E Eu sou o Amor da Sua Vida? escrita por Lady Lupin Valdez


Capítulo 43
Quem é você, guri?


Notas iniciais do capítulo

Tenho que parar de colocar o nome do capítulo antes de escreve-lo... Ás vezes dá certo, ás vezes tenho que escrever a mais. Passagem de tempo pequena, dita de uma forma grande que parece muito tempo, e são apenas duas semanas; se não menos. Enfim; não vou mais limpar atrás da cpu de vassoura; houve um grande atraso por isso.
Fico grande mesmo; não pude fazer nada... Pardon, estou tão viciada que estou enlouquecendo de escrever...
Olha o que abstinência de séries faz... Mas, vamos lá!!♥♥♥

♪Rihanna ~Towards The Sun♫
♪The Greastest Showman ~ Rewrite The Stars♫


PS: O inverno chegou; eu sou como um urso, quero hibernar porque meus dedos congelam fácil... E a pior semana do mês chegou ( T-T )

OBS: Tenho o dever de afirmar que essa história tem uma fanfic, criada por uma fã espetacular; que eu particularmente estou achando maravilhosa; então por obrigação, deixarei o link:
>>https://fanfiction.com.br/historia/801959/Paris_para_dois/


~Enjoy. ♥



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Victor

Eu acho que aterrissei, num lugar onde há milagres acontecendo. Agora você me tem de mãos abertas; agora você me deixou sem palavras.

Estou chocado!
 Eu perdi alguma coisa; só pode. Fiquei muito tempo rindo e quase gritando de felicidade; porque se a cor do vestido de debutante dela foi: roxo; significava que era sua cor favorita! Porém, ela fica simplesmente linda de azul do uniforme.
E eu ri. Poxa, minha língua adormeceu de ter falado com ela daquela maneira. Algo disse: “não pare de falar, convide ela. Você tem poder agora. ”  Quando Maxwell e Jay souberem vão rir junto comigo. Mas, Luco e os outros não podem saber, não.

Tem coisas que é melhor ele não saber, eles em geral; não sei porque, mas, é como uma sensação ruim, algo ruim acontecer com ele se eles souberem; principalmente se Pandora e Verônica ficarem sabendo. Elas me parecem bem cruéis.
 Agora se Maxwell e Jay souberem é algo como neutro, eles são tão novatos ali quanto eu, então é algo bem simples. Nossas conversas são bem vagas, bem simples, ainda não pegamos muita intimidade, mas, como ou quase um “segredo” um disse que tem admiração por outra pessoa. Jay não sabe que Max (vou chamar logo de Max., Affs) entregou a carta para a Mikaele; eu não sei pra quem Jay entregou a carta de Max, e ninguém sabe por quem Jay sente algo. Logico que vai chegar o dia em que vamos contar, mas, eu espero nesse dia estar bem mais de boa. Talvez mais íntimos, mais amigos.

O foco é que estou chocado que Luco colocou seu braço ao redor do pescoço de Kathy e ela não deu sequer um tapa ou um muro em seu rosto. Eu não faço ideia do que perdi, mas, sinto que Kathy não vai me contar nada. O fato de Luco ter simplesmente arrastado a gaúcha tão facilmente, como se ela realmente fosse uma amiga dele, não uma inimiga, com uma total segurança, e descer três andares sem uma reação de briga, me deixou atordoado também. Sei lá o que ocorreu,

—Bom dia Kathy. – Disse depois de uns segundos, e ela me encarou por uns segundos. Com uma cara feia.

—O que fez no cabelo? – Ela franziu o cenho.

—Ele não está charmoso? – Luco disse sorrindo, seu braço também estava ao redor do meu pescoço.

—Não! – Ela respondeu. – Está ridículo, parece um gambá pra mim. Uma listra... Credo! – Luco riu.

—Que isso, nada a ver; ele está charmoso!

—Que seja. – Ela soltou o braço dele que estava em volta do seu pescoço. – Não vou me juntar a vocês.

