Promise escrita por AhPalasAthena


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Então, muita gente me pediu uma continuação de Don't You Remember então resolvi escrever. Espero que gostem. LEIAM ATÉ O FINAL - vocês não vão se arrepender, eu prometo hehehehe
Preparem os coraçõezinhos porque essa one é vista na versão de Gil - então já imaginam né? kkkk - e eu gostei, de verdade.
Link da música: https://www.youtube.com/watch?v=wrC7H0FOO7U
Eu ia revisar, mas a preguiça não deixou kkkkk
Dedico a: Marjorie, Laiz, Gabi, Luanna (as gurias do grupo do Wpp da Marg ♥) Amanda, Jeane, Natalia e todas que me suportam no Twitter e Whats App kkkkk Espero que gostem hehehehe



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“‘Você nunca entenderia... Nem se eu lhe permitisse viver minha vida, você nunca entenderia!’ Era o que Gilbert Grissom diria a você ao contar os últimos três anos de sua vida. Como de praxe nada fora fácil. Depois daquela noite maravilhosa, do pedido de Cathy, das juras de amor... Eles passaram por maus bocados. Naquele dia eles completariam dois anos e onze meses de casamento, mas nem tudo saíra como o planejado. Mas Gil não queria pensar naquilo. Pegou uma foto da ruiva que estava em um porta-retratos no criado mudo da sala e um sorriso de canto surgiu nos lábios finos do homem. “Ela estava tão linda...” pensou enquanto olhava cada traço de Catherine vestida de noiva. Ela fazia uma falta...

“–Você deveria ter me ligado antes, eu tinha ido cobrir seu turno!” – A ruiva disse enquanto dava um belo sermão em Gil. – Você é teimoso demais Gilbert.

Ele abaixou a cabeça. Ela tinha razão! Ele e essa obsessão por trabalho o deixara, novamente, no limite.

–Agora tire esse traseiro gordo daí e vai tomar banho. A banheira já está cheia. Vou fazer algo para comermos.

A ruiva saiu e Gil foi tomar seu banho. Ao se encontrar de frente ao espelho sorriu por ter escolhido a mulher certa. Após o banho, ao pegar a toalha, que estava dobrada em cima da pia, notou um pequeno papel caindo. Pegou-o e leu:

‘Sei que sou mandona, chata, que falo demais! Mas é que eu te amo demais para te ver desta maneira.

Beijos... Sua Catherine.’

Um sorriso surgiu nos finos lábios do homem. Aquela era a Catherine que ele amava.”

–Você podia voltar para mim... – Ele sussurrou ao olhar a foto novamente. – Sinto tanta falta das suas briguinhas bobas, dos teus sorrisos, da sua falação no meu ouvido... – Um sorriso se abriu ao lembrar-se de algo:

“-GILBERT!!! – Ouviu a bela, e estridente, voz da esposa vinda do quarto deles no andar de cima.

Ele subiu correndo e, ao chegar ao quarto, se deparou com uma Catherine Willows Grissom vermelha de raiva.

–Sim? – Ele disse já com medo do que ouviria.

–O QUE ESSE PORCO ESTÁ FAZENDO NO MEU QUARTO? – Ela gritou apontando para o feto.

–Meu bem, houve um problema no laboratório e

–Não importa Gilbert! – Ela o interrompeu. – Você tem seu laboratório lá fora para isso! Meu quarto não é laboratório!

–Cathy... O quarto é nosso e eu

–Não me interessa Gilbert. Quero essa coisa fora do meu quarto em dez segundos. Ou você e ele vão ser jogados desse segundo andar!

Ele pegou o recipiente com o feto de porco e foi rindo para o laboratório. Claro que Catherine passou uma semana falando daquilo, reclamando, mas era ela mesma, a mulher que ele escolheu para viver para sempre.”

