Tom Rosado.

Eu gosto do meu estilo, gosto da forma como vivo minha vida, aprendi a me amar antes de tentar amar alguém.

Michel Telles

Capítulo 4

Mordi a ponta do meu dedo indecisa olhando meu celular com minhas sobrancelhas franzidas e com uma grande batalha em interna sobre o que fazer,ou seja, se devia ou não ligar para ela. Deixei meu corpo cair para trás e deitei-me de forma preguiçosa na minha cama macia, fechando meus olhos em seguida.

Minha vida está uma verdadeira bagunça. De uma hora para outra me vejo sendo obrigada a casar com alguém que odeio.

Será que a odeio mesmo?, uma vozinha me indagou duvidosa no sob consciente.

Até à três noites passadas eu afirmaria que sim com toda convicção que possuo e sem nenhuma sombra de dúvida. Mas, agora eu não sabia de mais nada.

Mio Dio, me sinto tão confusa e perdida nessa imensidão de sentimentos desconhecidos. Era mais fácil, quando apenas a odiava e não suspeitava de uma paixão pela a abusada. Papai já não o via, deste aquele episódio na sala e para falar a verdade nem quero ver Robert tão cedo. Mamãe tentou, inutilmente, falar comigo. Apenas a ignorei. Meu coração ainda está muito magoado e quebrado por culpa deles.

Hope Blake.

Maldita britânica abusada e charmosa, que conheço apenas seis meses, entretanto, teve o poder de me fazer o odiar deste que nos virmos pela a primeira vez e tem o dom de me fazer balançar na base com um único sorriso torto.

‘’ – Hope? - Chamei a fazendo parar - Você é uma abusada, mas seu sorriso é o mais belo que já vi - Falei sem medo.’’

Cobri meu rosto com o travesseiro corada e rindo como uma idiota apaixonada pela a mulher mais bonita da escola, pela a lembrança. Meu coração disparado comprovava minha confuso interna.

Essas coisas do coração poderiam ser menos complicados.

Senti meu celular vibrando sobre minha barriga. Rapidamente, peguei-o sem olhar para a tela e atendi.

– Alô? - Perguntei sentando-me e cruzando minhas pernas.

– Oi, Lorena – Responde-me com a voz rouca e conhecida.

Mio Dio era ela.

– Hope? - Indaguei já sabendo a resposta e surpresa pela a ligação inesperada dela.

– Sim, amor – Falou carinhoso - Você não foi na faculdade hoje e liguei para saber como você está.

Se fosse outro dia eu teria brigado com ela por ter me chamado de amor.

Mio Dio. Hope Blake, a maldita e abusada britânica charmosa, me chamou de amor e eu não briguei com ela. O que está havendo comigo?

– Estou bem - Sussurrei com um fio de voz.

– Ah! Então tá. Vou desligar, Lola – Murmurou Hope parecendo desapontado por minhas respostas curtas.

– Espere - Gritei.

Pude ouvi sua risada arrastada e sexy do outro lado da linha.

– O que foi, princesa?

– Bem, quero agradecer pelo aquele dia - Respondi sem graça e corada.

Mio Dio cadê aquela Lorena Anny Masen que briga e a xinga sempre? Naquele momento ela se encontrava suspirando corada pela a abusada.

– Não há de que, minha linda.

– Então, eu queria...não...melhor dizendo...quero...sei lá se você talvez pudesse me acompanhar em lugar - Gaguejei as palavras muito corada de vergonha.

– Seria para um motel? – Perguntou maliciosa.

Maldita abusada.

–Oras, mas é muito abusada mesmo, Blake. Vá se ferrar, porra - Briguei com ela ainda mais corada, por simplesmente imaginar nós duas em uma situação mais íntimas que os beijos que ela sempre rouba de mim.

Hope soltou uma risada safada e gostosa de se ouvi. A abusada está claramente se divertindo com essa situação constrangedora.

– Adoraria te ver como você está corada agora, minha linda.

– Bebeu Hope? Io nunca coro, abusada - Neguei. Ela não precisava saber que eu estava completamente vermelha e não era de raiva.

