A Herdeira do Trono escrita por LayL


Capítulo 5
Capítulo IV - Scott


Notas iniciais do capítulo

GENTE EU TO MUITO FELIZ
RECEBI MINHA PRIMEIRA RECOMENDAÇÃO ♥
Então, em comemoração esse capítulo é dedicado a você Katherine Zestoka ♥
Espero que gostem ♥ ♥ ♥ :)
Eu amei e gargalhei várias vezes enquanto revisava.



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Jodie era uma mulher sensacional, tanto na aparência quanto personalidade. Roland foi um homem de sorte.

Ela tinha explicado tudo calmamente como se esperasse por esse momento havia muito tempo, o que esclarecia o fato de ter agido tão normal comigo, e ainda ter colocado a filha como meu “guia”.

Eu estava nesse momento, sentado de frente para Jodie que olhava calmamente para a filha surtando ao meu lado. Desse jeito eu provavelmente seria o que acabará sendo espancado no final.

– E porque vocês me contam isso agora? – repetia Maya, quase gritando.

Jodie se inclinou para frente e segurou firmemente a mão da filha.

– Maya, querida, foi preciso. – disse com voz doce. – Eu não estou exigindo que aceite isso, sei como deve ser difícil.

– É querida... – me virei para ela, mas recebi um soco no queixo. O que eu disse?

– Cala a boca Scott. – Maya vociferou enquanto eu esfregava meu queixo.

Essa virou a frase preferida dela nas últimas duas horas desde que começamos a conversar.

Levantei-me com as mãos para cima em sinal de rendição e virei para ela. Maya levantou os olhos, confusa. O olhar de raiva que dominava seu rosto logo foi se dissipando enquanto eu retirava do bolso e estendia uma caixa de veludo preto em sua direção. Ela hesitou antes de levantar um braço e pegar cuidadosamente à caixa que lhe estava sendo oferecida.

Maya abriu a caixa com uma leveza que me impressionou. Retirou o colar e o levantou na altura dos olhos. Sua outra mão logo já estava passando os dedos pelo pingente, analisando-o. Ela parecia vidrada, ou encantada, como preferir.

– O que significa? – perguntou sua voz carregada de uma emoção que não parecia decidida entre surpresa ou incerteza.

Jodie me olhou daquele modo que todas as mães olham para seu filho quando estão querendo que contem o que aprontaram na escola.

– É o símbolo dos dois povos. – digo e encosto a ponta do dedo indicador na árvore. – Esse é dos Nativos... – minha voz soava estranhamente calma para alguém que tinha acabado de levar um soco da garota mais incrivelmente linda que já viu. Levantei os olhos para encontrar os dela, que percebi estarem muito próximos. Engoli em seco. – E esse... – apontei o outro da espada. – É o dos Conquistadores.

Maya me olhou por um tempo e desviou os olhos para o medalhão, mas não pude deixar de notar o sorriso que ela abriu. E muito mais o meu.

– Era do seu pai. – continuo. – Agora é seu.

Ela abriu ainda mais o sorriso, mas pareceu lembrar-se de algo e então de repente a carranca estava lá de novo. Passei a língua pelos lábios já abrindo aquele sorriso, que passou despercebido por Jodie e Maya.

Já tinha se passado algumas horas desde que Maya tinha se trancado com sua mãe na cabana e faziam sei lá o que.

Mulheres” pensei.

Decidi então arrumar minhas coisas, já que partiríamos em breve para Atlanta. Não que eu tivesse trazido muito coisa, na verdade eram poucas. Tinha somente algumas calças, blusas de frio e calor, e minha armadura de prata e aço maravilhosa que eu tanto amava. Guardei tudo numa mochila que alguém no qual não me recordo do nome me emprestou.

Eu estava apenas vestindo uma calça quando Maya entrou na minha “barraca” (mais conhecida como prisão) do nada. Ela abriu e fechou a boca, depois abriu e fechou novamente, depois ficou vermelha e se virou de costas. Aquilo me fez rir.

– Se. Veste. Agora. – ordenou, a voz firme apesar de tudo.

Aquele sorriso estava de volta no meu rosto antes que eu pudesse impedir. E nem me recordo de como, em poucos segundos, minha boca já se encontrava sussurrando, a poucos centímetros do seu ouvido com a voz rouca:

– Acho que você gosta.

Ela se virou para mim, mordendo o lábio inferior. Abriu a boca e deu um sorriso que revelava suas covinhas, inclinando levemente a cabeça para o lado. Ela ficou na ponta dos pés e disse bem baixinho em meu ouvido:

– Você me subestima.

Então me chutou com força naquele lugar. Minha careta deve ter sido hilária, pois ela soltou uma gargalhada gostosa. Caí no chão enquanto sorria, mesmo com a dor. Olhei quando ela pegou minha camisa, fez uma pose e jogou na minha cara.

– Se prepare, amanhã saímos cedo. – consigo dizer antes dela sair pela abertura no tecido.

Ela se vira com um sorriso cínico que me irritou.

– Scott, meu bem, eu já nasci pronta. Você já deveria saber disso.

Então jogou os longos cabelos negros para trás, piscou os olhos azuis-cobalto e saiu andando, me deixando ali, gargalhando alto.


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Notas finais do capítulo

Informação:
Na história o sobrenome da Maya é Physis (origem grega), que segundo os filósofos pré-socráticos, é a natureza; e Young que é o sobrenome do seu pai.
Portanto é: Maya Physis Young
Para saber mais acesse: https://pt.wikipedia.org/wiki/Physis

Se vocês quiserem posso colocar algumas informações, caso tivessem dúvidas. Mas é só me perguntarem que eu respondo.
Beijos azulados ♥