Os dias iam passando, as vezes Mike se pegava pensando na cabana, no guardião e tudo que passara até ali. Parou em frente do bar do seu Rufino para olhar mais uma vez o banco que tinha aparecido do nada, o velho tirou o mato, estava mais bonito que nunca. Sentou lembrando de Laura, já fazia dias que não a via, depois que saíram do labirinto, ela foi a sua casa uma vez, mas nem deu tempo de conversarem direito, a mãe dela tava esperando do lado de fora, e ele tava saindo pra escola. Uma coisa que nunca perguntou a ela, onde ela estudava. Ela também não tinha onze anos completos, pra dominar magia, mas não estuda na escola de não-bruxos, o mais certo era que ela estudava em casa com seus pais. Perguntaria a ela quando se encontrassem de novo.

Distraído, Mike não viu quando um homem se aproximou.

— Te achei moleque — falou a voz irritante de ninguém menos que Paredes. Mike deu um salto no banco, sentindo o braço apertado na mão do homem, que o agarrava com força.

— Você? — falou Mike gaguejando, se lembrou do dia que derrotaram Malum, Paredes tinha escapado, e agora o achara.

— Você achou que ia atrapalhar meus planos, derrotar o mestre e ia ficar por isso mesmo? — falou paredes babando no colete marrom, que ao contrário de antes estava todo sujo. Enquanto ele fala Mike olhou em volta a rua tava deserta, todo mundo sumiu, como uma cidade-fantasma. Pegou rápido a varinha mirou no homem.

— Estupefaça — gritou ele, fazendo Paredes cair uns cinco metros de distância. Mike ficou mirando no homem, e pensando o que ia fazer, ele tava lá parado caído no chão. Ele foi andando de vagar em direção ao homem, quando ele chegou bem perto, Paredes agiu rápido e lançou um feitiço.

— Expelliarmus — gritou ele, de surpresa em Mike, mas o menino se protegeu deu um três passos para trás, meio de susto, meio por causa do feitiço, mas conseguiu bloquear. O homem levantou e imediatamente e tentou lançar outro feitiço, mas quando sacudiu a varinha, Mike foi bem mais rápido e o desarmou, fazendo a mesma voar direto para sua mão. O homem o olhava surpreso, com certeza não imaginava que um garoto de quase onze anos pudesse desarma-lo assim tão rápido.

— Impidimenta — falou Mike, fazendo Paredes não se mexer mais. Agora só teria que achar um auror, para levá-lo preso.

— Mike — escutou a voz, conhecida de Laura, olhou pra trás e a viu vindo em sua direção. Foi em encontro dela também e sem nenhuma palavra mais a abraçou. Um longo e aconchegante abraço.

Fim