E Eu sou o Amor da Sua Vida? escrita por Lady Lupin Valdez


Capítulo 57
O que não estavam contando?


Notas iniciais do capítulo

Talvez eu esteja voltando e ficando... ♥
{Você sabia que quando você comenta em um capítulo, motiva o autor? Algumas histórias são descontinuadas por falta de incentivo... Estou nesse patamar.}
♠Obrigada para quem está acompanhando ou só passeando; a vida é assim♠
Esse mês é especial, é o "Agosto da aniversariante do mês.", a que acompanha a história á um longo tempo; toma aqui o seu pequeno mimo♥

Minhas costas até doeram, muita coisa tá acontecendo e bem, já estamos praticamente no fim do mês!!


♪Frankie Rodrigues & Joe Serafini ~ A Whole New World♫
♪Bastille ~ Pompeii♫
♪Bon Jovi ~ Livin' on a Prayer♫


~♪♫Enjoy♥♪♫



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Kathy

Estou de postura nova, e vou usá-la essa noite. Eu quero me meter em encrenca. Eu quero começar uma briga. E eu não preciso de você e adivinhe só. Estou me divertindo mais.

 

—Você lembrou do significado celta! – Olhei para o fim do corredor, era Luco Seward, ele estava com os braços atrás do corpo, em uma postura contida. Como se não fosse partir para cima de mim, segurei um dos vasos de vime, tinha talvez seis buques de muguets, não era tão pesado, mas o vime é duro. Mas, tecnicamente não quero dar um muro na cara dele. Ainda me lembro da noite que ele me beijou. Então respirei fundo.

—Foi você? – Perguntei séria. Curiosa, não estava a fim de ver ele. Foi por isso que eu cheguei no teatro atrasada, não queria ver ele se apresentando... Mas, o fato foi que não deu para prestar atenção nele. Foi completamente proposital, e pude sair antes dele vir falar comigo.

—Pode ter sido um presente do Rei Carlos IX, á Catarina de Médici, quem sabe? – Foi literalmente isso que aconteceu na corte francesa. Rei Carlos IX iniciou a tradição de ofertar a flores ao visitar Drôme com sua mãe, Catarina de Médici. Foi quando ela ganhou um muguet do cavaleiro Louis de Girard, colhido no seu jardim. E encantado com o gesto o rei decidiu no ano seguinte ofertas a for ás damas da sua corte, onde começou a tradição que a tonaria um amuleto que traz boa sorte.  Porque ele tem que colocar realeza em tudo? Exatamente em tudo? Porque ele tem que falar comigo? Então fechei a cara.

—Você sabe... – Peguei apenas um vaso, deixei os outros na porta e olhei de volta para ele. – Você sempre sabe demais. – Ele deu um sorriso assustador.

—Claro, eu sempre sei demais e.

—Vou dar o resto para os veteranos do outro prédio. Aliás, você sabia disso né? – dou um sorriso depois que coloquei um vaso no meu quarto e passei o pé nos outros vasos para ter como sair do quarto.

—Como assim vai dar? É um presente de sorte! Para te dar sorte!

—(...) Escuta, eu realmente não quero falar com você, eu não estou com saco para aturar a sua personalidade e.

—Porque quis ajudar o Young? – Ergo uma sobrancelha. – O Victor? Porque? Eu achei que você detestava ele, por ele ser um de nós, e você odeia nós.

—Inacreditável! – Disse com uma voz já irritada. – Ele era meu amigo antes de ser seu amigo. E vocês nem ajudaram o pobre do coitado que tem um ritmo de um tronco de árvore! – Exclamei, Luco contraiu os lábios, aquela contração de querer sorrir. – Então ele pediu, eu ajudei, e ainda ganhei com certeza ótimos pontos. Aliás, eu quem saí ganhando!

—É claro. Você é talentosa. Harmoniosa e. – Levantei a mão fazendo ele parar de falar, enquanto eu ainda empurrava os vasos para a parede do corredor.

