My girlfriend's twin escrita por Joko


Capítulo 7
I'm a fuck idiot!


Notas iniciais do capítulo

Deixem que eu me explique! Ca-han... Como várias escolas ao redor do Brasil... Minhas provas finais começaram essa semana - BEM NA QUARTA-FEIRA!- e por isso... vim lhes entregar o capítulo que seria para quarta, mas ficará para hoje, já sendo segunda. Peço que me perdoem por isso, mas sábado não irá mudar, virei lhes dar o capítulo e na próxima semana eu volto com tudo. Espero que gostem do capítulo de hoje e responderei os reviws do capítulo passado logo.
Boa noite/Bom dia.



Joko *v*
P.S: Aconselho uma boa música para esse capítulo, ficaria legalzinho do meio para o fim. Beijinhos!



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Suspirei novamente ao ver a loira passar por mais uma rua qualquer. Já estava ficando cansada e nós tínhamos acabado de chegar a Boston. Devia ser em torno de seis da noite. Swan disse que os pais estavam nos esperando para jantar, me perguntei quem janta a essa hora, mas tudo bem.

Para minha total sorte- ou decepção, não sei dizer-, Swan e eu não trocamos uma palavra desde que tínhamos pegado a estrada.

Eu tinha posto um short, mas estava extremamente arrependida, já que eu não estava conseguindo ver NINGUÉM nessa cidade de short. A parte boa era que eu e Swan estávamos dentro do carro e ninguém nos via. Emma tinha posto em uma rádio, mas a rádio era mais pop e nós duas vez ou outra trocávamos olhares, pedindo uma a outra para mudarmos, mas pensei que ela não estivesse afim de mudar ou ela pensava que EU não quisesse mudar, já que a viagem inteira escutamos umas músicas horríveis.

Foi uma hora naquele silêncio, com exceção apenas da música de péssima qualidade. Eu estava prestes a morrer de tanto nervosismo. Tudo bem que não seria o mesmo que conhecer os pais de Lissa, mas ainda sim estava indo os conhecer. Era um ótimo motivo para eu me desesperar, mas a Swan estava tranquila.

Ela parou o carro em frente a um prédio, suspirou nervosa e me encarou.

Correção: ela não estava tranquila.

– Escute-me Gina, precisa me prometer que não vai contar aos meus pais que estamos algemadas juntas. – declarou ela.

– Como assim, Swan? Pensei que tivéssemos vindo para o seu pai nos soltar!

A Swan coçou a nuca e corou de leve.

– Então... Sobre isso, meio que eu não posso contar a ele sobre esse incidente.

– Então viajamos de Storybrooke até aqui para nada?! – bradei irritada.

– Não! Quero dizer, mais ou menos... – a loira deu de ombros. – Escute, eu vou nos soltar, só não podemos deixar que eles saibam que estamos acorrentadas. Eu sei onde está a chave do meu pai, nós entramos, falamos com eles e voltamos para Storybrooke antes que você perceba.

– É bom que seja assim mesmo, senhorita Swan. Agora saía, estou cansada dessa lata velha.

– Ei, olha o respeito com meu fusquinha. – ela saiu um pouco e tive de pular para o banco dela, para depois sair.

– Agora, como vai esconder isso? – apontei para as algemas.

– Oh... Vejo isso na hora, agora vamos! – ela me puxou para a entrada do apartamento, pegou chaves no bolso do short e abriu, entrando.

Nós logo subimos as escadas e em pouco tempo estávamos de frente para o apartamento. Nós nos entreolhamos e ela abriu a porta, com a chave. Ela entrou e eu entrei logo em seguida. Por sorte, não encontramos ninguém na casa, o que era bom. Emma me arrastou até a cozinha e viu um recado preso na geladeira, uma letra muito bonita estava desenhada no papel com as palavras: Fomos comprar o jantar, voltamos logo.

– Ok, temos algum tempo. Vem.

Novamente, a loira me puxou para outro cômodo. Desta vez, subimos umas escadinhas para chegar até três quartos. A Swan entrou em um sendo seguida por mim. Percebi que era o quarto do casal, já que era bem adulto e tinha uma foto do casal no criado-mudo. Nós nos aproximamos desse móvel, Swan foi logo abrindo algumas caixas à procura da chave. Peguei a foto e os encarei. Era um belo casal, não podia negar, e dava para ver claramente o amor deles estampado nos sorrisos.