—Ué, porque? – A voz de Luco foi de desapontamento. Estávamos na escadaria do 2º andar.

—Não deixam de ser plebes! E eu não quero. – Luco me soltou imediatamente e foi em sua direção.

—Hey, que tal se sairmos hoje para tomar um sorvete?

No frio? Observei a reação de Kathy que fez uma careta.

—O que? Não!

—Sair para tomar um chá?

—Nem pensar!

—Patinar? – Ele continuou a insistir.

—Não está mais na temporada de patinação!

—Assistir um filme?

—Lógico que não!

—Que tal ir em uma peça musical?

—(...) Não sabia que tinha algo nesse estilo, por hora.

—Então você quer ir? – Ela o encarou.

—Não!

—Que tal fazer uma caminhada?

—Sem possibilidade!

—Então, que tal irmos na biblioteca?

— De jeito nenhum! – Ela colocou o seu casaco e aparentemente ia se dirigir para a rua. – Você me tirou de perto do Mateus; isso não te dá poder sobre mim. Não quero sair contigo. – Ela dizia descendo as escadas. Tu no seu canto, eu no meu! Se você se aproximar, cada soco que eu quero distribuir em Mateus, será descontado em você.

—Hãn. Perfeito; eu adoraria. – Ela o olhou sem entender. Nem eu estava entendendo. – Mas, eu disse para nossa monitora que nós três, estaríamos juntos, então, o que custa se juntar a nós para um déjeuner?

—Custa minha dignidade!

—Ora, ninguém vai mexer contigo; sem falar com você. Fique do lado do Young que

—Young? Você chama o guri, de “Young”?

—Hãn, ele não é mais um guri, ele está evoluindo. Então chamamos ele de Young!

—Dispenso. – Luco pareceu frustrado enquanto ela arrumava a mochila nas costas.

—Espera! – Eu disse. – Aan, bem... aan; deixa esse tal de Mateus com ciúmes. – Falei meio que por impulso. Eu lá sabia se realmente era o pesadelo infernal do Luco de que estávamos falando.

—O que? – Ela fez uma expressão de nojo. – Você não tem o dire. – A interrompi, e nem sei porque, estava em uma escadaria, eu poderia morrer ali mesmo; igual na novela.

—Não, não tenho direito; mas, eu não sei o que ocorreu lá em cima antes de sair do quarto! Maaas, Mikaele parecia nervosa. – Ressaltei, na verdade ela parecia confusa, o outro que parecia nervoso. – Luco nos tirou da zona quente; - Respirei fundo. – Se você sair, dá a impressão que você se entregou, ao que quer que seja. E você é forte. Se está com ódio desse cara, passe por cima com tudo por cima dele.  

—(...) Quem é você? E o que fez com o guri que eu conheci? – Dei ombros, meu Deus, ela ia bater em mim.  Ela se aproximou de mim e puxou meu topete.

—Aih. – Ao menos não fui jogado; ainda. O que é uma coisa ótima!

—A ideia é péssima.

—Seu cabelo está desarrumado. – Luco diz rapidamente, e ela o encara. – Uns fios estão soltos. – Ele continua. – Você tem que refazer essa trança embutida. – Kathy respira fundo, parece irritada, prestes a gritar. – Joana é uma boa cabeleireira; você sabe. – Kathy resmungou algo, revirou os olhos e em seguida ficou quieta. – Poderia te levar até ela.

—Você está louco? Eu não vou deixar ninguém mexer no meu cabelo. – Luco passou a mão nos seus cabelos, e com a ponta do cabelo começou a enrolar seu dedo.

—Desculpe. Ainda é Éponine que mexe no seu cabelo? – Ela franziu o cenho. – Não? Deixa eu ver, é a Agatha? (...) Não? Marjorie?

—Eu mesma! E isso não é da sua conta e.

Hãn, é por isso... – Luco soltou uma risada debochada e passou a mão na bochecha dela. Como Luco pode ser tão... Atrevido assim?