—Eu sei disso. – Dei um sorriso. - Joyeuse fête du Travail! – Entrei no meu quarto e fechei a porta. Respirei fundo, profundamente
O dia anterior foi cansativo, ensaiar mais uma vez, apresentar, perceber que no final das contas eu era uma boa professora me deixou aliviada; eu estava animada, e Jay estava completamente feliz por mim. Mas, pela etiqueta comportamental dos nossos encontros completamente segredos e cheios de surpresas, recebi um mini buquê de rosas cor-de-rosa, um selinho e uma longa conversa casual, cheia de homenagens e um convite para assistir os fogos de artificio perto do Sena. Sempre há fogos de artificio no dia 1º de maio perto do Sena, e geralmente há cruzeiros e passeios de barco para ver isso. Porém, eu o lembrei que precisávamos ensaiar se ele quisesse uma apresentação perfeita. Então ele disse que podíamos ensaiar quando eu quiser; eu ligasse ele estaria pronto para me encontrar. E que lugar melhor para ensaiar do que no quarto de Armin?

Foi quando ouvi Luco batendo na minha porta. A batida dele é única, é em uma batida descompassada de alguma ópera ruim. Fiquei em silêncio admirando o buquê que ganhei de Jay.

—Eu ouvi uma coisa interessante. – Fiquei em silêncio. – Sobre alguém te contando em estar apaixonado pela... Nossa Monitora. – Ele sussurrou a última parte. O que me fez dar um pulo, ouvi certo?

—Como? – Me aproximei mais da porta. – Como assim? Do que você está falando?

—Eu ia dar uma bronca no Young por ele ter se apresentado com você mais... – Abri apenas uma fresta da porta o interrompendo. Malditos olhos esquisitos. Sorriso demoníaco. – Daí ele me contou que te confidenciou um segredo.

—(...) – guri fofoqueiro! – Eu não sei do que você está falando. Você blefa demais.

—E você é curiosa demais.

—O fofoqueiro é você! É você quem está me contando uma coisa que alguém te confidenciou!

—Você sabia que eles já se beijaram?

(...)

—Eles quem? De quem você está falando? – Ele escancarou aqueles lábios, deu um sorriso, eu me arrepiei por inteiro, e não era um arrepio bom.

—A Mikaele, nossa monitora. – Pausa. – O Young, meu amigo. – Outra pausa.  – O Guri, seu amigo. Se beijaram!

I-M-P-O-S-S-Í-V-E-L! Uma coisa completamente impossível! Então fechei a porta na cara dele e a tranquei para que eu pudesse pensar por alguns segundos. Longos segundos. Muitos segundos. Como assim? Como isso aconteceu? Quando isso aconteceu? Isso realmente pode ter acontecido? Se é que realmente aconteceu. Quando pode ter acontecido?

Por isso ele a chamou para sair! CARA! QUANDO? Abri a porta e me deparei com Luco com as mãos nos bolsos da calça e um sorriso convencido. Que desgraçado. Antes dele falar algumas coisas como se eu “tivesse deixado ele vencer”, o empurrei para o outro lado atravessei o corredor e bati devagar na porta do guri.

—Quem é?

—Abre essa porta agora! – Exclamei, mas, não elevei a voz. – Abra a porta como amigo, ou seja tratado como inimigo! – Ele abriu a porta um pouquinho, mas, antes que eu pudesse abrir eu o empurrei entrei no quarto dele e tranquei a porta. Ouvi um “Hey” de Luco no corredor.

—Aan... Eu abri a porta! – Respiro fundo. – Como amigo!

—Vou ter fazer umas perguntas... – Empurro ele para um lado. – Senta aí! – Mandei apontando para cama enquanto ele se afastava devagar sentado na cama e em sua mesa. Seu quarto era muito mais organizado que o meu... – Certo. Você confidenciou para o Luco, que você disse á minha que gostava da Mikaele? – Ele olha pas os lados. – Sem enrolação, contou pra ele o mesmo que contou pra mim ou não?

—Contei.

—Porque? Achei que era um segredo só nosso! – Ele mordeu os lábios, sei lá porquê. – Responde!

