Capitulo 3 — Feelings troubled

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10h43min...

Qualquer um que se pusesse à sua frente no momento seria arrastado junto, igual a uma certa loira que ainda mantinha um sorriso de realização na cara. Mesmo sendo arrastada feito uma boneca de pano, a mesma parecia não se importar, afinal a poucos minutos atrás tinha feito uma das coisas que sempre sonhou desde que conhecera o moreno com cara de tacho. Essa com certeza seria uma lembrança para recordar o resto de sua gloriosa vida.

Por outro lado, Gaara não parecia muito satisfeito com a história toda, sabia que vinha mais treta depois, pois estávamos falando de Uchiha Sasuke, aquele que não deixaria tão barato assim. E, na pior das hipóteses era capaz de ser arrastado junto ao túmulo por causa da loirinha. Assim que percebeu que estavam afastados o suficiente do corredor — agora da morte —, deixou-se respirar aliviado, enquanto olhava de canto para Ino com os olhos semicerrados.
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— Ino. — começou soltando o braço da loira.

— Diga, Gaara amado. — a loira gargalhava, se encostando com vontade na parede.

— Você foi longe demais, sabia? — suspirou. — Sasuke pode ter ferido os sentimentos da Sakura, mas ainda assim ele foi sincero ao menos com...

— Não! — cortou Ino, ficando séria na hora. — Ele não foi sincero, como você mesmo diz. Aquele Uchiha metido foi egoísta demais — cruzou os braços em frente ao busto, como se assim mostrasse a sua revolta feminina presente. — Mesmo que ele não goste dela, ao menos poderia ter sido um pouco mais educado na resposta. É isso que me deixou irritada... Ele se achar o cara só porque é o mais popular daqui. — desabafou.

— Eu entendo o seu lado. — Gaara era sincero ao concordar com o ponto de vista da amiga. Sabia que Sasuke havia sido grosso e frio demais ao rejeitar assim, mas também tinha conhecimento que o mesmo sempre fora assim...ou pelo menos desde que o conhecia.

— Se ele quiser uma revanche, que venha. — Ino tinha seus azuis agora determinados. Não iria correr ou fugir, se ele quiser volta, terá.

— É melhor ficarmos no nosso canto por ora, ok? — perguntou dando um passo a frente, dando a entender que estaria voltando a caminhar.

— Mas… — a loira iria rebater o que pensava, mas ao ver o olhar de suplica do ruivo suspirou. — Tudo bem. Por agora estarei na minha.

— Obrigado — sorriu fraco. — Agora vamos, todos devem estar preocupados.

— Certo! — Ino voltou a sorrir radiante como sempre e, sem o ruivo esperar já foi enlaçando no braço do mesmo. Na verdade não era nenhuma novidade isso desde que eram bons amigos.

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—X—

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Sakura ainda se mantinha estática no mesmo lugar, nesse caso, nos braços fortes do moreno. O mesmo lhe apertava firmemente, mas sem machucar. Segurava as vestes do moreno, enquanto sentia-se totalmente confusa pelo o que acontecia ali. Se antes achava um sonho impossível algo assim ocorrer consigo, agora tinha certeza que havia batido a cabeça em algum lugar e estava em um coma profundo. Não, com certeza isso nunca estaria acontecendo consigo, era sorte demais para uma pessoa só no mundo. No entanto, mesmo que esse fosse apenas um sonho ou delírio de sua cabeça, se permitiu fechar os olhos e aproveitar isso, afinal poderia ser uma chance única em sua vida.

Sasuke por outro lado sentia um tipo de auto realização dentro de si. Não entendia bem o por que disso, mas sabia que esse era um sentimento diferente de tudo que já havia sentido. Sua mente podia estar confusa, mas o seu coração não. Apertou um pouco mais a rosada em seus braços, podendo assim sentir o cheiro das pétalas de cerejeiras que vinham de seus fios sedosos. A delicada pele feito porcelana pura parecia implorar para ser acariciado pelo mesmo. O que realmente era esse sentimento quente dentro do seu coração…?!

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— Hm… — Sakura não queria acordar, mas sabia que seria mais doloroso depois. — Sasuke-kun?

— Sakura…! — o mesmo parecia estar preso em algum tipo de transe, enquanto a abraçava mais firme.

“Mas o que realmente está acontecendo aqui?!” — a rosada se perguntava cada vez mais confusa.

