Club Nightmare escrita por Gabi chan02


Capítulo 1
Mais perdida do que imaginei.


Notas iniciais do capítulo

OOOOI GEEENTE

Alguém sentiu minha falta? *achoquenão*
No final de Cidade Perdida eu disse que por um tempo só me achariam comentando por ai, mas tive essa ideia e não pude deixar passar, só uma one-shot, só pra fazer alguma coisa no Halloween ♥

Recomendo que vejam antes:
https://www.youtube.com/watch?v=XOKO84WPoC0

Boa leitura ^^



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Já não sabia quanto tinha andando... Suspirei, reparando novamente nas casas ao meu redor.

As velas e decorações brilhantes e "macabras" por toda parte não relaxavam o leve desespero de me encontrar perdida quando já havia escurecido. Apenas o vento frio de outono me acompanhava.

— Caramba, Gumi! – reclamei em voz alta, estava sozinha mesmo. – O que custava me dar mais informações?

Era Halloween, tinha uma festa para ir na casa da prima de minha amiga, Gumi, essa prima fazia aniversário no mesmo dia e seria uma festa surpresa. Achei estranho o convite, na verdade, era todo preto e só tinha a informação da festa, o endereço do "Club Nightmare" (que eu deduzi ser um salão) e o nome "Megumi" escrito com uma letra combinando, tudo em amarelo. Desde que recebi o convite poucas horas antes, tentava ligar e ninguém atendia.

Bufei, olhando pro lado e reconhecendo uma das vitrines temáticas.

— Ué... já passei aqui.

Ah, ótimo! Além de perdida, estou dando voltas. Certo, admito, sou péssima com direções.

Foi quando vi pelo reflexo do vidro o outro lado da rua, um letreiro. Me virei, encarando as palavras como se elas me chamassem de idiota.

"Club Nightmare". É, sou bem perdida, realmente. E bem lerda.

Atravessei a rua deserta e tive uma pequena sensação ruim, eu não tinha reparado, mas realmente estava sozinha o tempo todo.

Parei em frente as portas fechadas do local, imaginado um sequestro ou alguma outra catástrofe quando ela se abriu sozinha... e era realmente uma festa, apesar de parecer mais um grande bar metido do que um salão, sei lá. Mas eu era a única ali... Ou melhor, ou todos estavam muito bem fantasiados, ou eu era...

...a única viva.

Um arrepio percorreu meu corpo e eu me movi para trás pronta para correr feito uma condenada (e eu deveria estar), quando um garoto loiro de olhos azuis que aparentava ter a minha idade apareceu por detrás da porta.

— Bem-vinda ao Club Nightmare – cumprimentou com toda a cortesia possível e uma voz gentil, sinalizando para que eu entrasse. – Estávamos te esperando.

Wou, ele era bonito. E estava vivo!

Aquilo me convenceu. Suspirei aliviada, entrando na tal festa. A minha fantasia de "demônia" fofa era um cospobre de evento de esquina perto daquela galera super produzida.

Olhei para trás e agradeci ao moço, com um sorriso leve.

Voltei o foco para a concentração de gente, procurando por Gumi ou conhecidos e esperando ouvir alguém me chamando, entretanto só ouvi um miado e um gato preto se enroscou na minha capa, brincando.

— Akuro, deixe a convidada em paz.

Ele parou no mesmo momento, obediente, e miou como se respondesse a voz suave da jovem atrás do balcão ao fundo, que era a versão feminina do moço que me atendeu. Gêmeos, talvez? Parecidos até no uniforme, só que ela era uma gata e ele alguma coisa com asas... era um pássaro mesmo? Ou um corvo?

Ela me chamou com a mão livre, pois com a outra apoiava a cabeça, o garoto se dirigia até ela também.

Sentei em uma das cadeiras giratórias do balcão, observando o gato me seguir e voltar a brincar com a minha cauda falsa dessa vez. Não me incomodava, era fofo.

— Quer alguma coisa até que seus amigos cheguem? – perguntou-me, ajeitando a postura.

— Ahh... Eu quero só algum aperitivo. Obrigada.

— Ok – confirmou, lançando um olhar para o garoto, que entrou na portinha da cozinha, mais ao fundo do espaço.