—Ele estava irritado por a gente se apresentar juntos. Na verdade, Joana disse que estava encrencado, – Foi quando ele começou a falar muito rápido. Atropelando as palavras. – todo mundo tava me encarando, eu não contei que ia apresentar com você. E continuava, – eles queriam que eu apresentasse com a Audrey, mas eu não sou tão amigo dela, no meio do caos falei isso e disse que gostava da nossa monitora e contei pra você. – Ele então voltou a tomar folego. –Eu não queria apanhar depois da última confusão. – Ergui minha sobrancelha, ele me olhou aflito, ainda tinha mais. – Está ocorrendo uma aposta.

—Aposta? Como assim?

—Dégel e Luco estão apostando quem vai ficar com a Mikaele primeiro, eu ou o Antonie. – Isso é loucura. Quem eles pensam que são para colocar tudo em uma aposta.

—Isso é insano! – Fico irritada. – Não poderiam fazer isso. Aliás, vocês nem deviam considerar isso. Porque? Quem criou a aposta. Aliás, não me importa... Tem mais algo a me dizer?

—Não.

—Certeza?

—Absoluta. – Fechei a cara, estava irritada. – Eu disse tudo que eu tinha a dizer e.

—Está escondendo algo de mim?

—Claro que.

—Você gosta da Mikaele. – Falo seriamente. – Chamou ela para sair da maneira mais feia que tem.

—Sim. – Houve uma pausa. – Eu não tenho muita entonação com ela então eu convidei de form.

—Que estranho.

—(...)

—Sem mais nada a dizer? – Ele nega. – Última vez perguntando.... –Vocês não tiveram nenhuma outra interação?

—Não.

—Você está mentindo para mim?

—Jamais! – Levantei abri a porta do quarto dele, olhei para o corredor, fui em direção ao quarto de Luco, bati três vezes e quando ele abriu, puxei ele pelo cotovelo até o quarto do Guri. Aparentemente ele estava confuso e guri surpreso.

—Repete o que você me diz hoje na frente dele! – Victor ficou branco, pálido, sem reação e Luco deu outro sorriso diabólico.

—Você não contou pra ela que beijou a Mikaele? – Bem nessa hora fechei a porta, cruzei os braços e observei. Apenas observei. Luco se virou pra mim. – Foi assim...

O interrompi.

—Quero que ele fale. – Foda-se que ele esteja em uma saia justa; quando foi a vez da Mikaele eu vou direto ao ponto. O problema é que ele me traiu depois de tudo o que fiz com ele. – Quando foi isso? Onde? Como foi? O que aconteceu depois?

—Aan... – Ele engoliu em seco, visivelmente nervoso. Seus ombros se encolheram. – Bem... Qual foi a primeira pergunta?

—Quando foi isso?

—Eu não lembro... Acho que.

—Mês passado. – Luco respondeu. Victor o olhou intrigado, do tipo “mas, porque você tá fazendo isso? ”

—Onde?

—Na biblioteca. Onde ela trabalha. – Faço um cálculo mental rápido.  

—Ela traiu o Armin com você! – Tampei a boca. Desacreditada. – Ela traiu!

—Em defesa dela... – Victor começou a falar. – Não foi algo combinado, estamos na biblioteca, todo o grupo, falei que ia no banheiro. – Ai não... – Ela estava indo para algum lugar na biblioteca, eu a encurralei, e a beijei. – Impressionante que ela nem sequer me disse nada. Acho que ele percebeu que estava com uma expressão de choque. – Mas, ela disse que aquilo foi errado, eu não deveria ter feito aquilo. (...) Mas, não é certo que ela não esteja comigo! E segundo Antonie, ela gostou de ser beijada o por. – Me virei pra Luco.

—E agora tá rolado uma aposta pra quem vai conquistar ela primeiro? É isso? – Eu estava furiosa, irritada, tipo, como se faz um absurdo desses? – Porque você fez isso? Uma aposta?

—Aan... Não foi e. – Victor tentou falar.

—Não estou falado com você!

—Mas, não foi eu! – Luco disse rindo. – Foi Dégel que começou! – Olhei desacreditada. – Do nada! (...) Na verdade, ele estava meio aéreo ontem.

—Honestamente, isso soa tão ridículo. Nem sei o que dizer. – Eu não precisava ficar ali, então comecei a me mover para sair do quarto quando Luco segurou no meu pulso, então eu me afastei. – O que é inferno!?