– Seus pais são muito lindos juntos. – comentei.

A loira me olhou confusa, então percebeu que eu segurava a foto e fez uma cara de quem compreende, voltando a procurar pela chave.

– Papai diz que eles têm o Amor Verdadeiro, então normalmente eles vivem nos dizendo para procurarmos o nosso. – ela jogou uma caixa no chão e bufou. – Merda, pai, tinha que tirar do lugar?

Pus a foto no lugar antes que a Swan levantasse e fosse até o outro quarto me puxando. Percebi que aquele era, com certeza, o quarto das gêmeas. O quarto tinha paredes brancas, alguns detalhes em madeira e outros em um azul piscina; tinha um móvel de madeira separando as duas camas em L e tinham uma cesta na ponta de cada cama. Na cabeceira da cama (o móvel de madeira) tinha uma foto das duas juntas. Soube exatamente quem era quem ao ver que uma das loiras estava com um uniforme do time de Basquete do colégio e a outra usava um jaleco por cima de uma roupa qualquer com óculos de proteção caindo no rosto. As duas sorriam e Emma estava abraçando Lissa pelos ombros, enquanto segurava uma bola de basquete e fazia Paz e Amor com os dedos na direção da câmera; Lissa estava segurando uma amostra de alguma coisa química, esse que tinha uma medalha de 1º lugar nela. As duas deviam ter em torno de 16 anos, eram tão novas.

Emma se ajoelhou perto da cama embaixo da janela da frente, pegou uma gaveta e começou a procurar dentro de caixinhas. Como a cesta que estava na ponta da cama que a loira procurava tinham algumas coisas de esporte, deduzi que era a de Emma e a outra seria a de Lissa.

– Não consigo achar. – ela ficou em pé. Consegui ver pelo canto do meu olho que ela me encarava, mas eu estava focada na foto da cabeceira. Ouvi-a suspirar. – Tiramos essa foto no dia do festival do colégio. Eu e meu time ganhamos as eliminatórias e ela ganhou primeiro lugar na competição de química. Nesse dia, juramos que nunca iriamos nos separar. – ela tocou meu ombro com a mão livre, o que me fez encara-la. – Vem, temos de ir procurar a chave.

Assenti.

Nós saímos do quarto delas e descemos as escadas, mas quando estávamos nos últimos degraus, ouvimos a porta se destrancar e logo ser aberta. Quando vi um adolescente entrar seguido por um casal, senti meu sangue parar de correr pelo meu corpo. Ainda estávamos algemadas e eles já tinham chegado!

Emma, em um ato rápido, me puxou para mais perto dela me abraçou com o braço que nos acorrentava. Meu braço ficou inteiramente atrás de minhas costas enquanto a mão dela segurava firme minha cintura. Não soube se reclamava ou se dava graças por ela ter feito aquilo, já que foi poucos segundos antes da mulher nos olhar.

Era a mesma do Skype. Uma belíssima mulher de cabelos curtos negros, um rosto fino, pequena e olhos verdes. O homem nos olhou e sorriu também. Loiro, pele clara, corpo atlético, olhos claros. Eles eram um perfeito casal americano.

– Emma! – eles disseram juntos.

– Oi, mãe, oi, pai! – ela cumprimentou. - Quanto tempo, hein?

– Não faz nem duas semanas que você foi para Storybrooke, Emys. – disse o rapaz sorrindo para nós.

– É bom te ver também, pirralho.

Neal, David, Mary. A família de Emma e Lissa Swan.

Deus! Todos nessa família são bonitos assim? O rapaz tinha olhos claros e verdes como os outros da família, tinha pele tão clara quanto a mãe e corpo atlético do pai, cabelos escuros iguais aos da mãe e um sorriso idêntico ao do pai.

A mulher me olhou sorriu ainda mais gentil.

– E quem é a moça? – questionou, alternando olhares entre mim e Emma.

Nós duas nos olhamos e então ela sorriu, olhando para a mãe.

