E Eu sou o Amor da Sua Vida? escrita por Lady Lupin Valdez


Capítulo 47
A Mente sempre é a Melhor Armadilha


Notas iniciais do capítulo

Salut les mûres et les amours!!
Estou de volta depois do meu períordo de "híato" que sempre tem em toda a série; lembra desse detalhe? Enfim, eu escrevi vários capítulos e não vamos atrasar agora... (Espero eu, porque eu não quero irritar ninguém; nenhuma grávida principalmente.) {Amiga, você é maravilhosa, nervosa ou tranquila; porém, eu medrosa que sou, prefiro sua parte tranquila}
Não houve atrasos, pois, eles não são perdoados, eu só dei um tempo mesmo, e deu tudo certo; com exceção de que não foi postado ontem, tirando esse detalhe; tudo okay...♥

Eu posso dizer que esse capítulo é muita semelhança com a vida. Mas, mesmo assim, espero que seja mera coincicência. Eu também preciso sempre desejar melhoras para minha fã mais exigente, a segundo ela; a nº1; que está meio ausente, mas, sei que ela vai melhorar. Aliás, não teriamos chegado aqui sem ela. Você sbe que é a minha excepcional né? Sem você não tem graça... E que eu estou com uma saudades imensas de suas loucas cobranças..
Lembrando: Agora tem uma passagem de tempo mais bonitinha...

#O Capítulo narrador por Victor; {Vulgo esse}, é narrado do dia 13 ao dia 19#

♪Raul Seixas ~ Gita♫
♪Hayden Panettiere ~ I Still Believe♫
♪XRIZ ~ Me Enamoré♫


OBS: Tenho o dever de afirmar que essa história tem uma fanfic, criada por uma fã espetacular; que eu particularmente estou achando maravilhosa; então por obrigação, deixarei o link:
>>https://fanfiction.com.br/historia/801959/Paris_para_dois/

~Enjoy. ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/655702/chapter/47

Victor

Alguém me disse para ficar longe do que não é meu; mas ela era mesmo sua se me queria tanto? Você não a ama. Pare de mentir com essas palavras.

Estamos chocados, isso é um fato. Mas, não sei ao certo seu nome. Então posso dizer que a bailarina ruiva que surgiu como mágica, e justo no começo da primavera...  
Essa seria o ser que é a oportunidade de alguma coisa para Luco. Fazia alguns segundos que Simone estava entre ela e Armin, ela conversava com Armin enquanto a outra estava ansiosa, queria chegar perto dele, mas, Simone apenas a encarou; ela deu uns passos para trás. Estávamos esperando uma briga, uma discussão mas, houve apenas olhares e uma confusão.

—Certo. – Comentei. – Oportunidade de que? – Luco fez um movimento para eu esperar, ele estava muito vidrado naqueles três interagindo. Era como se ele lesse uma legenda com aquela cena.

Acompanhei seu olhar, olhava para os três até que a bailarina ignorou o que Simone falou e saiu do refeitório de nariz levantado; em seguida a sua saída do refeitório durou exatamente onze segundos para Armin olhar ao redor, cobrir o rosto, ou de vergonha ou de raiva e sair do refeitório. Luco riu em seguida e me encarou enlouquecidamente após isso.

—Oportunidade de enlouquecer a mente dele Young! Nem vamos precisar dos códigos. Nem dos codinomes, nem do. – Joanna olhou pra ele indignada.

—Como assim não vamos precisar? Ouh, eu demorei horrores para decorar o meu! – Ela parecia indignada. – Ah, nós vamos usar; se vira! Pra que iriamos usar? – Luco levantou as mãos como se pedisse para ela esperar um pouco. – Luco estralou os dedos.

—A mente é uma ótima armadilha; porém, agora não.  – Ele disse animado, eufórico, segurando um berro engasgado. – Foco no que a gente viu! E eu estou adorando.

