Half Body — Interativa escrita por Meire Connolly


Capítulo 3
A manhã em que Afonso foi obrigado a ser Arthur.


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii meus amores! Consegui postar hoje! NRHFBRH Estou happy!
Mas enfim, não vou enrolar, porque tô com preguiça nível hard today, é, muito bad.
Bommm, quero dizer a todas vocês lindas e perfeitas que não me matem ou simplesmente abandonem a fanfic só por quem eu escolhi para ser o Príncipe, ok?
Digo,quem quiser imaginar que o Príncipe é o Alex, imagine que é o Alex, quem quiser imaginar que é o Skandar, imaginem o Skandar, mas eu tive que escolher um para o Príncipe ter um rostinho, né? O Príncipe e seu brother (que quase todas descobriram o nome no capítulo anterior, e sim, Afonso lindão).
Mas ok, espero que não me matem ou me odeiem só porque eu escolhi quem eu escolhi, ok? E eu também espero não me arrepender futuramente disto, então vamos torcer os dedinhos, certo?
Ah, eu mudei a capa! Ta bem simples mesmo, porque eu curto estilo simples, e enfim, tá daquele jeito também porque eu tava com vontade de fazer daquele jeito, ai eu fiz!
Mas enfim, sem enrolação, partam pro capítulo!
Ah, eu escolhi o Skandar pro Príncipe ♥



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Three.

Demons

3. A manhã em que Afonso foi obrigado a ser Arthur.

 

Assim que chegaram ao castelo, mais ou menos cinco e meia da manhã, Joanna começou a se preparar para dar o bote. Ninguém poderia ver a mulher ao lado de Segundo, e muito menos ver o Segundo agindo como um simples plebeu.

O carro entrou na garagem com uma simples ordem de Joanna, e então parou entre dois grandes carros, tampando assim, a visão de qualquer um que estivesse em volta.

Assim que o carro parou, o Segundo rapidamente desceu. Joanna viu que ele era determinado, e quando queria, fazia coisas sem pensar, e isso era um grande problema. Thomas desceu logo em seguida, sendo acompanhado pela mulher, e por fim, Joanna, que já observou os dois seguranças próximos.

Thomas observou muito bem o aceno de cabeça de Joanna, e então foi tudo muito rápido até mesmo para ele.

O segurança mais velho rapidamente agarrou as mãos de sua ex amante, a agarrando por trás, e a prendendo contra o pescoço, enquanto ao mesmo tempo o outro segurança atacava seu filho. Mas, Thomas teve que admitir, seu filho era muito bom com aquela espada. Conseguiu visualizar o movimento de sua mãe ser agarrada e rapidamente apontou a espada para o segurança que já lhe atacava com outra espada (que Thomas odiava, a propósito. Ele achava muito mais moderno e prático os seguranças andarem com armas de fogo, mas Joanna não, e bleh, é impossível discutir com Joanna. Ela sempre ganha).

A luta dos dois foi rápida. Segundo rapidamente desarmou o segurança, pegando sua espada e apontando uma para o segurança, e a outra alternando entre o Rei e a Rainha. Por mais que fosse trágico ter seu filho lhe apontando uma espada, Thomas queria aplaudir. Aquele menino era muito bom! Porque diabos ele pegou Arthur ao invés dele?

Entretanto, Segundo não se demonstrou tão forte quando o segurança que agarrava sua mãe pegou sua espada e colocou contra o pescoço da mesma. Os olhos do menino pairaram entre todos ali, e entre as duas espadas que segurava.

Sentia-se um tolo.

— Desista — a voz de Joanna saiu forte, mas fraca considerando que era Joanna. — Ou sua mãe morre aqui mesmo.

— Você não seria tola o suficiente para matá-la aqui onde todos podem ver — anunciou, soltando uma risadinha, como se dissesse: eu não fui pego nesse seu joguinho.

O segurança apertou a espada contra o pescoço da mulher, que arregalou os olhos. O rapaz não cedeu. A espada foi apertada ainda mais, e sua mãe quase gritou se não fosse pela mão do segurança sobre a boca da mulher. Segundo não cedeu. E não iria ceder. Até ver o filete de sangue. Rapidamente largou as espadas no chão, sentindo-se um ignorante.

