Uma Semideusa escrita por Maria Fernanda


Capítulo 7
Capítulo 7: MONSTROS!!


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem por não ter postado antes, mas meu Notebook foi para o concerto e só voltou hoje!! Espero que gostem!!



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Depois de um tempo, as pessoas já estavam começando a se dirigir aos seus chalés. E eu já estava começando a ficar com sono.

Quando me levanto para ir para o chalé, Christopher cochicha algo para Will, larga o violão e fica em pé ao meu lado.

– Já está indo?

– Sim.

–Será que eu poderia te acompanhar?

– Claro.

Começamos a ir em direção aos chalés de mãos dadas.

– Me fale mais sobre você – Pede ele.

– O que você quer saber?

– Sei lá. Quantos anos você tem?

– 14 e você?

– 15

– Quando é seu aniversário?

– Foi mês passado. E o seu?

– Mês que vem.

– Então tenho que te dar algum presente. Você já foi em algum jogo dos Yankees?

– Nunca.

– Então talvez eu te vele em um.

– Você está falando sério?

Ele sorri.

– É claro, meu padrasto é sócio.

– Que incrível!

– Aproveitamos depois do jogo para minha mãe fazer uma pizza para a norinha dela.

Sorrio.

– Essa é uma ótima ideia.

– Também podemos aproveitar para mim te mostrar meu quarto, como minha cama é macia... – Continua ele.

Bati em seu ombro.

– Ei!

Ele ri.

– Que foi? Eu estava só brincando – Diz ele com um sorriso malicioso no rosto.

– Sei.

Infelizmente chegamos ao meu chalé. Queria continuar conversando com Christopher pelo resto da noite.

– Chegamos. – Diz ele.

– Pois é. – Vou mais para perto dele, fazendo com que nossos rostos estejam a poucos centímetros de distância e olho em seus olhos– Queria poder convida-lo para entrar.

– Talvez em outra oportunidade.

– Talvez.

Ele começa a aproximar seu rosto do meu. Eu queria beijá-lo. Queria muito. Mas do nada bateu um pânico em mim... apenas dei um beijo em sua bochecha e disse:

– Até amanhã.

– Até – Disse ele um pouco sem jeito.

Corri para dentro do chalé.

Por que fiz isso? Por que eu fugi?

Assim que entrei no chalé, fechei a porta e fiquei encostada nela. Estava me fazendo milhares de perguntas, mas sabia a resposta de todas elas. Por que fiz isso? Porque nunca beijei ninguém. Por que eu fugi? Porque tinha medo de acabar decepcionando Christopher. Enquanto ficava me repreendendo por ter feito isso, Annabeth estava me encarando.

– Está tudo bem?

– Sim. Quer dizer, não. Mas... sim.

Acho que só na minha mente aquela frase fazia sentido. Sim, eu estava bem. Quer dizer, entre mim e Chris não, mas no geral sim. Ela estava tão confusa quanto eu.

– Acho melhor você dormir um pouco.

– Concordo.

Me joguei para debaixo do cobertor e adormeci com facilidade.

Quando acordei, o sol estava nascendo. O engraçado agora que eu sabia que os deuses existiam era que eu ficava me corrigindo tipo: “O sol está nascendo. Não Charlotte! Apolo está nascendo. ” Era óbvio que isso estava errado, mas só deixava mais cômico ainda.

Me levantei e fui lavar o rosto. Sai do chalé e vi que já haviam muitas pessoas acordadas. Aí eu pensei o que eu vou fazer hoje? Chris vai estar cuidando dos feridos e eu não estava com muita vontade de participar de alguma aula hoje. Na verdade, acho que nem vai ter alguma aula hoje. O que os outros campistas iriam fazer? Bom, acho que eles iam passar o tempo com os amigos deles. Nossa, que triste. Eu não tenho amigos! Esse vai ser um longo dia....

Fui até o pavilhão para comer o café da manhã. Quando estava pegando meu prato para ir para minha mesa, Chris chegou atrás de mim.

– Bom dia! – Diz ele sorrindo.

– Bom dia.

Só então lembrei do que fiz com ele ontem. Eu deixei o coitado sozinho e decepcionado na frente de meu chalé. Uma sensação de culpa tomou conta de mim. Mas ele não parecia brabo nem nada assim. Pelo contrário, parecia estar segurando um riso.

– Por que está sorrindo desse jeito?

– Acho que você esqueceu de pentear o cabelo.

Coloquei a mão em meus cabelos.

– Eita.

Ele ri.

– Tem algo para fazer hoje à noite?

– Não.

Na verdade, não tenho nada para fazer o dia inteiro.

– Talvez eu te mostre um lugar bem legal aqui no acampamento – ele fala isso com um suspense sinistro.

Meu cérebro estava dividido e várias partes. Uma estava pensando: “Cuidado, ele vai te estuprar! ”. Outra em resposta: “Até que não seria ruim”. Mais uma assim: “Awn que romântico”. E uma última desse jeito: “É um assalto? ”.