—Óbvio. – Disse Mi-Cha; que nessa noite que se juntou a nós, novamente. E estava com uma careta indecifrável. Ela havia voltado a se sentar com a gente, porque o grupo com quem ela iria apresentar canto ou sei lá o que, achou que sua voz prejudicaria as outras. Então ela estava aborrecida. Foi desfalcada, excluída, irritada. – Foco naquele beijo muito do assanhado, íntimo e bizarro... – Todo mundo riu incluindo eu; menos Antonie e Dégel. Luco se virou para eles depois de um tempo.

—Houve alguma sintonia? – Joana estava confusa olhando para os dois. – Vimos a mesma coisa? Com a mesma pessoa? De repente?

—Estilo surpresa. – Falou Max. – Por isso acho que não teve sintonia.

—Armin, Cookie Rowell?! – Audrey falou. – Acho que sim.

—Achei um tanto esquisito. – Falou Antonie colocando a mão no queixo. – Dégel; quem é ela? – Perguntou depois de um tempo.

—(...) O que? Como assim “quem é ela”? – O outro retrucou sem entender nada.

—Foi o primeiro melhor amigo dele; certo?  Então, quem é ela? – Perguntou com insistência.

—Mackie. – Max falou. – O nome dela é Mackie!

—Merci. – Antonie agradeceu. – Quem é a Mackie? – Dégel olhou para o outro lado, colocando a mão no queixo, como se refletisse.

—Huum; eu não faço ideia. Ele nunca falou dela. Ou comentou, ou citou, mencionou, se lembrou, nem nada. – Ele estava olhando para o nada naquele momento. – Não sei exatamente quem ela deve ser.

—Acha que Simone a conhece? – Verônica perguntou.

—Não. – Stefano respondeu imediatamente. – O semelhante da garota era mais como: “quem é ela? Ou quem é você”. – Ele tentou imitar o sotaque da Simone.

Cara, eles perceberam isso observando eles? Caraca...

—E já que você conhece ele a muito tempo Dégel, o que tem a dizer sobre a linguagem corporal dele? – Dégel olha Antonie com desdém.

Gens, eu não sei. Je ne la connais pas ! Perguntem pra ela, ué. – Ele disse arfando, estava irritado.

—Tá bom, tá bom. – Luco disse rapidamente. – Não precisa se estressar.

—Mas, o que você tem? – Pandora perguntou. – Está com essa expressão de entediado e. – Ele então se levantou com tudo limpando a boca com um guardanapo saindo da mesa.

—Talvez, eu esteja mesmo entediado. Após; Bonne nuit. – E saiu do refeitório, sem mais nem menos, do nada.

Todos nós nos olhamos tentando entender o que aconteceu, o que se sucedeu; todo mundo parecia feliz pelo fato de Armin parecer desnorteado e tal, mas, Dégel parecia bem distante. Desde que Pandora disse que dia 18 era seu aniversário. Ou foi da imagem que ele viu?

—Ele estava roxo? – Luco perguntou depois de um tempo.

—Lábios? – Seguido de Verônica.

—Não. – Max respondeu.

—Dedos?

—Não;

—Olhos?

—Não.

—Ele reclamou de dor?

—Oh por Deus! – Pandora exclamou. – Ele está normal, aparentemente bem. Imagino eu. Foi algo que nós dissemos?

—Vocês disseram que ele era amigo do Armin. – Max disse sutilmente. – Ele pode não ter gostado. – Luco mordeu o dedo mindinho, como se estivesse pensando em algo.

—A gente se resolve mais tarde. – Falou Antonie. – Alguma observação a mais?

—Ele pareceu confuso. – Disse Joana. – Desnorteado, como se.

—Não estivesse esperando por ela. – Completei o raciocínio de Joana. Ela me encarou, como se tivesse odiado que eu cortei seu raciocínio. – Não é?

—Hunf. É. Uma coisa assim... – Ela revirou os olhos. – Algo a dizer Seward?

—(...) Difícil dizer. Não sei quem ela é. Não sei o que.

—Porque não segue o conselho do Dégel? – Houve um silêncio quando Mi-Cha começou a falar. – Perguntar para ela. – Ele estralou a língua no céu da boca.