Aproveitei para reparar mais uma vez no local estranho. A música alegre e ao mesmo tempo um tanto melancólica (não sei como, mas era) combinava com a decoração, era bonita; alguns galhos com folhas secas e estrelinhas penduradas enfeitavam as paredes quadriculadas em laranja e preto e o piso roxo, fora as abóboras, fantasmas, morcegos e outras decorações típicas e a iluminação de velas... Mas nada que lembrasse um aniversário. Talvez fosse proposital.

Fixei o olhar em um cara grande sentado ao meu lado em completo silêncio, com uma pesada capa escura e um chapéu escondendo o rosto. Em mãos tinha um copo de alguma coisa alcoólica.

Poucas pessoas pareciam ter a minha idade ou não eram suspeitas. Todos eram pálidos, todos tinham cicatrizes ou marcas de sangue, alguns mal se moviam. Muito real para fantasias.

Peguei o celular nervosa, podia só estar no lugar errado, era mais possível do que eu ter me enfiado no meio de um monte de assombrações.

Um desses seres pálidos passou ao meu lado, um garçom com uma mascara bizarra de gato, disponibilizando bem em frente ao meu rosto uma bandeja de chocolates. Peguei um bombom, enquanto ligava para Gumi e ouvia a mensagem de fora de área.

Suspirei, mordi o bombom, pronta pra tentar ligar outra vez para outras pessoas. O chocolate estava estranho, mais pastoso que o normal. A voz de minha mãe dizendo para não aceitar nada de estranhos me atormentou... só depois de comer o doce.

Respirei fundo. Fora a textura, nada de errado até agora.

Em um pequeno susto, tive uma espécie de visão, onde eu, Gumi e alguns amigos nos aventurávamos, fantasiados, em uma casa estranha nos confins da cidade, parecia abandonada, como aquelas assombradas.

Um barulho de vidro me acordou, o cara ao meu lado colocou o copo vazio na mesa com força, impaciente, e a bartender aparentemente menor de idade apenas encheu o copo dele outra vez, revirando os olhos.

— Entre cantar e dançar, de qual você gosta mais? – ela puxou assunto comigo em seguida. – Por que não vai se divertir um pouco?

Percebi que apesar da feição de uma boneca, a bartender era uma boneca daquelas que despertam um certo medo.

— E-eu... ah... prefiro esperar por alguém que eu conheça.

Ao mesmo tempo, o garoto voltou, finalmente, com meu aperitivo, uma maçã caramelada. Meus olhos brilharam tanto quanto o caramelo vermelho sangue que a cobria.

— Maçã envenenada, nossa especialidade. Extremamente aterrorizante, não? – a garota brincou, com um sorriso nada inocente, enquanto ele me entregava a maçã embalada em um saquinho com morcegos estampados. Bonitinho.

Tive outra visão nesse momento, a de uma pessoa esquisita entregando uma maçã lá na casa da primeira visão para mim e para uma amiga. E depois outra, de duas pessoas loiras de costas e de mãos dadas em um lugar vazio e escuro...

— Dê uma mordida nela, por favor, tente comê-la – fui outra vez retirada do transe, pelo...

Len? E Rin? Eles não estavam desaparecidos desde o Halloween passado?!

— Ah, Alice! Você está aqui!

Com uma roupa que lembrava uma maid, quase toda preta, uma cauda e orelhinhas da mesma cor, Miku vinha em minha direção, seja lá de qual canto tenha surgido, com uma maçã igual a minha em mãos. Era ela comigo, na visão? Mas aquela não sua fantasia de verdade. As meninas e eu tínhamos combinado de usarmos fantasias parecidas... Eu acho... Não me lembro bem.

— Miku! – exclamei. Era real? Aqueles dois eram apenas coincidência? Posso ficar tranquila?

— Experimenta! – ela apontou para a maçã, animada, mas seus olhos diziam o contrário. – Você adora maçãs, vai adorar essa!

— Não quer visitar um mundo fantástico? – "Len" insistiu.

Não, obrigada. Meu nome pode ser Alice, mas não vou ser louca como a da história.

E então, eu mordi a maçã suspeita. Simplesmente mordi, meu corpo não me obedeceu!

— Isto será como um intervalo para um cochilo – "Rin" falava, até a voz era dela e esse laço... minha visão ficava turva, achei que iria desmaiar. – Desde sua médula óssea, irá impregnar tudo.

Porém, eu continuei sentada, consciente, e sentia uma energia me dominando.

— Uma vez que absorver tudo, será visível... – Len continuou – bem-vinda ao pesadelo!