—Por isso o que?

—É que estrelas não fazem suas próprias coisas; são importantes demais para isso! – Ele parece ter um poder na fala um tanto hipnotizante; principalmente para Kathy.

—Buenos dias Luco, Victor (...) Kathyrynne?

—Katherynne! – Ela é tirada do seu estado hipnótico corrigindo Joana, que estava descendo as escadas com duas mochilas. Joana riu.

—Certo, claro. Então. Vão mesmo ficar parados aqui? – Joana perguntou.

—Não. – Kathy começou a descer as escadas até que Luco a puxou pelo pulso a fazendo parar.

—Sim. – Ele disse, Joana olhou sem entender.

—Ela precisa refazer uma traça! – Disse rapidamente.

—Você é um linguarudo, viu?! –Kathy gritou comigo.

—Ah! – Joana exclamou. – Uma trança? Isso eu posso fazer.

—não. Não quero ficar devendo nada para vocês, eu.

—É cortesia.

—De que? Não preciso de cortesia. – Joana revirou os olhos.

—Docinho, seu ex está aqui; e pelo que eu ouvi ele está insuportável. Vem cá; rapazinho segura isso. – Ela me entregou suas mochilas e fez Kathy se sentar nos degraus, o fazendo o mesmo em seguida. – Não vai demorar.

E cá entre nós, para estudante de Artes, a mochila dela estava super pesada. Ela destrançou o cabelo de Kathy e o trançou bem rápido.

—Ele não está insuportável. – Kathy falou do nada. – Só virou um pau mandado.

—Pau mandado? Que é isso? É uma gíria para intrometido? – Perguntou Joana, e dessa vez eu fiquei quieto né; essa era mais uma pergunta pra Kathy responder, do que eu.

—Significa idiota também. – Ela disse e Luco riu. Claro que aquilo o divertia; qualquer oportunidade de ver que o ex dela não a fazia mais tão feliz era uma boa oportunidade para rir.
Quando a mochila pesou e eu estava prestes a pedir arrego; e me voluntariar para levar as mochilas de Joana para o refeitório, ela estrala os dedos, puxa um espelho de uma de suas mochilas e mostra o penteado que fez a Kathy; que pareceu surpresa.

—Nossa! – Era uma mistura de êxtase e outra coisa que eu não consegui identificar. – Qual o nome dessa? – Joana sorriu.

—É uma traça espinha de peixe sobreposta ao cabelo semi preso! – Joana diz estralando os dedos. – Tá bonitinho assim;

—Bonitinho é feio arrumado. – Ela respondeu de uma forma crua.

—Claro. – Joana pegou uma mochila, me deixou com a mais leve e fez um movimento para que eu a acompanhasse. – Todos são feios arrumados; bonjour. – Ela me encarou. – Você vai ficar de vela aí ou vai. – A frase dela é interrompida.

—Kathy espere! – Alguém grita meio sem folego atrás de nos. Todos viramos, Mateus encostou no ombro dela e Mika estava uns degraus a cima, com um olhar de indignação; coisa assim, me deixando sem folego, inexplicavelmente. – Você não deixou eu explicar nada, já saiu batendo na Simone e.

—Meu Deus! Ela bateu na Sisi... – Joana sussurrou rindo e desacreditada; assim como eu.

—E isso foi sem eu poder dizer que eu me arrependo profundamente de ter terminado contigo porquê (...) as coisas estavam difíceis e. – Luco cruza os braços e o olha com olhar de deboche, estava se divertindo.

—Tempos difíceis? Acho que era por isso que eu estava ao seu lado, né? Mas, o que você falou mesmo? Deixa eu te recordar; você me disse que ‘o mundo era gigante e eu iria conhecer outro produtor, diretor ou ator melhor que você’; talvez o mundo seja grande mesmo. – Kathy se atira nos braços de Luco que a recebeu muito surpreso, e pra aumentar a surpresa foi dando lhe um beijo. Era mais fúria que tudo. Mas, independente.