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De longe estavam os dois faxineiros encarando toda a cena, estes que estavam na verdade mais estáticos que a própria Sakura em pleno abraço. Deidara não conseguia piscar, enquanto tentava formular todo tipo de teoria em sua cabeça...não que fossem realmente válidas pelo nível de raciocínio, mas a intenção mais do que valia no momento. Contudo, era diferente com Itachi, o moreno parecia estar tendo uma visão do inferno ao ver o irmão tão carinhoso(?) assim e ainda mais com a garota que havia rejeitado mais cedo. De fato, o mundo realmente estava chegando ao fim e, nem ao menos pode zerar o último jogo que havia comprado.

Lamentável!

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— Tsk. Deve estar sendo a coisa mais desagradável do mundo. — murmurou Deidara pensativo.

— Deidara, ele só está abraçando ela. — não queria, mas realmente precisava esclarecer a coisa mais obvia do momento.

— Pois então, pensa o espanto que deve ser isso. — continuo.

— Realmente… — seu comentário era mais para o amigo do que para a cena chocante do irmão.

— Sério, ele pirou ou o que? — o loiro agora sentia-se em séria dúvidas. — Sei que não é comum eu falar algo inteligente, mas o seu irmão não está… Hm, talvez tentando se vingar pelo soco da loirinha?

— Concordo sobre você — Itachi olhou de canto para o amigo e, pode ver a cara de desagrado do mesmo ao comentário. Embora estivesse concordando em ambas as partes. — Mas eu realmente espero que não seja esse o caso. Não acredito que ele iria se rebaixar a isso.

— É melhor mesmo, ou o plano ficará mais complicado.

— Já disse, corta esse de cupidos. — resmungou revirando as orbes ônix.

— Você realmente não tem graça. — diz, enquanto fazia seu famoso e irritante biquinho.

— Err… Sasuke-kun — Sakura suspirou, enquanto tentava chamar a atenção do moreno. — Poderia, por favor, me soltar?

— Não. — direto, Sasuke se recusava a deixá-la escapar de si.

— Por favor…

— … — quase num sussurro, mas pode ouvir a voz aveludada da rosada, enquanto a mesma se encolhia em seus braços. Suspirou finalmente a soltando.

— Por que fez algo assim? — mesmo que preferisse ficar em silêncio do que ouvir uma verdade dolorosa, sabia que seria melhor pra si, afinal o fora dele já havia levado.

— Porque eu quis te abraça, claro. — rebateu sem mesmo pensar no tipo de palavras que sairia de sua boca.

— Como?! — Sakura parecia mais confusa do que mais cedo quando teve o gelado olhar pra cima de si. Agora tudo o que via era um estranho brilho nas ônix perfeitas. — Está mentindo.

— Mentindo? Eu? — o moreno se sentiu ofendido, pois se tinha outra coisa que sabia bem sobre si no momento era que a sinceridade sempre vinha em primeiro lugar, mesmo que machucasse o próximo. — Sakura, eu realmente não gosto de mentiras. Então não minto.

— Eu realmente não te entendo…

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Sua frase ficou no ar ao ouvir o sinal tocar, este que indicava o final do intervalo. Era hora de voltar para as salas e ouvir mais palestras sobre muitas informações que nem utilizaria em boa parte de sua vida profissional. Sakura pela primeira vez quis que algo assim nunca tivesse ocorrido, afinal ao acordar para a vida real percebeu o quanto isso estava a machucando. E agora esse olhar estranho do moreno sobre si era ainda mais dolorido, até mesmo que o frio de mais cedo. Sem dizer qualquer outra palavra apenas se retirou dali, pronta pra ignorar qualquer apelo que viesse do moreno.

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— Ei, Sakura…! — Sasuke tentou chamá-la, mas por algum motivo a mesma não queria conversa consigo. — “Mas o que acontece com ela agora?” — suspirou seguindo também em direção à sala de aula. Tentaria uma nova conversa mais tarde, gostaria de saber o que de fato havia acontecido nesse dia confuso.

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— O fim do mundo realmente está próximo… — Itachi murmurou sentindo-se estranho.

— Agora você tem que acreditar em mim — Deidara parecia confiante a cada nova palavra que dizia — ETs realmente existem e seu amado irmãozinho foi abduzido por eles. Fizeram um cópia idêntica e agora está ai, tocando o terror.

— Essa foi a sua teoria mais lógica? — perguntou Itachi, esquecendo totalmente do sentimento estranho que tinha em seu corpo. — Você realmente está lendo quadrinhos demais, sabia.