Então, Miku me puxou e eu larguei a maçã, nós duas saímos girando e dançando por todo o salão, Akuro nos seguia e tentava agarrar minha capa, nos acompanhando por todo lado em passos acelerados, parecia dançar com a gente, seguindo nosso ritmo.

Depois de um tempo, ele se cansou e correu se camuflar em um canto escuro.

Eu estou consciente? Estou esquecendo de algo?

Não deveria me preocupar tanto enquanto me divirto, não é?

Nós continuávamos dançando e rindo, nos divertindo como se fôssemos as únicas lá.

Olhei para trás, os gêmeos nos chamavam do balcão com um coquetel pronto. Me virei e tentei levar Miku... estava com o mesmo olhar vazio de antes. O sorriso alegre tornou-se triste e ela negou minha oferta com a cabeça, sussurrando algo.

— Ei, não devíamos ter aceitado doces de estranhos, né?

Antes que eu percebesse mais alguma coisa, meu corpo me levou até o balcão. Virei a cabeça na direção onde minha amiga se encontrava antes... ela não estava mais lá.

Assustada, fixei o olhar nos dois, os olhos claros de antes agora estavam avermelhados e pareciam enxergar o fundo da minha alma.

Eu quero correr! Por que não consigo fugir?!

Peguei a bebida, meu corpo ainda não me obedecia, tomei um gole. Aquela maçã... Tive outra visão...

Olhava para trás e via Gumi e o resto do pessoal mexendo em um arbusto pelo caminho que levava até a porta daquela casa medonha, alguns com suas sacolas, cestas e baldes de abóboras com doces que juntamos no caminho. Nossa idade não importava.

Nesse dia, tínhamos finalmente arrumado coragem para ir até lá.

Miku, ao meu lado, tocou a campainha e eu me distraí com o som alto que saiu dela, ecoando. Não estava abandonada há anos?!

— Ah... gente... – Gumi chamou nossa atenção.

Quando me virei novamente, ela segurava um tecido branco meio sujo... Rin tinha um laço parecido, vivia com ele. Chacoalhei a cabeça em negação. Sentia falta deles, mas não era bom remoer o passado. Tinha a chance deles terem fugido, e não desaparecido, o que era bom... Os dois meio que tinham um caso e a gente apoiava.

Um cara estranho abriu a porta, com um chapéu preto cobrindo o rosto.

Ele entregou uma maçã caramelizada para mim e Miku. Antes que pudéssemos recusar, pegamos e a mordemos.

Aquele ser levantou a cabeça, e no lugar onde deveria ter um par de olhos, havia apenas dois buracos escuros.

— Ah, estou mesmo precisando de mais gente no clube – disse, com uma voz assustadora. – Isto será como um intervalo para um cochilo.

E então, ele tirou uma tesoura estranha do bolso e a moveu no ar. Só pude ouvir meus amigos gritando, Miku em pânico, caindo da escadinha da porta e batendo a cabeça. Tudo foi ficando escuro...

— Gostando da festa? – Rin perguntou, para me tirar da distração que a visão me trouxe. – Nós fizemos isto.

— Não quer saber mais? – Len complementou.

Não! Não quero! Deixem-me ir embora!

— Ah, quero saber tudo sobre este clube! – respondi, eufórica outra vez.

Akuro voltou, e sentou-se um tanto afastado de mim. Eu tomei todo aquele doce coquetel de uma vez e fui atrás dele, que correu e eu o segui, como a Alice da história seguiu o coelho, até o canto escuro de antes, no final do balcão.

Não! Eu não quero!

— Neste longo corredor, há uma porta do outro lado – Rin explicou, com as mãos em frente aos olhos, fazendo mistério –, até chegar nela, não olhe para trás de maneira alguma!

Não! Não! NÃO!

— Há um monstro segurando uma grande tesoura – Len terminou a frase da irmã outra vez. Me assustei, mas era inútil, meu corpo não obedecia o desespero que minha mente se encontrava. Consegui olhar para ele, que apenas sorriu como se fosse uma brincadeira assustadora. – Ele deve ter apontado para você. Não sei de nada.

Andava pelo corredor escuro como se fosse movida por controle remoto e podia ouvir gritos horrorizados durante o percurso apenas para me torturar mais. O que eu pensei que fossem visões, ficaram mais parecidas com memórias.

Gumi não tinha uma prima que fazia aniversário no Halloween, eu saberia. Tinha sido enganada. Eu fui xeretar a maldita casa abandonada e vim parar aqui!

