Biografia de Um Hokage escrita por FaynRith


Capítulo 5
Clã Uzumaki


Notas iniciais do capítulo

GENTEEEEEEEE!
ME DESCULPA PELA DEMORA,
GOMEM!



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“ Eu me lembro bem daquele dia. Era uma tarde clara quando cheguei em Konoha. Meus pais arrumavam a mudança enquanto me dirigia a Academia de Ninjas. Eu não conhecia ninguém, e isso me amedrontava.  Não gostava de ficar sozinha.

Foi tudo muito rápido. Entrei na sala e fui recebida pelo professor. O professor fez um breve discurso sobre o meu país de origem e poucas palavras sobre quem eu era; Me apresentei aos meus novos colegas e cumprimentei um por vez.

                A primeira impressão, não fui muito com a cara de seu pai. Parecia uma marica, afeminado e não muito confiável.

                Nessa mesma aula, tivemos que dizer o que gostaríamos de ser quando crescer. Como eu queria impressionar toda a turma eu disse: “Vou ser a primeira mulher Hokage!”

                Meus companheiros de classe não gostaram muito... Pensaram que eu era apenas uma moleca de outra aldeia que pensava que podia ser Hokage. Desse dia em diante, me apelidaram de tomate por causa do meu cabelo ruivo e cabeça redonda. Até eu podia ver a semelhança.  E isso me irritava.

                Eu não podia esperar que alguém me defendesse. Sempre espanquei moleques que me apelidavam de tomate. Foi assim que consegui outro apelido: A pimenta sangrenta.

                Quando Minato disse o que gostaria de ser - ‘Eu quero que todos da aldeia me reconheçam, e me tornar um grande Hokage!’ – Eu pensei que não tinha como um idiota fraco daqueles se tornar Hokage.

                E eu nunca me arrependi das minhas palavras. Até aquele dia.”

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Aquele dia – 1ª parte.

                Kushina estava amedrontada, mas acima de tudo, confusa. Fora um dia exaustivo – depressivo e decepcionante.  Mas sua cabeça não estava perdida em devaneios por causa da exaustão. Não estava pensando em sua formatura, ou em Minato. Estava procurando algo, em meio as suas lembranças. Qualquer vestígio de Miho, e a origem de seu atual problema.

                Não fazia sentido. Por que o Redemoinho estaria atrás de uma garota, sem qualquer utilidade ao país? Por que a prejudicariam, faze-la sofrer, mas sem machucá-la? Por que intervir perigosamente em uma cidade distante, invadir suas defesas, se o alvo era algo tão fraco?

                Talvez, porque o alvo não era ela. Fora apenas uma coincidência. O encontro com Miho. Talvez ela tenha sentido pena e resolveu salvar uma criança de um problema mal-acabado. Talvez, tenha lido suas lembranças e decidiu assumir a forma de Minato.

                Mas não era assim.

                A prova era Haniki. Ele era parte das tropas, - com certeza deveriam ser muitas, pois não notaram sua falta. – como ele próprio assumira, ela era o alvo,

                E não estavam lá para uma conversa amigável.

                Só faltavam duas peças naquele quebra-cabeça; Por que estavam atrás dela, e por que haviam queimado a sua casa.

                - Queimar provas é um jeito eficaz de esconder um assassinato. – suspirou.

                Ela não conseguia aceitar.  Kushina tentou tocar chama azulada. Sua luz tremeluzente não deixava dúvidas; Era um fogo alimentado por chakra – parecido com o amaterasu  -  Não restava dúvidas de que o clã uzumaki também estava envolvido.

Algumas lágrimas escorreram pelo seu rosto. Fazê-la sofrer por um motivo desconhecido. Não era algo aceitável; Perdeu sua mãe e seu maior amor em uma única noite.

                Miho a salvara. E ela a faria se arrepender pelo que tinha feito.

                Ainda ajoelhada, limpou as lágrimas do rosto. Não era hora para fraquezas. Precisava agir, e rápido.

                A primeira coisa a fazer é ir atrás de Miho. Pensava, enquanto se levantava decidida, olhando a casa em chamas. Ela me deve explicações.

                Kushina cerrou os punhos e correu em direção a floresta. De lá, seguiria seus passos.

 

XXXxxxxXXX

                Minato sentia-se desconfortável.  Era uma missão, isso era óbvio. E como qualquer missão, ele teria que arriscar o pescoço. Jiraya estava ao seu lado, com a máscara e a bandana do redemoinho. Ambos posicionados em frente ao portão de Konoha, onde uma cena sanguinolenta estendia-se entre a clareira. Ninjas de todas as classes, - Chunnin, gennin, Jounin, - e de todas as idades, estavam feridos. Felizmente nenhum morto. O assasino não teve capricho - ou tempo - para tirar-lhes a alma.

               Jiraya encarava a cena com desdém. Minato encarava-o, esperando ordens.

               O plano era simples: Invadir o acampamento e descobrir o que se passava. Seriam sorrateiros, não passaria de vislumbres, e o disfarce lhes cairia bem nessa função. Mesmo que fossem vistos, seriam confundidos com um vislumbre da tropa aliada. - Qualquer um que olhasse muito tempo descobriria a farsa.

