Eu acordo me sentindo cheio de esperanças.

Desde a última vez que nos falamos, eu nunca tive a sensação de que ela ainda pode me perdoar como tive ontem á noite, depois daquela ligação na qual a pessoa nem se identificou.

__Foi ela que me ligou ontem, eu tenho certeza Louis!

Ele me olha com expectativa.

__Isso é um bom sinal, cara! Você devia ir falar com ela.

__Você acha mesmo?

__Claro, Harry!

...

Eu fico dentro do meu carro que está estacionado de frente ao prédio onde ela mora. Eu não pareço mais tão confiante quanto eu estava, quando saí da casa do Louis.

Mas eu preciso muito falar com ela, para ter certeza de que ela ainda quer que eu fique longe.

E eu peço aos céus que me dê mais uma chance de concertar tudo isso e poder tê-la ao meu lado, porque é tudo o que eu mais quero na vida.

Eu saio do meu carro depois de ficar ali por um longo tempo tentando criar mentalmente um diálogo entre nós, pena que na minha imaginação, eu tenho um diálogo ideal, onde tudo acaba em beijos, abraços e algo mais.

Mas eu sei que talvez não ocorra assim.

Eu estou parado de frente à sua porta. Minha boca começa a ficar seca,e meu coração não parece querer se controlar, só a ideia de que vou vê-la outra vez, me deixa meio sem controle do meu corpo.

Eu respiro fundo e bato na porta. Eu abaixo meus olhos, porque ainda não sei como ela vai reagir ao me ver e confesso que tenho medo de sua reação.

Segundos depois, eu bato na porta mais uma vez e nada.

Espero e nada, ninguém.

Eu começo a sentir um aperto por dentro. Será que depois de tanto procurar coragem para vir até aqui, eu ainda não vou encontrá-la?

Eu bato na porta outra vez.

Alguém me cumprimenta:

__Oi!

Eu me viro rapidamente, meio que assustado .Tem uma senhora de mais ou menos uns 40 anos parada me olhando com um leve sorriso no rosto. Eu respondo:

__Oi!

Ela diz:

__Você está procurando a Emilly?

__Sim, ela não está?

Ela de repente me olha surpresa.

__Você é daquela banda, não é mesmo?

Eu apenas lhe dou um sorriso, porque no momento eu só quero saber sobre uma coisa: "onde ela está".

Ela volta pra realidade e me diz:

__Ah é, a Emilly não está, ela viajou.

Aquilo me pega de surpresa. Eu sinto meu coração se apertar dentro do peito,mas me controlo e pergunto:

__Viajou? Pra onde?

Ela parece notar como aquilo me deixou desnorteado e diz:

__Ela ficou ontem até tarde arrumando suas coisas. Hoje de manhã ela me entregou a chave do apartamento dela e disse que eu desse uma olhada de vez em quando, porque ela ia pro interior e não sabia quando voltava.

Eu juro que, por mais que eu tente buscar a respiração, ela não parece querer sair e eu me sinto um pouco tonto. Então ela se foi, ,ela não está aqui, eu a perdi completamente agora. Pensar nisso dói. Eu não me sinto bem.

Acho que isso fica meio evidente, porque a senhora me pergunta:

__Você está bem?

Eu volto pra realidade e digo:

__Acho que sim.

Ela sorri. Mas acho que ela não acreditou muito nisso. Eu então pergunto:

__E você sabe o nome da cidade para onde ela foi?

Ela me olha meio sem graça.

__Infelizmente não.

Eu digo:

__Tudo bem.

Eu passo as mãos no cabelo e digo:

__Então, acho que já vou.

Ela sorri e eu me despeço dela agradecendo.

Eu desço as escadas e penso em quantas vezes eu já fiz esse mesmo trajeto e em todas as vezes eu estava com o coração mais partido do antes de vir aqui.

Esse amor que sinto por ela está acabando aos poucos comigo, eu não quero mais sofrer assim.

Eu chego até meu carro. Eu respiro fundo algumas vezes. Eu entro no carro e seguro firme o volante.

Eu prometo pra mim mesmo:

__Eu vou tirá-la do meu coração. Eu não quero mais amar essa garota! Eu não quero!