— Não se separe de nós – Len ainda falava, parecia tentar me confortar para aceitar aquilo, de modo falho.

Chegamos ao que parecia ser o final do corredor, "finalmente".

— Dê uma olhada mais de perto! – Foi a vez de Rin de completar uma frase.

Então eu congelei. Os dois pararam a minha frente e sinalizaram com as mãos e apresentaram o local. Descobri a verdade daquele clube.

O cara com a tesoura da visão estava lá, parado. Sim, também era o cara bebendo de antes, devia estar vistoriando tudo. Em volta dele, gatos pretos de um lado para o outro, como se dançassem o melancólico e divertido ritmo dos pássaros que cantavam e voavam no mesmo espaço... eram almas. As almas de suas vítimas sequestradas, todas presas naquele "clube". Todas trabalhavam para o monstro da tesoura.

— Entre dançar e cantar, qual dos dois você prefere? – os dois repetiram juntos uma pergunta que deixei passar mais cedo.

— Não! Nada! – Arranjei forças para rebater, lágrimas brotavam no meu rosto. Não conseguia mais me mover. – Isso é só um pesadelo estranho! Eu vou acordar!

— Não tenha medo! Siga mais em frente, em direção ao interior! – eles continuavam com o uníssono medonho e minhas pernas obedeciam, fui em direção ao cara da tesoura.

Eu me arrastava em pé, meu corpo estava pesado. Não conseguia gritar, mas chorava e tremia em completo pânico. Mentalmente, repetia feito louca, "acorda! Isso não é real! Mesmo as coisas reais, se eu não acreditar, serão mentiras, certo?!".

— Não exatamente – eles responderam meus pensamentos. Me arrepiei.

Consegui forçar uma parada, olhei para trás.

Len abraçou a cintura de Rin pela frente e ela levantou a mão, segurava uma das maçãs envenenadas e deixou aquela bem visível. Juntaram as mãos livres do outro lado.

— Pouco tempo atrás – Len começou –, você comeu a maçã envenenada...

— Em outras palavras – encerraram, juntos novamente.

— Deixe-nos ouvir sua última resposta! – os três presentes falaram, me assustando mais. – Entre cantar e dançar, qual dos dois você prefere?

Eu entendi, era a minha vez. Meu fim. Os dois se separaram e se afastaram aos poucos. Fechei os olhos, temendo uma resposta.

— Feche seus olhos, veja sua imaginação – continuaram, antes de voltar pelo corredor. – Entre o gato preto e o pássaro, qual você quer se tornar?

...

Gumi POV

Eu, Miki, Piko e Kaito estávamos no meio fio, sentados de qualquer jeito, com os olhos lacrimejando e as bochechas molhadas, ainda em choque. Não sabíamos explicar o que tinha acontecido. Devíamos ter escutado os avisos, devíamos ter ficado longe de lá.

— Foi uma péssima ideia vir! – Miki choramingou, antes era a mais empolgada por ter interesse nessas coisas. Agora, como todos nós, ganhou um trauma.

Luka e Meiko insistiam em convencer os policiais sobre o ocorrido, enquanto éramos tratados feitos fugitivos de um manicômio. A fama ruim que a casa tinha não era suficiente para provar nada.

— A atuação até convence, mas vocês não tem mais idade pra arrumar confusão no Halloween – ele disse, grosso.

Alice foi levada por aquela coisa e o corpo de Miku desapareceu. Só ficou um cartão preto escrito "Club Nightmare". Entramos na casa e nem sinal de alguma coisa, apenas móveis velhos e largados.

— Outro caso estranho no mesmo local não é uma prova?! – Meiko se exaltou, reclamando com um dos oficiais, que somente devolveu um olhar de reprovação.

Lembrei que ainda tinha em mãos o que poderia ser a fita de Rin. Fui até o oficial revoltado que Meiko discutia e mostrei a prova, explicando.

— É apenas um pano velho – o mesmo disse, sem nenhum interesse.

— Esse caso já foi fechado porque não haviam provas, e esses dois provavelmente fugiram, vocês devem saber – reforçou uma outra policial. – Caso. Encerrado.

Eu teria armado uma baita treta nesse momento, mas não queria uma ficha criminal ou uma passagem. Meiko e Luka também desistiram.

Se ao menos soubéssemos o que tinha acontecido com eles, talvez eu considerasse uma fuga.

...

Um ano antes, no mesmo local.

— Vamos logo, eu não quero ouvir ninguém reclamando que a gente demorou depois.