— Mas faz tanto sentindo — o loiro bateu o pé no chão feito uma criança birrenta. — Ainda provarei isso, aguarde.

— À vontade. — murmura o moreno, decidindo enfim voltar ao trabalho.

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~*~

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Sala de aula...

Logo todos os alunos estavam em seus lugares aguardando pelo próximo professor, não que estivessem em silêncio, claro. Ao contrário, o primeiro ano do Colégio de Konoha era o mais bagunceiros de todas as salas presentes. Um pouco disso era o fato dos alunos ali se conhecerem desde o primário, tornando assim mais fácil e barulhenta a convivência. E de fato, as duas últimas aulas seriam nessa conversa toda, desde que o professor responsável sempre chegava atrasado para suas palestras na semana. E como dizia o velho ditado: “velhos hábitos nunca mudam”.

Por outro lado nem todos participavam da muvuca, isto é, apenas três garotas que preferiam ficar ouvindo o suspiro uma da outra. Sakura já não sabia o que estava sentido daquele louco dia; primeiro havia sido rejeitada e, então logo depois o mesmo vinha com a história que queria lhe abraçar por vontade própria. Realmente deveriam trocar a caixa d’água do Colégio, antes que outro aluno começasse a ter alucinações piores. Hinata e Ino apenas encaravam a amiga rosada, enquanto a mesma suspirava olhando as nuvens ao longe. Hinata realmente sentia pela amiga estar desse jeito, sentia-se um pouco culpada ao lembrar que deu força para a mesma continuar nutrindo esse amor impossível. Já Ino tentava não sorrir cada vez que lembrava do seu triunfo, mas sabia que logo seria impossível não cantar sua vitória em voz alta.

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— Err… Sakura-chan? — Hinata havia cansado de ficar apenas olhando, queria ajudar a rosada. — Está tudo bem mesmo?

— Hm? — Sakura voltou a olhar para as amigas por alguns segundos antes de voltar a olhar para fora. — Estou bem, não se preocupem.

— Como não me preocupar com você desse jeito?! — a pergunta havia mais sido retórica que outra coisa.

— Poderíamos sair hoje, que tal? — Ino tentava usar o seu jeito animado na tentativa de mudar os ares pesados.

— Não sei — murmura confusa. — Teria que falar com a minha mãe antes…

— Pode ligar do meu celular — cortou Ino rapidamente, conhecia a amiga e sabia que a mesma tentaria dar pra trás novamente. — Assim podemos sair logo depois da aula e almoçar num shopping.

— Mas eu nem trouxe…

— Eu pago pra vocês duas! — novamente a loira cortou já sabendo o resto da frase. — Afinal eu quem as convidei, certo Hinata? — a loira voltou seu olhar para a amiga pedindo socorro em silêncio.

— Oh… Claro, nada mais que justo — Hinata entendeu na hora pelo olhar o que a loira queria. — Então você escolhe o lugar também?

— Hm, vejamos — Ino pareceu pensar por alguns segundos. — Tem um restaurante muito bom no shopping principal do centro. Adoraria que fossem lá comigo.

— Então está combinado — Hinata sorriu — Nada de fugir, senhorita Haruno.

— Não irei — Sakura finalmente pode abrir um pequeno sorriso depois de tantas coisas num dia — “O que seria de mim sem elas?!”

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— Garotas! — resmungou Gaara olhando as três amigas de longe.

— Você realmente tem esse trauma por culpa de sua irmã, certo? — Shikamaru se espreguiçava após seu relaxante cochilo.

— Por que está me perguntando isso? — o ruivo realmente gostaria de fugir de assuntos como estes.

— Acho as mulheres complicadas demais por causa de minha mãe e avó. — confessou entediado.

— Talvez…

— Bem, minha mãe é bem explosiva, mas acho que não tive trauma nenhum. — Naruto pensava(?) calmamente.

— Pois é, mas parece que em vez de trauma você veio igual a ela. — Kiba se juntou a conversa dos amigos.

— Muito engraçado — o loiro fez bico. — Ei, Sasuke? Que cara amarrada é essa?

— Você ainda pergunta? — o ruivo revirou os olhos — Ele sempre está assim.

— Mas dessa vez parece pior — começou Naruto encarando o amigo sério — Ele parece encarar tanto a Sakura-chan como se tentasse enxergar ao fundo de sua alma. — explicou.

— Deixa ele no mundinho dele. — murmurou Kiba entediado.

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“Sakura…” — o moreno suspirou finalmente desviando o olhar.

