Pós Breaking Dawn Edward Bella escrita por Lolo Cristina


Capítulo 12
12 - Coisas da Vida




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12 – COISAS DA VIDA

Bella

 

O dia que havia começado tão bem estava se tornando um tormento.

O pior havia passado, pelo menos conseguia me sentir melhor com relação a Charlie. Ele estava bem. Então por que não conseguia afastar esse sentimento ruim, de tristeza, de luto?

Edward não tirou os olhos de meu rosto durante o curto trajeto até nossa casa. Não sabia ao certo o que minha expressão entregava, mas que algo o preocupava.

Ele estacionou o carro na frente da grande casa. Era bom estar de volta mesmo depois de tão pouco tempo. A familiaridade de nosso lar me fez relaxar um pouco mais.

Edward se moveu, mas não para sair do carro e sim para virar o corpo em minha direção.

Encontrei seu olhar.

Ele ergueu a mão lentamente e afagou meu rosto.

- Charlie vai ficar bem, amor. – sua voz era suave, macia. Uma carícia para meus ouvidos.

- Eu sei que sim. – tentei sorrir.

Ele segurou meu olhar por vários minutos, tentando decifrar algo.

Se rosto se encheu de tristeza enquanto analisava o meu.

- Por favor, me diga o que fazer para ajudar? – pediu ele, sussurrando. Sua mão agora, segurando meu rosto.

- Não há o que fazer, ainda estou naquele momento pós choque. Não se preocupe. – toquei a ponta de seu nariz.

Enquanto me sentisse mal, triste, ele também se sentiria. Era sempre assim conosco.

Suspirei, não queria preocupá-lo ainda mais.

- O que aconteceu com Charlie não foi nada, mas me fez pensar no futuro.

- Futuro?

- Sim. – suspirei novamente. – Na possibilidade de em um futuro não tão distante... Bem, Charlie não vai viver para sempre.

Ele segurou meu olhar, agora entendendo a fonte de minha tristeza. Seus olhos se tornaram suaves, porém ele não disse nada.

- Eu sei que estou sofrendo com antecedência, mas o que posso fazer para tirar esses pensamentos de minha cabeça? – A pergunta era retórica.

Ele afagou meu rosto mais uma vez antes de sair do carro e abrir minha porta.

Sorri. Meu marido era um verdadeiro cavalheiro. Ele havia me obrigado a acostumar com seus mimos.

- Acho que vou acabar esquecendo em como usar uma maçaneta. – O provoquei, tentando relaxar um pouco.

- Isso não será problema. – repondeu ele. – Estou aqui para você.

Estava certa disso.

- Mamãe, mamãe!  - Renesmee pulou em meus braços antes de chegarmos a porta. Ela enterrou o rosto em meu pescoço.

- Ela estava preocupada com você. – disse Rosalie aparecendo de repente ao meu lado.

Sorri para as duas.

- Vovô vai ficar bem, meu amor. Amanhã podemos ir visitá-lo.

- Eu sinto saudades dele.

- Eu sei, ele sente saudades sua também.

- Amanhã cedo podemos sair para comprar um presente para ele. Tenho certeza que ele se sentirá melhor com algo vindo de você. O que acha, Renesmee? – perguntou Edward.

- Sim, um presente. Um bem grande. – respondeu ela. Ahh... eu conhecia aquele olhar. Um olhar quase “Alice”.

Todos riram. A sensação que estava me torturando a apenas alguns segundos atrás passou, aos poucos, a se retirar, dando lugar a tranqüilidade, tranqüilidade que não era completa, pois ainda havia algo a esclarecer.

Esperávamos pela ligação de Tanya.

Alice não soube dizer o horário, só que Tanya ainda estava conversando com o estranho nômade. Ela provavelmente só ligaria quando tivesse algo de concreto para compartilhar.

Ficamos todos juntos, o ambiente não era ruim, Renesmee tinha o hábito de nos fazer rir com suas perguntas. Ela perguntou por Jacob algumas vezes, Edward explicou que ele havia ficado com Billy e Charlie no hospital, isso a deixou mas ansiosa para visitá-lo.

Todos os olhares estavam nela, bom... quase todos. Edward alternava-os entre nós duas, sorrindo ao ver como eu estava melhor.

