You escrita por PepitaPocket


Capítulo 8
Sábado




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Enfim, sábado havia chegado, e o plano original de Orihime era ficar na cama, para recuperar o sono “perdido durante a semana”. Mas, graças a uma morena enérgica isso não foi possível.

Depois de ter sido desperta pelo irritante som da campainha, a ruivinha se deparara com Tatsuki usando uma calça legging justa cinza, um top preto com uma regate verde limão e uma bandana cor de rosa pink, ou seja ela estava colorida demais, para ser a primeira pessoa estava vendo as 6h da manhã de seu dia de descanso.

— Tatsuki-san?! – Orihime murmurara em meio a um prolongado bocejo. – Algum problema? – A pedagoga perguntara para sua amiga que estava mais concentrada fazendo flexões a sua porta.

— Você não quer dar uma corrida comigo? – Tatsuki ofereceu como se aquilo fosse algo agradável de ser feito pela manhã.

— Você tem certeza que quer que eu saia para correr com você, mesmo com esses dois pés juntos? – Orihime perguntou coçando a cabeça dando um sorriso amarelo.

— O que lhe falta é um pouco de prática. – A morena dissera empurrando-a para o interior do apartamento.

...

— Aff... Aff... Aff... Espera Tatsuki. – Orihime conseguiu falar com a voz entrecortada, amparando-se nos joelhos, enquanto tentava lembrar como se respirava.

— Ué, já cansou? – Tatsuki perguntou com uma expressão risonha. – Você é muito mole Hime, nem corremos meio quarteirão.

— Hã? Só meio quarteirão... Achei que tínhamos corrido mais. – Orihime choramingou fazendo uma expressão dramática, que alargou o riso de Tatsuki.

— Anda, se nunca começar você nunca vai se acostumar. – Tatsuki disse animada.

— Oh, eu disse que havia nascido com os dois pés juntos. – Orihime falou, o que serviu para que Tatsuki.

— Essa é desculpa de sedentária sabia? E, eu não posso ser amiga de sedentários. – Tatsuki disse provocante e aquilo quase levara Orihime as lágrimas, mas antes que a moça se esvaísse em lágrimas, Tatsuki começou a rir em alto e bom som.

— Bobinha, só você para acreditar nisso. – A morena falou apaziguadora.

Mas, pelo viés da dúvida, Orihime determinou-se.

— Vamos terminar o quarteirão. – Ela disse começando uma corrida repentinamente, mas seu tênis estava desamarrado, e...

— HIME! – A morena nem teve tempo de fazer nada aquele furacão ruivo começou a correr, e quando ela entendeu ao menos isto, ela tropeçou e caiu no chão, em meio a um bico choroso.

E, tudo foi pior quando dois rapazes que vinham tendo uma “conversa exaltada”, foram atraídos pelo pequeno acidente.

— Você está bem? – Uryuu e Ichigo perguntaram em uníssono. E, logo notaram uma ferida no joelho de Orihime que estava usando uma saia-short preta com uma listra verde do lado, e uma blusa estilo nadador também verde.

A ferida não era profunda, mas estava saindo uma quantidade significativa de sangue, e isto foi o bastante para que as pernas de Tatsuki fraquejassem. E, ela só não caiu porque os braços de Uryuu a firmaram, impedindo que ela assim como sua amiga fosse ao chão.

— Hm você tem braços fortes. – Ele murmurou um pouco mais alto do que pretendia, e aquilo fez com que ambos corassem por motivos diferentes.

— É só impressão a sua. – Uryuu disse sem graça.

— Kurosaki-kun o que faz aqui? – Orihime perguntou com o coração quase saindo pela boca, e se odiando por causa disso, mas quem disse que a gente consegue mandar no danado do rebelde?

— Você tem um kit de primeiros socorros em casa? – Ichigo dissera usando um pouco da água que ele tinha em sua garrafa para limpar a ferida, aquilo fez com que a garota aumentasse ainda mais o biquinho, deixando Ichigo sem jeito quando ele foi atraído pelo contorno de seus lábios.

