Logo deu o sinal de inicio das aulas e quando eles entraram na sala de aula, Noah percebeu que Rebekah não estava nada bem. E Otavio também olhou para a moça com preocupação.

— Rebekah o que houve? – perguntou Noah a olhando. – viu o Tyler e a Caroline se beijando por ai?

— caso não tenha notado o Tyler não veio para o colégio. – falou Rebekah e foi ai que Noah percebeu que ele realmente não estava na sala.

— então o que foi? – perguntou Otavio. – aconteceu alguma coisa? Você parece que chorou.

— chorei mesmo. O Tyler esta doente. – falou Rebekah e Otavio ficou aguardando que ela continuasse enquanto Noah parecia estar mais interessado no assunto agora. – ele tem leucemia.

— leucemia? – perguntou Otavio. – isso mata.

— pois é. – falou Rebekah.

— o Tyler é um rapaz tão bom. – falou Otavio. – tão alegre.

 - ele esta meio revoltado com isso. – falou Rebekah. – ele não quer falar com ninguém e por isso não veio para o colégio.

— o Tyler vai morrer. – falou Noah rindo e Rebekah e Otavio olharam para ele surpresos.

— como você pode rir? – perguntou Otavio o olhando horrorizado. – estamos falando da morte de uma pessoa.

— a pessoa que esta me impedindo de ficar com a garota que eu amo. – falou Noah.

— a morte do Tyler não vai fazer com que a Caroline volte com você. – falou Otavio sem conseguir acreditar que Noah estava mesmo rindo. Ele estava abismado com o comportamento do irmão. – não acredito que eu você nascemos na mesma família.

 -ele não vai morrer. – falou Rebekah e os dois a olharam. – se ele fizer um transplante de medula ele não morre.

— não se ilude irmãzinha. – falou Noah. – logo, logo estará comprando seu vestido preto para o velório.

— cala boca. – falou Rebekah com certa raiva de Noah e a professora entrou na sala interrompendo todas as conversinhas paralelas.

A tarde Caroline foi visitar Tyler, mas Marcela a informou na sala da casa deles que Tyler não queria ver ela também.

— eu vou subir la em cima. – falou Caroline já indo na direção da escada. – ele vai falar comigo.

Caroline subiu as escadas da casa e assim que chegou em frente a porta de Tyler ela começou a bater.

— Marcela eu já disse que não quero falar com ninguém. – ela ouviu Tyler falar la de dentro.

— não é a Marcela. – falou Caroline e Tyler olhou para a porta surpreso. – sou eu. A Caroline.

— Vai embora Caroline. – falou ele com os olhos marejados. – eu não quero falar com você.

— eu percebi. – falou Caroline. – mas eu não vou embora daqui enquanto você não abrir essa porta e ouvir o que eu tenho para falar.

— não insiste. – falou Tyler. – isso não vai acontecer.

— ótimo. – falou ela e sentou no chão em frente a porta dele. – eu vou sentar e esperar. Não tenho nada para fazer hoje mesmo.

— faz o que quiser. – falou Tyler e permaneceu sentado na cama.

Ele ficou olhando para a porta decidindo se deveria ou não abrir e também imaginando se ela estaria mesmo sentada do lado de fora esperando ou se era só uma chantagem para que ele abrisse.

— Caroline você ainda esta ai? – perguntou ele depois de alguns minutos. Ela deu um sorrisinho.

— estou. – respondeu ela enquanto olhava para o joguinho no celular. – estou quase passando de fase no candy crush.

Tyler não pode evitar um risinho e depois se aproximou da porta a abrindo em seguida.

Ele terminou de abrir a porta bem a tempo de vê-la sentada no chão, mas ela se levantou rapidamente e ficou de frente para ele.

— oi. – falou ela e deu um tchauzinho para ele.

— oi. – falou e também deu o tchauzinho. – você é bem insistente quando quer.

— pois é eu não costumo desistir fácil. – falou ela.

— achei que era brincadeira. – falou Tyler.

— não poderia ser. – falou Caroline e ele deu espaço para que ela entrasse no quarto dele.

— o que você quer? – perguntou ele. Ele estava pálido.

— estou preocupada. – respondeu Caroline o olhando. – você não quer falar com ninguém. Ignorou minhas mensagens e ligações. Não foi para o colégio. E a Marcela disse que você esta dando trabalho para comer. Isso não pode continuar assim Tyler. Você não pode desistir de viver.