– Estou sim bêbada - Deu uma pausa - Completamente bêbada de amor por ti – Declarou.

Fiquei em silêncio, paralisada pelo choque e por não saber o que dizer à ela. Hope havia me pegado de surpresa novamente.

– Io... - Comecei a murmurar sem realmente ter alguma resposta na ponta da língua para ela.

– Não precisa dizer nada. Não nesse momento – Hope me interrompeu séria - Sei que te peguei de surpresa, mas apenas queria te deixar ciente de meus sentimentos por você.

– Há alguma chance de isso ser apenas uma brincadeira sua ou apenas uma estratégia em favor desse casamento? - Questionei nervosa por sua resposta - Seja sincera, por favor - Pedi.

– Nunca faria algo desse nível tão baixo com você, Lorena– Respondeu-me sincera - Gosto de você, Italiana deliciosa.

Soltei um risinho feliz pelo nariz. Mio Dio eu só podia estar enlouquecendo. Não havia outra explicação sem ser essa, porque fiquei muito feliz de saber que a abusada gosta de mim.

– Fico feliz - Foi a única coisa, que consegui falar em meio a minha nuvem de felicidade.

– Então, minha linda o que você quer me pedir?

Tive que balançar minha cabeça para reorganizar meus pensamentos.

– Quero ir em um lugar e quero sua companhia - Falei - Por favor, vá comigo - Completei com a voz manhosa.

– Tem certeza que não é para um motel?

– Hope, não sua abusada - A repreendi rindo - Esqueceu que tenho 17 anos ainda, Blake?

– Tsc, me esqueci desse pequeno detalhe – Riu safada - Interessante.

– O que?

– Você não me xingou e nem brigou comigo, quando sugeri o motel pela segunda vez – Declarou.

– Então, você vai comigo ou não nesse lugar? - Desconversei e mudei o foco do assunto.

Ela riu notando minha estratégia óbvia de fuga.

– Claro.

– Você pode vim me buscar em meia hora? - Indaguei ficando de pé e indo para dentro do meu banheiro espaçoso.

– Posso sim.

– Então, até daqui a pouco.

– Ok –Concordou - Lorena?

– Sim? - Murmurei liberando meus cabelos do coque.

– Seu sorriso e seus olhos são os mais lindos, que já tive a honrar de ver – Hope disse e desligou em seguida.

Sorri contente deixando meu celular sobre a bancada da pia e me despindo.

Ela havia deixado sem palavras outra vez. Blake abusada.

[...]

Espiei mais uma vez pelo canto dos meus olhos para ela. A abusada estava linda enfiado naquela roupa toda preta. A camisa de manga longa abraçava de Hope destacando os belos seios e cintura fina, mostrando o quão gostosa ela era e sem exageros.

Hope Blake é a mulher mais linda de toda Universidade Particular de Chicago. A abusada é o número de muitas bitch soltas por aí doidas para abrir as pernas para a gostosona da Blake.

Número de muitas e o meu também, penso corando.

Mordi meu lábio inferior tentando controlar minha louca vontade de beijar aquela boca pecaminosa dela. Hope é meu inferno particular.

– Apreciando a vista, Lorena? - Ela perguntou sem tirar os olhos do trânsito e me pegando no flagra.

Senti minhas bochechas quente instantaneamente.

– Io non sei do que você está falando Blake... - Fiz bico emburrada e cruzei meus braços, olhando a paisagem de concreto e o mar de carros - Abusada - Completei sorrindo de lado.

Hope ria também trocando a marcha.

– Então, princesa como estão as coisas na sua casa?

Virei-me para ela e pus uma mecha vermelha do meu cabelo atrás da orelha.

– Um verdadeiro inferno. Não vejo Robert a três dias e Lara tenta falar comigo, mas apenas a ignoro. Podemos não falar nisso e nem nesse tal de casamento por enquanto, Hope? - Pedi a fitando.

– Claro, princesa - Concordou - Chegamos.

