Tyler recebeu alta na quinta feira a noite e na sexta já pode ir para o colégio normalmente.

Quando ele chegou ao colégio acompanhado de Marcela, todos ficaram surpresos, pois não esperavam que ele ainda iria para o colégio naquela semana. Todos o abraçaram e deram as boas vindas.

— Tyler. – falou Caroline e sorriu o abraçando logo em seguida. – você saiu do hospital. Porque não me avisou?

— eu queria fazer uma surpresa. – falou Tyler dando um sorriso e os dois se beijaram.

— Tyler. Que bom te ver bem de novo. – falou Rebekah e sorriu.

— obrigado Rebekah. – falou Tyler e viu Victor e Heloisa se beijando. – que novidade é essa?

— estamos namorando. – falou Victor sorrindo.

— finalmente. – falou Marcela sorrindo.

— pois é agora só faltam você e o Nathaniel desenrolarem essa história logo e começarem a namorar. – falou Heloisa e ela estava de mãos dadas com Victor.

— eu esqueci de te contar a novidade Tyler. – falou Caroline e eles viram que Noah estava se aproximando deles.

Caroline fez cara de medo assim que o viu e Fernando olhava para o rapaz com cara feia.

— o que foi Caroline? – perguntou Tyler percebendo a reação estranha de Caroline.

— nada Tyler. – falou Caroline tentando disfarçar obviamente por medo do que poderia acontecer já que Noah escondia um tal envolvimento com a policia e poderia representar perigo a Tyler.

— oi para todo mundo. – falou Noah com um sorriso e logo todos já estranharam a simpatia, mas mesmo assim o cumprimentaram. - E ai Fernando? Que roxo é esse no seu rosto?

— como se você não soubesse. – falou Fernando com raiva.

— eu não tinha reparado. – falou Tyler agora reparando na mancha roxa perto de um dos olhos do amigo. - O que aconteceu Fernando?

— não aconteceu nada. – falou Fernando.

— ninguém fica com o rosto roxo sem ter acontecido nada. – falou Tyler com preocupação. – o que aconteceu Fernando?

— eu te conto Tyler. – falou Noah com um sorriso maldoso. – ele estava defendendo a sua namoradinha.

— defendendo de que? – perguntou Tyler o encarando.

— de quem. Seria melhor perguntar. – falou Fernando e Tyler agora direcionou sua atenção a ele. – o Noah tentou obrigar a Caroline a entrar no carro dele para ir com ele a algum lugar. Não sei o que ele queria exatamente, mas quando vi que a Caroline estava chorando e tentando se soltar dele eu fui ajudá-la.

— eu ia mostrar para ela o que é um homem de verdade. – falou Noah.

— seu canalha. – falou Tyler olhando para Noah com desprezo. – ainda bem que o Fernando estava la para salvá-la.

— eu não ficaria tão feliz pelo Fernando estar perto dela se fosse você. – falou Noah.

— porque esta falando isso? – perguntou Tyler.

— Tyler não liga ele esta querendo jogar veneno. – falou Marcela. – igual a Rebekah estava fazendo naquele dia na cachoeira. O Fernando é seu amigo.

— fala Noah. – falou Tyler.

— a Caroline ficou tão feliz em ver o Fernando depois que ele a salvou. Tyler você é um corno e nem sabe disso. – falou Noah e era visível que ele estava se divertindo com essa situação.

— eu deixei seu olho roxo posso deixar de novo. – falou Fernando.

— e eu deixo o seu outro lado roxo também. – falou Noah. – e posso te dar outra surra como aquela do outro dia. A verdade dói não é Fernando?

— eles são amigos. – falou Tyler. – eu confio na Caroline. E confio no Fernando. Eu já briguei com ele uma vez porque me deixei levar pelas mentiras da Rebekah, mas isso não vai acontecer de novo.

— Tyler eu nunca trairia você. – falou Caroline.

— eu sei disso amor. – falou Tyler e a olhou. – mas Caroline porque você não me contou o que o Noah fez?

— eu fiquei com medo de piorar a sua situação. – falou Caroline. –Eu não queria te prejudicar.

— tudo bem. – falou Tyler e deu um sorrisinho. – agora sou eu quem vai deixar o Noah com o olho roxo.

— pode vir. – falou Noah rindo e Tyler foi na direção de Noah disposto a dar um soco nele.

— Tyler não. – gritou Caroline e segurou o braço de Tyler impedindo que ele se aproximasse de Noah. – para Tyler. Violência não vai resolver nada e só vai deixá-lo com mais raiva ainda. Não provoca.

