Meus Sentimentos escrita por Naksume23


Capítulo 1
OneShot


Notas iniciais do capítulo

Por favor, comentem com o que acharam da minha 1° fanfic. Ela é reescrita. A escrevi em 2010 e resolvi reescrever e postar.



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Querido diário, a cada dia que passa se torna bem difícil lembrar-se dos acontecimentos de infância. Porém, mesmo quando você se torna adolescente ou adulto tem certas coisas que você lembra detalhadamente, como: Sua primeira bicicleta, a entrada para a escolhinha, seus primeiros amigos, algumas brincadeiras... Eu nunca fui muito sociável com as pessoas. Sempre sofri preconceito por causa da minha testa que é chamada por todas as crianças da aldeia de testa de Marquise e do inconfundível cabelo rosa e que tem como nome, Sakura Haruno. Se caso notou a similitude do cabelo e do nome, parabéns acertou! Onde minha mãe estava com a cabeça para escolher um nome para a própria filha que lembrava a cor do cabelo? Mas não posso reclamar, até que gosto do nome e do meu cabelo. Meu nome é em homenagem as árvores cerejeiras que crescem por todo o nosso país do fogo. Ela é uma árvore muito bela e antes da primavera, troca suas folhas por flores da cor rosa e enfeitam as ruas e a própria cidade com toda a sua beleza e soberania.

O que realmente quero escrever em você, meu diário, é que, enquanto divagava durante uma missão com meus colegas de equipe em nossa cidade, Konoha, aconteceu algo bem interessante. Eu, como já lhe disse tantas outras vezes, amo o sasuke-kun, e a cada dia sou mais apaixonada por ele. Ele está sempre se preocupando comigo com pequenos gestos e me revelando mais dele cada dia que passa. O que ocorreu foi o seguinte, eu testemunhei um raro sorriso de canto do Sasuke, o mesmo que ele pouco usa e que transborda carinho. E isso me trouxe uma lembrança bem peculiar.

Eu deveria ter perto dos cincos anos, minha melhor amiga sempre foi a Ino Yamanaka, princesa do clã e donos de uma floricultura. Ela sempre me deixava com alto astral e me defendia das pessoas que me ridicularizavam. Bem aos poucos, eu ia perdendo minha timidez. Acontece é que ela não poderia estar sempre comigo, pois tinha seus próprios afazeres e outras crianças para brincar. Aquele dia não era diferente. Fazia um dia ensolarado e estava perto da primavera, às árvores secas estavam sendo trocadas por lindas paisagens de folhas verdes e pequenos botões de flor. Até a grama parecia mais bonita. Ino saiu mais cedo para ajudar seu pai e por consequência eu teria que ir para casa sozinha logo após o término da academia ninja. Quando isso acontecia, eu costumava levar um “escudo” para me proteger das crianças que me atormentavam. Escondida em minha mochilinha, eu levava um coelhinho de pelúcia de tamanho médio que ganhara da minha falecida avó. Ela havia feito à pelúcia e por isso era tão especial para mim.

Fui até a sala de aula após sair do banheiro e notei que cinco meninas da minha idade rodeavam a mesa onde eu sentava. Meu coração parou um milésimo de segundo. Meu material estava espalhado sobre a mesa e elas cochichavam e riam enquanto seguravam algo. Era como seu o mundo estivesse me engolindo, pois no mesmo momento senti meus olhos se enxerem de lágrimas e minha visão ficar embaçada. Pisquei várias vezes para afastá-las e fiquei escondida atrás da porta, espiando pelo vidro. Tomei coragem e parti em direção, a fim de buscar meu material sem arrumar encrenca.

- Desculpem... Posso pegar meu material? Falou baixinho e ninguém a notou. – Por favor... – Supliquei um pouco mais alto, com certa angústia.

Todas as meninas viraram para me olhar parecendo me notar ao mesmo tempo. Algumas se assustaram e uma me olhou com pena. Seus cadernos com anotações estavam todos riscados e uma delas, a que parecia ser a líder, segurava seu coelho nas mãos.

- Olha se não é Sakura... Sem a Ino! – Ela falou rindo. – E ela tem um amiguinho. Oi, meu nome é coelho. – Falou em voz mais fina, arrancando risadas de todos.

Eu engoli saliva e tremendo, dei o primeiro passo para mais perto da mesa. Peguei minha bolsa do chão e comecei a colocar meus pertences dentro dela, fechando o penal que estava aberto, e ajuntando cada coisa, até meu bentô. Quando guardei tudo no seu devido local, de cabeça baixa, olhei para a garota que segurava meu coelho, querendo-o. Ela tinha olhos negros e cabelos castanhos, era uma aparência bem normal em Konoha. Não fazia parte de clã algum e no momento não lembro seu nome ou das outras garotas. A única coisa que recebi foi um sorriso vitorioso.