— eu não desisti. – falou Tyler e inevitavelmente já começou a chorar. – só estou desanimado demais para fazer qualquer coisa e também inconformado com o que esta acontecendo.

— você não pode continuar assim ou vai... – falou ela, mas foi interrompida por Tyler.

— Morrer? – perguntou ele com sarcasmo. – é esse o problema Caroline. Eu estou morrendo e não posso mudar isso.

— Tyler se você fizer o transplante você não vai morrer. – falou Caroline. – eu e a galera vamos fazer campanha nas redes sociais para conseguir um doador para você. Nos não podemos desistir sem lutar Tyler. Enquanto ainda há uma esperança não podemos desistir.

— temos que ser realistas. – falou ele. – eu vou morrer em um ano.

 - então se isso for verdade, você tem que sair desse quarto e aproveitar o tempo que te resta. – falou Caroline. – você podia começar a fazer as coisas daquela sua lista.

— eu não quero fazer nada. – falou Tyler. – e eu não quero fazer você se apaixonar cada vez mais.

— Tyler já disse que quanto a se afastar ou não de mim, a escolha é minha. – falou Caroline. – você se lembra do que eu disse naquele dia em que você me viu lendo a culpa é das estrelas e me perguntou se eu namoraria alguém que estivesse com uma doença daquelas?

— você disse que nunca parou para pensar, mas se amasse muito a pessoa, com certeza. – falou Tyler.

— isso. – respondeu Caroline. – e é como o livro diz. Não da para escolher se você vai se ferir ou não nesse mundo, mas é possível escolher quem vai feri-lo.

— e seria uma honra ter seu coração partido por mim? – perguntou Tyler.

— Com certeza. – falou Caroline deixando as lagrimas rolarem também. – Tyler eu só quero aproveitar ao máximo o tempo que tenho com você e quero que você faça o mesmo. Se te resta tão pouco tempo, ele não pode ser desperdiçado. Eu já te disse que me fazer sofrer é inevitável. Se você morrer eu vou sofrer e se você se afastar eu também irei sofrer.

— você vai sofrer menos se eu me afastar. Não vai ter que ficar vendo as minhas crises e ver aos poucos a pessoa que você ama indo embora. – falou Tyler. – nós não podemos mais nos ver. Vai embora Caroline.

— ta bom. – falou ela. – se é isso que você quer eu vou embora.

— ótimo. - falou Tyler.

— quer saber Tyler. – falou ela se alterando um pouco. – eu vou embora mesmo. Fica ai desperdiçando todo o tempo que tem e desistindo de lutar. Quando parar de sentir pensa de si mesmo me avisa. E eu espero que não se arrependa quando for tarde demais.

Caroline se virou na direção da porta para ir embora, mas Tyler a chamou e ela se virou de frente para ele outra vez.

— o que você quer Tyler?

— um ultimo beijo. – falou ele e ela não pensou duas vezes antes de correr ate ele e beijá-lo com muito amor.  Ela curtiu ao máximo cada minuto daquele beijo sabendo que poderia ser o ultimo e Tyler também curtiu o beijo da mesma maneira. Dava para ver que o amor deles era forte demais.

— eu te amo. – falou ela quando eles terminaram o beijo e ficaram se olhando bem pertinho um do outro. Eles podiam sentir a respiração ofegante um do outro por conta do beijo.

— eu também te amo. – falou Tyler.

— você viu como nos amamos Tyler. O que sentimos um pelo outro é forte demais. – falou Caroline. – você vai mesmo acabar com o nosso namoro assim?

— vou. – respondeu Tyler. – é isso. Acabou. Estou terminando com você.

— faz o que você quiser. - falou Caroline voltando a chorar se é que ela tinha mesmo parado em algum momento.

— tchau Caroline. – falou ele com os olhos marejados outra vez.

— tchau Tyler. – falou ela e se virou de frente para a porta dessa vez saindo mesmo do quarto dele.

O rapaz começou a chorar descontroladamente depois que ela saiu e Caroline desceu as escadas chorando da mesma maneira.

Quando Marcela a viu no final da escada, só a abraçou.

— o seu irmão é um cabeça dura. – falava Caroline entre o choro.

 - se acalma Caroline. – falou Marcela, mas Caroline se soltou do abraço. – o que ele falou?

 - ele terminou comigo. – falou Caroline.

— eu sinto muito. – falou Marcela com muita pena da amiga e a abraçou outra vez.

Quando anoiteceu, Tyler saiu de casa com os olhos vermelhos de tanto chorar e foi até um restaurante misturado com café e bar que tinha ali perto. E no balcão, ele já pediu uma bebida alcoólica.