Era melhor ele se concentrar em outra coisa. Ralhou mentalmente contigo, amaldiçoando ter aceito o convite daquele quatro-olhos cretino, para sair para correr quando tudo que ele queria fazer era ficar em casa, relendo pela milésima vez o clássico Romeu e Julieta.

...

— É, sério Kurosaki-kun eu consigo andar! – Orihime disse com as bochechas vermelhas como um tomate, por estar sendo carregada como uma noiva por Ichigo.

Mais atrás vinha Uryuu no sufoco, carregando Tatsuki como um saco de batata.

— Eu já consigo andar Gasparzinho, pode me colocar no chão. – Arisawa dissera soltando fogo pelas ventas, o que aumentasse ainda mais a impressão de Uryuu que ele estava lidando com um dragão exótico.

— Da última vez que eu fiz isto, eu tive de ampará-la com meus braços fortes. – Ele disse movendo as sobrancelhas de um jeito que fez com que Tatsuki ficasse sem jeito, pois lembrou-se de seu comentário infeliz de mais cedo.

...

— Hime você está bem? – Tatsuki perguntou aliviada, por Ishida tê-la colocado no sofá.

 — Hai. – Orihime disse um pouco chorosa porque era muito vil para dor.

E Tatsuki queria muito ajudar, mas o joelho ensanguentado de Orihime, a deixava paralisada.

— Ishida é melhor você tirar a moça daqui. Pelo jeito ela tem hematofobia. – Ichigo dissera reconhecendo os sinais de um mal que ele já havia presenciado muitas pessoas, sofrendo. Por causa, da clínica que seu pai tinha em casa.

— Eu não tenho medo de nada. – Arisawa disse tentando se levantar sem sucesso, seu corpo apenas não a obedecia.

— Ouviu a moça, ela vai ficar bem. – Ishida disse reforçando a animosidade, mas aquilo fez uma veia saltar na testa de Ishida.

— Porra ontem vocês já fizeram isto. – Ichigo dissera parecendo um dragão mais feio, e irritante do que Tatsuki.

— Isso o que? – Os dois perguntaram inocentemente.

Ichigo e Orihime, fizeram uma expressão de poker face, lembrando que no dia seguinte quando os dois apareceram por ali, para levar o carregador, eles estavam em uma corrida pessoal e idiota para ver quem o fazia primeiro.

Mas, mesmo no silencio os dois concordavam que eles tinham de parar com aquilo.

— Que tal resolverem as diferenças de vocês no quarto? – Ichigo perguntou no impulso, e percebendo que usou as palavras erradas quando quase foi pulverizado por um olhar meteórico por parte de Arisawa.

— Porra aqui tem, sala e cozinha embutidas, o banheiro deve ser minúsculo então só resta o quarto para vocês conversarem... Cabeças poluídas. – Quanto mais falava mais Ichigo se enrolava, optando tardiamente pelo silencio.

— Onde fica o seu kit de primeiros socorros? – Ichigo perguntou para Hime, fazendo com que Uryuu ficasse agradavelmente surpresa, por aquele idiota estar demonstrando interesse por algo que não fosse o próprio umbigo.

Por isso, ele tratou de carregar uma psicótica Tatsuki, como um saco de batata de novo, só que em direção ao corredor, pois quem sabe Karin estivesse certa.

...

— (Choro). – Orihime não queria, mas quando Ichigo usou a água oxigenada, para limpar o machucado ela começou a chorar, e depois quando ele passara PVPI, e usara um curativo desses prontos de farmácia.

— Gomensai. Mas, sou um pouco vil para a dor. – Ela disse toda chorosa, e ficando ainda mais, porque seu curativo era do Pernalonga, e Ichigo certamente a achava retardada por causa disso.

— Percebe-se! – Ichigo disse suavemente, com uma gota na cabeça. – Mas, já passou vai sarar rapidinho.