– Talvez?

Quando ele ia responder, aquele garoto, o que havia derrotado Gaia, chega correndo.

– RÁPIDO! RÁPIDO! MONTROS! FLORESTA! PREPAREM-SE! – Ele faz uma pausa e nota que demoramos um pouco para unir as palavras – AGORA!

Monstros na floresta? Achava que esse lugar era seguro! Giro meu anel e minha espada aparece. Vou correndo até ele.

– Você já falou com Quíron? – Pergunto a ele.

– Não.

Viro para trás e faço um gesto para Christopher vir comigo. Ele ainda parecia um pouco atordoado. Mas em seguida começou a me seguir. Fomos correndo até a Casa Grande, alertando todos que víamos no caminho. Quíron estava sentado em uma cadeira de rodas.

– Quíron! – Chamei ele, e ele se virou para mim – Tem monstros na floresta! Não sei a urgência, mas aquele garoto parecia muito preocupado.

– Que garoto?

– Leo. – Diz Chris.

Chris fala Leo de um jeito engraçado, tipo Liou. Parecia francês, era bem engraçado.

– Obrigado por alertarem. – Diz Quíron, que em seguida se levanta e sai galopando.

Chris e eu o seguíamos. Antes de nos aproximarmos muito da floresta, vários homens com cabeça de cachorro começam a sair de lá. Cinocéfalos. Como sabia? Não faço nem ideia. Consegui achar algo que fosse mais estranho do que um centauro.

– Di imortalles! – Disse Christopher. Não fazia a mínima ideia do que aquilo significava, mas parecia bem correto para a situação.

– Vou chamar Annabeth.

Sai correndo. Annabeth e Clarisse estavam no lago, conversando. Ambas com cara de preocupação. Cheguei até ela no momento em que uma mensagem de Iris havia acabado.

– Rápido. Tem monstros na floresta. Cinocéfalos, eu acho.

– Tem certeza? – Clarisse pergunta para mim.

– Ah. Não imagina. Foi mal, me confundi. Foram só umas centenas de pessoas que fizeram transplante de cabeça-de-cachorro.

– Clarisse avise os outros. – Diz Annabeth e em seguida olha para mim. – Venha.

Nós corremos até o arsenal. E fomos até Leo. Tinha muitas pessoas lá.

– Achei que teríamos um pouco de sossego depois que matei aquela deusa estúpida. – Ele estava falando gritando.

– Leo, onde está Calipso?

– Não sei acho que nos campos de morango.

– Ok.

Ela sai correndo. Não sei quem era Calipso, mas parecia alguém importante.

Só então, olhei para a parede e vi. Sim, eu vi. Oh, se vi. É lindo. Um arco lindo. Um arco Huno. Era dourado, devia ser ouro imperial, mas sua corda e o local onde se encaixava a flecha eram de bronze celestial. Avistei a aljava ao seu lado. Ela era dourada, mas a alça era de bronze. As flechas eram douradas, mas com a ponta e as penas de bronze. É muita beleza para apenas dois objetos.

– Uau! É Ouro Imperial com Bronze Celestial?

– Sim. Eu que fiz! – Disse ele orgulhoso – E ainda tem mais... as flechas são infinitas!

– Santa Ártemis! – Que expressão era essa? De onde eu tirei isso? Santa Ártemis. Que coisa mais idiota. – É seu?

– Não. Não gosto muito de arcos. Pode ficar com ele.

Levei um tempinho para processar as palavras. Ok. Vamos ver. “Pode ficar com ele”. A palavra “pode” indica que eu posso fazer algo, que eu tenho permissão. Pode ficar, está me dando permissão para ficar com algo ou alguém. Pode ficar com ele. Santos deuses! Isso significava mesmo o que eu estava pensando?

– Está falando sério?

– Sim. Pode pegar.

Ele foi até a parede pegou o arco e a aljava e me entregou. Eu ainda estava em choque.

– Muito obrigada!

– Ei, a magia das flechas infinitas tem uma condição. Se você estiver fazendo algo errando as flechas vão se esgotando.

– E o que seria algo errado?

– Ah. Sei lá. Se aliar a Cronos ou Gaia, ou qualquer coisa do tipo.

– Ok.

Quem seria o idiota a se aliar a Gaia? É óbvio que depois ela acabaria matando todos que se aliaram a ela.

Coloquei a aljava no ombro e peguei o arco.

Leo estava conversando com dois gêmeos. Ambos estavam com o pé direito enfaixado. Só então os reconheci, eram os garotos que estavam naquela armadilha na caça, senti um pouco de pena.

Só então me toquei. Tem monstros neste acampamento. E eles precisam ser mortos. Espera! Deixei Chris lá com Quíron sem nem dizer onde ia, será que ele está bem?


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Notas finais do capítulo

Por favor, me avisem se eu estiver indo rápido de mais com o romance!!!!



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