—Você fica tão linda quando está irritada. – Que sorriso maligno. Franzi a testa. – Quer dizer, - Ele se recompôs. Ergui a cabeça não porque ele é alto, mas por que não ia dar bola para ele. – você não vai contar nada pra ela né? (...) Porque tecnicamente ainda há uma aposta rolando e.

—Irritante. – Digo. – Ela nunca iria contar para mim. Porque ela não confia em mim!

—Acho que é porque ela só quer ficar comigo quando ninguém nos vê. – Victor fala bem devagar.

“Quando ninguém os vê”, isso porque ela tem noção que é errado. Mas, porque seria errado? Onde estaria o erro? Idade? Cargo? Obviamente cargo. Quando comecei a ficar com Mateus, ele era Monitor do meu andar, e para nós termos algo ele precisou primeiro trocar de andar e depois de um ano e pouco ele começou a trabalhar fora. No qual ele teve que se mudar de Paris. E bem, com certeza ela não iria querer uma coisa dessas tão de repente.

Mas, mesmo assim não tem motivo para ela não contar que eles se beijaram. Me virei para os dois com a mão na maçaneta.

—Talvez ela tenha vergonha de você. – Luco abriu a boca desacreditado. – Eu estou sendo realista, você ainda é calouro, sem muita experiência artística. Mas, também não tem sorte se você voltar com um. – Olhei para Luco de cima a baixo. – Coloré! E independente de quem ela quiser ficar não é para colocar isso em uma aposta inútil!

—Você acha que eu não tenho chances? – Olhei pra ele incrédula. Queria tanto dizer que não. Porque obviamente seria um lindo de um: “não”. Não pela falta artística dele, porque se ela beijou ele, aparentemente ele teria chances, mas...

—Eu nem sei mais dos gostos dela. Então, não dá para opinar. – Abri a porta. – Porém, qual é o prêmio?

—(...) Que prêmio? – Luco perguntou intrigado. – Prêmio do que?

—Toda a aposta tem um prêmio. Qual o prêmio?

—O prêmio é eles terem a Monitora! – Ele disse entusiasmado.

—Eu acho que você não entende o conceito de apostas; quando as pessoas apostam em algo, elas ganham algo, se o lado deles vence, do lado que perderam.

—Estou ciente do tipo de aposta. – Ele disse tranquilo. – Mas, iriamos apostar o que?

—Dinheiro? – Era óbvio.

—Espera, espera, espera... – Luco falou evitando rir. – Se houver dinheiro envolvido, você participaria?

—Hãn, lógico. – Fazer o que? É os corre.

—Então vamos colocar dinheiro na aposta.

—Eu não tenho dinheiro! – Victor exclamou.

—Mas, vai ter a menina.

—Se perder vai ter que se virar! – Falei firmemente. – Na primavera surgem uns empregos de primavera de meio período. Vai pagar!

—Quanto você colocaria? – Luco me pergunta. Eu sei como ele joga. E ele sabe jogar muito. Porém, eu sou brasileira. Jogo muito melhor!

—Quanto você tem no bolso?

—Hãn, ousada! – O encarei. – Desculpa, maneira de dizer. Eu tenho... – Ele colocou as mãos nos bolsos, tanto na calça quanto na blusa. Fazendo uma conta ou pensando. – Tenho 170 euros e algumas moedas.

—Se todo mundo que apostou ter 170 euros, eu entro na aposta. – Ambos deram um sorriso.

—Certo. Eu vou dizer isso pra eles hoje. No jantar eu terei a resposta.

—Ótimo. – Saí do quarto.

—Vai torcer pro Young né?

—Não. Ele traiu minha confiança, estorcendo para Antonie! – Eles abriram a boca e eu fechei a porta, não antes de ouvir Victor começar a surtar de como foi que eu descobrir e porque Luco contou pra mim? Qual era o problema dele e se ele tava feliz...