Era uma reação de choque geral, Joana deixa a mochila cair, Mikaele coloca a mão no rosto e sentou nos degraus da escada, sem contar que todos os outros residentes que estavam descendo para o refeitório pararam para ver; ou seja, eles tinham plateia. Quem diria? Você é recebido com pratos e depois recompensado com um beijo? Mateus que até então estava paralisado, pulou alguns degraus, separou os dois e deu um soco em Luco.

Uoou!

Mika tirou as mãos do rosto e eu por um momento não estava compreendendo muito, Luco estava apanhando, mas, não estava batendo.  Então o som é quebrado por uma figura que chocou Mateus contra a parede.

  -Hey! Você está ficando louco? – Dégel berrou para Mateus. – Já chegou e quer ir sentando na janela? – Quer ser demitido no primeiro dia? Meu amigo, você é muito ruim no que faz.

—(...) – Ele olhou para Kathy. – Você é a única pessoa que eu quero; sou louco por você, mas.

—Pare de chorar! – Ela diz. – Você tomou sua decisão!

—Não seja tão bobo para uma plateia tão grande. Não precisa passar essa vergonha. – Disse Luco sorrindo, um sorriso maligno, e quando se virou para o lado, Kathy não estava mais lá, e Mateus parecia um idiota, porque teve um ataque de fúria.

*

Não vimos Kathy no refeitório, mas, Luco estava muito sorridente, apesar de estarmos todos impressionados de como tudo ocorreu, que ficamos basicamente rindo e se olhando tentando entender o que havia ocorrido; como não havia explicação, nós comemos em silencio. Com a exceção de que todos pararam para comentar da postura de Mateus; e que Mikaele viu, que se ela fosse sensata ela iria reportar aquele incidente, porque Luco era do andar dela.

Sei que ela seria sensata de contar que quem começou foi Mateus, sei que ela saberá o que fazer; e é isso que importa. Á caminho da escola fomos em grupo, e havia uma coisa que todo mundo procurava, era a gaúcha, porque bem, Luco estava enchendo o saco para vê-la novamente, eu só queria ver a Mika, mas, nem isso tivemos sorte. Então de repente eu tive um puta choque de realidade. Não havia um lugar que a gaúcha quisesse ir com Luco; aparentemente eles não tinham interesses em comum; mas, havia um lugar que eu poderia ir com Mikaele; a igreja, mas, não qualquer igreja, Notre Dame! Como ela disse uma vez; ir à missa de manhã, uau, seria fabuloso.

Senão, tem a biblioteca, onde demos nosso primeiro beijo; mas, se há um lugar formidável para se estar com ela é em Notre Dame. E quando aquilo trabalha em minha mente ficou lembrando que ela me deu um detalhe pessoal demais, tipo, que ela teve uma festa de debutante. Mordo os lábios só de pensar em um enorme detalhe, quando ela fazia 15, eu tinha apenas 10. E eu me sinto pequeno, só de pensar nesse enorme detalhe. A idade.
O pior que eu fiquei pensando não só na idade dela, como também em um fato importante pra mim, eu a convidei para sair; não tive uma resposta sincera, e fico pensando no que iriamos conversar se realmente saíssemos.

Nós temos duas horas de intervalo escolar, aproveitamos para colocar as lições em ordem, que são muitas; estava sentado com Max, Jay e Stefano no pátio com arvores do colégio. Sim, há um pátio com mesas e bancos de concreto, que era onde eu sempre ficava, mas, Stefano e Jay dizem que é muito mais relaxante o do gramado, esse se tem que dar uma volta completa em um dos prédios, e bem, é realmente relaxante; seria se meus pensamentos me deixassem relaxar um pouco.

—Então, a cor favorita dela, é a mesma cor do seu cabelo? – Max riu enquanto arrumava as folhas no seu fichário. – Isso é tão coincidência do destino.

—Quase vontade... – Acrescentou Stefano lendo um livro enorme. – Vontade do universo. Ou só coincidência mesmo.