Eu ESTAVA melhor, ainda era estranho para mim, minha nova mente me levava a lugares distantes, entendia melhor as mudanças de humor de Edward.

- Talvez devêssemos ligar para ela. – falou Emmet para Edward.

- Não, temos que esperar. Ela irá nos ligar, não quero interromper nada.

- Eu concordo. – disse Jasper. – Ela provavelmente já sabe que nós sabemos.

- Ela sabe.  – confirmou Alice.

- Então vamos esperar.

A última palavra foi de Edward.

Comecei a ficar inquieta, ansiosa, as horas passavam e nada, liguei algumas vezes para Carlisle, Charlie não havia acordado, assim como ele disse que aconteceria. Quando a noite chegou, Alice teve mais uma de suas visões.

- Finalmente. – disse Edward ao ver o que estava para acontecer.

Após alguns segundos o telefone tocou. Antes mesmo do primeiro toque chegar ao fim, Edward atendeu. Todos estavam atentos.

- Tanya?

A voz de Tanya era baixa e clara.

- Edward, quanto tempo. Como estão todos?

- Estamos todos bem Tanya, obrigada.

- Imagino que já conheça o motivo de minha ligação.

- Está correta... esse nômade passou pelas terras Quileutes a algumas semanas atrás. Você pode entender que depois de tudo que aconteceu, temi por minha família, não reconhecemos seu cheiro...

Edward estava andando pela sala enquanto conversava.

- Entendo perfeitamente. Imaginei que teria sido assim. Seu nome é Abadir, os rumores do encontro de nossa família com os Volturi o alcançaram na Grécia... não vou entrar em detalhes agora. Suas intenções parecem puras, o problema é que só teremos certeza uma vez que você vê-lo pessoalmente. Ele deseja conhecer sua família, Edward.  Está intrigado pelo nosso estilo de vida, entre outras coisas.

Edward a escutava atentamente, balançando a cabeça positivamente.

- Sim, eu posso entender o motivo de sua curiosidade. – ele lançou um olhar afetado para mim e logo em seguida para Renesmee e depois sorriu.

Tanya riu do outro lado da linha.

- Sim, realmente não posso culpá-lo. Acredito que possa esperar mais visitantes desse tipo. É esse o preço que se paga por formar uma família tão incrivelmente talentosa.

Ele olhou para mim novamente, dessa vez segurando meu olhar.

- Sim, muito talentosa. O crédito está longe de ser meu.

Sorri a sua expressão de orgulho. Sentia-me muito feliz por ser responsável por isso.

- Sinto saudades de Bella... Aparentemente é dela que todos falam, aquela que colocou os italianos para correr... – ela riu novamente.

Emmet bagunçou meu cabelo e com um sorriso enorme – e típico -   foi se sentar ao lado de Rosalie.

- Fica a seu critério Edward, podemos ir até vocês...

Balancei minha cabeça negativamente. Edward entendeu.

- Acredito ser melhor se nós formos até você. Vou conversar com Carlisle e o restante de nossa família e retorno a ligação.

- O que achar melhor, Edward. Podemos ensinar uma coisa ou outra a nosso novo amigo. Ele parece não colocar muita fé em nosso estilo de vida.

- Ótimo, eduque-o o máximo que puder.

- Como sempre, foi um prazer falar com você, Edward. Mande lembranças a sua adorável esposa e filha.

- Nossa família, não se exclua, por favor.

Ela riu mais uma vez e desligou.

- Bom... então... sem perigo. – Disse Emmet, completamente a vontade.

- Acho que não, mais como todo cuidado é pouco preciso ir até ele, preciso saber o real motivo por trás de sua curiosidade.

- Claro, Edward, nós entendemos. – falou Esme que estava muito quieta, sentada ao lado de Alice.

- Mais uma viajem... perfeito! – cantou Alice.

Viajar... agora, com Charlie no hospital?

Eu não deixaria Edward ir sozinho... ou sem mim.

Deveríamos levar Renesmee?

Minha cabeça se encheu de perguntas... dúvidas.

- Não precisamos ir agora, podemos ficar mais uns dias aqui. Charlie precisa de você. – Murmurou Edward, compreendendo minha confusão. – E Renesmee estará mais segura conosco. Podemos manter distância entre ela e Abadir até que possa ter uma visão completa de sua mente.

Concordei.  Soava simples.

