Esse pequeno abraço em grupo parecia durar muito tempo, estava bom, mas eu realmente queria que tivesse durado mais... Reencontrar minha família depois de um bom tempo sem falar com eles é tudo que eu precisava, ainda mais depois da tempestade.
Mas eu me preocupava com como eles iriam reagir ao saber que a garota punk de cabelos azuis era a Chloe... Felizmente eles não ligaram para a aparência dela, e sim para como ela era por dentro pois não havia mudado tanto assim.
Nós estávamos indo para a minha casa quando de repente o celular de Chloe vibrou, era Joyce que tinha deixado uma mensagem, o que aliviou a garota punk ao saber que estava tudo bem.

Oi Chloe, aqui é a Joyce, estamos bem e logo chegaremos em Saettle, passaremos na casa de Max para ver como vocês estão. Não se preocupe conosco.

– Max a minha mãe mandou uma mensagem, eles tão chegando em Saettle!– Disse Chloe muito animada.

– Vamos pra casa então, assim nós arrumamos as coisas enquanto esperamos por outra mensagem.

– Ok.

Chegamos na minha casa, que saudade de passar por essa porta, parecia que tinham se passado mil anos desde que eu fui para "BlackHell". A casa não estava muito diferente, só que agora tem um quarto de hospedes que antes era uma parte da garagem, o quarto foi oferecido para a Chloe mas nós sabemos que ela não vai usar...
Entrei no meu quarto e parecia diferente, acho que me acostumei com o meu quarto em BlackWell, mas não vou sentir falta dele. Assim fui arrumar as coisas e tirar algumas coisas das caixas que foram guardadas na garagem.

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Pouco tempo depois de terminarmos de arrumar tudo a campainha tocou e fomos até a porta ver quem era. Era Joyce, eu gritei e chamei Chloe, ela parecia não acreditar que sua mãe estava diante de seus olhos, estava viva...
As duas se abraçaram com força e David se juntou ao abraço, a garota punk não resistiu e acabou chorando pois temia nunca mais ver sua família de novo.
Joyce e David deram um "Oi" para minha mãe e meu pai e foram embora, David tinha um amigo que ajudaria eles a reconstruir sua vida então foram rapidamente para lá.
Logo escureceu, vestimos nossos pijamas, arrumamos a cama e fomos deitar, pois o amanhã seria diferente, Chloe queria procurar emprego e eu teria que ajudar meus pais e explicar muita coisa para eles, sem contar que teria que procurar uma universidade nova para estudar fotografia.

– Boa noite, Max.

– Boa noite.

Logo amanheceu e eu peguei minha polaroid para tirar uma foto do primeiro dia de uma nova vida.

– Diga Hella!.

– Hella!– Falamos juntas.

– Primeira foto da nova vida...

– Algo errado, Max?

– Não, só tô feliz de ter acordado do teu lado, namorada.

– Namorada? Ok. - Disse Chloe rindo, mas ela sabia que eu estava brincando.

– Por falar nisso, tenho que explicar para a mamãe e para o papai que eu sou... -

– Não esquenta, eles já devem saber.

– Tá tão na cara assim? - Perguntei.

– Talvez.

Dei um soco no ombro de Chloe e fomos tomar café. Após o café fui procurar alguma universidade e encontrei a Saettle University, logo fui fazer a inscrição e Chloe foi procurar emprego em uma lanchonete.

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Alguns meses se passaram e logo Chloe tinha dinheiro o suficiente para comprar um apartamento pequeno, e logo ela foi comprar. Era um lugar realmente muito pequeno mas era o suficiente para uma ou duas pessoas viverem, apesar de pouco espaço era um lugar aconchegante e bom para morar. Assim Chloe passou a morar lá e eu sempre a visitava depois da escola e as vezes faltava a aula para ficar com ela.
Como Chloe disse uns meses atrás, meus pais já deveriam saber que eu era... bom, vocês sabem, e ela estava certa, eu não tive que contar nada para eles mas o meu namoro com a Chloe não estava "oficializado", até que um dia ela disse que queria me mostrar algo, esperamos até que ficasse noite e fomos para um campo. Até chegar Chloe não deixou eu ver nada mas logo deixou eu abrir meus olhos.
Era um campo muito bonito, mas o que mais me deixou fascinada foi a vista para o céu, aquelas estrelas eram perfeitas... eu podia ver cada uma delas com facilidade, logo nos deitamos e observamos por um bom tempo.
Uns minutos depois nos sentamos e ela disse:

– Max, em menos de um ano você não fez nada mais do que mostrar o quanto me amava e o quanto se importava comigo, você me fez rir como eu não fazia a muito tempo, nem mesmo com a Rachel, consegui me sentir viva de novo... - Chloe tirou dois anéis de compromisso do bolso e nesse momento eu já estava chorando... - Max... Aceita namorar comigo?

– Eu acho que não preciso responder isso... -

Nós nos beijamos e ficamos alí por um bom tempo, acho que seria o momento perfeito para uma fotografia marcando este dia...