— tem razão. – falou Tyler. – não vou resolver violência com violência. Eu não sou assim e isso é errado.

— eu devia quebrar a tua cara. – falou Noah com raiva. – mas eu não vou te bater. Você já esta morrendo não preciso acelerar isso.

Tyler fez uma cara triste e Caroline passou a mão no rosto dele.

— não fica assim Tyler. Não liga para as bobagens que esse cara fala. – falou Caroline com pena dele.

— Noah eu queria te perguntar uma coisa. – falou Heloisa e ele a olhou meio confuso. – porque você disse no outro dia que não podia ter problemas com a policia? Você já teve problemas com a policia?

— já. – falou Noah com a maior naturalidade do mundo.

— e fala isso com essa naturalidade? – perguntou Marcela. – o que você fez Noah?

— eu fumava e vendia drogas com meu irmão. – falou Noah.

— então você usa drogas? – perguntou Caroline e riu sem humor. – você nunca vai conseguir me fazer namorar com você. Ainda mais agora que descobri isso.

— eu não uso mais. – falou Noah. – parei quando o meu irmão foi preso.

— o Otavio? – perguntou Marcela surpresa. – fala sério? O Otavio usava drogas?

— não o Otavio. –falou Noah e riu. – o Otavio seria incapaz de usar drogas. Alem dele, eu e a Rebekah temos mais um irmão. Eu fui preso junto com ele, mas ele assumiu toda a culpa. Disse que já seria desgosto demais para a nossa mãe ter um filho drogado na cadeia. Não precisava de dois.

— menos mal. Achamos que você era um assassino. – falou Fernando.

— não sou não. – falou Noah e depois fez sua melhor cara de psicopata. - ainda não.

— como assim ainda não? – perguntou Caroline um pouco desconfiada e assustada.

— nada. Eu estou brincando. – falou Noah e riu enquanto se afastava deles.

— ele não parecia estar brincando. – falou Caroline com medo.

— calma Caroline. – falou Marcela. – isso aqui não é um filme de terror. Ele esta tirando uma com a nossa cara porque pensamos que ele era um assassino.

— e quem garante que ele esta falando a verdade? – perguntou Fernando. – pensem comigo. Se o irmão assumiu a culpa pela venda das drogas então a ficha dele esta limpa com a policia. Ai tem coisa.

— faz sentindo. –falou Caroline pensando um pouco. – droga será que o Noah é mesmo um assassino? Eu nunca soube que ele usava drogas.

— isso deve ter sido antes de ele namorar com você. – falou Tyler. –ele só foi covarde o bastante para não te contar.

— e o Fernando esta se achando o doutor grissom do csi. – falou Heloisa e eles riram.

— então é por isso que não queria que eu batesse nele? – perguntou Tyler. – esta com medo que ele me faça mal caso eu o provoque.

— é. – admitiu Caroline. – mas também acho que não devemos resolver violência com violência.

— É também acho isso. – falou Tyler a abraçando e deu um beijinho no cabelo dela. – fica calma tá. Vai ficar tudo bem.

A tarde Marcela estava sozinha em casa quando a campainha de sua casa tocou e quando ela abriu a porta teve uma grande surpresa ao ver que era Nathan.

— Nathan. – falou Marcela. – o que faz aqui?

— eu vim te ver. Posso entrar? – perguntou Nathan.

— entra. – falou Marcela dando espaço para que ele entrasse e Nathan entrou na casa.

— Esta sozinha? – perguntou Nathan.

— estou. – respondeu Marcela. – porque a pergunta? Vai tentar abusar de mim?

— não. – falou Nathan e riu. – e você sabe. Se você achasse que eu seria capaz disso não teria aberto a porta.

— então o que você quer? – perguntou Marcela. – que eu saiba não temos nada para conversar.

— eu quero o seu amor. – falou Nathan. – quero mais uma chance com você. Eu vou mudar. Eu prometo.

— Nathan eu sofri muito quando terminamos. Não quero passar por isso outra vez. – falou Marcela o olhando, mas algumas lágrimas já começavam a se formar em seus olhos e ela tentava as controlar para que Nathan não percebesse.

— então você admite que não me esqueceu? – perguntou Nathan a encarando.

— admito. – falou Marcela e agora os olhos ficaram marejados. – eu achei que tinha esquecido, mas o sentimento só estava adormecido. Quando te vi de novo tudo voltou.

— muito lindo isso. – falou Nathaniel entrando na casa com cara de bravo.