—Acho que a Audrey pode perguntar sem ficar estranho. – Ela o olhou sem entender. – Não parecia que estou dando em cima dela. – Audrey ficou vermelha.

—Ela não fala um idioma que eu conheço. Obvio que não fala francês.

—Mas, Armin fala. – Stefano acrescentou. – Quando ela chamou ele, foi em francês.

—Errado. – Disse Pandora. – Foi em português.

—De Portugal!

—E tem diferencia?

—Tem. E muita.

—Certo. Ela o chamou em português; falou um pouco de francês, depois o idioma estranho; a princesinha fala mais idiomas do que estamos preparados. – Respiramos fundo.  – Seria legal se conversássemos com ele em vez de falar com ela. – Stefano falou enquanto eu estralei os dedos com os polegares, disfarçadamente.

—A Katherynne e a Niedja não falam com ele?

—(...) – Houve um silêncio.

—Falam!

—Não pareceria estranho. – Luco disse entusiasmado.

—Mas, ainda acho que nós descobriremos isso depois. – Pandora bateu seu garfo no seu copo. – Vamos focar em duas coisas. O aniversário de Dégel e a aula do ... Victor. – Ela disse meu nome com repulsa.

—Certo, certo. – Luco disse estralando o pescoço. – Young, você sabe o que fazer? Falar?

—Não.

—Bom, pra que mesmo você vai fazer essa aula? – Antonie perguntou, e antes que eu pudesse responder que foi por causa de Mikaele, fui interrompido. – Tirando que você pediu...

—Hãn... Bem, eu não sei fazer o básico das Belas Artes? – Deu um sorriso de nervoso. Mi-Cha me olhou desacreditada, foi a melhor cara entre as meninas.

—Dançar, cantar e tocar um instrumento não está em seu repertório? – Neguei. – Você só pode estar brincando. – Verônica encarou Luco e disse algo em alemão, que pareceu ser bem ofensivo.

—Verônica! – Luco berrou. – Não!

—Não vou pedir desculpas! – Ela deu sua última garfada na comida, acabou sua refeição e saiu da mesa. Ao menos ela terminou.    

 Luco esfregou os dedos sobre as têmporas e depois olhou para as outras garotas.

—Que eu saiba ninguém aqui nasceu aprendendo fazer arte. – Alguém ia dizer algo. – Se não tivessem oportunidade, duvido um pouco. Deixa o Young, essa é a oportunidade dele.

—Valeu Luco.

—Valeu nada! – Joana exclamou. – A oportunidade é sua. Você vai fazer isso, por você, não por ele. Entendeu? – Acenei. – Ok! Imagino que você já tenha um “espetáculo” montado na sua cabeça... – Neguei. – Um musical favorito, um filme, algo que você queira tocar...

—Olha.

—Luco, diga que tem um plano... – Audrey o olhou preocupada, e naquele momento eu estava com bastante vergonha. E nisso Luco estralou os dedos.

Beem... Eu tenho muitos planos! Mas, agora... – Ele estreitou os olhos para Audrey.- Sabe dançar Tango?

—Eu?

—Oui.

—Sei mais ou menos. – Luco riu. – O que é?

—Existe duas maneiras de se fazer algo para surpreender aqueles caras. Cantando, dançando ou tocando algum instrumento. Vocês. – Ele apontou para mim e para Audrey. – Vão dançar tango. – Senti meu rosto queimar, enquanto via o dela ficar vermelho.

—Mas, eu não sei tan.

—Eu sei. – Joana disse arrumando os cabelos. – Serei uma boa professora. A melhor da América Latina! Como dizemos: “o tango é um pensamento triste que se pode dançar. ”

—Estamos na Europa! – Mi-cha resmungou. Joana se sentiu ofendida.

—Grande coisa bolinho-de-arroz-asiático! Fica na sua! –Todo mundo começou a rir.

—Para gente. – Pediu Luco se recompondo. – Se por um acaso, só a dança não impressionar, você tem alguma música que sabe ao menos a letra?

