A Herdeira do Trono escrita por LayL


Capítulo 7
Capítulo VI - Maya


Notas iniciais do capítulo

GENTE EU SEI, FOI UM MÊS (ou mais) SEM POSTAR!
ME DESCULPEM
Não me matem, por favor, eu tenho uma explicação!
E... Bom, eu não tenho uma explicação, mas é que eu odeio forçar minha criatividade.
Eu tenho um roteiro do que vai acontecer na fic, mas só não sabia como escrever isso. E me perdoem se ficar muito ruim, eu não sei muito escrever cenas de ação.
Espero que compense a demora!
Bjsbjs



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Scott me disse para manter o arco a postos. Sem hesitar, eu obedeci. Ainda não confiava nos Conquistadores. Ele informou que estávamos chegando perto de Atlanta, o que me deixou um pouco tensa, mas disfarcei me concentrando na expressão neutra. Andei atrás de Scott, ele abria caminho pela mata em silêncio. Scott parou de andar e me posicionei ao seu lado. Segui seu olhar e vi uma estrada, parecia feita de pedra. Ele olhou dos dois lados e depois pra mim.

– Não tem ninguém aqui.

– Oh? Você percebeu! – reviro os olhos.

– Não, é sério, a Estrada Real devia estar movimentada. – ele balançou a cabeça.

Franzi a testa e olhei para a estrada. Agachei sem sair da sombra da árvore, tentei me concentrar no barulho, mas não vinha nada. Levantei.

– Se fosse de terra eu conseguiria distinguir as rodas ou cascos de cavalo. – digo e dou de ombros. – Mas não, vocês tem que fazer de pedra.

Scott suspira e começa a seguir pela estrada, andando na beirada. Segui atrás. Observei que Scott segurava o cabo de sua espada enquanto andava.

Logo a nossa frente à estrada cercada por mata se abriu pra uma clareia de grama baixa e verde que balançava ao vento, ao longe, ainda seguindo a Estrada, se via uma grande muralha.

– É a muralha que cerca Atlanta. – ele informou enquanto andava na direção de uma abertura oval de quase dez metros de altura na parede.

Estreitei os olhos, pensei que haveria guardas cercando a cidade. Caminhei na Estrada, quando Scott para de repente.

– Caramba Scott, você gosta de parar do nada né? – digo irritada, se não fosse por meus reflexos teria esbarrado nele.

– Não tem guardas. – ele sussurra, pra depois tirar a espada da cintura e segurar na frente do corpo.

– Isso é ruim?

– Não sei...

Ele entrou na cidade, algumas pessoas andavam pela rua de pedra, com sacolas de compras. As mulheres usavam vestidos simples em tons pastel. Crianças brincavam com espadas de madeira. Scott relaxou um pouco e parou na frente de uma casa com vidro mostrando alguns produtos.

– Sabe por que não tem guardas na muralha? – ele pergunta pra um homem que estava sentado na calçada lendo um papel.

Ele lança um olhar demorado para mim, como se me analisasse. Não me intimidei, apenas lancei outro olhar superior para ele.

O sujeito balançou a cabeça em negativa. Scott bufa e me puxa pela mão subindo a rua. Ao longe, um pouco mais alto, uma construção se destacava. Tinha duas torres de cada lado e parecia reluzir ao brilho do sol.

– É o palácio? – pergunto com a testa franzida.

– Sim. – Scott responde depois de seguir meu olhar.

Estava diferente da última vez que vi, mas fazia tantos anos que não confiava mais na minha memória. Solto minha mão da dele que revira os olhos. Andamos em silêncio quando ouvimos um barulho de tiro. Scott enrijece e entra em uma loja, me levando junto. Olho em volta e vejo várias roupas penduradas uma ao lado da outra. Scott segue meu olhar e sorri.

– Quer um?

– Um vestido?

– Sim.