Assim que o barman trouxe a bebida ele bebeu tudo de uma única vez e logo pediu mais uma dose que o barman logo foi buscar.

Heloisa e Victor estavam sentados em uma das mesas rindo da conversa que estavam tendo quando Victor parou de olhar para Heloisa e desviou sua atenção para o balcão onde ficava o barman.

— o que foi? –perguntou Heloisa percebendo a mudança repentina de olhares e então resolveu zoar. – tem alguma garota incrivelmente gostosa no balcão?

— não. – falou Victor sem parar de olhar para la. – um cara.

— oi? – perguntou Heloisa parecendo surpresa e novamente não podia perder a piada. – eu não conhecia esse seu lado.

— eu não sou bi. – falou Victor rindo e a olhou parando de rir. – Helo o Tyler esta ali no balcão e esta bebendo uma dose atrás da outra de alguma bebida alcoólica que não da para identificar.

— o Tyler? Tem certeza?- perguntou Heloisa e se virou na direção do balcão para conferir se era verdade o que Victor estava dizendo. – achei que ele não bebia.

— ele não bebe. – confirmou Victor e Heloisa voltou a olhar para ele. – tem coisa errada.

— eu vou ligar para a Caroline. – falou Heloisa pegando o celular na bolsa e em seguida começou a discar o numero da amiga. – ela deve saber o que esta acontecendo e ela pode vir aqui tentar convencê-lo a parar de beber.

— faz isso. – falou Victor e Heloisa colocou o celular perto da orelha para aguardar Caroline atender. Ela atendeu no segundo toque. – Caroline onde você esta?

— estou em casa. – respondeu Caroline que atendeu o celular deitada em sua cama. – e ai como esta o jantar com o Victor?

— esta bem legal. – falou Heloisa. – mas amiga você sabe onde o Tyler esta nesse momento?

— não sei não. – respondeu Caroline e não pode evitar uma certa irritação na voz ao dizer suas próximas palavras. – o Tyler não é mais problema meu.

— como assim? – perguntou Heloisa surpresa com o que tinha acabado de ouvir. – Caroline aconteceu alguma coisa entre você e o Tyler? Vocês brigaram?

— nós terminamos. – falou Caroline.

— terminaram? Como assim? –perguntou Heloisa e Victor a olhou com certa confusão.

— eu tentei ajudá-lo, mas acabamos brigando e ele terminou o namoro. –falou Caroline e por mais que quisesse não ligar, ela não pode evitar a preocupação com Tyler. – mas porque esta me perguntando sobre ele? Você sabe de alguma coisa? Aconteceu alguma coisa com ele?

— Caroline o Tyler esta aqui no restaurante bar que eu e o Victor estamos e ele esta enchendo a cara. – falou Heloisa. – ele parece péssimo.

—o Tyler não bebe. – falou Caroline. – tem certeza de que é ele mesmo?

— tenho certeza. Nossa mesa não esta tão longe dele. – falou Heloisa.

— eu estou indo ai. – falou Caroline e desligou o telefone.

— eles terminaram? – perguntou Victor enquanto Heloisa guardava o telefone na bolsa.

— o Tyler terminou com ela. – falou Heloisa. – eu estou com muita pena dele. Coitado.

— pois é. Ele esta passando por um momento muito difícil. – falou Victor.

Rebekah estava sentada em uma das mesas do lugar também, mas bem no fundo e nem viu Tyler ali. Fernando, que as vezes era garçom ali no restaurante, a viu e resolveu perguntar se estava tudo bem já que ela estava praticamente debruçada em cima da mesa. O Restaurante pertencia aos pais de Fernando e ele ajudava quando o movimento estava muito grande.

— Rebekah. – falou ele e a moça levantou um pouco a cabeça para poder olhar para ele. – esta tudo bem?

— não. – falou ela com a voz meio mole e Fernando pode perceber que ela estava bem bêbada.

— Posso? – perguntou ele apontando para uma cadeira na intenção de sentar e fazer companhia a ela.

— o lugar é seu. – falou ela. – faz o que quiser.

—ta. – falou Fernando e sentou na cadeira ficando de frente para ela. – porque você esta assim? Não sabia que você bebia tanto.

— você me viu tomando cerveja no acampamento. – falou Rebekah.

— cerveja sim. – falou Fernando. - mas esta na cara que você bebeu bem mais do que cerveja.