—(...) Bem, não sei. – Stefano jogou a cabeça para trás.

Et maintenant? – Audrey respirou fundo.

—Nós damos um jeito, ele não deve ser de um todo ruim... – Pandora disse.

Ah, Pandora, é que eu tenho a absoluta certeza que eu sou de um todo ruim, sim... E agora, eu não sei se eles estão se aproveitando de mim, ou me ajudando. Ou me ajudando para depois me usarem como amigo ou espião.
Porém, no momento, enquanto eu estivesse dentro estava tudo certo. Estaria menos desesperador.

No dia seguinte na volta para o dormitório depois das aulas, todo o grupo se dividiu; primeiro que Verônica que ainda não estava falando comigo, e consequentemente, Pandora, Mi-Cha, e suponho eu Joana. Mas, depois vi que ela estava com Stefano, Antonie e Dégel. Luco ficou com os novatos, os novos do rolê; Maxwell, Jay, Audrey e eu.
Se for parar para pensar, Joana, Mi-Cha também são novatas; porém, são velhas a ponto de lembrar deles antes. Antes, quando Armin também estava junto.

E a interação que Luco tem com Jay me incomoda... Imagine o “auê” que Luco faria com Jay, se tivesse noção de que o outro estava dando ideia na “galáxia” dele. E isso é uma coisa que não dá para ignorar ou parar de pensar de repente. Até porque parece que Kathy é propriedade de Luco de tanta convicção que ele fala.

—Então... – Max aparece do meu lado cutucando seu ombro no meu. Levo um susto. – Está tão distraído.

—Estou?

—Claro que está. – Ele riu.  Parecia de bom humor. – Parece que está solucionando um questionário difícil.

—(...)

—Diga alguma coisa.

—Aan... O que você vai apresentar no Teste de Participação no Programa? – Ele parou para refletir.

—Bom. Ano passado eu fiz um vocal do Musical: The Phantom of The Opera. Esse ano quero tocar violino com uma música do Musical The Lion King. – Ele parecia determinado. – E você? Sabe o que vai fazer?

—(...) Sabe Max; eu acho que vou tentar cantar...

—Interessante!

—Muito. Porque eu não

—Essa música não me é estranha... Mas, vai ser bom te ouvir cantar. Mesmo quando você disse que ia dançar. Mas, Okay; quanto mais arte, melhor.

Porque quando eu estou nervoso invento as coisas? E a mais importante; porque eu estou nervoso?
 Na verdade, eu parecia mais frustrado do que tudo, e bem, talvez eu já estivesse sentindo uma falta significante do Leo. Depois daquele dia que conversamos, o máximo agora são cumprimentos como “Bonjour, Bonne nuit” e acenos de cabeça. Ele arrumou uma outra roda de amigos junto com Marjorie que odeiam meu grupo. O que já é normal. Quando entramos no dormitório, havia a opção do lanche da tarde; mas, quando eu vi que Jay pulou o lanche da tarde não pensei duas vezes.

—Jay; eu posso falar rapidinho com você? – Ele parou e deu uma meia-volta olhando para mim. E acenou com a cabeça. Aliás eu não tenho pensando muito.

Itte kudasai. – Disse tranquilamente.

—O que? – Ele riu.

—Parlez, fale. – Ele disse calmamente.

—Ah. – Cocei a nuca, porque me arrependi de ter chamado ele. – Sabe; aan. Você está conversando com. Aan... – Ele respira fundo, parece de bom humor.

—Quer conversar no meu quarto?  - Fiquei em silêncio. – Ou você vi tomar café?

—Aan, você não vai? – Ele negou.

—Talvez depois; ou eu espere logo o jantar... Ou – Ele olhou para cima. – Você pode tomar café e.

—É que eu quero falar sobre isso agora; sabe?

—(...) Pode ser. – Ele passou a mão no cabelo. – Está me deixando nervoso. – Ele falou de modo descontraído e começamos a subir os degraus até o 7ºandar. Quase morri? Quase morri! Ele não faz uma pausa entre os andares, ele anda rápido e eu preciso de ar. – É algo muito grave? – Perguntou quando chegamos no seu quarto.