Quanto tempo demoraria aprender a organizar meus pensamentos?

- Então... Bella é famosa agora. – A voz de Emmet estava pesada devido a seu sorriso.

Ótimo, agora todos estavam me olhando.

- Era tudo que ela precisava. – falou Alice, se levantando e  pegando Jasper pela mão. – Voltaremos mais tarde.

Era incrível como ninguém usava a porta. Mesmo estando bem na nossa frente.

 - Não vai ligar para Carlisle? – perguntei a Edward.

- Esme está indo até o hospital, ela o colocará a par de tudo.

- Dê uma olhada em Charlie para mim, Esme. Se ele acordar me avise, por favor.

- Claro minha Bella, não se preocupe.

Ela também partiu.

Rosalie parecia entretida com Renesmee e Emmet entretido com as duas.

Quantas vezes essa cena se repetiria? Renesmee sentada no chão flanqueada pelos dois. Era um acontecimento diário até o momento. Rosalie amava Renesmee, a via como uma filha, a filha que nunca poderia ter.

Ela tinha um papel importante em sua vida, assim como Emmet. O tio brincalhão. Existia outra forma de descrevê-lo? Não conseguia pensar em nenhuma.

Estava viajando em pensamentos, quando Edward se acomodou ao meu lado, passando o braço por minha cintura. Aconcheguei-me a ele. Ambos observando a mesma coisa. O trio a nossa frente.

A imagem me fez relembrar a conversa que tentei ter com Rosalie a poucos dias e que acabou dando em nada. Primeiro porque ter Renesmee entre nós, contrariando o que imaginei, não ajudava. Como mencionar algo... sobre o que aconteceu no passado com ela ali? Como conversar sem mencionar o fato de que Edward e Jacob não a queriam inicialmente?

Ok, na realidade poderíamos conversar sem realmente verbalizar os acontecimentos passados, mas Renesmee perceberia, Edward adorava mencionar em como ela era observadora, exatamente como eu.

... Ou seria essa mais uma desculpa de minha parte? Estava começando a achar que sim. Por mais que insistisse que era bobagem de Rosalie pensar que não existia nenhum outro motivo para não nos aproximarmos mais... Realmente existia: nós.

Não sabia como conversar com ela sozinha, e ela também parecia sentir a mesma dificuldade. Pelo menos isso ficou claro entre nós... e pouco depois, Edward apareceu acompanhado de Jacob e Emmet, colocando fim ao nosso silêncio constrangedor.

Devido a minha completa falta de jeito perto dela – que era de longe – uma das pessoas mais lindas que já conheci, acabei, mais uma vez, não agradecendo por tudo que fez por mim.

Um dia conseguiria.

- ...mamãe? – chamou Renesmee. – Quando você vai usar o presente que papai te deu?

Renesmee havia acabado de contar a Emmet sobre o presente que ela, Jacob e Edward haviam me dado.

- Bom... vou ter que esperar por alguma ocasião importante, não é algo que possa ser usado no dia - a- dia... é especial demais.

- Existe muitas ocasiões especiais por vim. – disse Edward em meu ouvido. Claro, todos escutaram. Eu sabia ao que ele estava se referindo. O aniversário de nosso casamento estava a cada dia mais perto, mais perto de fazer um ano em que eu havia superado o meu medo idiota e aceitado aos olhos do mundo esse homem maravilhoso como MEU.

Além disso havia algo ainda mais importante para se comemorar. O aniversário de Renesmee.

Tantas coisas aconteceram, tanta coisa mudou em apenas um ano, nem isso ainda.

- Definitivamente temos muito que comemorar. – concordei. Ele sorriu, e pareceu feliz em perceber que estava aberta as possíveis sugestões de Alice, sugestões que sem dúvidas estavam por vim. Como poderia negar isso a minha família? Eram ocasiões especiais, tão especiais que não comemorá-las seria quase um crime.

E foi nessa linha de pensamento que decidi ligar para Carlisle.

Mais uma vez ele me garantiu que Charlie estava bem e que ainda não havia acordado. Esme havia acabado de chegar ao hospital...

- Ele deverá dormir até amanhã, Bella, o organismo de Charlie não está acostumando a tantos analgésicos. Não se preocupe com nada.