Analiso os mesmos, mas eram muito sem graça. Inclinei a cabeça levemente.

– São tão... Sem vida.

Ele da de ombros, e anda até uma sessão que não vi, ele tira várias roupas e pega uma em especial. Scott mostra pra mim um vestido. Ele era azul, quase como meus olhos, e não tinha alças. O vestido era cintura alta e apertado em cima, e a cauda caia em babados rodados de mesmo tom, mas transparentes até o chão.

Era lindo.

Mas não pra ir ver seu pai.

– Scott, ele é formal demais.

– Você é a princesa, ninguém vai te achar formal demais. – ele bufa.

– Mesmo assim, eu...

Ele faz um gesto pra eu ficar quieta e coloca o vestido em minhas mãos.

– Vai provar.

De que adianta ser teimosa se ele era mais ainda? Bufei e andei até onde se provava as roupas, já que estava escrito PROVADOR.

Tirei minhas roupas e as deixei penduradas nos CABIDES. Ri sozinha. Esse lugar não é muito fã de nomes.

O vestido era realmente lindo, e ficava muito bom em mim. Rodei para ver os babados voarem. Nunca cansava de fazer isso. Sai do PROVADOR e olhei pra Scott com uma sobrancelha erguida. Scott olhou também, me analisando de cima a baixo, com uma expressão desconhecida pra mim. Meu coração bateu rápido.

O vi engolir em seco e ficar levemente corado, depois de analisar. Senti minhas bochechas queimarem também.

– Ficou bom. – ele murmura.

– É.

– Vai querer ele? – Scott parecia desconfortável.

Penso por um momento, depois dou de ombros.

– Sim.

Ele assente e sai andando, provavelmente feliz por ter uma coisa pra fazer se não ficar me olhando.

Coloco a mochila nos ombros e fico esperando ele, de repente é se ouvido um barulho.

Gritos.

Segurei o vestido e sai correndo pra fora da loja. Pessoas. Pessoas corriam e gritavam na rua, falando coisas que se perdiam no ar, nada que fizesse sentido. Apurei os ouvidos e, ao longe, na direção do castelo, podia se ouvir o som de metal se chocando contra metal.

Uma batalha.

Porque raios haveria uma batalha no castelo? Porque as pessoas estão gritando? Scott, eu preciso do Scott. Virei-me para a entrada quando de repente sou empurrada pra trás. Alguém tampa minha boca, mas pelo visto ele não é esperto o suficiente. Ele segura meu pescoço, mas o resto do meu corpo está livre. Infelizmente, sou menos capaz com esse vestido.

Dou uma cotovelada com força calculada na pessoa, o suficiente pra ele me soltar. Giro e olho para o cara. Ele usava roupas esfarrapadas e sujas, e seu rosto está à mostra. Ele é jovem.

Seguro a barra do vestido e chuto sua barriga. O garoto perde o ar e cai no chão levado pelas pessoas gritando. Ele tinha cabelos castanhos claros e olhos azuis, a pele branca e levemente corada na bochecha. Outros homens mais velhos, dessa vez armados, estão se aproximando. De algum modo sei que eles estão aqui para me matar.

– Scott! Scott! – grito, nós precisamos sair daqui.

Ele aparece com a espada em mãos, agarro seu braço livre e começo a puxa-lo pra uma passagem estreita entre duas lojas. Scott percebe o que faço, mas fica com a expressão confusa por um tempo. Seguro o vestido e começo a correr pelas ruas de pedra, com ele atrás de mim.

Vamos lá, vamos lá, tá chegando. Murmuro pra mim mesma, e acho a rua, ao longe vi a muralha. Mas também vi pessoas armadas correndo em minha direção.

– O que aconteceu? – pergunto pra Scott.

Eles chegaram perto, vindos de trás e de frente. Pego minha estaca e luto lado a lado de Scott, vez ou outra pegando o arco e atirando uma flecha.