—Eu acho que sim. – Ele me olhou assustado ou confuso, na verdade eu não estava assimilando bem.

—Você acha? Não tem certeza? – Assim que ele chegou na entrada do quarto ele tirou seus sapatos. Então tirei os meus também. – (...)

—Eu fico de meia. – Ele dá ombros. E é impossível que o seu quarto seja do mesmo tamanho que o meu; parece ser bem maior, independentemente do número de móveis – Você tem 17 anos? – Ele estava no 7º andar.

—Era isso que você queria perguntar?

—Não. Na verdade, eu queria saber (...) Você tem saído com aquela garota que você gosta? – Jay se sentou no carpete e sorriu.

—Porque a pergunta?

—Eu sei que você não quer contar quem é. Mas... – Nesse momento eu já me distrai o suficiente com os moveis do quarto. – O que é aquilo?

—É um kotatsu! – Ele se vira para um móvel que parece ser uma mesa, porém, depois da superfície de madeira, tinha uma coberta que ia até o chão.

—Serve para que?

—Para estudar em dias frios. – Ele parecia confuso. – Aan; você parece nervoso, tá tudo bem?

—(...) Você sabia que Luco ama a Katherynne?

—(...) Sei; todo mundo sabe disso.

—Então porque você está cantando ela?

—Ah. – Ele pareceu surpreso. – Era só isso?

—Só isso? Como assim só isso?

—O problema é só cantar ela?

—Claro. Se Luco saber disso ele vai ficar furioso. Talvez enouquecido. Talvez...

—Você gosta dela?

—O que? Não.

—Então por que está preocupado com Luco?

—Porque ele é louco!? – Respondi. – E ele quer votar com ela e.

—Só que ela não tem nenhuma intenção de voltar com ele. – Jay respondeu.

—Como você sabe que não?

—Saímos ontem. – Estou em choque. – Ela me contou que não voltaria com ele.

—Mas, ela não contou isso pra mim.

—E por que ela contaria? – Ele inclinou a cabeça. – Eu nem sabia que vocês eram amigos...

—Nós éramos; daí ela não quer mais ser. E por isso, não entendo como ela saiu contigo.

—Qual o motivo?

—Porque nós somos coloré. – Ele afirmou. – Por causa disso ela não quer mais ser minha amiga. – Jay estreitou os olhos. – Então estou chocado dela ter saído contigo.

—Entendi. – Ele apertou sua têmpora por uns segundos. – Mas, ela é imprevisível. Conheço a srta. Kurz. Ela esconde o que quer e expõe o que quer; não acho que ela vai expor isso. Não precisa se preocupar, Luco não vai saber disso. Não é Victor?

—...  Está me ameaçando? – Ele sorriu.

—Não! É por que existe uma regra básica que não se pode servir a dois senhores, não existe?

—Então é uma ameaça sim. – Ele olhou para o lado.

—Uh. Bom; não. Estou tranquilo. Não é uma ameaça; algo mais?

—É que no Brasil chamamos isso de “raspa canela”. – Nós rimos. – É sério! (...) Ah, ela mandou eu te entregar isso. – Tirei da mochila a carta dela. Ele olhou sem entender. – Katherynne pediu para te entregar, e que você traduza para ela.

—Claro. – Ele hesitou por um instante. – Ela pediu para você?

—Sim.

—Então, acho que vocês ainda são amigos; ela não pediria isso pra qualquer um né?

—É; pode ser.

—Eu chamei ela para sair; – Jay disse depois de um tempo. – devia chamar sua monitora também. – Sorri de volta, eu nem sei se eu teria essa sorte.

No final das contas nem beijar ela, ele beijou. Na verdade ele é muito tranquilo, até demais, então por vários motivos quis entender porque raios Kathy quis sair com Jay; se ele não é nem um pouco parecido com Mateus e totalmente o oposto de Luco. Carência não é. Tenho quase certeza disso. Ou ela pode realmente estar gostando de Jay.