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— Muito bem, hora da aula — sorriu Kakashi entrando em sala. — Quem fez a tarefa de semana passada levanta a mão!

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~*~

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O resto das aulas passaram rapidamente, talvez por ser aula com um dos melhores professores do Colégio e também o mais divertido. A aula dele nunca entediava ou ficava corrida, todos compreendiam facilmente o que o mais velho queria passar e, logo estavam sendo liberados novamente. E hoje não havia sido diferente, Sakura junto das duas amigas já estavam no pátio principal esperando o motorista da loira, enquanto a rosada conversava com a mãe pelo celular de Ino. Sua mãe que conhecia muito bem ambas suas amigas não se importou que a mesma tivesse um dia da semana diferente, pois sabia o quão cansativo podia ser a rotina para uma adolescente. Apenas pediu que a filha não retornasse tão tarde e, logo se despediu do outro lado da linha.

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— Ela deixou. — Sakura sabia que sua mãe deixaria, mas gostava de avisar sobre tudo antes.

— Perfeito — Ino comemorou. — Agora é só esperarmos ele chegar. — dizia se referindo ao velho motorista da família, este que trabalhava já antes mesma da loira nascer.

— Depois de almoçarmos podemos dar algumas voltas — Hinata comentava caminhando em direção ao portão principal com as amigas. — E quem sabe um filme?

— Vi que tinha ótimos filmes em cartaz. — Sakura falou pensativa tentando lembrar algum dos nomes.

— Passamos lá e vemos então. — Ino concordou com as sugestões.

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— Parece que alguém foi deixado de lado, que dó. — ironizou Kiba, ao lado do amigo.

— Hoje será o dia das garotas — Naruto diz, dando de ombros. — E também a Sakura-chan merece isso.

— Então porque não fazemos um dia dos garotos? — pergunta Gaara, se juntando ao grupo.

— Eu topo — Naruto foi o primeiro a concordar. — Mas não sei se hoje posso, tenho francês.

— Deixa isso para sexta ou sábado — Shikamaru surgiu de repente. — Estou ocupado hoje também e também gostaria de ir.

— Milagre. — Kiba sentia que logo coelhos voadores poderiam aparecer.

— Fim de semana então — Gaara deu a palavra final — Espero que vá também, Sasuke.

— Talvez. — o moreno resmungou antes de começar a caminhar fora dali.

— Voltou a ficar fechado. — suspirou o loiro.

— Vamos, vamos.

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—X—

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Shopping Himawari…

O movimento no estabelecimento a essa hora do dia era sempre corrida, afinal muitos almoçavam por ali, fosse em fast food ou nos pequenos restaurantes presentes. Sakura, Ino e Hinata eram uma das pessoas que faziam isso no dia. Apesar da rosada ainda estar um pouco relutante em ficar no meio de tantas pessoas, sentia-se mais calma por ter as amigas juntas. Era sempre assim, ser arrastada por vários lugares por duas teimosas e cabeça dura. Ino não deixava que nenhum “não” viesse para seus convites irrecusáveis e, bateria o pé até o fim se fosse possível. Já Hinata era mais rápida, cortando qualquer tipo de desculpa esfarrapada ou tentativa em vão de fuga, — apesar de estranhamente ter ficado mais clada hoje —. Sakura com certeza tinha ótimas, mas também perigosas amigas como aliadas.

Após se acomodarem e escolherem no menu o que preferiam comer, deixaram que qualquer assunto diferente que não conte-se “Sasuke” no meio fosse fluido. Apesar de saberem muito bem que a rosada estaria com os pensamentos ainda muito bagunçados. Hinata só queria que a amiga apenas se livrasse desse peso e, quem sabe conta-se tudo o que estava lhe tirando o sossego, mas sabia que isso só iria aumentar a ferida causada naquela manhã. Já Ino gostaria era de arrancar o Uchiha dos pensamentos e coração da amiga, mesmo que tivesse que fazer isso do jeito mais difícil, ou até quem sabe divertido, indo direto a fonte.

Enquanto comiam calmamente deixaram as palavras de lado para saborearem cada ingrediente do prato, este que estava mais caprichado do que nunca. Era por isso que Ino fazia questão de voltar ao restaurante sempre que tinha oportunidade, o chef dali era de primeira e modesto em cada prato que criava.

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— Depois de terminarmos aqui poderíamos passar naquela loja nova. — Ino comentava após beber mais um gole de seu suco natural.

— Espera, ela já abriu mesmo? — Hinata se referia a loja, o misto de espanto e animação era visível em sua voz. — Eu estava esperando por isso desde o outono passado.