                De acordo com o plano, Minato e Jiraya se esgueiraram entre as defesas do inimigo sem um único ruído. Uma etapa feita.

                Eles pensavam que não tinham sido percebidos.

                 O país do redemoinho não é uma grande nação. Nesses últimos anos, tem sido dividida entre guerras internas, que vem aumentando o nível de qualidade dos ninjas. Todos conhecem um aos outros. Todos os seus mínimos detalhes. – Sua velocidade, tom de voz, movimentos.  Eles haviam notado a falta dos outros mandados na missão de resgate, e a presença dos dois intrusos que insistiam em tentar penetrar em suas defesas. Eles sabiam que aqueles dois não eram apenas intrusos.

 O desaparecimento repentino das duas tropas não eram coincidência. Era um sinal. Os homens já  tinham sido notificados e estavam prontos.

                                XxxxxX

A lua estava a pino no céu. Nuvens densas cobriam o céu. A chuva enevoava a visão; Konoha se escondia dos temporais, apagando as luzes, e trancando as casas.

                Em uma clareira, a poucas distâncias do portão principal de Konoha, um golpe militar estava tendo seus últimos retoques. Sombras esguias projetadas a pouca luz corriam entre as árvores. Os sons noturnos misturavam-se com vozes masculinas e graves.  Sons sútis de equipamentos sendo armazenados e o tilintar de armas sendo preparadas.

 

 

No silêncio noturno, Miho ouviu um farfalhar inaudível de folhas entre as sombras. “Mais rápido que o esperado. Konoha sempre me surpreende com a qualidade de Ninjas.” – mantendo um olhar fixo em Tsunade, a garota ruiva apenas sorriu e exclamou:

                - Ritsu.

                - Milady. - Entre as sombras das árvores, Ritsu apareceu em silêncio. Curvou-se cortês.

                - A garota Uzumaki, está em segurança?

                - Sim, Milady.

                - E os outros integrantes da família Uzumaki?

                - Desaparecidos.

                O último comentário pareceu perturbá-la, pois suspirou e disse:

                - O ataque foi um sucesso. Mantenha o ritmo das tropas. Invadiremos ao amanhecer.

                - Sim, Milady.

                - Estão enganados se pensam que vão sair ilesos. – Tsunade levantou a voz com dificuldade.

                Miho fitou a expressão séria de Tsunade. Ela estava cada vez mais e mais ofegante, embora não se movimentasse. O cabelo loiro cobria lhe o rosto, que cada vez mais se encharcava com o suor do corpo.  Permaneceu em silêncio durante alguns segundos.

              Miho sorriu tênue, que amenizou o rosto sério e preocupado. Por pouquíssimos segundos, Tsunade olhou surpresa para ela, lembrando-se que aquela garota era apenas uma criança.  Miho deu uma risada tornando a surpresa de Tsunade sem ódio.

               - Acalme-se. Eu não pretendo matá-la.

              Tsunade continuou com os músculos rígidos.

              - Eu já lhe contei a história. Pensei que pudesse entender. – Miho ergueu a sobrancelha.

              - O que pretende fazer com Kushina? – Disse Tsunade, em voz rígida e autoritária.

              - Eu já lhe disse: Vim aqui para salvá-la.

              Tsunade ia retrucar, quando um som baixo entre as sombras chamou a atenção de Miho. Seus olhos se fixaram entre as sombras.

              - Tem algo a dizer Ritsu?

 

               - Milady... – Ritsu reapareceu ao lado de Tsunade. Sua voz parecia carregada, cheia de significado.

                Miho compreendeu a situação e apenas revirou os olhos.

              - Apareçam.

                Atrás de sua máscara, Minato suou frio. Aquela voz, fria e aveludada ao mesmo tempo... Fizera ele e Jiraya obedecê-la sem pensar duas vezes. Não conseguia visualizar a expressão de Jiraya naquele momento, mas sabia que ele também sentira. Aquela voz não era humana.

Ou não aparentava ser.

              - Satisfeito? – Perguntou a garota. Porém, Ritsu já desaparecera nas sombras.

              Miho virou-se para Minato e Jiraya, que permaneciam agachados, esperando alguma reação.

              - Podem Tirar as máscaras.  – Miho virou-se para eles, sorridente.

              Minato e Jiraya permaneceram sem reação. Silêncio. Miho suspirou, cansada. Caminhou vagarosamente e sem pressa em direção a Tsunade. A loira a encarou assustada – uma mistura de medo e pavor. Miho arrancou uma kunai de seu cinto e empunhou em frente ao pescoço de Tsunade:

              - Minato, Jiraya, - Miho murmurou em tom solene. – Não há necessidade de cobrir os seus rostos; Como também não há necessidade de pedir que as retire, ou mesmo cortar o pescoço dessa velha irritada.

 

 


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Notas finais do capítulo

EAÍ?!
Relaxem, vai ter a parte dois e três