Own... Chega a ser romântico. E tão perto, e tão longe.

Longe.

Eu estou tão longe dos meus objetivos, que agora estou enojado.

*

Na quarta-feira dia 15, fui pra aula particular das 21h30. Sou o último aluno de Armin, e visivelmente ele já estava cansado. Sei porque ele foi pra escola, depois foi trabalhar e saiu do trabalho ás 16 horas, porém, voltou ás 19h20 para ir encontrar-se com Mikaele e Niedja e ainda jantar. Ele ainda fez ensaios de 19h40 até 21horas, e só teve 30 minutos de descanso, então, sim, ele estava acabado.
Pigarreei ao subir no palco, ele estava sentado com as pernas cruzadas, de costas para a plateia, ele estava respirando fundo, parecia meditar, descansar; coisa assim.

—Ah sim! Você realmente veio. – Disse surpreso. – Mikaele não sabia se você viria. – Ele bostejou. – Tudo bem, eu posso fazer meu cronograma de sempre. Ou, perguntar porque ela solicitou isso pra você.

—Porque quero fazer uma boa apresentação.

—Certo. – Armin levantou. – Você tem alguma ideia do que quer fazer? – Mordi os lábios.

—Eu não sei cantar ópera. – ele acenou positivamente. – Nem tocar nenhum instrumento de orquestra...

No canto, onde ele estava sentado havia um pedaço de papel assinado com: “911 Emergency” em letra grande. Era o codinome da Verônica. Quando ele percebeu que eu vi o papel ele abaixou e guardou o papel.

—Mas, você gostaria de apresentar o que?

—Eu vou apresentar para quem na verdade? – Ele passou a mão nos cabelos verde turquesa. – É alguém importante?

Geralmente para os contribuintes do mundo artístico, uns professores e os diretores.

—Contribuintes do mundo da música? – Ergui uma sobrancelha.

—Ás vezes alguns produtores. Maestros, músicos...  – Ele estava pensando. – Que tal se fizermos uma rotina pra você tocar algum instrumento?

—Tipo? – Ele pegou uma planilha no canto do palco e foi passando algumas folhas.  

—Você pode tocar ukulelê, flauta

—Hãn... E violino? – Armin respirou fundo.

—Você já teve alguma experiência com violino? – Neguei. – Violino é o 3º instrumento mais difícil de tocar. Você pode levar de 2 a 5 anos para aprender a tocar com requinte; – Caraca! – Mas, de fato, não temos tanto tempo assim... Cantar; você sabe cantar?

—Não.

—Nada?

—Nada. – Ele mordeu os lábios.

—D’accord. Entenda que você terá que apresentar alguma coisa, certo? Temos cerca de um mês mais ou menos para os novatos, digo você apresentar alguma coisa e ser ou não aceito no Programa.

—Eu sei.

—Então no momento vai ter que se esforçar. – Acenei. – Eu vou ver qual seu tom musical. – Armin pegou um violão. – Vamos de vibrar os lábios á bocejar para relaxar a musculatura e as articulações.  

Fui de exercícios para segurar uma nota por alguns segundos, á exercícios de segurar a respiração. Ainda fiz exercícios para o corpo, e confesso se eu estava cansado, ele devia estar exausto... Então ele deu uma pausa para eu descansar um pouco.

—Eu acho que não vou querer cantar.

—E então o que você vai querer fazer? Cantar é a sua melhor chance.

 -(...) E o que você fez entrar para entrar no Programa de Artes?

—Cantei. Ópera. Porque é um dos métodos mais rápidos de se ter uma resposta dos diretores. E então eles não pedem uma segunda audição.

—E tem isso? – Armin acenou.

—Por isso que você tem que ter no mínimo duas apresentações. – Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa ele estralou as costas e se levantou. – Já são dez e trinta e nove. Vou deixar você com um exercício de aquecer e limpar a voz para toda a vez que acordar.

—Mas já é tão tarde? – Sínico como sempre. Ele riu.

—Espero que eu tenha lhe ajudado. – Engoli secamente.