— vodka, acho que umas doses de tequila. – falou ela e deu um sorriso fraco. – eu quero esquecer de tudo.

— Rebekah o que esta acontecendo? – perguntou Fernando. – porque você esta assim?

— esta preocupado? – perguntou Rebekah.

— um pouco. – falou Fernando. – hoje de manhã no colégio pela primeira vez percebi que você pode não ser uma pessoa tão ruim assim.

— você é muito legal Fernando. – falou ela e deixou algumas lagrimas rolarem. – eu não mereço que você fique aqui perdendo tempo comigo. Eu sou uma pessoa má.

— não estou perdendo tempo. – falou Fernando. – pode desabafar se quiser.

— eu estou assim por causa do Tyler. –falou Rebekah. – não consigo aceitar que ele pode morrer. Eu sei que pareço não ter sentimentos e muito menos um coração, mas eu tenho. Eu o amo de verdade e tudo o que eu faço é por amor. Eu não posso viver sem ele.

— entendo como se sente. – falou Fernando. – o Tyler é meu melhor amigo desde sempre. Não consigo imaginar minha vida sem ele. Não sei o que vai acontecer se ele não conseguir sair dessa.

— como vocês se conheceram? – perguntou Rebekah.

— eu e o Tyler sempre fomos amigos. – falou Fernando e sorriu ao se lembrar. – nossos pais eram amigos desde sempre e eu e o Fernando também viramos amigos como era de se esperar. O meu pai e o dele tinham uma empresa que acabou falindo e ele teve que se mudar para Nova York para tentar salvar a empresa. E minha família teve que ir também já que o meu pai era um dos sócios. Quando deu tudo errado la e os pais do Tyler resolveram voltar para o Brasil eu fiquei muito mal com a ideia de ficar longe do meu amigo e meus pais decidiram voltar para o Brasil também. E ai resolveram abrir esse restaurante para quem sabe um dia conseguirmos reerguer a empresa.

— nossa que história. – falou Rebekah e sorriu. – deve ser ótimo ter uma amizade assim de tantos anos.

— é bom sim. – falou Fernando. – o Tyler é como um irmão para mim.

Não demorou muito para que Caroline chegasse ao restaurante e assim que entrou, ela já foi na direção de Tyler no balcão e o puxou pelo braço obrigando ele a se virar de frente para ela.

— ei quem você pensa que é para me puxar assim? – perguntou ele enquanto se virava para ela e quando a viu ele ficou quieto sem saber o que dizer.

— Tyler. – falou Fernando quando o viu e Rebekah também olhou na direção do balcão.

Na verdade, Tyler não tinha falado nem um pouco baixo e todo o restaurante agora olhava para eles.

— achei que ele não bebesse. – falou Rebekah com a voz mais firme apesar de ainda estar meio mole.

— ele não bebe. – falou Fernando.

— o que foi Tyler? – perguntou Caroline o olhando muito brava. – surpreso de me ver aqui?

— na verdade sim. – falou Tyler. – como sabia que eu estava aqui?

— eu contei para ela. – falou Heloisa se aproximando dos dois junto com Victor. Fernando e Rebekah também se aproximaram deles e Tyler olhou para Fernando parecendo envergonhado.

— Tyler porque esta fazendo isso? – perguntou Fernando.

— eu quero beber para esquecer todas as minhas decepções. – falou Tyler já ficando com os olhos marejados.

— beber não é a solução. – falou Fernando.

— isso ai. – falou Caroline e ele voltou a olhar para ela. –beber não é solução para nada. Você vai coseguir fazer um monte de besteiras e uma bela ressaca amanhã. Quer dizer então que você quis sair para beber, mas quando eu te chamei para aproveitar a sua vida você não quis.

— Caroline... – falou Tyler percebendo a besteira que tinha feito.

— o que você esta fazendo não tem explicação Tyler. – falou Caroline. – você preferiu vir encher a cara em um bar do que ficar perto das pessoas que te querem bem. Você terminou comigo e me mandou ir procurar alguém que possa me fazer feliz. Mas essa pessoa é você Tyler.

— Caroline me desculpa. – falou Tyler. – eu só queria esquecer.

— mas beber não vai te fazer esquecer de nada. – falou Caroline. – vamos embora. Meu pai me trouxe de carro.

— você contou para o seu pai onde eu estava? – perguntou Tyler.

— você não queria que eu viesse te buscar de a pé não é? – perguntou Tyler.

— seu pai vai me odiar. – falou Tyler. – com certeza esse não é o genro que ele sonhava.