Lógico que ele tava feliz. “Ele me viu. Chamei ele. Bati na porta dele. ” Respirei fundo, muita coisa está acontecendo, a principal é “porque ela não me contou? ” Eu precisava saber porque. Primeiro tive que mandar uma mensagem, para Jay dizendo que talvez atrasássemos nosso ensaio e fui me trocar. Cerca de trinta minutos depois, estou disposta a confrontar Mikaele. Como hoje é feriado o café da manhã seria por volta das nove e pouco, independente se somos ou não um dormitório com pessoas bem de vida todo mundo tem uma folga. Já que obviamente os restaurantes e outros estabelecimentos estariam lotados por conta dos turistas que aparecem nos feriados. Bem, eles estão aqui diariamente, mas, desnecessário dizer que tem épocas e dias que é impossível não saber quem não é turista que não se esforça o mínimo de saber de francês. Aqui não falamos inglês. Falamos. Mas, caramba...

Enquanto visto uma blusa longa da cor vermelha em estilo quimono, quando batem na porta. Abro a porta me preparando para o sorriso monstruoso de Luco.
Ah!

—Bonjour Katherynne. – Mateus está segurando algo a mão e sua perna está inquieta; o olho de cima a baixo, me sinto fraca e perplexa. Faz muito tempo que eu não o vejo. Quando olho em seus olhos, seu corpo treme e ele dá um passo para trás. – Joyeuse fête du Travail. – Ele me oferece o que está em suas mãos. É um pacote, não dá para dizer o que pode ser, a não ser que é um presente e está bem embrulhado. Não peguei. – Me desculpa pela. Aquela noite turbulenta. Te deixei assustada e irritada. – Fico em silêncio olhando pra ele. – Você tem muitas pessoas que se importam com você; eu só queria dizer: Bonjour, te dar um presente por hoje. Não queria te incomodar, Mikaele disse pra eu não chegar perto de você, Guilherme gritou comigo, Françoise me deu uma multa por entrar embriagado no dormitório e que foi inadmissível o que fiz violando toda a sua privacidade. Principalmente porque eu já estava pendurado por conta do que ocorreu com. – Ele engoliu em seco, havia algo o incomodando, pois ele se afastou mais um pouco do meu quarto. – Com Luco; eu estava com inveja irritado. Eu não queria perder você para ele.  

—Você escolheu a Simone. – Nem olhei na cara dele para dizer isso.

—Você nunca me deixou explicar porque eu fiz o que ela pediu.

—E precisa?

—Lógico que precisa. – Ele se esforçou para não elevar a voz. – (...) Eu posso entrar?

—Não.

—Podemos conversar?

—Não.

—Vai deixar eu falar?

—Não.

—Ok. Eu não vou fazer você falar comigo, se você não quiser. – Acenei com a cabeça, ele respirou frustrado. – Eu realmente pisei na bola, tive que terminar contigo porque na minha ficha para se monitor eu não poderia estar namorando uma residente. E Simone sugeriu que se eu terminasse, colocasse isso no formulário seria mais fácil. Só que... Nunca foi tão difícil ficar perto de você.

—E não podia arrumar um outro emprego? Em outro lugar? Não terminar?

—Não.

—E porque não?

—Eu não fui demitido. Fui transferido.

—Aan?

—Mesmo emprego, salto de carreira, transferência, outro país. – O olhei sem entender. – Disse que eu pensaria. Mas, sinceramente, eu não estava afim de ir para Camberra. – Ergui uma sobrancelha. – Na Austrália. – Estou em choque. – Pedi um lugar perto de Paris para conversar com você, mas Guilherme disse que se uma porta abriu pra mim eu devia ir por ele, largar você e me afastar, porque. – Houve uma longa pausa. – Porque você não é descente o “suficiente para ser uma Senhora Silva”.

—Como é que é? E ele acha que é quem para falar isso? De mim? Eu sou um amor!

—Sim. Claro que é. Nunca disse o contrário. Nunca diria o contrário. Mas, Guilherme é traiçoeiro.  Ele parece um demônio. Você o chama para brincar e quando ele fica a vontade ele vai lá e te joga umas mil maldições. – Uma ótima analogia. Mas, não ia sorrir, sei que ele fez isso propositalmente. – Se te interessa saber, ele me deu duas opções “razoáveis. ” – Ele fez aspas com os dedos. – Eu poderia ir pra Austrália, ou. Voltar pro Brasil.

—(...) – Me recompus. – Mas, você está aqui.