– Essa é Regina, uma amiga.

– Se abraça amiga assim? – questionou o rapaz.

– É claro que sim, pirralho. Calado.

Percebi que David estava nos olhando estranhamente, como se nos analisasse. Engoli em seco.

– Já trocaram de roupa? – questionou Mary se aproximando da gente. – Eu pensei que podíamos fazer um jantar como quando você e Meli estavam em casa, Emma.

– Ah, não precisa, mãe.

Mas Mary a ignorou e me olhou sorridente.

– Prazer, querida. Sou Mary Margaret, mãe da loira aqui. – ela riu. – Você é de onde?

– Storybrooke. É um prazer conhecer a senhora também, senhora Swan. – respondi nervosamente.

– Oh, Regina, não precisa me chamar de “senhora Swan”, pode me chamar de Mary Margaret. – ela sorriu para mim e olhou para a filha, de forma severa. – E você, Emma Blanchard Swan, como pôde passar dois dias inteiros sem dar noticia?

Emma sorriu sem graça e coçou uma das têmporas com o dedo indicador da mão livre.

– Eu fiquei sem tempo.

– Sem tempo para a sua família?

– Ora, mamãe, não exagere. Eu vim hoje aqui, não vim? – Emma sorriu e olhou por cima da mãe. – Pai, ajuda aqui.

– Ora, se vire. Não mandei desobedecer a sua mãe. – o homem riu.

– Pai! – implorou Emma.

– Não adianta, Emma, você vai me ouvir. – ela me olhou e sorriu gentil. – Regina, pode sentar no sofá, eu e Emma voltamos logo.

Mary segurou minha mão e começou a me levar até o sofá, o que fez com que Emma viesse junto, sem soltar minha cintura. Eu estava me sentindo um boneco sendo puxada de cada lado.

– Na verdade... – Emma me puxou. – Eu acho melhor ficar com Regina lá em cima... No meu quarto... Sem ninguém para atrapalhar. – a loira começou a recuar comigo, nós duas sorrindo amarelo.

– Eca! – Neal fez careta.

– Não é nada disso que está pensando, seu idiota! – bradou Emma.

– Então como é? – o menor provocou e sorriu malicioso. – É melhor?

– Ora, seu...

E Emma fez a burrada de soltar minha cintura e levantar o dedo indicador mão direita, a que estava presa a mim. Pude ouvir um som de todos surpresos, mas Emma estava concentrada em falar mal o irmão. Dei um tapa em minha testa com minha livre.

– Senhorita Swan! – chamei, ela me olhou. – Muito bem. – apontei para as algemas.

Emma esbugalhou os olhos para as nossas mãos, jogou as para trás do corpo rapidamente e sorriu inocente. Mas já era tarde demais. David a olhava repreendendo-a enquanto Mary nos olhava preocupava. Neal, por sua vez, parecia segurar o riso para não atrapalhar aquele momento de nós duas ferradas.

David apontou para uma porta no andar de baixo. Emma suspirou e abaixou a cabeça.

– Vem, Gina. – ela me puxou.

Eu a seguia em silêncio até a porta. Quando ela abriu a porta, percebi que se tratava de um escritório e nós duas estávamos realmente muito ferradas. Emma puxou uma cadeira para eu sentar e puxou outra para ela, nós sentamos e logo ouvi a porta se fechar e David aparecer a nossa frente, sentando na cadeira à frente.

– Eu posso explicar. – Emma insinuou.

– Então explique. – mandou David.

A loira abriu a boca para falar algumas vezes, mas então bufou e deu de ombros.

– Ok, eu não posso explicar. – ela me olhou de esguelha e depois olhou para o pai. – Mas, eu juro, pai, não fugimos da cadeia.

– Disso eu sei. – ele massageou a testa. – Falei com um amigo meu que trabalha em Storybrooke e ele me disse que vocês não foram presas. Eu só quero saber como foram parar as duas com essas algemas.

Nós nos encaramos e coramos, olhando para lados diferentes no mesmo segundo ao lembrar-se da razão daquilo tudo. O desafio no banheiro. A brincadeira que antes era algo a provar por raiva, que acabou se tornando algo um pouco mais, não, se tornou um desejo. Uma vontade insaciável, aliás, ainda conseguia sentir os toques dela pelo meu corpo e olhe que já tinham se passado 3 horas desde que tudo aconteceu.