O segurança que havia sido derrotado pegou sua espada e apontou para o menino, enquanto Joanna pegava a outra. Thomas arregalou os olhos ao ver a mulher erguer a espada até o pescoço do garoto e se aproximar. Aquilo definitivamente não seria nada bom.

— Da próxima vez — alertou colocando a ponta da espada contra o pescoço do garoto, deixando-o imóvel. — Lembre-se de sua posição — e aprofundou mais a espada, com um sorriso macabro no rosto. O sangue foi o suficiente para Joanna afastar a espada do pescoço do garoto, e entregar ao segurança.

Thomas analisou a postura do rapaz. Não suspirou aliviado, muito menos se mostrou mais feliz por não ter uma espada em seu pescoço. Ele não estava com medo. Ele era esperto.

O homem sorriu.

Puxou pro pai.

O segurança mais novo, com o cabo da espada, bateu no joelho do rapaz, que se apoiou no carro, fitando-o incrédulo. O segurança que agarrava a mãe do menino, começou a andar para longe.

— Espera, pra onde está me levando? — a mulher perguntou, mas ninguém a respondeu. Joanna apenas lhe mandou um beijo no ar, enquanto a mulher gritava o nome do filho desesperada. Afonso. Então esse era seu nome.

— Pra onde você está a levando? — o rapaz indagou com a voz nervosa, quase como se estivesse se segurando para não esmurrar a cara daquela mulher. Joanna sorriu para o rapaz.

— Só um lugar onde ensinarão a vocês dois se comportarem.

E foi desse jeito que começou o inferno para Afonso.

[...]

Thomas estranhou quando eles começaram a entrar no castelo como se fossem qualquer um. Tudo bem que ainda eram cinco e meia da manhã, mas já haviam alguns empregados que andavam de um lado para o outro, e que olhavam torto para os quatro: Joanna andando na frente, com a cabeça erguida e a coroa em sua cabeça. O segurança segurando um Afonso meio mancando com sangue no pescoço, e por fim Thomas que segurava a coroa em suas mãos pouco se importando para ela.

— Eu te disse, Arthur, mas você me escutou? — a mulher indagou de forma retórica, e já era a quinta vez que ela fazia isso. E toda a vez tinha alguém passando do lado e lançando um olhar extremamente discreto, mas que dava para ser percebido. — Dá vergonha em te ver bêbado desse jeito — sua voz continha um tom de vergonha, que Thomas nunca escutara.

— Eu não sou-

— Cale-se! — Joanna ordenou, sem nem olhá-lo. — Não quero ouvir sua voz de bêbado.

— Mas eu não-

— Cale-se! — rugiu virando-se para encarar o menino, mesmo não tendo nenhum empregado ao redor. Thomas parou de andar, no exato momento em que colocava a coroa na cabeça de forma espalhafatosa. — Qual a parte do ‘eu não quero ouvir sua voz’ você não ouviu?

Afonso não respondeu.

Talvez nem estivesse com medo, Thomas concluiu enquanto fitava a nuca do seu filho. Talvez estivesse apenas cansado da viagem e noite mal dormida. Talvez estivesse irritado a tal ponto que se respondesse acabaria acarretando mais problema, ou talvez fosse esperto o suficiente para sacar que deveria ficar quieto.

Thomas não conhecia o rapaz a ponto o suficiente de dizer o que ele sentia. E por mais que isso fosse trágico para um pai, ele não ligava tanto para isso. Thomas sabia muito bem, que, além de Arthur e Afonso, existiam outros mini Thomas por ai.

Mas, é lógico, ele nunca teve a intenção de procurá-los.

E não teria tão cedo.

Provavelmente nunca teria.

Entraram no escritório de Joanna alguns minutos depois, com um Afonso mancando, e um segurança suando a beça. Thomas se perguntou se ele estava bem para suar tanto daquele jeito. Eles estavam em pleno outono! Estava até frio!

Joanna sentou-se em sua cadeira, com a cabeça erguida e a coroa ainda ali. O homem se perguntou como ela aguentava. Thomas estava com a cabeça doendo já. Por isso apenas retirou a coroa — recebendo um olhar fulminante de Joanna, que tratou de ignorar, porque ela era apenas sua esposa que não poderia lhe fazer mal — e colocou-a sobre a mesa de sua mulher, pegando um pouco de água que tinha ali.

