois segundos. Por que torturá-lo desse jeito? Por que sua noiva simplesmente não aparecia ali, a visão de um anjo caído do céu como em todas as vezes em que os dois se aprontaram para um evento?

Respirou fundo; precisava se acalmar. Fechou os olhos e imediatamente a imagem da adolescente lufana vestida de Titânia lhe veio à mente. Ela crescera e continuara tão bonita quanto naquela época, pelo menos cinco anos atrás, mas ele nunca esqueceria aquela noite. Uma das melhores de sua vida.

Lembrou-se então de todas as vezes que os dois correram por aquele jardim, escapando da visão de todos para fazerem o que quiserem. Oh, aqueles foram tempos incríveis. Mas o futuro estava batendo à porta deles; precisavam atender.

Ele já podia imaginar pelo menos três crianças correndo por aqueles jardins. O mais velho teria os cabelos rebeldes dele, mas os olhos e a docura da mãe. A garota teria os cabelos ondulados perfeitos e brilhantes de sua amada, mas a tenacidade e o sorriso dele. E o último seria uma mistura perfeita, com a inteligência e a coragem necessárias para vencer o mundo. Também poderia acrescentar outras duas ou três crianças àquela bagunça, filhas dos vizinhos que também haviam se casado recentemente. Eles se encontravam na multidão, sorrindo divertidos ao ver o nervosismo do noivo.

Ao seu lado, a presença constante de Doug e Mitchell o confortavam levemente. Eles sempre estariam ali para ele, tinha certeza, então por que estava tão nervoso? Ele era um grifinório, pelo amor de Mérlin!

Lembrou-se então de uma risada sarcástica e poções perfeitamente executadas. Oh, não. Aquele homem não invadiria seus pensamentos felizes bem no dia de seu casamento. Não mesmo.

Tratou logo de voltar aos devaneios sobre crianças, uma mansão Potter bagunçadíssima e uma Effie grávida. Ele teria de dizê-la todos os dias que ela era linda (como se já não o fizesse) e atenderia todos os seus desejos. Sempre, até que a morte os separasse.

Ele abriu os olhos e voltou ao mundo real quando a voz grave de Nat King Cole soou em seus ouvidos; aquela era a música que ambos haviam decidido para a entrada dos familiares.

E lá entravam a mãe dela, junto com o irmão. Edvin tinha o olhar semicerrado para ele, como se dissesse ‘melhor você tomar conta dela, maldito’. Fleamont respirou fundo novamente; estava muito perto. Entraram então seus pais, sorrindo para ele encorajadoramente antes de tomarem seus lugares na primeira fileira.

E então a música mudou. A melodia de My Silent Love deixou-o nostálgico, lembrando-se mais uma vez da primeira vez que os dois haviam se beijado. Parecia que havia sido ontem mesmo.

A pequena prima dele apareceu, totalmente vestida de branco e carregando uma cestinha com as alianças. Ela saltitava, rindo com a honra que aquilo tudo era. E, meros cinco passos atrás dela, vinha Effie. Sua Effie.

Ela sorria, prestes a se desfazer em lágrimas enquanto andava (extremamente devagar, na opinião de Fleamont) na direção do altar. Estava linda, incrivelmente e assombrosamente linda. Maravilhosa.

Euphemia pensou que a tradição do pai entrar com a filha era realmente muito útil; ela não sabia se conseguiria controlar as lágrimas de alegria caso estivesse sozinha. Ele estava lá, lindo em suas vestes pretas, parecendo ainda mais nervoso que no dia da festa à fantasia tantos anos atrás. Seus olhares de encontraram, e ela sentiu todo o amor que tinha para lhe dar. Oh, ela retribuiria à altura. Sempre, enquanto houvesse um coração pulsando em seu peito.

Por um momento ambos se desligaram de tudo ao redor. Não ouviam mais nem a música, nem o burburinho dos presentes; a única coisa que passou a existir foi a lufana caminhando para o grifinório. Fleamont tomou a mão dela do braço do pai, que deu-lhe um sorriso lacrimoso e um meio abraço de encorajamento antes de se juntar à esposa na primeira fileira.

— Linda. — sussurrou para a moça ao seu lado enquanto os dois caminhavam até o bruxo que realizaria o casamento. Ela sorriu, apertando a mão do futuro marido enquanto replicava:

— Você também.

Ambos chegaram até o bruxo, que respirou fundo antes de começar a cerimônia.

— Senhoras e senhores, estamos aqui reunidos para celebrar a união de duas almas... — ele começou, mas Euphemia não estava ouvindo. Fleamont parecia prestar atenção no discurso sobre como o amor não era apenas um jogo a dois, mas a lufana só conseguia olhar para o noivo e imaginar quanto tempo levaria para desfazer todos aqueles botões. Seu pai provavelmente usaria um feitiço da memória nela caso soubesse o rumo que seus pensamentos estavam tomando, mas quem era ele para julgá-la? Até parece que ele nunca havia divagado sobre o trabalho infinito que as anáguas que sua mãe insistia em usar lhe dariam quando a hora chegasse.

— E como um pedido dos noivos, vamos fazer algo diferente ao invés do tradicional ‘eu aceito’. — o bruxo disse, depois de acabar seu discurso. Mia sorriu; aguardara aquele momento desde que o combinara com o noivo — Senhor, poderia dizer seus votos?