Gil suspirou, olhou para o relógio, ainda dava tempo... Pegou a chave do carro e foi para o mesmo lugar que ia todas as tardes. Havia prometido a si mesmo, no dia anterior, que não iria mais àquele lugar, precisava superar, nem que minimamente, aquela dor, aquela perda. Mas fazer aquele percurso lhe trazia tanta paz. Ficava próximo a ela novamente, ainda que não da forma que queria. Gil conseguia senti-la enquanto fazia aquele percurso. As memórias mais lindas brotavam ali:

“Estavam juntos, fazendo compras. Iam ao cinema para namorar. Gil trabalhava em um projeto enquanto Cathy ficava dobrando turnos para que pudessem ter esses momentos. Caminhavam lado a lado. Cathy falava sobre algo do laboratório enquanto Gil tentava criar coragem para fazer algo rotineiro. ‘Agora Grissom. Seja corajoso. Agora!’. Naquele momento ele entrelaçou os dedos dela nos dele e Cathy se assustou. Um sorriso bobo surgiu nos lábios dela que, com o gesto tão simples e tão grande do homem, não resistiu e falou:

–Nunca pensei que essa sensação seria tão boa.

Ele sorriu e caminharam em direção ao cinema. Com meia hora de filme Cathy adormeceu encostada em Gil e o homem sorriu ao ver a face relaxada da mulher. Eles não iam a esses lugares para ficar se beijando, iam para se curtir, ficar próximos, conversarem, ou até mesmo ficar em silêncio... Uma das coisas que Gil mais amava era ter Catherine dormindo em seus braços! Ele se sentia pleno. E a única mulher que conseguia lhe proporcionar aquilo era Catherine.

Gris passou o braço em volta da mulher e fazendo-lhe carinho voltou a assistir o filme. Quando notou que o final da seção estava próximo começou a acordar a esposa com beijos pelo rosto. Como de praxe Catherine acordou sorrindo, não havia outra maneira. Trocaram alguns beijos e depois Gil disse olhando no fundo dos olhos da ruiva:

–Eu te amo. Você é a melhor coisa que me aconteceu...

Os olhos da ruiva se encheram d’água e ela deixou as lágrimas escorreram. Selaram ali mais um beijo e notaram que o filme havia acabado. Decidiram assistir outro filme, afinal o fia era deles... Apenas deles!”

–Ah Cathy... – Ele sussurrou enquanto enxugava uma lágrima.

O coração doía. Doía muito.

Ao chegar ao destino ele respirou fundo tentando ter forças para sair do carro. Queria e precisava completar o caminho, mas já sofria pelo ‘ir embora’.

–Vamos Gil, coragem. Ela está te esperando. – Repetiu para si mesmo.

Desceu do carro e adentrou no cemitério. Caminhou lentamente entre as lápides até chegar a da amada. Como sempre fazia leu em voz alta:

–Aqui jaz Catherine Willows Grissom, a mulher mais incrível e com os olhos e sorriso mais belos do mundo...

O ex-supervisor caiu de joelhos enquanto chorava. A dor no peito se intensificando... A memória mais triste de sua vida retornando ali na sua frente:

“–Você deveria ficar. – Falou Gil para Catherine. – Eu vou com Nick. Fica.

Ela sorriu e respondeu:

–Meu bem eu preciso ir. Ecklie já está no nosso pé...

Ele suspirou. O coração estava apertado. Sabia que Cathy não voltaria atrás.

–E outra, só vamos buscar um corpo. – Ela disse pondo café em um copo. – Agora vamos.

Ela saiu rebolando e ele foi atrás. Os dois foram no carro dela conversando sobre a festa que haviam ido ao dia anterior. Ao chegarem a casa cumprimentaram os policiais e foram trabalhar. Gil e Cathy ficaram no quarto com um policial e, de repente, quando ela descobriu uma porta secreta na parede, um homem saiu de lá atirando na ruiva. O policial também atirou, acertando o homem em cheio. Para Gil tudo ocorreu rápido demais, mas em câmera lenta. Naquele dia ela não usava o colete, apenas uma blusa de mangas, branca. Gris viu a esposa caindo lentamente e, quando notou o que aconteceria, gritou pelos paramédicos enquanto corria para a mulher.

–Cathy, fala comigo. Não, não fala. Só olha para mim. – Ele pediu segurando sua mão.

Aqueles perfeitos olhos azuis da ruiva encontraram os olhos assustados do supervisor, que estava trabalhando naquele mês apenas para conseguir um documento importante. Ela puxou o ar de uma maneira que fez Grissom ficar apavorado. Os dois tiros haviam acertados os pulmões da mulher.