Bom... eu tentaria. Sentia-me estranha por estar em casa enquanto meu pai estava no hospital, mas o que poderia fazer lá? Sem contar que Sue iria passar a noite, assim como Billy... Amanhã eu passaria o dia com ele e levaria Renesmee.

- Está cansada, meu amor? – perguntou Rose a Renesmee.

- Só um pouquinho de sono. – quando ela terminou de falar, bocejou.

- Então vamos para casa. – disse Edward.

Renesmee se levantou e pegou nossa mão.

- Você quer que eu a carregue? – perguntou Edward a ela.

O sono de nossa filha chegava rápido e com tudo. De completamente acesa estava alerta a cansada em minutos.

Ela não respondeu, simplesmente abriu seus bracinhos preguiçosamente para ele.

Andamos até nossa pequena casa ao invés de correr como normalmente fazíamos. Edward segurava minha mão e em seu outro braço Renesmee dormia com sua cabeça amparada por seu ombro.

- Acho que podemos ir para o Alaska ainda essa semana. – disse a ele enquanto caminhávamos.

- Bella, você não precisa apressar nada, seja lá quem for, ele vai esperar por nós.

- Eu sei, mas de qualquer forma é melhor resolver isso de uma vez, e deixar para trás de vez essa história.

Ele concordava, apenas estava colocando –como sempre – minhas necessidades antes de qualquer outra coisa.

Mudei de assunto, antes que ele me convencesse do contrário.

- Então... qual o tamanho da festa que Alice está preparando para Renesmee? – perguntei, ceticamente.

Ele sorriu. Tão lindo.

Imaginei que se alguma festa estava sendo cogitada, ela seria secretamente planejada por minha irmã.

- Ela ainda não pensou em nada específico. – respondeu ele. – Ainda está ponderando qual será o tema. 

-Tema?

- Sim, festas infantis normalmente são baseadas em algum tema específico... pelo menos foi o que ela me disse. – Ele riu.

- Sim, porque Renesmee é incrivelmente infantil. – minha voz pesou com sarcasmo.

Ela se moveu lentamente, mudando a cabeça de direção.

- Ela ainda é uma criança de não mais que cinco anos aos olhos do mundo. Só não sei até que ponto ela vai gostar de balões e dos brinquedos infantis que se ganham nesse tipo de festa. Alice insisti em registrar cada momento da vida dela. Acho ótimo... então a festa não será apenas uma festa de criança por Charlie, mas também por nós.

- Uma festa de criança, sem nenhuma outra criança além da aniversariante.

Só esperava que Alice não exagerasse, obrigando a todos a se vestirem como personagens de desenho animado.

De repente me ocorreu que era provavelmente isso que iria acontecer. Não sei até que ponto poderia agüentar sem reclamar. E era exatamente por isso que tudo seria um “segredo” para mim.

Eu, com toda a certeza, faria Edward me manter a par de tudo.

Como de costume, aconchegamos Renesmee em sua cama e seguimos para nosso quarto. Essa era uma das melhores rotinas que tínhamos... dentre várias outras.

Diferente do que Edward costuma fazer - ele não me beijou, nem acariciou meu rosto - apenas me puxou pelos fundos, passamos por nosso pequeno e encantador jardim  e seguimos em direção ao rio.

- Para onde está me levando? – disse não conseguindo conter uma risada. Eu simplesmente amava quando ele fazia essas coisas.

- Para o rio.

Esperei ele dizer mais alguma coisa, o que não aconteceu.

Ele mantinha um sorriso lindo preso a seus lábios.

Deus do céu, nunca iria me acostumar a isso. Essa expectativa...

Ele parou de repente se virando para me olhar e colocou ambas as mãos em meus ombros.

- Antes que possa dizer qualquer coisa, ainda posso ouvir os sonhos de Renesmee daqui.

- Ok... – disse bem lentamente e desconfiadamente.

Ele se sentou na margem do rio me puxando para seus braços. Não havia outro lugar onde me sentia tão bem... confortável.

- Estamos esperando por algo?

Ele riu.

- Sim, estamos esperando por algo... – Edward se deitou, me levando com ele. – Só mantenha os seus olhos no céu. – disse suavemente em meu ouvido.

Fiz exatamente o que ele pediu. O céu estava cheio de estrelas e a noite estava comumente fria para Forks.

Mantive meus olhos presos as estrelas, era impressionante observá-las com minha nova visão. Tão lindas e muito, muito mais brilhantes.