— Você não está com medo não, né, Len? – brinquei, ele riu, revirando os olhos.

— Não!

Tínhamos saído de casa mais cedo só para passar na casa mais famosa da região, mesmo que poucos fossem até lá. Haviam lendas e casos de desaparecimento na internet, então ninguém do grupo fora nós dois tiveram vontade de realmente descobrir o que "morava" ali. Nem a Miki.

Depois de mais uma curta caminhada, paramos em frente ao gramado e ao pequeno caminho de concreto que levava até os três degraus da porta.

O lugar era no meio do nada, quase, um pouco afastado do último posto de gasolina da cidade, mas ainda no começo da rodovia, nem era movimentada.

Ao pensar nisso, lembrei que talvez tivesse um problema caso precisasse pedir socorro. Eu e Len trocamos olhares, ele deve ter entendido... Como nenhum de nós protestou, seguimos até a porta.

— Tem certeza que é uma boa ideia? – Len hesitou antes de girar a maçaneta. – Não tenho medo dessas coisas, mas...

— E se não for? – terminei a frase.

— Isso mesmo. Pessoas me assustam bem mais.

Desistimos, então. Provavelmente voltaríamos outro dia, não à noite, e com mais gente.

Demos meia volta e reparamos que o matagal de antes agora era realmente um gramado... enfeitado. Cheio de lanternas de abóboras malignas sorrindo para nós.

Beleza, não era um estuprador ou um psicopata. Já descobrimos o que tem aqui, hora de sair.

Len agarrou minha mão e antes de irmos a porta rangeu, se abrindo.

— Achei que nunca mais alguém viria aqui! – exclamou um cara "fantasiado" com uma capa preta e pesada. Um grande chapéu cobria seu rosto.

Em mãos, uma bandeja com maçãs caramelizadas. Ele estendeu-as para nós.

— Não, obrigada – disse, Len fez o mesmo.

— Adoro o Halloween, sabe? – continuou, eu e Len demos um passo para trás. – Mas ninguém que preste aparece aqui.

O cara levou uma mão atrás das costas, voltou com alguns chocolates em outra bandeja. Negamos outra vez.

— Infelizmente, eu não posso comer doces – Len mentiu, eu confirmei com a cabeça e uma expressão triste. – Vamos indo, até mais.

Descemos as escadas e caminhamos rapidamente. Antes de corrermos, um vento forte retirou meu laço e aquele tinhoso reapareceu bloqueando nosso caminho.

— Mentir é feio! – ele reclamou, o vento retirou também o chapéu dele e revelou um rosto vazio em carne viva, apenas com grandes e profundos buracos negros nos olhos e uma linha que deveria ser a boca.

Mais um vento bem forte pareceu fazer todo o cenário voltar ao que era antes e Len e eu perdemos a voz e os movimentos. Ainda sentia sua mão apertando a minha.

— Uma gata preta e um corvo? Que fofos – ele dizia com ironia. Não sei como a voz saia, já que a boca não se movia. – Vocês dois são espertinhos. Não se preocupem, vão ganhar um bom lugar no meu clube do outro lado.


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Notas finais do capítulo

Vocês não entenderam errado, a Rin e o Len não comeram a maçã mesmo. Em nenhum momento C:
O "Monstro da Tesoura" gostou deles. Ou da mente perversa deles...
Deixo essa no ar~

Enfim, o que acharam? Aceito comentários ♥

OBS: O nome do gato; Akuma (demônio) + kuro (preto) = Akuro.
A Rin e o Len que cuidam dele *3*
Sim, também rolou twincest indireto ai /corre/

AHH, EU DESENHEI A ALICE!
Ela virou minha OC depois que me inspirou a criar essa história no meio de uma aula de português. Na ideia mais antiga, nem era só uma fantasia :v
Só pra terem uma ideia mesmo, porque eu definitivamente NÃO desenho bem XD

— Fantasiada:
http://s1361.photobucket.com/user/Gabriela_Covas/media/2015-09-17%2012.42.55_zpsja9qxhow.jpg.html?o=0

— Depois que não teve escolha (feat. Akuro e-e):
http://s1361.photobucket.com/user/Gabriela_Covas/media/2015-09-25%2016.44.47_zpss6lhkaxh.jpg.html?o=1

E FELIZ HALLOWEEN, WEEEE
BORA USAR COMO DESCULPA PRA COMER DOCE?

~E isso é tudo
Muito obrigada por ler ♥
Byenii~



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