Nossa Primeira Série escrita por Matthew McCarty


Capítulo 13
Promessa


Notas iniciais do capítulo

Obrigado a todos que acompanham esta fanfic!

Boa leitura!



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No caminho de volta, não teve jeito. Noa grudou-se ao pescoço de Masaki e não o soltava de maneira alguma. O de olhos violetas estava muito contente pelo que seu amigo tinha conseguido e não só ele tinha agradecido ao ruivo. Todas as crianças tinham agradecido a Masaki pela decisão tomada naquela tarde...

FLASHBACK ON

O homem levou o grupo de crianças e a professora até o potro que seria sacrificado. Este relinchou e bateu as patas no chão desde sua parte do estábulo, portanto o homem parou há alguns metros de distância.

–Como podem ver, indomável. Não conseguimos sequer alimentá-lo direito que imediatamente nos ataca. Ele é perigoso, não podemos mantê-lo vivo, bocchan – Masaki sentiu-se um pouco estranho em ser chamado daquela forma, mas decidiu ignorar por enquanto. Deu alguns passos à frente, mas foi detido pela mão do homem. - Bocchan, é melhor manter a distância ou pode se machucar...

–Não me diga o que fazer – Masaki o ignorou e Momoi colocou Noa no chão.

–Se eu mandar você parar, Masaki...

–O farei, sensei. Mas não será necessário - passo a passo, o ruivo foi se aproximando e o potro ficando cada vez mais agitado. As crianças o olhavam com medo, mas ele continuou se aproximando. Parou bem de frente com a porteira que delimitava o espaço do cavalo e o encarou. - Um cavalo jamais obedecerá aqueles que são medrosos. Autoconfiança é necessária para que o respeito seja mútuo - Masaki estendeu a mão e o cavalo se aproximou dela, permitindo-se ser tocado. O pequeno se virou com um sorriso. - Eu quero este cavalo.

FLASHBACK OFF

–Eu ainda não consigo acreditar como você calou a boca daquele cara! - exclamou Kouta, no banco ao lado. Yoshiki, sentado ao lado dele, assentiu. A luz colorida do entardecer combinava com a animação das crianças.

–Foi bem incrível - comentou Hikaru, com um sorriso gentil.

–Como conseguiu fazer aquilo? - Seitarou estava curioso. Nunca tinha visto nada parecido e Masaki só tinha 6 anos!

–Mamãe me ensinou quando eu vi o cachorro que cuida do orfanato. Ele me disse que os animais também tem medo, por isso devemos ser gentis e confiantes com eles... Ou algo assim.

–Masa-chin é demais!

–Noa tem razão - disse a professora, se aproximando. - Foi muito bom da sua parte salvar aquele potro. Ele ia ser morto por um erro daquele homem. Estou muito orgulhosa de você, Masaki.

–Isso quer dizer que você não vai conversar com minha mãe?

–Uma coisa não influencia a outra – riu Momoi e o ruivo fez um biquinho engraçado. O ônibus parou na frente da escola, onde muitos pais esperavam seus pequenos. Um por um, os alunos desceram do ônibus e corriam até seus pais, já tagarelando sobre o divertido que foi o passeio. Só um aluno que se manteve perto de Momoi, olhando fixamente para seu pai. - Masaki?

–Anh? - o menino levantou o olhar, distraído, até que percebeu que a professora tentava saber o que ele estava pensando. Com um sorriso amarelo, se despediu dela e caminhou até seu pai.

–Oi, Masaki – Akashi se ajoelhou na frente do garoto e pegou a mochila deste. - Como foi o passeio?

–Foi... Bom – o ruivinho olhou ao redor e notou que seu pai estava bem distante de seus antigos colegas de escola, o que era estranho. Tão estranho quanto o fato de Furihata não ter ido buscá-lo. Estaria ele doente ou teve alguma emergência no orfanato? Suspirou e tentou sorrir de novo. - Espero que não se importe de eu ter pegado um dos potros da fazenda pra mim.

–Me ligaram avisando sobre isso e não tem problema algum, ele é seu – Akashi passou a mão na cabeça do garoto. - Quer que eu te leve no colo? Parece cansado...

–Não, eu... Eu posso ir até o carro sozinho – o maior assentiu e caminhou lado a lado com o menino, que olhava ao redor um tanto preocupado. Ambos entraram na parte traseira de um carro de luxo e, depois de Masaki acenar para seus coleguinhas, o carro se mexeu. - Ne, Akashi-san...

Seijurou se sentia muito incômodo toda vez que seu filho o chamava assim. Estava, aos poucos, ganhando a confiança do pequeno, mas este ainda não o via como uma figura paterna. Segundo Furihata, isso ainda demoraria um pouco para acontecer, já que Masaki era bastante teimoso uma vez que decidia algo. Foi aconselhado por Atsushi a ter paciência e agir o mais naturalmente possível. Segundo o arroxeado, tentar impor a posição de pai sobre o pequeno só o deixaria mais relutante em ceder. Com um suspiro, assentiu.