David arqueou uma sobrancelha.

– Olha, pai, só nos solta, por favor. – pediu Emma. – Foi apenas uma brincadeira que acabou dando errado.

David revirou os olhos, pegou uma chave dentro da gaveta e fez um movimento com a mão para que nós déssemos as algemas. Nós pusemos as mãos sobre a mesa e ele abriu. Puxei minha mão para mim e massageei meu pulso, sorrindo animada.

– Obrigada, senhor Swan. – falei sorrindo feliz.

– David, chame-me de David. – ele sorriu gentil e olhou para Emma. – Sua mãe está lhe esperando, acho bom ir.

A loira bufou e ficou em pé.

– Nem pra me ajudar, pai.

– Já lhe ajudei demais, garota.

– Oras, ajude mais.

– Não é mais minha princesinha pequena. – ele riu.

Ela o olhou antes de sair e sorriu de canto.

– Eu nunca fui mesmo.

E fechou a porta.

Nós dois rimos.

Olhei ao redor e percebi que não era apenas um escritório, era também uma biblioteca. Tinham livros grandes, médios, de capa dura ou não, de todos os tipos de assunto. Mas algo me chamou a atenção. Um quadro grande da família. Todos estavam sorrindo, pareciam felizes. Se não estava enganada, eles estavam em um parque em Nova York, o Central Park. As gêmeas estavam cada uma em uma ponta, Emma com a jaqueta vermelha e Lissa com um casaquinho branco; o casal estava de mãos dadas segurando um garotinho nos baços. O menino devia ter em torno de nove anos, enquanto as duas deviam ter uns 14, 15 anos.

– Tiramos quando fomos visitar meus sogros. – comentou David, sorrindo gentil. Encarei-o envergonhada. – Regina Mills, certo?

Olhei-o surpresa e assenti.

– Sou eu.

– Prazer. – ele estendeu a mão. – Sou o pai da Melissa.

Esbugalhei os olhos ao ouvir aquele nome. Não era para ele dizer “Emma” já que eu estava acompanhando ela? Aliás, como ele sabia meu sobrenome e que eu conhecia Melissa, se a Swan não contara a eles quando chegamos?

– Sou um pai coruja, Regina, sempre mantenho contato e afeto com meus filhos. Melissa nunca foi muito parecida comigo, mas sempre foi que mais se abria comigo. Ela me contou tudo sobre você. – ele pegou uma foto na gaveta e me entregou. Éramos nós duas, no lago em Storybrooke. Eu estava com a cabeça nas pernas dela enquanto a loira sorria para mim afagando meus cabelos. – Ela me deu na ultima vez que veio aqui, antes de morrer.

Meus olhos se encheram de lágrimas.

– Me desculpe, David, eu tentei salva-la. Nós fizemos tudo o que os caras mandaram, mas eles não se deram por vencidos e... – minha voz morreu quando soltei um soluço.

– Ei. – ele deu a volta na mesa e sentou a minha frente. – A culpa não foi sua. Eu só queria entregar a foto a quem pertence. – ele sorriu para mim. – Vocês eram um belo casal.

Sorri para ele e enxuguei minhas lágrimas. Assim que o fiz, a porta do escritório se abriu e vi Mary Margaret na porta, nos sorrindo de modo gentil.

– Eu já pus a mesa para o jantar. Vamos?

Nós assentimos e levantamos. Guardei a foto no bolso do short e acompanhei os dois para fora do cômodo. A sala de jantar não era grande coisa, na verdade, era uma divisa entre a sala de estar. O sofá dividia os dois cômodos. Pude ver Emma jogando com o irmão um jogo que eu logo soube qual era e eu realmente senti uma baita vontade de rir. Ela estava mesmo jogando Naruto? Naruto?

