Por Teu Amor. escrita por Tah


Capítulo 1
Casar?Nunca!


Notas iniciais do capítulo

Oiieee.
Boa Leitura.



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Casar?Nunca!

''Passamos a amar não quando encontramos a pessoa perfeita, mas quando aprendemos ver perfeitamente uma pessoa imperfeita.''

San Kenn

Capítulo 1

– O que? - Gritei exasperada batendo minhas mãos contra a mesa de madeira escura e levantando-me, com meu movimento brusco a cadeira caiu para trás causando um barulho enorme e quebrando o silêncio mórbido que havia se instalado na sala - Nunca. Não caso com um desconhecido nem amarrada - Afirmei e virei-me para o homem que me dera a vida - O senhor está muito enganado se acha, que vou me casar com um velho tarado e caquético por causa dessa porcaria de junção de duas empresas estúpidas. Foda-se essa merda toda de empresa Masen.

– Lorena! - Papai gritou levantando-se também e encarando-me furioso - Você vai casar sim e ponto final.

–O senhor não manda em mim coisa nenhuma, Sr.Msen - Bufei fitando de forma desafiadora os olhos verdes, idênticos aos meus, não concordando com aquela ideia absurda e ultrapassada de casamento arranjado - Papai estamos no século XXI e esse tipo de casamento não existe mais - Tentei falar mais mansa e convence-lo a esquecer essa baboseira toda.

– Me respeite, Lorena. Sou seu pai, menina - Brigou papai furioso apontando o dedo para mim - E você vai casar sim. Se não for por bem será por mal. Mas, você casa.

–Não caso mesmo. O senhor não manda em mim - Murmurei debochada - O senhor está ficando velho e caduco. Isso deve ser falta de sexo, papai.

– Lorena. Tenha respeito com seu pai e comigo - Mamãe mandou com o rosto vermelho - E você vai adorar esse casamento.

Fitei mamãe com o cenho franzido.

– Até a senhora concorda com essa ideia louca? - Indaguei incrédula cruzando meus braços - Mio Dio vocês estão loucos. Só pode.

– Lorena - Mamãe me repreendeu novamente - Tenha mais respeito, garota.

–Respeito, mamãe? A senhora pede respeito quando estou sendo obrigada por meus próprios pais casar com um velho? - Ri sarcástica - Faltei nessa aula de boas maneiras.

–Lorena, não estou te reconhecendo - Dona Lara tentou amenizar o clima tenso na sala de jantar falando calmamente - Filha, esse casamento é para o seu bem, meu amor.

– Ai Meus Deus. De fato, vocês estão ficando malucos - Suspirei em desgosto - Não caso. Nem com o Brad Pitty muito menos com um desconhecido. E fim de história - Afirmei convicta da minha posição.

–Lorena, você vive debaixo do meu teto e vai fazer o que estou mandando - Papai voltou a gritar socando a mesa.

Revirei meus olhos.

– O senhor é meu pai e não dona da minha vida. Já falei. Eu vou não casar porra nenhuma.

–Garota, você está pedindo por umas boas palmadas - Papai rosnou com o rosto vermelho de raiva e com as mãos no próprio cinto, ameaçando tira-lo.

– Além de querer mandar na minha vida o senhor quer me bater também, papai? - Sussurrei com meus olhos levemente arregalados e por um misero momento tremi por dentro.

–Se acalme, Robert amor - Mamãe pediu tocando o braço dele carinhosamente - Lorena, por favor, controle a língua - Disse me olhando com os olhos sérios - Agora vamos nós sentarmos como uma família normal e vamos conversamos como pessoas civilizadas.

Pessoas normais e civilizadas não obrigam a própria filha casar forçada – Resmunguei para mim mesma ajeitando a cadeira e sentando-me novamente a contra gosto.

– Lorena -Dona Lara suspirou meu nome em tom de repreensão.

Papai respirou fundo.

–Hoje à noite haverá um jantar para que você possa conhecer seu noivo e a família dele - Papai voltou a falar mais calmo sentando-se novamente na cadeira - Quero que você vista algo mais social, Lorena.

Estreitei meus olhos verdes em sua direção e o começo de um sorriso travesso ameaçava abrir nos meus lábios.