—Na verdade, eu ainda não me sinto totalmente seguro que eu vou conseguir me apresentar e.

—Quando você tiver algo em mente diga a sua monitora... E eu poderia ver se eu tenho um espaço na agenda e.

—E sexta?

—O que?

—Fará algo na sexta? Posso ter outra aula? – Ele ficou em silêncio. – E sábado? Vai sil vous plaît... – Armin mordeu os lábios, colocando uma mão na cintura em seguida e se virando para o lado.

—Victor; não é? – Concordei. – Então, eu não queria dizer não pra você.  Mas, eu encaixei você em um horário achando que você tinha ao menos uma ideia do que fazer e mesmo assim você não teve... Sexta e fim de semana eu vou treinar também... Tenho tarefas também.

—Ué, mas, você não é o “Faz-Tudo-de-Paris”? – Armin me olhou assustado. – Achei que conseguia fazer umas coisas ao mesmo tempo...

—Diga para sua Monitora vir falar comigo. – Ele disse sério. – E eu vou pensar no seu caso. Sua aula acabou, boa noite. – Espera um minuto, eu irritei ele?
Quando eu estava saindo do teatro ele me chamou. – Você tem uma boa voz para cantar agudos longos. Invista nisso.

—Pensarei nisso... Merci beaucoup, Bonne nuit. – Ele acenou pra mim e saí.

Posso dizer que os dias se arrastaram tão lentamente quanto qualquer outro dia; não fui imediatamente pedir para Mikaele para ela conversar com Armin; porque também eu precisava de um plano.
Na verdade, dois planos. Como ele disse, eles pedem duas audições; se eu cantar a decisão é mais rápida, mas, e se a minha voz não for boa o suficiente? Não tenho tempo de aprender nenhum instrumento, então de fato vou ter que dançar com Audrey.
 (...)
 E fico nessa confusão do que fazer...

No dia do aniversário do Dégel, felizmente ninguém saiu para comemorar o aniversário com ele. Porque ele simplesmente sumiu. Eu ri, mas, com respeito, na verdade não duvido muito que ele se escondeu em um cantinho de Paris para não sair com os amigos; ou sei lá.
Só sei que Pandora ficou irritada, e ele só apareceu no outro dia, bem feliz só para aumentar a raiva dela e a nossa curiosidade.

—Onde você se meteu?

—Como assim?

—Onde você estava? N´s combinamos que íamos nos jardins de Monet no seu aniversário. – Dégel sorriu.

—Eu sei...

—Então... Onde estava?

—Aah. Fui andar paralelamente por aí.

—Sem nós? – Verônica choramingou.

—Podemos fazer isso nas férias de primavera.

—O que? – O olhei intrigado. – Temos férias de primavera?

—Sim. Você nunca teve?

—Aan... Não. – Max riu. – No Brasil não temos tanta sorte assim.

—Sorte? Quando as férias acabam nós temos testes e provas intermináveis, até as férias de verão. – Disse Mi-Cha.

—Férias de verão... – Murmurou Luco. – Poxa; todo mundo vai mudar de andar quando nós voltarmos... –   Fiquei entender. – É Young; você muda de andar, porque muda de ano letivo, e faz aniversário.

Sapuraizu. – Jay disse para mim. – Surpresa.

Estou bem surpreso mesmo... Mas, a expressão de Mikaele me deixou feliz; a surpresa é maravilhosa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por simplesmente lerem, obrigada por me deixarem feliz em escrever...
Desde já á amoras e amores, resisdentes parisienses que habitam no Brasil; desde já agradeço ao seu tempo :3
Obrigada pela leitura. J'adore vous tous.
Até o próximo capítulo ♥♫♥


~♠~Eu sempre digo, estou aqui para vocês. ~♠~
~♦~E Paris sempre vai estar pronta para nós. ~♦~

J'aime vous!!

Talvez eu precise mesmo escrever essa história para me sentir bem♠ e funciona♥

~♥Beijos da Autora♥~



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "E Eu sou o Amor da Sua Vida?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.