— Euphemia Dorea Potter. Você sabe, esse sobrenome combina bastante. — ele começou, sorrindo de lado com os risos da plateia e de sua garota — Sabe como é ter saudade de alguém que acabou de ver? Ter que dizer adeus quando sua única vontade é nunca separar-se dessa pessoa? Pois é, minha linda. Esse sou eu todas as vezes em que saímos juntos, todas aquelas aulas de Poções na época de Hogwarts, naquele tempo em que eu achava impossível que o dia de hoje fosse chegar. Mas aqui estamos, certo? — sorriu, olhando para cima na tentativa de não chorar — Minha Effie, eu nunca a mereci. E por isso, por você ter me escolhido, sou eternamente grato. Fui e serei seu último primeiro beijo e bom, eu te amo. Como nunca amei e nunca amarei ninguém mais enquanto eu viver. Eu prometo demonstrar esse amor todos os dias da minha vida e te apoiar sempre, enquanto eu respirar. Na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, até que a morte nos separe. — ela riu, uma única lágrima deixando seu olhos. Ele tinha que usar o tradicionalismo, certo?

— Senhora. — o bruxo deu-lhe a deixa, e ela enxugou a lágrima antes de começar:

— Fleamont Charlus Potter. Nós dois temos os piores e os melhores nomes de todos os tempos, certo? — ela riu junto com os convidados enquanto o Potter à sua frente assentia com uma curta risada — Eu pedi para fazermos isso porque tem algo que eu quero falar. Quando nos encontramos nada foi diferente. Eu não acredito em amor a primeira vista ou em alma gêmeas. Flynn, te conheci e eu te amo pelo que você é e nada mais além disso, e tudo que acontecer daqui em diante será consequência do que somos. Ficaremos juntos por nosso amor e não por votos. Porque nosso amor é o que importa, e ele sempre existirá. Todos os dias de nossa, da minha vida, até meu último suspiro. Prometo te amar até o último instante, cada batida do meu coração é sua. Sempre.

E Fleamont não conseguiu mais segurar as lágrimas. Ambos choravam livremente quando o bruxo falou:

— Então eu os declaro amarrados para a vida.

Ele sacou a varinha, acenou-a sobre o casal e uma chuva de estrelas prateadas caiu sobre eles, em espirais ao redor das entrelaçadas silhuetas dos agora marido e mulher. Todos ficaram de pé para aplaudir o casal, o bruxo fez as cadeiras flutuarem até ficarem em volta de mesas brancas e então a festa começou.

A celebração, ao estilo bruxo e Potter de ser, durou horas. Era mais de meia noite quando os noivos finalmente puderam ter um pouco de paz, ao depedirem-se de todos.

— Para onde vamos? — ela perguntou quandos os dois ficaram sozinhos na frente dos portões da mansão Potter. Lá dentro, a festa ainda acontecia. Doug e Mitchell fizeram questão de fazê-la durar até a manhã, mesmo que o casal não estivesse mais lá.

Fleamont estendeu-lhe o braço, sorrindo de lado.

— Para a nossa lua de mel, minha senhora. — e, com um estalido, os dois desaparataram. No mesmo instante apareceram em uma praia deserta, com apenas um chalé iluminado com um pequeno píer a alguns metros de distância. Euphemia sorriu e livrou-se dos sapatos, deixando a água fazer cócegas em seus pés. E então correu até o píer, desfazendo-se do véu e despenteando os cabelos com o Potter rindo em seu encalso.

A lua cheia era refletida na água salgada, e Fleamont finalmente alcançou a garota. Deu-lhe a mão e olhou-a, sorrindo. Os dois então terminaram a corrida pulando juntos do deque de madeira, encharcando completamente suas roupas. Aquela parte do mar era rasa, então a água chegava até um pouco abaixo dos seios de Mia e um pouco acima do peito de seu amado, que havia se livrado dos sapatos e da gravata borboleta durante a corrida. Os cabelos de ambos estavam totalmente bagunçados, o que fez a moça embrenhar seus dedos pelos fios negros do rapaz e beijá-lo. O grifinório sorriu durante o longo beijo, começando a desabotoar o molhado vestido branco de sua esposa.

— Você realmente quer me deixar nua no meio de uma praia? — ela perguntou, rindo levemente pela careta de desapontamento dele por ter parado o beijo.

— Ela possui uma barreira que impede a entrada de pessoas. — ele murmurou, voltando a capturar os lábios da amada e recomeçando sua trabalhosa tarefa. Euphemia sorriu e também começou a ocupar suas mãos com os tão sonhados botões da camisa dele.

Acabou que não foi uma tarefa tão difícil quanto ela havia imaginado. A peça de roupa branca, juntamente com o espartilho e o vestido, flutuaram pelas ondas até a praia enquanto seus donos perdiam-se em seu próprio mundo. Juntos, como sempre seria.

Entre os beijos, cada vez mais ardentes e desejosos, Fleamont pensou que talvez não fosse uma boa ideia ter sua primeira vez no meio do mar. Mas, quando sua Effie buscou pelos botões de sua calça, toda a sua sanidade pareceu ir pelos ares.

Ele livrou-se da peça com alguma dificuldade, já que as ondas atrapalhavam levemente, mas a lufana já havia deixado a parte de cima de sua combinação flutuar como as outras peças. O olhar masculino foi atraído para o belo par de seios rosados que imploravam pelo seu toque. Uma carícia levou à outra e todas as carícias juntas levaram à consumação do desejo de ambos, as ondas dando o embalo perfeito para aquele momento.

— Eu te amo. — sussurrara Fleamont — Com toda a minha alma.

— Também te amo, Flynn. — foi a rouca réplica da garota dos cabelos cacheados e olhar de anjo — Mais do que a minha vida. Sempre amarei.


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