–Eu preciso dizer – ela tentou falar.

–Não! Fique quieta. Você vai ficar bem.

Ela sorriu para ele e falou:

–Você sabe que... Que não.

Os olhos dele estavam marejados. Ela tinha razão. Não ficaria com ele por muito tempo. Catherine sabia que logo o sangue taparia suas vias respiratórias e ela queria dizer algumas coisas ao amor de sua vida.

–Obrigado! – Disse sorrindo enquanto afagava a mão do esposo. – Por tudo! Você é tudo que eu pedi. Eu te amo Gilbert Arthur Grissom! Amo como nunca amei homem algum... – Ela puxou o ar com dificuldade, os olhos rolaram e, por um segundo, Gil achou que ela já houvesse partido.

–OS PARAMÉDICOS! – Ele gritou desesperado. – Cathy, fica comigo. Olha para mim... Eu te amo, fica comigo.

Com muito esforço Catherine voltou a olhar para o homem. O ar já não estava sendo suficiente para a ruiva. Ainda assim ela sorria para ele, passando-lhe tranquilidade. Gil notou um filete de sangue descendo pelo rosto da ruiva. Logo mais sangue escorreu de sua boca e ela começou a engasgar e agonizar.

–Cathy, se acalme. – Ele disse enquanto tentava conter as lágrimas.

Catherine apertou a mão de Gilbert fortemente. O desespero naquele aperto deixou Gil sem ar. De repente Catherine foi afrouxando o aperto e quando Gil recuperou o ar e o raciocínio notou que Catherine já não estava mais com ele.

–Amor... – Ele disse tentando achar vida nos olhos azuis da mulher, mas a vida e o brilho da parte do corpo da esposa que ele mais amava haviam o deixado. – Volta para mim...”

–Volta para mim... – Ele pediu, como todos os dias fazia. – Volta...

A emoção fora demais para Gil e ele desmaiou ali mesmo, sobre a lápide da esposa.”

(Okay, hora de por a música crianças! Promise – Ben Howard. Link nas notas inicias.)

Gilbert acordou assustado. Aquele sonho, ou melhor, pesadelo, o fizera suar. A primeira coisa que fez foi olhar para o outro lado da cama procurando pela amada, mas não havia nada nem ninguém ali. Sentiu-se sem chão. Resolveu ouvir os barulhos da casa. Uma música vinha do andar de baixo. Uma música que ele conhecia bem, afinal era com ela que despertava todos os dias. Fora a música não havia mais barulho dentro da casa e naquele momento ele começou a se contestar sobre o tal pesadelo que parecia tão real. Tomou um pouco de água e criou coragem para se levantar por completo e procurar por Catherine. Saiu do quarto devagar, com medo do sonho, no fim, ser realidade.

“And meet me there, with bundles of flowers

We'll wade through the hours of cold winter

She'll howl at the walls

Tearing down doors of time

Shelter as we go

(Encontre-me lá, onde há feixes de flores

Nós esperaremos pelo inverno

Ela irá uivar para as paredes

Derrubando as portas do tempo

Nos abrigaremos enquanto seguimos)

Gil andou pelo corredor e tudo que viu foi um vazio. Naquele andar ela não estava. O coração acelerado, os olhos cheios de lágrimas que logo cairiam se não encontrasse a mulher que amava. Precisava da ruiva para viver, como se precisava de ar. Ao lembrar-se de ar o pesadelo voltou-lhe a mente e ele balançou a cabeça, afastando aquele terrível acontecimento da memória.

“And promise me this

You'll wait for me only

Scared of the lonely arms

Surface, far below these words

And maybe, just maybe, I'll come home

(E me prometa isso

Você irá esperar apenas por mim

Com medo dos braços solitários

Superfície, está abaixo dessas palavras

E talvez, apenas talvez, eu voltarei para casa)

Ao chegar ao andar de baixo sentiu as pernas vacilarem. Do pé da escada ele notou que no escritório não havia ninguém, nem na sala de TV, muito menos na sala de jantas. O coração cada vez mais apertado, as lágrimas já desciam... O sonho era realmente real... Foi até a cozinha e se deparou com a mesma intacta e vazia. Apoiou-se na pia e deixou as lágrimas rolarem. Ela havia partido mesmo... Aquilo era uma reprodução do que realmente havia acontecido com os dois. Gilbert já estava quase entrando em desespero quando ouviu uma risada de sinos vinda do quintal. Caminhou até a porta e saiu.