—Sei lá. – Disse. – Quando ela disse, eu fiquei tão feliz...

—Seja mais calmo. – Jay diz tranquilamente. – Se for pra ser, será, para o amor não existe fronteiras e. – Ele jogou a cabeça pra trás. – O universo prega peças maravilhosas.

Todos riem, mas logo, todos voltam para a sua tarefa. Não foi tão animado quanto eu achei que seria.

—Hey! – Leonardo me puxou pelo ombro, e eu me virei assustado. – O que houve contigo?

—Ah. Como assim? O que quer dizer?

—Sua mãe me ligou! – Ele diz.

—(...) Ligou?

—Sim. – Sua expressão fica firme.

—E o que ela disse? Quer dizer, o que você disse?

—Que você estava ocupado com as coisas pro teste. – Engoli secamente. – Mas, você conhece sua mãe, ela não se convence fácil. – Minha mãe é crucialmente sistemática. – Cara, até ontem, sei lá, o seu principal objetivo era conquistar nossa Monitora, depois desencantou?

—Não! – Me corrijo. – Digo; hoje a convidei para sair! E descobri que a cor favorita dela é roxo!

—Que interessante. – Ele disse aborrecido, não parece lá muito impressionado.

—O que você tem?

—Você me deixou de lado. – Leo diz.

—O que? Lógico que não. Ainda somos amigos e.

—Eu acho que não. – Sua voz era firme. – Ainda por cima, não sei que gosto tem esse poder, mas, cara você me deixou de lado.

—Hãn, está com ciúmes? – Tentei dar um sorriso

—Não. – Ele coça a cabeça. – Ser colocado de lado não é realmente uma questão de ciúmes. É uma questão que você se sacrifica pelos outros, e eles não tão ligando muito pra quem tava ali quando a época era tensa.

(...)

—Não Leonardo. Que isso Leo!? – A frase me pegou de surpresa. – Ainda sou eu.

—“Eu” quem? Eu vejo um “aluno” – ele fez aspas. – que está andando entre alunos de elite, ricos e bem de vida, que se algo der errado, eles têm a quem socorrer; que podem sair e entrar na França quando quiser.

—O que quer dizer com isso?

—Que você morria de medo deles; hoje está andando com eles, ignorou as pessoas que se importavam com você, e foi na onda deles! Era para você se preocupar com você e com a sorte que você tem e teve de estar aqui!

—(...) – Não consigo dizer nada.

—Não vai ser agora, talvez demore um pouco, mas, vai chegar um dia que eles vão te colocar de lado também. E talvez doa.

 -Porque você é tão cruel?

—Não sou cruel. Sou o pilar da consequência.

—Pilares da consequência não falam.

—É o que você pensa?  Félicitations!

—Está tudo bem? – Max me pergunta observando Leo saindo de perto. – Ele não parece muito amigável.

—Não; ele é amigável, só está com um pouco de ciúmes.

—Ciúmes de você? Ele é gay? – Jay ri.

—Não! De eu estar andando com vocês. – Stefano dá ombros.

—Não é para todo mundo. – Ele diz. De fato, não é pra todos.

Quando as aulas acabaram, os corpos preguiçosos e o frio do inverno, nos obrigada a voltar para o dormitório, e uma chuva se forma fazendo Luco, Dégel e Antonie dançarem nela, ignorando olhares de reprovação, segundo Stefano a única reprovação aceita, seria da crítica profissional.  

Pelo fim de semana e o resto dela, me encontro completamente perdido, cansado, sem saber porque não tivemos ensaio para os testes na sexta ou no sábado; mas, no domingo, o que irritou muito quase todo mundo. No domingo além do ensaio descobri que as datas saíram para o dia 21/05; ou seja, tempo o suficiente para eu treinar alguma coisa. Como um monologo!
Mas, tudo o que eu consigo pensar durante a semana é sobre a revolta do Leo. Sem contar na nova obsessão de Luco; se ele estivesse perto de Kathy quando Mateus se aproximasse, ele poderia ganhar beijos e até mesmo carícias. Ele não precisava de muito, só esperar e ela iria vir para ele.
Até agora só aconteceu uma vez. Mas, ele tinha esperança.