— Nathaniel? – falou Marcela arregalando os olhos assim que o viu.

— oi Marcela. – falou Nathaniel segurando as lagrimas. –então você nunca o esqueceu. Você mentiu para mim quando dizia que já tinha superado o seu antigo amor. Você mentiu quando disse que achava que estava se apaixonando por mim.

— eu nunca menti para você. Eu disse que achava. Nathaniel eu achei mesmo que tivesse superado, mas quando o vi de novo percebi que não. – falou Marcela tentando se explicar. - Desculpa. Você é um cara super legal, mas não posso mudar meus sentimentos.

— e como sempre é o Nathaniel que se ferra do fim da história. – gritou Nathaniel e deixou as lagrimas escorrerem.

— calma Nathaniel. – falou Marcela e começou a chorar também. – me desculpa.

— eu cansei de ser sempre a segunda opção. – falou Nathaniel e saiu dali arrasado.

— droga eu não queria magoá-lo. O Nathaniel é tão legal. – falou Marcela se desesperando e passou as mãos pela cabeça nervosa.

— ele vai superar. – falou Nathan ficando de frente para ela e a segurou pelos ombros fazendo ela olhar para ele. – e então? Eu te amo.  Você vai me dar uma segunda chance?

— o Nathaniel já esta bravo mesmo. – falou Marcela e deu um sorrisinho antes de beijar Nathan.

— isso foi um sim? – perguntou Nathan com um sorriso quando eles terminaram o beijo.

— foi. – respondeu Marcela e eles sorriram um para o outro antes de se beijarem de novo.

Nathaniel saiu da casa de Marcela e foi para o restaurante dos pais de Fernando onde encheu a cara.

Quando saiu do restaurante ele começou a andar pela rua totalmente sem rumo e completamente bêbado até que trombou em uma garota.

— desculpa. – falou ela e quando viu quem era até se assustou. – Nathaniel? Você esta bêbado?

— só um pouquinho. – falou Nathaniel fazendo o sinal com o dedo da quantia que tinha bebido.

— só um pouquinho? Você esta muito bêbado. – falou Evelyn. – porque bebeu desse jeito?

— porque eu só me ferro. O Nathan sempre se da bem e eu sempre me dou mal. – falou Nathaniel com a voz mole e tropeçando nas palavras.

— mas beber não resolve nada. – falou Evelyn.

— você nunca encheu a cara? – perguntou Nathaniel a olhando e as vezes dava uma cambaleada para o lado mesmo sem estar tentando andar.

— já, mas vi que foi muito ruim. Ainda mais pela dor de cabeça do outro dia. – falou Evelyn. – vem eu te ajudo a chegar em casa.

— eu sei chegar la sozinho. – falou Nathaniel recusando a ajuda e foi atravessar a rua, mas não viu que um carro vinha na direção dele.

— Nathaniel cuidado. – gritou Evelyn e ele olhou na direção do carro com os olhos arregalados.

Evelyn percebeu que ele estava bêbado demais para ter alguma reação então pulou em cima dele o empurrando para o lado e fazendo com que os dois caíssem no chão bem a tempo de se livrarem do atropelamento. O carro passou por eles buzinando.

— ficou doida? – perguntou Nathaniel se sentando no chão. – eu poderia ter quebrado uma costela.

— doida? Eu salvei a sua vida. Você devia prestar mais atenção, devia olhar por onde anda. – falou Evelyn. – se eu não tivesse te jogado no chão talvez você tivesse quebrado o pescoço em baixo do carro.

— eu olho por onde ando. – falou Nathaniel se levantando do chão e cambaleando.

— eu percebi como você estava atento. – falou Evelyn em um tom sarcástico enquanto se levantava também. Em seguida, ela segurou a mão de Nathaniel. - Vem eu te ajudo a chegar em casa.

— eu não preciso de baba. – falou Nathaniel e soltou sua mão da mão de Evelyn.

— precisa sim. Eu vou te levar em casa e pronto. – falou Evelyn decidida.

— ta. – falou Nathaniel e pegou na mão de Evelyn. Ela deu um sorrisinho discreto e logo os dois começaram a caminhar na direção da casa dele.

Assim que chegaram na casa Nathaniel abriu a porta e os dois entraram.

— parece que não tem ninguém em casa. – falou Evelyn percebendo o quanto a casa estava silenciosa.

— estava tudo apagado na casa do Nathan. Com certeza ele esta com ela. – falou Nathaniel com raiva e deu um soco na parede que assustou Evelyn.