Algo social,é?Tsc interessante.Papai não perder por esperar nesse jantar.

– Tudo bem, papai - Concordei sem discutir e já pensando nas possibilidades de roupas no meu closet.

Ele me fitou com um olhar desconfiado.

Acredite, eu também estaria muito desconfiada com essa minha mudança de humor repentina. Sou muito cabeça dura e não aceito ser contrariada no que eu acredito, mesmo que eu quebre a cara com isso. Entretanto, são essas quedas que me fazem crescer e ter opinião própria.

Amo demais meus pais, mas casar eu não caso mesmo. Nem amarrada na frente do padre.

– Fácil assim? Sem discutir ou gritar? - Questionou bebericando seu café preto.

– Sim - Murmurei passando geleia na torrada e dando em seguida uma mordida generosa.

Papai estreitou seus olhos verdes na minha direção e arqueou uma sobrancelha ruiva.

–O que você está pensando em aprontar, Lorena? - Ele deixou a xícara de lado e encarou-me sério - Estou desconfiado com essa sua aceitação toda sobre o jantar, minha filha.

Ah papai se o senhor soubesse dos meus planos...Provavelmente me deserdaria sem pensar duas vezes e me internaria em um convento no fim do mundo, isso que meu subconsciente diz com fervor e minha língua coça para soltar, porém, melhor não provocar ainda mais a fera com vara curta.

–Papai, não estou aprontando nada - Murmurei fazendo biquinho sabendo, que ele não iria resistir.

– Tudo bem, minha princesa - Papai concordou com um aceno de cabeça.

–Tal pai, tal filhas - Mamãe falou para si mesma com os olhos desfocados e bebendo seu suco de laranja.

– O que você quis dizer com isso, meu amor? - Papai olhou-a interrogativa.

–Você come na mão das suas filhas, Robert - Ela disse - Basta Lorena ou Karen fazerem biquinho que você fica com cara de idiota, meu amor - Completou soltando um risinho animado.

– Não é bem assim, querida - Ele tentou se defender.

– Nem quero imaginar se fosse assim - Debochou sendo carinhosa com ele.

Estou surpresa, que a casa ainda esteja de pé. Esperava que metade dela estivesse destruída pelo furacão Lorena -Uma voz animada veio da entrada da sala - Bom dia, família.

– Karen - Soltei um gritinho animado pulando da cadeira e indo abraçar minha irmã mais velha - Fiquei com saudades, vadia - Disse agarrando seu pescoço e beijando sua bochecha.

–Também fiquei com saudades, pirralha - Beijou minha testa carinhosamente - Isa vive perguntando de você, princesa.

– Cadê minha sobrinha preferida? - Perguntei dando pulinhos de alegria só com a ideia de vê-la, depois de tantos meses sem beijar aquelas bochechas rosadas.

– Está no carro com Mya - Me respondeu abraçando nossos pais - Saudades.

– Você está comendo direito, querida? - Mamãe perguntou apertando as bochechas da minha irmã e analisando sua corpo magro e alto - Parece está tão magra.

– Mamãe sempre fui magra .E estou comendo bem e nem se quisesse ficar sem comer eu conseguiria. Minha esposa parece um general no meu pé quando se trata da minha alimentação - Karen explicou beijando a bochecha de ambos.

– Cadê minha nora e neta, filha? - Papai indagou carinhosamente passando a mão pelos cabelos vermelhos dela.

– Elas estão lá fora procurando a boneca de Isa no meio daquelas milhares de mala que Mya cismou de trazer - Karen resmungou descontente - Não sei pra que tanta malas.

– São coisas necessárias, Ka - Defendi minha cunhada.

Ela me lançou um olhar sarcástico.

–São doze malas, Lola.

–Ok. Talvez Mya tenha exagerado.

– Tia Lola - Um gritinho fino e infantil veio na minha direção correndo - Colo - Apenas deu tempo de abrir meus braços e sentir um corpinho pequeno colidir com o meu - Tia.

– Oi, meu amor - Sorri para linda menininha loira de olhos verdes nos meus braços -Está linda, minha pequena - Beijei sua bochecha rosada.

Isabelle soltou um risinho alegre e escondeu o rosto miúdo nos meus cabelos vermelhos.