Com o passar dos minutos foi ficando mais difícil me concentrar no que ele pediu para fazer. Seus dedos desenhavam traços aleatórios de meu pescoço até minha cintura. Podia ver – através de minha visão periférica – seus olhos em meu rosto, mais principalmente, podia senti-los.

Não resisti por muito mais tempo, me virei e o beijei. Ele retribuiu por um breve momento e depois riu, desprendendo nossos lábios, não se afastando, apenas passando a acariciar minha mandíbula com eles.

- Eu não pedi para manter seus olhos no céu? – sussurrou ele contra minha pele.

- Sim... está meio difícil me concentrar em qualquer outra coisa além de você.

Ele riu suavemente, ainda brincando com seus lábios em meu pescoço.

Alguns segundos se passaram antes dele se afastar. Seus olhos estavam arredios.

Aquele velho sorriso malicioso se formando. E como sempre fiquei sem ar. Claro que isso não me afetava tanto agora.

Ele segurou meu queixo gentilmente e virou meu rosto, direcionando meu olhar ao céu.

- Estamos esperando pelo que, exatamente?  - perguntei.

- Uma estrela cadente... só mais alguns minutos. Você irá adorar, é simplesmente uma das coisas mais lindas que já vi... sei que você já viu algumas, porém não da forma que vai ver esta noite.

Só podia imaginar. As simples estrelas que brilham todas as noites conseguiam ser magníficas, uma cadente só podia ser esplendida.

- Como está se sentindo? – perguntou ele, agora um pouco mais sério.

 Virei meu rosto para encontrar seu olhar.

- Estou bem, muito bem na realidade...

- Mantenha os olhos no céu. – disse ele novamente.  – Não tenho Alice aqui para me dizer exatamente quando irá acontecer.

- Ela só te deu a dica de quando.

- Exatamente.

- Você também não está olhando para o céu.

Naquele momento estávamos tão próximos que podia sentir sua respiração massageando minha face.

- Eu já vi estrelas cadentes suficientes em minha vida... tenho algo melhor para contemplar no momento, você por outro lado ainda não viu com seus novos olhos.

Sorri, beijando a ponta de seu nariz.

Como ele fazia isso?

- Não sei como você consegue ser a cada dia mais romântico.

- É simples quando se tem alguém que desperta esse sentimento. E eu não estou tentando ser romântico, apenas estou dizendo a verdade. Você é o ser mais magnífico que já vi... – sua voz era suave, baixa, cheia de adoração, adoração que agora preenchiam seus olhos.

Depois de vários minutos com meu olhar preso ao seu, voltei a observar as estrelas, satisfeita por estar ali, com ele. Edward continuou da forma que estava, apenas moveu uma de suas mãos para acariciar meu cabelo. Seus olhos ainda em meu rosto. Como se ele não quisesse perder nem um segundo sequer de minha reação.

Foi quando vi. Uma enorme bola de fogo, cruzando o céu. Sua luz era tão intensa que deixava rastros por onde passava. Rastros que meus antigos olhos humanos não seriam capazes de ver. O céu pareceu se iluminar. Nunca tinha visto tal fenômeno tão detalhadamente. Meus olhos se prenderam ao grande pedaço de rocha que cruzava o céu de Washington. Edward estava certo. Era uma das coisas mais lindas.

Podia vê-lo sorrir diante de minha reação.

- É lindo. – sussurei, ainda incapaz de desprender meus olhos do céu. Os rastros ainda presentes.

- Eu sei. – sua mão tocou suavemente minha bochecha. – Perfeito.

Ele me abraçou apertado. Beijando meus cabelos.

- Quero que você aproveite tudo que o universo possa oferecer. Temos toda a eternidade a nossos pés. Não quero que apresse nada, absolutamente nada. Você tem o direito de apreciar todos os aspectos de sua vida... podemos ficar aqui o tempo que achar necessário, você pode, você deve, ficar com Charlie o tempo que desejar, iremos para o Alaska quando você estiver pronta, ninguém mais.

Ele conseguia ver através de mim, ver minha alma. Eu estava feliz, tão feliz.

Não sabia como poderia amá-lo mais, só tinha certeza que de alguma forma, amanhã, o amaria duas vezes mais do que hoje.

 


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