Eu por outro lado acho que Leo me jogou uma praga. Mikaele não fica mais de trinta segundos tentando me acordar e me dar bom dia, até porque as coisas estão deveras estranhas depois que Kathy beijou Luco, o lado bom, Mateus sofreu as consequências não está mais no nosso prédio. E eu nunca me senti tão sozinho como estou me sentindo em plena sexta, quando quase todos saíram para ir no cinema ou no teatro.

Como eu posso confiar em você se, para conversar contigo tenho que ligar para seu amigo? – Disse minha mãe, doce e furiosa.

—Eu estava ocupado. Sei, eu devia ter ligado eu.

Você não me liga desde o dia 12! De fevereiro! E estamos no meio de março Victor.

—Me desculpa mãe, eu...

Está se metendo com coisa errada?

—Não, lógico que não eu... Creio que estou indo pelo caminho certo agora.

Leonardo contou que faz semanas que vocês não se falam.

—(...)

O que seria o caminho certo Victor Azevedo?

—Eu.

Sabia que foi uma péssima ideia ter deixado você sair do Brasil. – Ela estava furiosa. – Você está me desapontando mocinho.— O tom era de total desaprovação. E eu o odeio. – Eu não eduquei você para sair da minha casa e ir se aprofundar em futilidades! Você é crescido! Está soando como se tivesse nove anos!— (...) – Quero que volte pro Brasil.

—Não! Eu não posso voltar!

Porque não?

—Eu... Tenho um teste em maio. Eu e minha turma! Não quero desapontar os profe.

Esse teste é para que?

—Para ver se eu vou pro intercambio, ou fico com o curso de Artes.  – Ela fica muda no telefone. – Mãe; eu. Vou melhorar; vou te ligar... Eu. Só preciso de um celular melhor e. – Motivos... – Quero saber se eu vou passar ou não. – Não posso me separar da Mikaele. Não agora, estou tão perto.

—(...) Senhor Victor Azevedo; se você não der o trabalho de me ligar ao menos duas vezes na semana, eu mesma vou aí e te carrego de volta. – Respiro fundo.

—Sim senhora. Eu ligarei.

Não vou ligar para Leonardo outra vez.

—Certo.

E peça desculpas a ele!

—Boa noite mãe, eu te amo.

Eu também amo você. Mas, se merecer você apanha.

 E ela desliga, solto o celular no carpete e puxo a gravata com tudo, mas, está não presa que eu acabo me prendendo ficando sem ar. Estava deitado no carpete fazia 15 minutos quando alguém bate a porta com um ritmo tranquilo. E quando abro sou tomado pela surpresa.

—Bonsoir.  – Era ela, Mikaele, aparentemente ela veio me dar boa noite.

—Mik. Monitora! Aan... Que surpresa; eu... Aan. Achei que teria algum compromisso hoje e.

—Bom, vim ver como você está. – Não era uma pergunta eventual. – Como você está Victor? – Ela diz de uma forma até doce.

—Estou bem, obrigado, porque a pergunta? Desculpa perguntar....

—Sua mãe.

—Minha mãe? O que tem a minha mãe? – Esfrego meu pescoço já imaginando o que ela falou, e isso me preocupa. Ela olha para o lado da forma mais linda que eu já vi na minha vida. Na verdade, ela sempre é linda... – O que ela te falou? – Mika dá um sorriso.

—Bom.  – Ela começou a contar nos dedos. – Ela ligou para o Consulado Francês, que pediu para ela entregar em contato com a prefeitura de Paris, ela mandou uma mensagem para o programa de intercâmbio, que foi para o Depardieu, que mandou uma mensagem para a diretora, que foi para o Françoise, que mandou para mim. – Céus. – Ela acha que algo ruim aconteceu contigo. E cá estamos. Quero saber como o filho está antes de ligar para os pais.