–Oi, Lola - Mya apareceu logo em seguida da filha ajeitando os cabelos loiros em um rabo de cavalo - Tudo bem? - Beijou minha bochecha.

– Sim - Respondi sorrindo - Como você está?

– Viva, depois que sua irmã me abandonou lá na garagem com nossa filha.

– Hey - Karen falou comendo uvas - Te falei para não trazer tanta bagagem. Duas malas estavam de bom tamanho, amor.

– Seis malas são suas, Ka - Mya murmurou abraçando mamãe e depois papai.

– Querida sente-se, por favor - Mamãe pediu educadamente.

– Lola, já conheceu seu noivo? - Karen murmurou distraidamente passando manteiga no pão.

No mesmo instante estreitei meus olhos na direção dela e sentindo minha orelhas quentes de raiva, naquele momento meu sangue ameaçava a voltar a borbulhar nas minhas veias como lava de um vulcão.

–Então, você sabia e não me disse nada, Karen?

–Hmmm...Sim - Sorriu constrangida - Desculpe.

Respirei fundo e engoli minha irritação crescente.

– Preciso ir para faculdade, família - Comuniquei entregando minha sobrinha para uma das mães dela.

– Já vai,tia? - Isa perguntou com olhinhos verdes brilhando se ajeitando no colo de Mya.

– Vou sim, princesa. Titia vai estudar e depois volta para brincarmos de bonecas - Prometi bagunçando seus fios amarelos.

Parei na soleira da porta olhando para trás brevemente e sorri guardando em minha memória a imagem da minha família excêntrica e ''diferente'',para as pessoas de mente pequena,na sala de jantar tomando café da manhã.

Karen havia saído de casa quando completou 18 anos e se aventurou no mundo da moda como fotografa. Conheceu Mya e logo depois anunciou seu namoro com a loira. Se casaram depois de dois anos de namoro e a seis anos tiveram Isabelle por meio de inseminação.

A pequena, Isa ,é a criança mais linda e endiabrada que existe na face da terra.Mamãe costuma dizer que ela a lembra muito quando eu era criança. Falante e elétrica.

Mamãe, médica pediátrica e neurótica por limpeza. É a base da família Masen. Havia engravidado de Karen com apenas quinze anos e foi expulsa de casa pelos próprios pais. Casou com papai ainda grávida e ele na época tinha acabado de completar seus 18 anos e entrado para faculdade de direito.

E por fim. Meu herói vestido de vilão naquele momento.

Papai, mesmo com essa ideia absurda e ultrapassada de casamento arranjado, é meu herói .Amo demais meu coroa. Venceu na vida e hoje é meu exemplo de vida.

Minha família pode não ser ‘’normal’’ aos olhos dessa sociedade que possui essa falsa moral de julgamento do que é certo ou errado, mas é a minha família e eu não poderia querer outra.

Karen olhou-me uma última vez e sorriu reconfortante antes de voltar à sua atenção para algo que Isabelle dizia alegre e gesticulava com os bracinhos curtos no colo da sua esposa.

Fechei a porta da frente sentindo meu peito cheio de amor por eles.

[...]

Entrei no estacionamento da Universidade em alta velocidade e parei minha moto Kawasaki preta poucos centímetros do meu melhor amigo loiro. Ri abafada do desespero dele para se levantar. Sai de cima da minha moto, tirando meu capacete e balançando meus longos e cacheados cabelos vermelhos.

– Caralho,eu ainda vou virar lésbica por sua causa Lorena - Murmurou minha melhor amiga loira me abraçando e rindo - Ver você descendo da moto e tirando o capacete é sexy pra caralho - Riu me soltando e indo abraçar o namorado.

– Devo ter ciúmes? - Edward, namorado dela, perguntou abraçando a cintura fina de Agatha.

No - Ri.

– Buongi...alguma coisa - Dereck se enrolou um pouco na pronuncia de bom dia em italiano - Desisto de falar essa merda - Resmungou bufando e ganhando um selinho da namorada.

– Uma hora você acerta, amor - Renata sussurrou carinhosa para o meu melhor amigo.

Dereck sorriu amoroso para antes de virar na minha direção franzindo as sobrancelhas loiras.