Mary Margaret chamou os filhos, que logo vieram correndo. Para a minha surpresa, quem sentou na ponta foi Mary Margaret e David ao seu lado esquerdo, Emma sentou do lado direito da mãe e Neal ao lado do pai. Sentei-me ao lado de Emma e logo todos se serviam. A comida era uma delicia: purê de batata, arroz, frango à milanesa e salada de maionese. Para beber, suco de maçã. Perguntei-me de onde Emma tinha tirado o hábito de comer tanta porcaria, se ali eles pareciam tão saudáveis.

O jantar inteiro foi em meio a conversas, risadas das brincadeiras entre Emma e o pai ou com o irmão. Mary contou-me sobre as palhaçadas das gêmeas quando menores, o que foi muito hilário ver Emma corando cada vez que a mãe contava algo constrangedor- como quando ela contou que Lissa e Emma entraram no banheiro masculino só para ver o tamanho dele e dizer ao diretor do colégio que era maior que o feminino.

Ao fim do jantar, Mary mandou que Neal e Emma tirassem a mesa, já que ela iria me levar para conhecer a casa. A loira retrucou, dizendo que já tinha feito isso e que não precisaria tirar a mesa, mas Mary foi firme e acabou que a Swan foi tirar a mesa com o outro. Mary me mostrou cada cantinho daquela casa, até que chegamos ao quarto das gêmeas.

Os olhos verdes da mulher logo se encheram de emoção ao entrar naquele cômodo.

– Melissa e Emma travaram muitas brigas aqui. – ela riu e sentou na cama de Melissa. Sentei-me na de Emma e a encarei, com um pequeno sorriso. – Não sabia que era você, mas fico muito feliz em saber que é. Você parece ser uma garota muito boa, Regina. Fico feliz que Melissa tenha estado com você nos seus últimos momentos.

– Eu também fico.

– Venha, vou mostrar o álbum de fotos. Ficará impressionada como elas eram idênticas quando menores... Digo, de verdade. Quando fizeram 5 anos, pararam de usar roupinhas iguais, o que era decepcionante.

Ri junto de Mary. A mulher pegou um livro de capa de couro e me puxou para fora quarto de volta para a sala. David não estava, Neal disse que fora chamado para um trabalho urgente, então estávamos apenas nós em casa.

Emma olhou para o livro nas mãos da mãe e logo fechou a cara.

– Não vai fazer isso, vai? – questionou ela. – Qual é, mãe! O álbum não, tudo menos o álbum!

– Mas essas que são as fotos legais. – disse a mulher.

Ela expulsou o filho do sofá e empurrou a filha para o lado, sentando na ponta e eu no meio das duas Swans. Ouvi Emma bufar quando Mary começou a mostrar o álbum para mim, contando histórias hilárias sobre cada uma e, para falar a verdade, Emma e Melissa ficavam a coisas mais fofas de roupinhas iguais. Mary deixou o álbum comigo e levantou, indo pegar outro.

Pude ouvir quando Neal falou que estava saindo, então percebi que estávamos apenas nós, mulheres, em casa. Até que aquilo parecia interessante. Emma estava encarando o teto enquanto eu via as fotos, foi quando vi uma foto que me chamou a atenção.

Peguei-a, tirando do plástico para ver melhor. Era Emma, isso eu tinha certeza, na frente com os olhos cheios de lágrimas. Parecia estar chorando muito. A foto era a noite, ela estava com um pijama de bichinhos e uma pocinha no colchão.

Comecei a rir e logo vi Emma olhar o que era. Ela tentou tomar a foto de mim, mas eu estiquei meu braço para o lado contrário ainda rindo.

– Que foto é essa, Emma? – questionei rindo.

– Não interessa, madame prefeita. Apenas me devolva! – mandou ela raivosa.

– Não, eu quero saber da história. – pedi de forma divertida.

– Devolva. – mandou ela com um leve sorriso divertido nos lábios.

– Me obrigue!

– Vou lhe fazer cócegas! – ameaçou ela com as mãos.

Comecei a rir me afastando antes mesmo que ela fizesse algo.

– Não... Emma... Não! – mandei risonha.

Ela pulou em cima de mim e começou a me fazer cócegas por todo o corpo enquanto eu me contorcia rindo desesperadamente. Emma também ria e parecia que aquilo era algo de criança.