— calma Nathaniel. – falou Evelyn. – eu vou ficar aqui com você até alguém chegar. Para evitar que você saia assim na rua de novo e acabe cometendo alguma loucura.

— ta. – falou Nathaniel e ligou o som. – vamos dançar?

— Nathaniel é melhor não. – falou Evelyn. – já esta tarde, os vizinhos vão reclamar.

— eu quero mesmo quebrar o nariz do meu vizinho. – falou Nathaniel e deu um sorriso sarcástico enquanto Evelyn revirou os olhos.

— vai vamos dançar. – falou Nathaniel enquanto dançava a musica que estava tocando e Evelyn começou a rir. – Uhuuul.

— Nathaniel você é doido. – falou ela rindo.

No outro dia Caroline acordou cedo, se arrumou e logo desceu para tomar café da manhã com sua família, mas quando chegou na cozinha teve uma grande surpresa.

— Tyler. – falou ela e sorriu ao vê-lo sentado a mesa esperando por ela com um café da manhã bem recheado de guloseimas.

— oi linda. – falou Tyler e sorriu.

— oi lindo. – falou Caroline se aproximando da mesa e deu um selinho nele. – o que faz aqui? Cadê todo mundo?

— seus pais já foram trabalhar. – falou Tyler. – e o Victor foi para a casa da Heloisa. Então eu trouxe uma cesta de café da manhã para comermos juntos. E trouxe essas flores.

— são lindas Tyler. – falou Caroline pegando o buque de flores das mãos dele e cheirou as flores para sentir o perfume antes de colocá-las em um vaso. – obrigada.

— de nada. – falou Tyler. – vamos comer?

— vamos la. – falou Caroline e eles começaram a comer o delicioso café da manhã.

Quando terminaram Tyler disse:

— tem planos para hoje a tarde?

— não. Só tenho planos para a noite. – falou Caroline.

— Restaurante com a galera. – falou Tyler. – então você esta livre a tarde?

— Sim. – falou Caroline. – você tem alguma coisa em mente?

— tenho sim. – falou Tyler. – vamos fazer um passeio diferente. Com aventura, diversão, adrenalina.

— que passeio será esse com tudo isso que você falou? – perguntou Caroline curiosa.

— surpresa. Mas eu tenho certeza de que você vai gostar. – falou Tyler.

— nem vou insistir que me diga que passeio é esse porque sei que você não vai falar. – falou Caroline. – o jeito vai ser esperar.

— é. Vai ter que esperar. – falou Tyler. – bom linda eu tenho que ir para arrumar tudo. Me encontre as cinco naquele lago onde te levei para fazer aquele piquenique.

— ta bom lindo. – falou Caroline e eles se beijaram.

— tchau. Até a tarde. – falou Tyler.

— tchau. Até a tarde. – falou Caroline e Tyler foi embora.

Caroline passou a tarde de bobeira em casa e quando deu cinco horas ela foi encontrar Tyler no local combinado.

Quando chegou ao lugar marcado ela teve uma grande surpresa quando viu que tinha um balão ali.

— Tyler sério que você fez isso? – perguntou Caroline com um enorme sorriso.

— eu fiz sim. – falou Tyler sorrindo. – nós vamos passear de balão.

— você é o melhor namorado do mundo. – falou Caroline e pulou no pescoço dele o abraçando e o enchendo de beijos.

— você esta tentando realizar as coisas que eu gostaria de fazer antes de morrer e já fizemos quase todas. Chegou minha vez de realizar as suas vontades. – falou Tyler sorrindo.

— isso vai ser muito legal. – falou Caroline toda empolgada e Tyler pegou na mão dela conduzindo-a até o balão. Depois, ele a ajudou a subir no balão e entrou também logo em seguida.

Logo o balão começou a subir monitorado por uma equipe de segurança para não ter nenhum perigo.

— a vista daqui de cima é maravilhosa. Da até um pouco de medo. – falou Caroline encantada com a vista.

— é verdade. – falou Tyler com um enorme sorriso.

— eu amo você. – falou Caroline.

— eu amo você. – falou Tyler e eles deram um selinho.

O passeio durou mais ou menos uma hora e os dois aproveitaram cada momento.

Quando desceram do balão Tyler disse:

— gostou do passeio?

— gostei muito. – falou Caroline.

— agora temos que ir. Temos que nos arrumar para encontrar a galera no restaurante. – falou Tyler.

— é verdade. – falou Caroline e eles foram embora.