- Você a quer? – Ela me perguntou. – Vou te dar. Mas... Saiba de uma coisa: Ninjas de verdade não andam com bichos fedorentos dentro da bolsa. Andam com kunais e o que mais for necessário em uma missão. Você nunca será ninguém Sakura-horrorosa! – Ela riu, e todas as outras a acompanharam.

- Por favor, eu só quero ir para casa... – Supliquei, sentindo medo. Sentindo novamente lágrimas virem.

- Vou te devolver não se preocupe... Não sou uma ladra. Mas ele não vai voltar como veio. – E nisso, ela retirou uma tesoura de trás de suas costas, provavelmente de dentro de um bolso, e cortou a perna esquerda dele. – Esse vai comigo. Vai que dá sorte. – Debochou. Jogou a minha pelúcia no chão e então todas as meninas fizeram fila e pisaram várias vezes nela. Além de a “líder” ir até o quadro buscar a caixa de giz e jogar todo o pó em cima do coelho, o sujando todo, além de ter espuma saindo de dentro dele, por causa da perna cortada.

Elas me empurraram, me derrubando no chão e saíram rindo. Todas se cumprimentaram batendo as mãos e falavam o quão idiota eu era. Quando percebi que todas haviam ido embora, isso demorou só alguns minutos, eu deixei que todas as lágrimas que segurava descessem pelas minhas bochechas. Eu chorei. Chorei muito! E fiquei ali, sentada no chão, tapando meu rosto com as mãos.

Foi aí que a mágica aconteceu. Eu ouvi um barulho e achando que eram elas novamente, escondi ainda mais meu rosto nas mãos e fiquei prestando atenção nos barulhos que aconteciam em minha volta. Notei que não havia risadas ou comentários, apenas passos. Passos esses, cada vez para mais perto de mim. Curiosa e envergonhada, abri um pouco meus dedos para espiar e na minha frente havia um garoto de cabelos pretos e olhos pretos que não consegui enxergar direito por causa das lágrimas. Ele alternava seu olhar para mim e meu bichinho de pelúcia no chão. Fiquei ainda mais envergonhada por ele me ver chorando.

- Hm...

Ouvi-o balbuciar. Retirei as mãos do meu rosto e permaneci com os olhos fechados, apertando-os para ele se quer notar que eu estava chorando. Estiquei minha mão em busca do meu coelho, eu só queria ter saído de lá o mais rápido possível. Hoje fico feliz por não ter conseguido. Eu nãoa alcancei meu coelho. Eu esbarrei na mão dele e isso me fez abrir meus olhos e olhar na direção das mãos. Ele estava agachado na minha frente, com sua típica roupa com o símbolo de seu clã. Sua bolsa caia em suas costas. Isso só fez com que meu queixo tremesse ainda mais pelo choro que viria. Ele me acharia ridícula e riria de mim também. Já havia visto ele. Sabia quem era. Sasuke Uchiha.

Mas a surpresa veio, quando ele pegou o coelho em suas mãos e bateu levemente nele, retirando a poeira e a sujeira. Não ficou cem por cento limpo, mas bem melhor do que estava. Ele pegou do chão a perna cortada e me ofereceu para segurar. Meu lábio inferior tremia com as lágrimas que ainda estavam por vir. Eu peguei minha pelúcia especial.

- O-O-Obri... Obrig... Obrigad... Obrigado! – Gaguejei para ele, agradecendo-o.

Eu não obtive um “de nada” ou qualquer outro tipo de palavras. Ganhei algo melhor. Melhor que qualquer palavra que ele pudesse me dar. Ganhei um sorriso de canto, carinhoso. Hoje percebo que na verdade era um sorriso recheado de sentimentos não ditos, de uma criança feliz. Ele foi embora, pois seu irmão mais velho o esperava na porta. Com sua típica pose de mãos nos bolsos. Ao chegar à porta, o irmão dele me deu um sorriso gentil e um aceno e esfregou os cabelos de Sasuke pegando no seu pé. Ouvi algo sobre “namoradinha”, mas na época eu não sabia o que significava essa palavra.

Eu fui embora com a certeza que algo havia mudado em mim. Mais tarde acabei descobrindo que foi naquele momento em que a palavra “gosto de alguém” começou a ter um significado para mim. Eu havia me apaixonado e ainda o sou, hoje em dia.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Por favor, comentem e me digam se está legal. Tenho um sério bloqueio mental em achar que anda do que escrevo é legal. Quero críticas de o que está bom e o que está ruim e onde devo melhorar. Desde já, agradeço :**



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