— Ela mesmo.

— Que loja é essa? — Sakura perguntou, estava se sentido muito por fora da conversa.

— Lírio Escarlate. Uma loja gringa muito famosa. — Ino bateu palminhas em alegria.

— Você vai junto, entendeu? — Hinata já avisava antes que uma certa rosada tentasse correr.

— Não quero incomodar…

— Sem desculpas! — a azulada cortou sem piedade.

— Isso ai — Ino concordou dando um meio sorriso — Hoje vocês duas são minhas convidada, lembra?

— Oh… Lembro. — murmura Sakura, já sabendo que essa era mais uma batalha perdida.

— Primeiro vamos ver os vestido — Hinata batia palminhas assim como Ino. — Depois aquelas blusas perfeitas.

— Eu quero ver as lingeries. — a loira soltou uma gargalhada.

— Eles tem uma linha própria, não? — Hinata perguntou em dúvida.

— Uma linha muito sexy.

— Vocês duas… — Sakura sentia suas bochechas esquentarem ao perceber alguns garotos olhando na direção delas por causa do rumo que a conversa tomava.

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Sakura finalmente podia respirar aliviada após saírem do restaurante. A conversa foi muito mais além do que gostaria e, isso só ajudou a ficar mais vigiada por olhares maliciosos. De fato, passava de tudo com amigas como essas duas. Entretanto, sabia que o passeio não acaba por ai, na verdade, agora que ele ia realmente começar. Oh sim, sua tarde estava longe de terminar. Mas antes de tudo isso acontecer precisava de um minuto de paz e, um pequeno passeio sozinha poderia ajudar.

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— Err...meninas. — Sakura chamou baixo.

— Sim? — Hinata respondeu pela duas, enquanto Ino mexeu a cabeça mostrando que prestava atenção.

— Eu preciso ir ao banheiro… — a desculpa mais obvia, mas era o melhor que tinha no momento. — Prometo não fugir. Juro!

— Tudo bem — concordou Ino. O que de fato era um grande milagre. — Mas com uma condição — ok. Esqueçam o milagre. — Aqui, leve o meu celular junto. Se você demorar ligaremos pelo da Hina.

— Tudo bem, Sakura-chan? — perguntou Hinata.

— Ok. Pode ser — murmurou Sakura, aceitando o celular da loira. — Eu já volto.

— Não demore muito. — Ino disse, já de longe.

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Já sozinha Sakura poderia realmente respirar fundo. De fato, não tinha intenções de fugir ou qualquer coisa do tipo, somente queria um pequeno tempo pra si. A verdade é que as coisas que ocorreram no dia ainda estavam claras demais na sua mente. A pior decisão depois de tudo seria como tirá-lo do seu coração, após um fora daquele essa era a única solução. Apesar de que bem lá no fundo ainda sentia que poderia continuar com esse amor impossível.

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“O que eu faço, hein?” — suspirou a rosada seguindo realmente em direção aos banheiros.

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Parecia mais uma cena clichê de qualquer outro filme de romance, mas quem disse que coincidências também não poderiam acontecer na vida real. Sakura tinha mais certeza ainda ao se sentir esbarrando com alguém completamente desconhecido. Não que tivesse olhado para a cara do ser para ter certeza, mas se tinha algo em que realmente era boa era reconhecer perfumes. Não que fosse uma maniaca por cheiros, mas conhecia de praticamente todos da sua sala, ou pessoas que tinha um bom contato. A verdade é que apenas de sentir uma vez a sua memória guardava muito bem. E essa fragrância era algo totalmente novo e ao mesmo tempo tão nostálgico.

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— Me...Me desculpe — Sakura gaguejou ao conseguir seu equilíbrio novamente com a ajuda do ser — Eu me distrai por um minuto.

— Está tudo bem — oh, era ele. Uma voz calma e ao mesmo tempo firme. — Melhor dizendo, você está?

— Sim, eu acho — a rosada disse envergonhada. — Eu te machuquei, por acaso?

— Me machucar? — ouviu um risinho baixo vindo dele. — Não, não. Uma pluma como você não teria como machucar ninguém.

“Isso foi um elogio?!” — pensou Sakura confusa.

— Então, pequena… — ele começou ao senti-la se afastar um pouco, mas ainda cabisbaixa. — Você tem um nome?

— Eu me chamo… — Sakura estava pronta para olhar nos olhos da pessoa a quem havia se esbarrado. — “Como ele é?”

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