Hope saiu do carro rapidamente, assim que estacionara na primeira vaga à vista, dando a volta na Ferrari e abriu minha porta como os antigos cavalheiros.

– Grazie, Srt.Blake - Agradeci.

Não protestei momento algum, quando ela pegou minha mão na sua e entrelaçou nossos dedos. Entramos no mais luxuoso e caro salão de cabeleireiro de toda Chicago. Paramos em frente o balcão e a recepcionista arregalou os olhos para cima da minha abusada.

Assanhada.

Rapidamente, ela abriu um sorriso largo enquanto colocava um fio de cabelos loiro, mais falso do que aqueles peitos siliconados, atrás da orelha fitando Hope.

Fechei a cara na hora. Meu sangue chegava a pulsar nas minhas veias de tanta raiva e minha maior vontade era de enfiar minha mão dentro da cara cheia de maquiagem daquele oferecida.

– Em que posso ajuda-las? - A safada perguntou no plural mas olhava diretamente para Hope.

Hope! Será que ela está fretando e retribuindo essa vaca siliconada?

Virei-me levemente para o lado para olha-la discretamente. Ok. Meu movimento discreto se resumiu em mim soltando a mão dela e abraçando Hope pela cintura. Sempre olhando para a oferecida com um olhar superior, que claramente dizia em letras grandes e brilhosos como de motel: Ela é MINHA.

A melhor parte, era que ela a estava ignorando.

Minha. Minha. Minha. Minha. Minha.

– Querido - Chamei-a manhosa.

Hope me fitou com uma sobrancelha levantada e de forma interrogativa.

– Sim, amor?

Nada respondi. Apenas fiz.

Puxei o rosto de Hope contra o meu e a beijei desesperadamente. Ela passou colocou as mãos na minha cintura, puxando-me de encontro ao seu corpo quente e minha língua sugava a dela de uma maneira,que era um crime. Ficamos nos beijando por uns minutos e nos separamos quando a necessidade de ar fez-se presente.

– Beijou gostoso - Murmurei dando um selinho nela e me virando para a mal comida, que nos encarava com a boca aberta - Tenho hora marcada com o John, querida - Falei a última parte em tom de deboche.

– Vocês são ficante? - A safada ainda teve a cara de pau de perguntar.

Mio Dio como minha mão coçava na intensa vontade de ir de encontro contra as fuças dela.

– Não - Hope negou e eu gelei por dentro - Lorena é minha noiva.

Meu sorriso era tão grande, que achei por um momento que poderia rasgar meu rosto. A melhor parte, era a loruda ficou sem jeito e que não sabia como agir depois de um papelão como esse.

– Querida Lorena - Uma voz totalmente afeminada gritou meu nome estericamente.

– Olá, John - Cumprimentei o cabeleireiro extravagante de colorido com um abraço e três beijinhos na bochechas.

John arregalou os olhos e soltou outro gritinho, quando viu Hope atrás de mim e com as mãos na minha cintura.

– Que mulher é essa, Lorena? Aonde você arrumou essa Deusa perfeita? Ela é sua? Me empresta?

Minha Blake estendeu a mão para John, que apertou em transe olhando para Hope completamente abobolhado.

Segurei o riso.

– Hope. Hope Blake. Noiva de Lorena - Hope falou sorrindo.

Hein? Ela acabou de falar novamente que é minha noiva?

– OMG - John exclamou batendo palmas - Lola querida você está de parabéns pela a sua mulher.

Creio que não necessário que eu diga que corei, né?

– Obrigada...eu acho... - Suspirei - Então, John podemos começar a mudança?

John deixou seus chiliques de lado e assumiu uma postura de profissional.

– Tem certeza disso, querida? - Ele perguntou enquanto andávamos pelo um corredor grande.

– Sim - Sorri segurando a mão de Hope - Quero meus cabelos rosas - Murmurei convicta.

Eu aprendi, te amando, que há várias facetas intituladas de “amor”, mas que apenas uma delas completou meu quebra-cabeça, e como todos sabem, essas peças possuem lados diferentes.

Anne Cléa Lima