O segurança colocou Afonso de forma nada delicada na cadeira afronte a mesa da Rainha e depois colocou a espada do menino sobre a mesa da Rainha. Afonso a fitou de forma intensa, como se aquele olhar fosse apenas fazer algo a favor. Thomas quis rir. Ele era um pouco tolo neste quesito. Precisava aprender a se virar na política.

Depois de minutos de um silêncio horrível, Afonso tomou a iniciativa de falar algo.

— Porque está fazendo isso? — sua voz estava fraca. Talvez cansada, talvez apenas tentando não mostrar a irritação e o nervosismo que estava sentido. Seus olhos estavam fixos no chão de madeira, e em seus sapatos sujos de terra. — Nós não fizemos nada — argumentou.

Thomas fitou Joanna, já imaginando o discurso de sua mulher, mas a mesma apenas sorriu, e colocou a mão sobre a ponta da lâmina da espada, onde tinha o sangue do rapaz.

A loira ergueu o dedo indicador com o sangue vermelho escuro, seus olhos quase brilhando, e então fitou o rapaz.

— Você sabe que aqui há genética real, não sabe? — indagou dando uma leve olhada para Thomas. O dedo ensanguentado foi em direção do papel mais próximo deixando uma marca ali, e o dedo da mulher limpo. — Assim como você sabe que seu irmão gêmeo foi morto — continuou. A voz calma.

— Seja direta — Thomas pediu.

Joanna o ignorou.

— Nós não podemos ficar sem um herdeiro a essa altura do campeonato, Afonso, e engravidar está totalmente fora de cogitação — a mulher sorriu novamente, desta vez, divertida. A sobrancelha do rapaz se estreitou. — Você é o nosso herdeiro, Afonso — comentou com um sorriso vitorioso.

Thomas fitou seu filho.

O moreno arregalou os olhos. Sua expressão, que outrora estava inexpressível, agora estava mais irritada e assustada do que nunca. Thomas até entenderia seu lado. Sair de uma vida para outra não seria fácil, principalmente como se absolutamente nada tivesse acontecido.

Afonso estava indignado com aquela proposta. Não os conhecia tão bem, por isso nunca tivera uma opinião formada sobre eles. Claro, sempre ouvira sobre os fetiches que os dois fizeram, mas também sempre ouviu sobre as pragas que eles trouxeram principalmente de sua mãe, que sempre lhe relembrou sobre Arthur — e que Afonso nunca o considerou como irmão realmente.

Mas, ali, parado diante da Rainha, e do Rei ao seu lado, com um segurança armado a sua costas, e sua mãe provavelmente correndo risco de vida, ouvir aquilo fora o ponto culminante para Afonso largar qualquer suspeita de vestígio de sinal bom neles. Como eles simplesmente queriam substituir uma pessoa por outra? Assim, sem ninguém ficar sabendo? Arthur merecia um enterro! Merecia alguém lhe socorrendo para encontrar um bom caminho! Não simplesmente ser esquecido só porque ele morreu!

Ele até achou que poderia ser algum tipo de piada, mas os olhares dos dois... Aquilo era tão sério quanto sua mãe insistia em querer comprar roupas novas.

— Acho que você entendeu o recado — Joanna comentou dando um sorriso para o rapaz. Afonso baixou a cabeça. Não conseguia acreditar em tudo aquilo. Era tão ridículo, tão estupidamente horrível e cruel e insensível. — Thomas irá lhe ajudar a ser um Arthur da vida, no quesito festas, garotas, baladas, essas coisas estúpidas, enquanto eu lhe ajudarei no quesito política, a ser diferente de Arthur, e mais responsável que ele.

— E eu que fico com a parte mais difícil e longa? — Thomas indagou com certo sarcasmo na voz. De certa forma, ele teria que transformar um simples camponês em um príncipe igual ao seu filho. Isso não era coisa de se fazer em uma noite, principalmente em alguém que não queria aquilo.

— Thomas, acredite, você ficou com a parte mais fácil.

— Eu mal conhecia o Arthur, Joanna! Como você quer que eu o transforme nele, se eu-

— Eu nunca disse sim — Afonso interrompeu o pai, com a voz baixa e abafada por suas duas mãos. Não queria fazer aquilo. Não queria simplesmente largar sua vida para vir morar no castelo e fingir ser alguém que não era.