— Kurosaki-kun, se você ficar me fazendo companhia eu vou sarar mais rapidinho... – Ela disse sem nenhuma intenção de flertar, nem de parecer sexy, mas Ichigo sentiu a temperatura subir quando ela segurou seu braço, e espichou os lábios de um jeito que ele não conseguiu dizer não.

— Eu posso chamar sua amiga de volta se você quiser? – Ichigo disse coçando a bochecha.

— Tatsuki-san? – Orihime perguntou com divertimento, ainda mais quando Ichigo balançou a cabeça inocentemente.

— Seu amigo a tira demais do sério... Acho que ninguém vai querer ficar perto dela, quando ela está assim... – Orihime disse sentindo um calafrio ao lembrar-se que no dia anterior depois que Ichigo foi embora, ela ficara quase uma hora escutando Tatsuki xingar e maldizer Ishida.

— Não posso culpa-la. – Ichigo disse em tom de divertimento.

— Porque diz isto? – Orihime perguntou surpresa. – Achei que vocês fossem bons amigos.

— Somos mais do que isso... Somos cunhados. – Ichigo disse com muito desgosto. E, ao ouvir aquilo Orihime sentiu uma sensação esquisita, como um mal pressentimento.

Pois tinha esquecido de Karin, mas desde o que houve no dia anterior, olhar Tatsuki e Uryuu juntos, a fazia pensar que a tensão deles era porque eles não conseguiam lidar com a atração que sentiam um pelo outro.

— E você conhece Tatsuki muito tempo? – Ichigo perguntou com suavidade.

— Apenas alguns dias. – Orihime disse com sinceridade. – Eu morava em outra cidade, vim para cá a trabalho.

A garota disse calmamente, o que deixou Ichigo surpreendido por ela ser tão jovem e já ter emprego, moradia... Diferente dele que ainda estava no meio da faculdade e com um estágio meia-boca para sobreviver.

— Quantos anos você tem? – Ichigo perguntou com naturalidade, mas quando se deu por conta da pergunta, ficou receoso de ela se ofender.

— 23 anos. – A garota disse fitando o chão.

— Parece que tem menos. – Ichigo disse sendo sincero.

— E isso é ruim? – Orihime perguntou empurrando uma mecha de seu cabelo para trás da orelha, e ele de novo acabou olhando tempo demais seus lábios.

— Não. Claro que não. – Ele disse olhando para o lado, sentindo a temperatura subir.

— Está com vergonha, Kurosaki-kun? – Orihime perguntou baixinho tentando enxergar os olhos do garoto, mas ele propositalmente mudara de assunto.

— Quer alguma coisa, Hime? Água?! – Ele ofereceu no automático, e ela levou a mão até a boca sufocando uma risada.

E, quando olhou para ela, percebeu a asneira que tinha dito.

— Que cabeça a minha. Estou na SUA casa não é de bom tom, ficar te oferecendo coisas. – Ichigo disse coçando a cabeça, mas acabou surpreendendo-se quando ela lhe jogou uma almofada, não com muita força.

— Relaxa, moço. Aqui você está em casa. – Ela disse tentando lhe dar uma piscadinha, mas não conseguiu e aquilo pareceu mais uma careta, mas o efeito foi o mesmo.

O coração de Ichigo tamborilou e ele teve de concordar, com Orihime.

— Realmente, eu estou em casa, moça. – Graças a anfitriã, ele pensara não atrevendo-se a dizer isso em voz alta, porque nem ele estava acreditando no que estava acontecendo, ele estava sendo atraído para aquela garota, e ele não podia se permitir sofrer novamente por causa de amor.

Por isso seu sorriso tornara-se um pouco amargo, embora o que era ponderado pela razão, estivesse sendo ignorado por seu coração, e nada mais do que perigoso que isso, será que é um risco que valeria a pena? Isso só o tempo iria dizer!


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