“Who am I, darling to you?

Who am I

Going to tell you stories of mine?

Who am I?

(Quem sou eu para você, querida?

Quem sou eu?

Você irá contar histórias sobre mim?

Quem sou eu?)

Ali, a sua frente, sentados na grama, estava uma Catherine sorridente brincando com duas crianças ruivas, um menino e uma menina. O garoto usava uma blusa polo e calça jeans enquanto a menina vestia um vestidinho rodado azul lindo.

“Who am I, arling for you?

Who am I

Could to be your burden in time? Lonely

Who am I, to you?

(Quem sou eu para você, querida?

Quem sou eu?

Poderia ser o seu fardo dessa vez? Sozinho

Quem sou eu para você?)

Gilbert não conseguiu conter o sorriso. Sua mulher estava viva e eles tinham dois filhos lindos. Catherine o notou olhando para eles e apontou em sua direção. As duas crianças ao ver o pai saíram correndo e pararam apenas quando estavam os três no chão em um abraço cheio de amor.

“Who am I, darling for you?

Who am I?

Going to be your burden

Who am I, darling to you?

Who am I?

(Quem sou eu para você, querida?

Quem sou eu?

Eu serei seu fardo

Quem sou eu para você, querida?

Quem sou eu?)

“I come alone here

I come alone here

(Eu cheguei aqui sozinho

Eu cheguei aqui sozinho)

Naquele momento ele notou que, ao contrário da música, ele não havia chegado ali sozinho. Ele tinha um alguém que sempre, mesmo antes de se casarem, estava com ele. Catherine era aquela que, ainda que marrenta, sabia compreender, ajudar, ser amiga, companheira... Catherine era aquela que tinha o dom de o abençoar mesmo estando longe.

–Papai, vem bincar tum a gente? – A menininha disse. Gil quase teve um infarto. A mini Cathy dele...

Ele se levantou, colocou os dois nas costas e foi até Cathy. Assim que as crianças desceram de suas costas Gil beijou Cathy longa e intensamente. A princípio Cathy assustou, mas logo estava sorrindo para o homem.

–O que houve? – Perguntou curiosa e preocupada, mas com o sorriso no rosto.

–Nada. – Ele também sorriu para ela. – Só minha forma de dizer que eu te amo mais que tudo no mundo.

Os olhos dela brilharam e logo selaram outro beijo calmo e apaixonado.

–Eeeecccaaaa! – Ouviram os filhos falando e se separaram.

Aquela era a vida de Gilbert Grissom. Casado, pai de três filhos – sim, nossa Linds o considera como pai também –, homem bastante inteligente, mas com o bem mais precioso do mundo: Uma família. E ele não trocaria aquilo por nada no mundo.

–Gil... – Cathy o chamou enquanto as crianças corriam atrás de um animalzinho de estimação.

–Hum? – Falou olhando para ela.

Catherine, sem graça, olhou para ele e sussurrou:

–Eu te amo!

Gil sorriu, deu um jeito de deitarem com ela por cima dele e, olhando em seus olhos, disse:

–Você é exatamente do jeitinho que eu pedi. Obrigado! Eu não tenho palavras para descrever o que sinto por você Cathy. Você é o meu mundo, meu tudo. Eu amo você de uma forma que não sei explicar. Se você me deixar algum dia eu logo morro.

–Mas aí é que está, mon amour... Eu NUNCA vou te deixar! – Ela disse sorrindo.

–Isso é uma promessa? – Ele brincou.

–Sim! Isso é uma promessa. A melhor promessa da minha vida...


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Notas finais do capítulo

SOCORROOOOOO! Gostaram crianças? O que vocês acharam? Posso saber lá nos comentários? Siiiiim? ♥ Um beijo hehehehe



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