— O que disse? — Joanna perguntou, a voz aprofundada no sarcasmo.

O rapaz ergueu a cabeça, fitando os dois.

— Minha resposta é não — completou engolindo em seco. — Eu não aceito participar desta palhaçada.

Afonso esperava que os dois se desesperassem, e foi o que eles fizeram.

Por apenas um segundo.

Até Joanna começar a rir como se o garoto tivesse contando uma piada. Thomas a acompanhou logo em seguida, aproximando-se da mesa, ainda rindo.

— Você não entendeu, garoto — falou, rindo. Afonso se sentiu humilhado. Pisado e tacado no chão como se fosse um zero a esquerda. Mas então ele parou de rir. — Nós não estamos lhe perguntando, estamos lhe obrigando.

— Ou sua querida mamãe sofre as consequências — Joanna complementou. Seu jeito em falar mamãe arrepiou Afonso, que agradeceu por estar de manga comprida.

Ele encarou os dois.

— Eu não quero fazer isso — disse, a voz firme.

— Então, acredito eu — Thomas começou, inocentemente — que a mulher que nos acompanhou estreara nossa sala de torturas — e com os olhos brilhando, o pai do menino abriu um sorriso. — E o quão lindo seria se todos nós a assistimos? Hein?

Afonso os fitou, incrédulo. Como duas pessoas conseguiam ser cruéis a esse ponto?

Ele abriu a boca para responder, negar, gritar, ou dizer que nunca, nunca faria algo que eles ordenassem. Mas, bem, ele estava em um número menor, sua espada estava a alguns metros de distância, e a Rainha poderia pegar a qualquer movimento brusco do rapaz, além de que ele sabia muito bem de que não hesitariam em matar sua mãe. E Afonso definitivamente não queria sua mãe morta.

— Você será o segurança dele — a Rainha falou fitando o rapaz atrás de Afonso. O homem rapidamente endireitou sua coluna, encarando a mulher e assentindo. — Você... Hm... Ficará de olho nele e evitará que ele faça alguma coisa que não deva — ordenou, e o homem assentiu, com a coluna ereta.

Thomas gostaria de rir do segurança.

— Eu acredito que esse seja o de sorte — o moreno comentou assim que Afonso e o segurança, que eles não sabiam o nome, deixaram a sala, a mando da Rainha, para Afonso tomar um banho e trocar de roupa.

A Rainha apenas sorriu.

— Continue esperto assim Thomas — pediu sorrindo, e fitando a espada de Afonso sobre a mesa. — Nós vamos precisar.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? Gente, não vou enrolar muito porque não tô bem, êh que legal
Irei responder umas MP's e depois irei deitar porque eu realmente não tô bem (uma bela bosta isso, diga-se de passagem).
Mas enfim, espero que tenham gostado da escolha do personagem, porque eu adorei escolher o Skandar, ele é muito fofinho e bebezinho, mas mesmo assim já tem cara de vinte, sabe? Ou pelo menos eu acho isso.
De qualquer forma, ~sinto que estou esquecendo algo~ espero que tenham gostado, é.
Ah, e sim, eu decidi ~por meio da Nameless rates (agradeçam a ela)~ como apresentar as Selecionadas. Vai ser assim. O próximo capítulo vão ter quatro Selecionadas, e elas vão estar na casa delas assistindo a TV, e então vão receber a notícia de que foram selecionadas (e vai ser pelo ponto de vista delas que vocês irão ver o Afonso como Arthur pela primeira vez); ai o próximo do próximo será com elas chegando no castelo/se estabelecendo no quarto/caminhando até a sala onde todas irão se reunir (serão três); e no próximo do próximo do próximo serão com elas em uma reunião de apresentação, ou em uma mini festa de introdução, ou numa entrevista com o Príncipe, enfim, não me decidi ainda (e serão três também). Ai fica, 4+3+3=10, e dá certo, ok?
Mas enfim, é isso mesmo que eu queria falar.
E ah, no capítulo eu não citei nada sobre a Seleção, por mais que eu tenha falado que citaria, mas é que eu esqueci completamente, e depois eu não consegui encaixar... Então, decidi deixar pro próximo capítulo. E vocês já sabem como funcionam, não precisa de uma super introdução, certo?
Bom, é isso minhas amoras, beijos, beijos!