— então que bom que terminamos. – falou Caroline e pegou na mão dele começando a puxá-lo para a saída do restaurante.

Caroline ajudou Tyler a entrar no carro, no banco de trás, e quando ele já estava no carro parecia envergonhado ao ver o pai de Caroline olhando para trás. Caroline entrou no carro logo em seguida.

— me desculpa por isso senhor Maldonado. – falou Tyler sem conseguir encará-lo.

— entendo que é um momento difícil na sua vida Tyler. – falou Bernardo. – todos cometemos erros. O importante é aprendermos com eles.

Tyler deu um sorrisinho e Bernardo os levou para a casa do rapaz.

Caroline entrou na casa dele e o ajudou a subir as escadas já que parecia não ter ninguém em casa ou todos já deveriam estar dormindo.

Quando chegaram ao quarto dele, ela o ajudou a deitar na cama e então disse:

— agora você já esta em casa. Eu vou indo.

— não. – falou Tyler e ela o olhou. – fica aqui comigo.

— melhor não. – falou ela. – Tyler você precisa de um banho. Talvez te ajude a melhorar.

— Não consigo tomar banho nesse estado. – falou Tyler. – eu estou com muita dor de cabeça.

— me fala onde tem remédio e eu pego para você. – falou Caroline, mas percebeu que Tyler adormeceu.

Ela passou as mãos pelo cabelo dele fazendo carinho e em seguida deu um beijinho na testa dele.

— eu te amo. – sussurrou ela e depois saiu do quarto tentando fazer o mínimo barulho possível para não acordar ninguém.

No outro dia, Tyler acordou tarde devido a bebedeira do dia anterior e não foi para o colégio outra vez.

Em casa, ele teve tempo suficiente para pensar em tudo o que tinha feito e em tudo o que tinha falado para Caroline e percebeu o quanto devia ter magoado a moça.

Ele pegou em sua mochila do colégio a lista de coisas para fazer antes de morrer e ficou olhando para ela por uns segundos.

— a Caroline tem razão. E eu estou sendo um grande babaca. – falou Tyler.

A tarde, ele resolveu tomar uma atitude e foi até o parquinho onde ele e Caroline costumavam brincar quando eram crianças. Ele estava torcendo para que ela estivesse la, o que era bem provável já que ela deveria estar muito magoada com ele e aquele lugar lhe trazia boas lembranças.

Assim que chegou ao parquinho, ele logo a viu sentada em um banco perto dos balanços.

— Caroline. – falou ele ao se aproximar.

— Tyler. – falou ela surpresa por ele estar ali.

— eu imaginei que estaria aqui. – falou Tyler e sentou ao lado dela.

— estava me procurando por acaso? – perguntou ela ainda sem olhá-lo.

— estava. – respondeu Tyler e ela o olhou. – Caroline me desculpa. Eu fui muito grosso e mal educado quando você só queria me ajudar. Você não merecia ser tratada daquela maneira. Eu fiz uma grande burrice quando terminei com você.

— esta tudo bem Tyler. – falou Caroline, mas não sorriu. – eu sei que é difícil receber a noticia de que não te resta muito tempo.

— você esta magoada. – falou Tyler vendo que ela permanecia séria.

— não estou. – falou ela. – eu só estou triste por tudo o que esta acontecendo. Não importa o que eu diga. Não vou conseguir te fazer mudar de ideia.

— eu cansei de sentir pena de mim mesmo. – falou Tyler e ela o olhou surpresa enquanto ele tirava a sua lista de dentro da bolsa.

— essa é a sua lista de coisas para fazer antes de morrer? – perguntou ela.

— é sim. – respondeu Tyler e sorriu. – e ai o que vamos fazer primeiro?

Caroline abriu um enorme sorriso ao perceber o que ele estava fazendo e em seguida o beijou enquanto algumas lagrimas de emoção começavam a escorrer por seu rosto.

Ele também chorava de emoção e quando eles terminaram o beijo, ficaram olhando um para o outro sorrindo.

— que tal começarmos com encontrar um grande amor? – perguntou Caroline.

— eu já encontrei meu grande amor. –falou Tyler.

— mas não esta namorando com ela. – falou Caroline.

— tem razão. – respondeu ele e em seguida segurou a mão direita de Caroline que começou a sorrir. – Caroline Maldonado você quer namorar comigo? De novo.

— sim. – respondeu ela sorrindo e em seguida os dois riram.

Depois das risadas, eles se beijaram como um verdadeiro casal super apaixonado. Com muito amor.