—Sim. Porque pedi ajuda para Simone. Ela me ajudou no que deu. Mas, aparentemente tudo saiu do controle e eu estraguei tudo. – Ele ofereceu o presente novamente. – Eu sei que você está saindo com outra pessoa. – Congelei. – Como eu sei? As paredes têm ouvidos. (...) Jay Amajiki é um ótimo garoto. – Oh não. Sem ser sentimental, não é pra ele começar a lacrimejar. – Eu aprendi que eu te amo o suficiente para te ver feliz. Seja comigo ou com outra pessoa. O que fiz e do jeito que eu fiz, não merece o seu perdão e o Jay gosta muito de você. Ele não é habituado com brasileiras, mas, eu sei que ele te fará muito feliz.

Fiquei em pleno silêncio. Não estava digerindo aquilo bem. Então houve um estalo, peguei o presente de sua mão.

—Porque supõe que eu estou saindo com Jay Amajiki? – Ele franziu os lábios.

—Antes de te dizer, quero informar que eu espero fazer esse ser o mês mais feliz para você, independente de como seja. Ok? Comigo ou com o Jay. – Há uma pausa. –Menos com Luco. Eu não venceria o Luco.

—Porque não? Definitivamente você ganhou. – Depois que terminei com Luco fiquei com Mateus. Ele negou com a cabeça.  Eu não estava entendendo.

—Eu vou pra Austrália no fim do mês, e você só vai falar comigo hoje. (...) Eu era um novato em Paris. Conheci o melhor brasileiro que já vi, Igor. E então, nós nos tornamos Coloré temporários. – Estou chocada. – Não havia Luco, Verônica, Pandora; havia outros veteranos, Armin, Antonie e Conrado que você conhece e bem. Quando você começou a namorar com Luco eu não era mais um Coloré; e eu o detestava, estadunidense convencido e patriota enjoado. Digamos... as coisas que te contaram de errado sobre ele antes de vocês terminarem era na verdade; mentiras que eu inventei. Porque um Coloré tinha poder, e finalmente vocês terminaram. E você se tornou minha. – Ele fez uma pausa. Estou petrificada. – Claro, o único erro dele era ser um “americano” com síndrome de criança dourada e intitulada. E eu possivelmente destruí o futuro perfeito de vocês.

(...)

—Você mentiu pra mim? Nosso relacionamento inteiro?

—Sim. E eu sinto muito. Mas, ele era um racista quando era mais novo. Tá? E você nunca percebeu!

—(...) Talvez porque você nunca deixou eu perceber por mim mesma!

Fechei a porta na cara dele e joguei o presente na parede, eu estava abaladamente destruída. Ele tomou decisões de uma pessoa recém chegada ao país? Sem o conhecer? Mais que merda é essa?

*

Mikaele abriu a porta depois que eu bati freneticamente, eu estava um caos, ela também não estava melhor. Mas, dava para ver que ela não estava chorando. Iria confrontar ela depois. Ou agora, tudo junto. Foda-se!

—O que houve? – Havia lágrimas saindo de meus olhos. Me sentei no chão.

—Mateus já foi um Coloré, assim como o Igor! Quem causou meu termino com Luco foi Mateus; porque aparentemente ele era uma criança estadunidense mimada, ele destruiu meu relacionamento com o Seward, começou nosso relacionamento cheio de mentiras e más decisões... – Quando ela se aproximou de mim antes de colocar as mãos em meus ombros a encarei. – E você beijou o Victor e nem me contou! Fiquei sabendo pelo Luco. – Ela ficou imóvel. – Vergonha? Culpa? Você traiu o Armin! – Não a deixei falar. – Desculpa, eu não sei o que fazer, em quem acreditar, porque ninguém me dá uma resposta?

—Faça uma pergunta? – Ela perguntou assustada.

—Você gosta do Victor sim ou não? Porque se você gostar dele, vai precisar sair com Antonie!

—Como é?

Eu caio!

Mais, caio atirando!     


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Notas finais do capítulo

Agradecendo ás amoras e amores, residentes parisienses que habitam no Brasil
Obrigada pela leitura!!♥♫♥

~♠~Eu sempre digo, estou aqui para Mas aqui está. Para vocês. ~♠~

J'aime vous!!


~♥Beijos da Autora♥~



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