—Estou bem. – Digo abaixando a cabeça. Mas, ela não parece se convencer.

—Há algo que eu possa fazer para te ajudar? – Encolho os ombros.

(...)

—Estou bem, de verdade. Tipo, o que é preocupante?

—Você não entra em contato com ela a cerca de um mês. Com certeza se fosse a minha mãe. – ela escora na minha porta sorrindo. – Ela teria vindo até Paris para me buscar. – Dou uma risada sem graça.

—O que houve que não ligou para ela? Eu não sabia que estava a tanto tempo assim sem dar notícias suas. – Ela olha para o meu pescoço e negando algo que eu não sei o que pode ser, começa a desamarrar o fracasso da minha gravata no meu pescoço. Ela começa a dizer algo que eu não consigo me concentrar porque sinto o cheiro dela, um cheiro que deixa tonto, seu calor faz com que eu fique em estática, pronto para explodir, por completo. E ela continua falando até desamarrar minha gravata, refazer o nó e daí puxar deixando a gravata com o nó já feito para eu colocar sem me enforcar. – Não tem nada a ver não é? Sua sumida com andar com os outros alunos mais velhos, né?

—Por que não namora comigo? – A frase salta da minha boca de repente, eu ignorei tudo o que ela falou, bloqueei cada palavra. E então, ela me olha com cuidado; parecia estar me analisando. – Eu. Não é mais um segredo que eu tenho que esconder.

—Ok. Você lembra da primeira vez que tivemos uma conversa? – Aceno positivamente. – Talvez, mas, só talvez eu fiquei encantada com a pessoa que eu conheci naquela noite. Assustada, inteligente, sempre procurando seu lugar com determinação. Só que agora, eu estou assustada com o rapaz que você está se tornando. – Culpa; isso me pega desprevenido, ela segura as mãos com força. – Uma mudança repentina e assustadora ... – Ela olha para baixo procurando palavras, acho. – Não posso namorar com você. Tudo nos mantem separados e. – Ela estava segurando, o choro? – Não assuste a sua mãe, por favor.

—Desculpa. Só pensei que.

—O que aconteceu contigo? Não precisa ser outra pessoa, lembra-se? – Ela morde os lábios. – Sinto muito se eu o fiz achar algo a mais. – Eu dou um sorriso lhe oferecendo um lenço para secar as lágrimas, ela pega depois de uns segundos.

—Estamos destinos a quebrar então... Não é impossível um dia estarmos reescrevendo algo juntos. – Antes que ela fale alguma coisa acrescento. – Eu posso ter aulas particulares com Armin Rowell? Eu quero sair bem no meu teste.

—(...) Vou falar com ele.

—Merci Beaucoup. – E depois de um tempo ela sorri de volta.

—Bonne nuit Victor. Se cuide.

Não era daquele jeito que eu queria acabar a minha noite, mas, então por uns segundos ela não parecia triste chorando, era algo que eu não consegui definir, era algo mais; uma surpresa? Ela estava esperando por aquilo? Porque sua voz não era tão firme, não era raiva, desespero, era...

Felicidade? Eu não tenho certeza, mas, se em algum lugar daquele coração dela, Mikaele ficou feliz com o que eu falei, eu não vou recuar agora; até porque eu sou um Coloré agora. O poder é meu. 


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Notas finais do capítulo

Obrigada por terem paciência comigo, obrigada por simplesmente lerem, obrigada por me deixarem feliz em escrever...
Desde já á amoras e amores, resisdentes parisienses que habitam no Brasil; desde já agradeço ao seu tempo :3
Obrigada pela leitura. J'adore vous tous.
Até o próximo capítulo ♥♫♥


~♠~Eu sempre digo, estou aqui para vocês. ~♠~
~♦~E Paris sempre vai estar pronta para nós. ~♦~

J'aime vous!!



~♥Beijos da Autora♥~



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