– O Rei – ele diz e da um soco num homem, depois enfia a espada em sua barriga.

– O que tem meu pai?

– Maya, assassinaram o Rei. – ele suspira. – Sinto muito.

Por um momento o mundo para, várias lembranças do papai invadem minha mente. Tanto tempo desde a última vez que o vi...

– Não sinta.

Pego o arco e flecha e atiro nos homens, volto a correr dessa vez mais vingativa. Chegamos a ultima rua, ofegantes. Meu vestido antes novo está agora rasgado, mas ainda inteiro. Choramingo lembrando que minha mochila ficou pra trás.

Balanço a cabeça e corro até uma abertura entre duas casas bem apertada, as paredes agora com uma textura que arranhava meus braços. Olho pra frente e vejo mais uns cem metros sofrendo nessa passagem. Enfim chegamos ao bosque, e lá no final a muralha se elevava.

Scott, que provavelmente desconhecia isso, para de repente.

– O que está fazendo? Temos que voltar e...

– Existe uma passagem. – interrompo. – Uma falha na barreira, que ninguém conhece. Mas me parece que esses caras sabiam.

– Bom, se não sabiam, agora sabem. – ele olha por cima do ombro e faço o mesmo. Arregalo os olhos.

– Droga. Corre!

Começo a correr quando flechas começam a passar zunindo e nossa direção. Entro no bosque, escuro e lamacento. Aumento a velocidade quando uma flecha passa perigosamente perto de mim. As árvores ao meu redor passando como um borrão. Tropeço em um galho, e o terreno de repente se inclina numa descida. Meu corpo cede à gravidade e caio, ao mesmo instante que Scott também. Começo a rolar entre plantas espinhosas que cortavam meus braços e rosto, enquanto girava na terra caindo. A descida fica plana e paro de girar, Scott de repente cai em cima de mim.

Olho pra ele, nossos rostos perigosamente perto, meu coração acelerando e me sinto ficar corada. Ele aproxima o rosto, com a respiração acelerada, nossos lábios quase se tocando.

Então ouço barulhos de galho se quebrando, lá em cima. Me xingo mentalmente e empurro Scott, me levantando em seguida. Olho meu vestido totalmente rasgado na parte de baixo, puxo uma adaga da bota e o corto, deixando ele na altura dos joelhos. Pego o arco que havia caído ali perto e arrumo a aljava nas costas. Preparo uma flecha e atiro no primeiro homem que apareceu, lá em cima. Ele é pego de surpresa, mas não tem muito que falar já que a flecha enfincou em seu coração, o matando.

Começo a correr. E dessa vez deixo que o dom da terra faça o melhor para privilegiar o terreno sobre nossos pés. Scott corre ao meu lado, ainda corado pela nossa aproximação.

Chegamos à barreira e acho a passagem, um buraco pequeno. Olho pra Scott que está arfante pela corrida/perseguição.

– Vai primeiro. – ordeno com a voz firme.

Ele analisa meu rosto e parece se arrepender, e por um instante vejo em seus olhos aquela pequena adoração. Sinto meu coração já acelerado pelo ritmo da corrida dar uma apertada.

– Mas, Maya você é a procurada aqui... – ele tenta argumentar.

– Não interessa Scott, vai logo!

Ele coloca as duas pernas primeiro, com as mãos na parede e me lança um olhar antes de escorregar pra dentro. Levanto a mão em direção as árvores e ela começa a brilhar verde, com um desenho em espiral se formando na palma de minha mão.

– Escondam nosso trajeto. – peço e ás árvores se movem para ficarem perto uma das outras, não aparentando que duas pessoas haviam passado por ali.

Sorrio e agradeço, depois faço o mesmo que Scott e escorrego pra dentro da abertura na parede.


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Notas finais do capítulo

E então? Estou perdoada? Como ficou?
QUERO COMENTÁRIOS! E O QUE ACHARAM DA CAPA?