You escrita por PepitaPocket


Capítulo 1
Mudança


Notas iniciais do capítulo

Ola sejam bem vindos.
Façam uma boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/655860/chapter/1

 

YouMudança

Essa é a última vez, Sora.

A garota pensa enquanto olha para o pequeno sobrado azul, com portas e janelas amarelas. Uma lágrima solitária desce pelo seu rosto, mas Orihime trata logo de enxuga-la. É verdade que aquela seria a última vez que ela veria a casa onde crescera na companhia de seu irmão, e mesmo ausente de pais, ela fora tão feliz. Mas, aquilo significava que ela estava prestes a começar algo novo e grandioso em sua vida.

Eu devo isto a você meu irmão.

Pensara enquanto entrava no táxi. Pedira para que o motorista a deixasse na rodoviária. Optara viajar de ônibus, porque ela gostava de desfrutar cada momento de sua vida, mesmo que fosse uma viagem que a levaria praticamente para o outro lado do país.

Sorte que o Japão não era tão grande assim. Pensara ela com um sorriso um tanto bobo. Mas, este se desmanchou quando se deparara com o olhar entediado do motorista. Uma das coisas que sempre a aborreceram em Tóquio é a correria desenfreada que fazia com que as pessoas perdessem a cordialidade umas com as outras.

Fechara os olhos esperando que o trajeto de dez minutos chegasse logo ao final.

Suas coisas estavam na transportadora. Chegariam no dia seguinte. Ela já havia comprado à passagem. E tudo o que ela tinha de fazer era respirar fundo, embarcar no ônibus e começar uma nova vida.

Contudo, uma etapa de cada vez.

E assim de olhos fechados sonhando com mil e uma possibilidades ela nem vira o tempo passar nem o tempo que levara de táxi até a rodoviária, nem às quarenta e oito horas quase que interruptas que passara dentro do ônibus.

Nas cinco paradas feitas, ela descera apenas duas. Mas, depois ficara com medo depois que o ônibus quase a deixou para trás, porque ela confundiu os boxes. Então, tratara de comprar tudo o que precisava para ir comendo no ônibus dele, estava decidida em apenas descer do ônibus depois que chegasse ao seu destino.

E assim aconteceu.

Ela se vira numa típica cidade interiorana. Mas, que não deixava de ter seu charme urbano.

Inoue Orihime pensara enquanto observara atentamente cada detalhe dos prédios, tentando imaginar seu interior, a disposição dos móveis, o contraste das cores, isto fazia sua mente borbulhar de ideias.

Às vezes ela pensava que deveria ser decoradora, ao invés de pedagoga. Mas, as duas coisas em sua cabeça estava tão interligadas que ela não conseguia separá-las dessa maneira.

Amava crianças, sim. Mas, amava propiciar-lhes conforto.
Gostava de fazer as pessoas felizes e para isto elas precisavam se sentir bem onde estavam.

Parara de pensar nestas coisas, quando descera do ônibus.
Ela tivera ali, apenas uma vez, guiada pelo corretor que a conduzira por todos os lugares que fora necessário, primeiro a casa, o banco, o registro de imóveis, a casa novamente, e depois o hotel. Simples assim.

Mas, agora que o negócio estava encerrado, Orihime estava por conta própria.

E era bom que ela aprendesse a andar com suas próprias pernas, pois não pretendia ter nenhum tipo de dependência, com ninguém.

O primeiro passo era atravessar a rua, tomar um táxi e dar um endereço, mas para isto ela precisava encontra-lo em sua bolsa pequena.

Tão concentrada em desvendar os múltiplos papeizinhos que dentro da mesma estavam que ela não ouvira o estridente som da buzina antes que a moto estivesse a poucos metros de si, assustada ela encolhera-se, já que seu reflexo não a permitiu ir muito, além disso, contudo o motorista fora hábil o bastante para desviar da mesma, poucos centímetros da jovem, contudo a manobra lhe fizera perder o equilíbrio e como consequência, ele fora parar no outro lado da calçada, quase dentro de um grande entulho de lixo.


— OMG, Gomensai! – Orihime, assim que se dera por conta do sucedido, correra até encontro do que lhe pareceu um rapaz magro, alto, como ele estava com capacete ela não pode vê-lo direito, isto é até que ele tirasse o capacete, e ela se deparasse com os mais lindos olhos castanhos que vira em sua vida, seu cabelo num tom mais escuro do que o seu, ela que sempre odiou a cor do mesmo, agora a achara linda.

