Melancolia de Outono escrita por Lisseon


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tudo bem com vocês?
Criei essa prosa poética quando estava entediada num dia chuvoso :p Espero que gostem. E sim, a sinopse ficou um lixo...



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“O sol já se punha, os tons de rosa e laranja pintavam o céu como se fosse uma tela nua. Que horas eram? Umas cinco da tarde de um outono fresco? É, devia ser.

Estava ali fitando o crepúsculo beijar o horizonte, as águas calmas do mar eram uma mescla de tons aveludados e o reflexo do sol baixo brilhava numa última tentativa de vencer o frio véu negro que se aproximava lentamente.

Era belo, muito belo, ver aquela guerra entre dia e noite, frio e calor, azul e laranja. Era como se meus anos desperdiçados simplesmente desaparecessem, como se a vida tivesse tomado um sentido, do qual ainda não entendo. E que sentido faria entendê-lo?

O vento frio beijava-me o pescoço enquanto a claridade delineava minha face. A guerra era em mim. Eu era o campo de batalha. Vi minha vida passando em cenas no céu, meus erros, minhas alegrias, minhas vontades... Meus sonhos. Ah, como os sonhos de uma criança são belos.

Pessoas já se escondiam da escuridão, o sol não mais banhava o píer com seu tom alaranjado. Um silêncio tomou-me a alma, apenas o mar farfalhava ao deitar-se na praia logo abaixo. As pessoas sumiram. Estavam ali somente o sol, o frio, o mar e eu.

Vi novamente flashes da vida. A solidão acertara-me como a bala de um canhão, a saudade teimava em escorrer pelos olhos e uma tentativa inútil de sobreviver movimentava meus braços. Meu coração batia somente pelo mar.

Como fazes para sobreviver?, perguntei ao sol. Nada respondeu-me. O vento gélido abraçou-me e, como um melancólico suspiro, uivou em meus ouvidos.

Ah, bela e serena... A lua se aproximava, o sol lutava mas era estrangulado pela fria noite, deu-se por vencido, uma última réstia do pôr-do-sol subiu aos céus. Um véu de seda negra com diamantes cintilantes incrustrados se estendia sobre o mundo. A noite começara.

Como sobreviver neste infinito negro?, perguntei à lua. Sua branquidão era a resposta, ela era seu próprio sol, era o sol da meia-noite. Entendi naquele momento o sentido da memória, da melancolia, pois era assim que ela vivia. Pois era assim que eu vivia.”


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Notas finais do capítulo

Não foi o meu melhor texto, mas espero de verdade que tenham gostado. =D



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