– Você quase me atropelou, italiana - O loiro falou arregalando os olhos azuis teatralmente e colocando a mãos sobre o peito - O que seria de Renata sem a o namorado gostoso e sexy dela?

Ri da cara de pau dele.

Io non sei, mas Lucas poderia consolar ela - Provoquei-o sabendo que ele não vai com a cara do moreno metido, que insiste em dar em cima de Renata na cara dura.

Meu melhor amigo fechou a cara e abraçou a namorada possessivo. Ri da expressão de desgosto dele, mas não tirando a sua razão. Lucas realmente chega a ser desagradável em ficar dando em cima dela, mesmo ela dizendo com todas as letras que não o quer e já tem namorado.

Meu riso morreu, quando, senti mãos quentes e infelizmente conhecidas segurarem minha cintura com força.

- Oi, princesa - Uma voz rouca e baixa murmurou próximo a minha orelha, causando um arrepio na minha pele que logo tratei de ignorar - Está linda como sempre.

Afastei com brusquidão daquelas mãos perigosas e encarei aquele ser abusado que ousou a me segurar sem minha permissão. Arquei minha sobrancelha bem feita enquanto cruzava meus braços e fitava os olhos negros, que me deixam de pernas bambas, mas que jamais,nem mesmo sob qualquer tipo de tortura eu confessaria tal coisa.

- Buongiorno Blake stupido -Murmurei sarcástica.

- Bom dia, italiana deliciosa - Desejou passando a língua nos lábios e me comendo com os olhos descaradamente.

Senti minhas bochechas pegarem fogo. Me movi desconfortável diante dos olhos gulosos da Blake stupido.

Por um segundo, me pus avaliar ela. Não podia negar o quanto Hope Blake é linda e quente. Alta e imponente com 1,75 de altura me faz sentir uma anã perto da abusada. Cabelos e olhos negros fazem um contraste lindamente com sua pele pálida.

- Gosta do que vê, princesa? - Indagou safada e sorrindo de lado, me pegando no flagra.

Maldita britânica charmosa.

- Io non sei do que você está falando, Blake stupido - Desconversei olhando para qualquer lugar que não seja ela e seus seios redondos.

Arfei surpresa ao sentir suas mãos macias na minha cintura novamente e lábios quentes contra os meus em um selinho.

Quando, sua boca afastou-se da minha por míseros segundos, fitei-a antes de puxa-la pelos cabelos sedosos e beijar sua boca pecaminosa. Suas mãos passeavam por minhas costas e eu enrosquei meus dedos nos cabelos da nuca dela. Sua língua duelava com a minha em uma dança sexual. Ficamos nos beijando por vários minutos, antes de quebrar o beijo em busca de ar.

-Você ainda vai ser minha, italiana deliciosa - Hope murmurou convencida olhando nos meus olhos.

- Nem em seus melhores sonhos, stupido - Desdenhei sorrindo cínica para ela.

- Quem muito desdenha quer comprar, Lorena.

-Io non, Hope - Sussurrei sedutora no pé do ouvido dela e tive o prazer de ver os pelos do braço dela se arrepiarem.

- O que tem de gostosa tem de arisca - Riu abafado mordendo o lóbulo da minha orelha e apertando minha bunda.

Arregalei meus olhos e me afastei dela.

-Abusato. Stupido. Ti odio, Blake - Xinguei-a em italiano.

-Estou louca para te ouvir gemendo em italiano, meu amor - A abusada disse baixinho para que apenas nós duas ouvíssemos.

Arfei horrorizada com o tamanho do abuso dela. Vi na mão de Edward um copo e sem pensar muito, peguei-o do ruivo.

- Abusada - Exclamei jogando no rosto dela o conteúdo do suco - Maldita britânica stupido.

Lhe dei as costas saindo do estacionamento andando apressada sobre meus saltos de 15 cm me permitia.

Não pude conter o sorriso que formou-se nos meus lábios.

A Blake pode ser uma stupido abusada. Mas,é uma stupido abusada deliciosa.

Maldita britânica!

''Os ventos que às vezes tiram algo que amamos, são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar...
Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado e sim, aprender a amar o que nos foi dado.
Pois tudo aquilo que é realmente nosso, nunca se vai para sempre...''


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Notas finais do capítulo

Bjussssssssssssssssss!



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