— Você está bem? – O rapaz ficara p*** da vida, por uma louca ter parado de repente quase que no meio da rua, para vasculhar sua bolsa, e então por causa disto ele fora parar na calçada e só não se estrepou por que usava capacete e por contar com uma proteção extra, dada pela pura sorte.

Contudo, ao olhar no fundo de seus olhos, ele sentira uma misteriosa empatia pela menina que parecia tão assustada quanto ele a julgar pelo seu rosto pálido.

Então, ela fizera o impensado, o puxara pelo colarinho e envolvera seu pescoço num abraço tão forte que ele achou que fosse sufocar.

— Estou tão contente que você está bem. – Ela dissera sentindo os olhos lacrimejar. Nunca se perdoaria caso sua distração, por acaso o levasse a morte.

— Er... – Ichigo não sabia direito o que dizer. Estava sendo abraçado por uma estranha, no meio da calçada depois de quase ter capotado dentro de um monte de entulho de lixo.

É o tipo de coisa que deixaria qualquer um sem palavras.
Então um flash brilhara, trazendo os dois para a realidade.
Ichigo gentilmente afastara Orihime segurando-a pelos ombros, e a jovem corara como se fosse um tomate, no que ela estava pensando ao abraçar um desconhecido que quase causara a morte, mesmo que sem querer?

Talvez fosse aquela inexplicável impressão de que o conhecia de algum lugar.

— Are, are Ichigo Kurosaki finalmente encontra uma namorada, é melhor ligar para o editor da sessão do clima, porque uma tempestade vem por ai.

Orihime se dera por conta que o brilho continuava quase que incessantemente.

E a causa era uma mulher de cabelos loiros, com olhos azuis, lábios carnudos, seios avantajados, uma cintura fina, coxas bem torneadas. Parecia uma modelo de capa de revista. Se pensasse bem ela parecia mais aquelas capaz dos mangas pervertidos que seu irmão se esforçava para esconder dela sem sucesso.

— Maldita, Rangiku, se colocar isto no seu jornaleco de merda, eu juro que... – O garoto calara-se quando sentira um forte cascudo em sua nuca, Orihime ficara com as bochechas rosadas, isto sempre acontecia espaçosa como ela só, acabava ultrapassando o limite de onde colocar as mãos e as pernas na maioria das vezes.

— Primeiro me faz perder-me do caminho, depois me abraça, depois me bate... Agora o que falta, um beijo? – Ichigo falara de forma sarcástica, mesmo sem conhecer o nome da jovem.

Orihime não continuava tirar os olhos dele, estava com as bochechas coradas. Era melhor ela se afastar, pelo visto já tinha trazido muitos problemas para o pobre moço, mas antes de se afastar, ela se deixara levar por um último impulso e dera um beijo estalado em sua bochecha.

— Não seja por isto seu moço... – O rapaz a olhou como se ela fosse uma louca. Mas, ela apenas sorriu.

— Aceite meu singelo pedido de desculpas! – Ela falara com um sorriso tímido brotando em seus lábios.

Então, fora atravessar a rua, mas antes que chegasse ao terceiro passo, Ichigo tivera de puxá-la para que não fosse atropelada mais uma vez.

— Hei você parece ter um imã para acidentes não é mesmo? – Ele perguntara franzindo o cenho de um jeito tão sério que ela teve vontade de rir.

— Você não sabe o quanto! – Ela falara dando-se por conta que o braço dele estava envolto em sua cintura, e que ela estava digamos muito perto, para não dizer perto demais, daquele desconhecido que fazia com que ela fosse acometida por impulsos estranhos.

Rangiku tirara mais uma foto deles, fazendo com que o rapaz olhasse feio para ela e se desconcentrasse do que diria.

— Não, me culpe por não acontecer nada de interessante nesta cidade.

Ichigo estava olhando fixamente para Orihime que finalmente havia atravessado a rua, e agora lhe acenava de um jeito um tão desajeitado.

— Ao menos não até agora. – Rangiku falara de um jeito um tanto malicioso.

— O que quer dizer? – Ichigo perguntara de um jeito um tanto inocente.

A mulher sorrira olhando de volta para a garota que agora se ia embora com o táxi.

Ichigo também olhara naquela direção, mas tudo o que ele vira foi uma mecha de cabelo esvoaçando o vento.

Então, com o indicador ele coçara a bochecha, onde poucos instantes os lábios dela encostaram, e ele não tinha como prever como um beijo tão casto de uma completa desconhecida pudesse ser tão bom.

Então, ele finalmente entendeu o que Rangiku queria dizer.

ura aquilo seria fácil, até demais.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada pela leitura e até a próxima.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "You" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.