A risada dela era tão gostosa de ouvir e parecia algo tão bom, me deu uma vontade de ouvi-la todos os dias. Antes que eu percebesse, estávamos cara a cara, com ela em cima de mim e ainda me fazendo cócegas. Abri meus olhos, um pouco cheios de lágrimas por eu estar rindo muito, e procurando ar. Os olhos dela estavam em um tom de verde tão intenso que eu quase tive certeza de que ela estava gostando.

Lissa parou as cócegas e sorriu para mim, sorri de volta e ela se abaixou um pouco. Fechei os olhos e logo senti os lábios suaves tocando os meus. Quando eu percebi, eu já tinha me entregado aquele beijo por completo, senti apenas a mão subindo pelo meu braço e roubando de mim a foto. Ela riu por entre o beijo e se separou de mim, sorrindo sacana. A loira me deu língua.

– Rá!

Revirei os olhos e ri.

– Sempre perco para você, Lissa, vou sempre usa e abusa do seu poder sobre mim... – murmurei.

A risada antes ouvida por nós duas se sessou e nós duas nos encaramos. O sorriso no rosto da loira tinha sumido tinha sumido assim como o brilho nos olhos verdes, a foto escorregou por entre seus dedos até cair no chão. Fiquei séria assim que percebi a merda que eu tinha feito. E eu só percebi quando vi que não tinha franja ali, a blusa era um blusão largo de uma banda qualquer.

Pude jurar que vi um risco de dor passar pelos olhos da Swan.

Abri a boca para me desculpar enquanto ficava sentada direito no sofá, mas ela ficou em pé, caminhou até a porta e pegou as chaves do carro, gritando logo em seguida:

– Estou saindo!

Mordi o lábio inferior.

Senhora Swan, digo, Mary se aproximou de mim enquanto olhava para a porta e sentou-se ao meu lado no sofá.

– Regina, o que deu em Emma?

– Merda. – corri para a porta e olhei para a mulher, que me olhava confusa. – Você tem alguma ideia de para onde Emma tenha ido? Preciso falar com ela, é urgente.

Mary suspirou, parecendo perceber o que acontecera.

– Ela foi atrás de alguém que a ouça, mesmo não estando mais aqui. Alguém que ela sabe que pode confiar mesmo em mundos diferentes. Ela foi atrás da irmã, Regina. – explicou-me.

– O cemitério. – murmurei. Mary assentiu.

Sai correndo para fora do pequeno apartamento e nem ao menos me dei ao trabalho de olhar para trás. Eu corria com todas as minhas forças na direção que Emma me passara mais cedo e eu torcia para que a loira realmente estivesse lá. Mas que diabos eu tinha na cabeça? Tudo bem que foi sem querer, mas eu lembro claramente de ter sentido algo por Emma e não Lissa Swan, apesar de saber que não era amor, então por que, Deus, eu ainda chamo por ela em momentos assim? Por que eu simplesmente tenho de ser tão idiota?

Usei um poste para me ajudar a dobrar na rua sem que eu caísse. Algumas pessoas provavelmente estavam achando ruim eu passar empurrando-as, mas eu estava com pressa e, como Boston é uma cidade grande e nunca mais iria vê-las na minha vida, não tinha necessidade de me preocupar em saber se eles ouviram ou não meu pedido de desculpas.

Tenho certeza de que atravessei uns três sinais verdes, prestes a ser atropelada, mas quando cheguei ao cemitério e vi a loira em pé encarando a lapide, tive certeza de que tudo estava se encaixando. Olhei ao redor e vi que o fusca amarelo estava estacionado em um canto qualquer, mas perto da entrada do cemitério, que por sinal não tinha ninguém além da loira.

Emma parecia um pouco estranha, mas eu senti meu coração se apertar quando a vi fazer um movimento com os ombros, algo parecido com um soluço. Eu a fizera chorar.

– Merda. – abaixei a cabeça, sentindo as lágrimas em meus olhos. – Desculpe, Emma...


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Notas finais do capítulo

O que acharam? SENTIMEEEEEEEEEENTOS. *o sentimeeento, que sentimeeeento*(Ariel, galera, Ariel!) Espero que tenham gostado e espero seus comentários.
Byebye, guys!


Joko *v*


P.S: Desculpe os erros, estou caindo de sono.



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