–Sim?

–O que aconteceu com mamãe? Pensei que ele viria me buscar... - os olhos grandes se fixaram no rosto de Akashi e este sorriu.

–Ele teve uma emergência no orfanato, acho que uma criança se machucou gravemente ou algo assim. Mas não se preocupe, ele me pediu para cuidar de você enquanto ele não puder volt...

–Mentiroso – Seijurou fixou o olhar no pequeno.

–O que disse?

–Está mentindo para mim. Se você está mentindo pra mim é porque algo aconteceu com mamãe - o maior se perguntou por um segundo como raios o garoto tinha percebido sua mentira, porém só de olhar para ele era óbvia a resposta: Masaki tinha os Olhos do Imperador desde que nasceu.

–É realmente impossível mentir para você? Pensei que Noa estivesse exagerando... - comentou ele, lembrando-se da vez que Atsushi o visitou com Noa.

–Não é impossível. Mamãe sabe como mentir pra mim, mas você não sabe – o garoto se inclinou para a frente, preocupado. - O que aconteceu? De verdade?

–O Kouki... - Akashi hesitou por um momento, mas no fim suspirou. - Foi sequestrado.

–O quê?! - Masaki arregalou os olhos, sem acreditar. - Sequestraram ele?!

–Sim... A casa estava toda revirada quando fui lá pela manhã - Seijurou ainda se perguntava se deveria contar aquilo ou não, mas de nada adiantaria esconder as coisas de Masaki. - Acho que eles estavam atrás de você, mas ao não te acharem, decidiram levar o Kouki...

–Atrás... Atrás de mim?

–Você é meu único filho, Masaki. Uma hora ou outra alguém tentaria te usar contra mim. Eu passei a infância rodeado de seguranças por causa disso – explicar aquilo para uma criança de seis anos era cruel, mas por causa desse pensamento não tinha enviado seguranças para o pequeno. Agora Kouki estava desaparecido e ele não podia deixar de se culpar.

–Que sorte de eu não estar lá... - murmurou o pequeno, deixando Akashi completamente confuso.

–O que disse?

–Mamãe é assustador quando alguém tenta me fazer mal – o menino se lembrava e muito bem da surra que um homem levou por tentar seduzi-lo com doces num parque, alguns anos atrás. - Quanto eles pediram?

–Quanto eles pediram? - o ruivo maior não estava conseguindo seguir a linha de pensamento do seu filho.

–Nos livros de detetive, os sequestradores pedem sempre um resgate – o garoto olhou para as próprias mãos. - Se levaram ele por sua causa, eles com certeza pediram um resgate muito alto, não é? - ao não ouvir resposta, Masaki voltou a olhar para ele e não gostou do que viu. - Eles... Não pediram resgate?

–Não... Não recebemos nenhum contato dos sequestradores.

–Não?

–Não... Isso quer dizer que...

–Não levaram mamãe por dinheiro? - Akashi ficou paralisado diante dessa afirmação e das lágrimas que manchavam o rosto do pequeno. - Então por quê? Por que querem ele? Por que?!

–Masaki... – sem saber ao certo como agir naquela situação, o maior estendeu a mão e a passou no cabelo deste. De repente, seu filho se lançou em sua direção, abraçando seu pescoço e chorando em seu ombro. Estava surpreso por aquela reação tão descontrolada do pequeno, já que este sempre parecia muito controlado.

Tão alto era o posto de Kouki na vida de Masaki? Bom, ele tinha criado o menino sozinho, mas o menor sempre se mostrara independente e maduro demais pra sua idade. Tinha percebido também, nas ocasiões que pode passar com eles, que o castanho permitia que Masaki agisse de acordo com suas próprias decisões, porém nenhum dos dois decidia algo sem consultar o outro. Chegava a parecer que eram dependentes entre si... Tão grande era o laço que unia os dois? Ele não conseguiria imaginar, mesmo com sua mãe não tivera algo tão intenso. Com cuidado, trouxe o pequeno para seu colo, abraçando-o. Este, por sua vez, chamava por Kouki enquanto chorava e tremia, nitidamente apavorado.

–Masaki, eu vou procurar o Kouki. Nem que eu precise me enfiar em cada buraco deste mundo, eu vou procurar por ele. E trazê-lo de volta pra casa. Para nosso lado – a promessa foi ouvida e o pequeno assentiu, sem deixar de abraçar forte o pescoço dele.

Akashi estava cumprindo sua promessa antes mesmo de tê-la feito. Aomine, Kagami e Kise o ajudavam de diferentes maneiras na busca, Midorima se encarregara de avisar todos os hospitais sobre Kouki e Murasakibara... Bom, ele estava se preparando para o trabalho sujo que fariam depois de recuperar o castanho. Fosse quem fosse que tivesse feito seu filho se desesperar, merecia algo muito pior que a morte ou a prisão.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.

Até o próximo capítulo!



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