Rebel escrita por Blake


Capítulo 8
Freak




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– Você tem que estar brincando comigo, Bishop, como assim não conhece essa música ?! – a garota questionou genuinamente surpresa – ‘All the moves like Jagger, I've got the moves like Jagger,I've got the moooooves like Jagger’ – cantava, sendo acompanhada por Ward, enquanto Bishop apenas revirara os olhos no banco ao seu lado.

– Ainda bem que eu não conheço – o negro resmungou com uma pitada de humor e recebeu uma cotovela leve como resposta.

O grupo que Taylor escolhera envolvia, ela, Grant, Bishop, um negro de quase dois metros de altura e uma pontaria que deixaria James Bond no chinelo e Riley, a mulher que conseguia invadir qualquer cofre, descobrir qualquer senha, contornar qualquer sistema de segurança, Riley roubaria a Monalisa sem disparar sequer um alarme, esse era o quão boa ela era.

– Está na hora do verdadeiro show, Daminha, eu te amo, mas você não sabe cantar – Riley falou, ela possivelmente estivesse pendurada em algum canto, de tocaia, não entendia o amor que a baixinha nutria por alturas.

A ignorou e apenas saiu da SUV que foi deixada numa rua transversal, o comboio da SHIELD não iria demorar. Taylor seria a responsável por abordar o carro, Bishop e Grant por impossibilitarem que fossem seguidos, Riley por garantir que eles fizeram isso com sucesso.

Grant trouxe um lança mísseis e abaixou-se para ter uma melhor estabilidade quando fosse atirar e bastou ver o primeiro carro para disparar, fazendo o mesmo sair da estrada e cair no canteiro, após capotar algumas vezes.

– Espero que eles estejam usando cinto – falou e já corria na direção do veículo, enquanto Ward e Bishop lidavam com os outros dois carros, aos quais Ward fez questão de acertar em cheio, fazendo-os explodir, sabiam que os prisioneiros estariam no primeiro carro, assim sendo, não havia motivos para deixar os demais vivos.

Aproximou-se do carro em chamas e pôs um explosivo na porta, afastando-se quando o negócio explodiu. Os prisioneiros pareciam assustados, nenhum tinha cara de assassino impiedoso. Ótimo, pegaram o kinder ovo com a surpresa mais idiota. Dois agentes da SHIELD estavam caídos no chão, apontou sua arma para eles e realmente rezou para que eles não se movessem, mas esse não foi o caso, atirou na mão de um e na artéria femoral do outro.

– Se fosse você, faria compressão nisso aí, ou ele vai morrer – falou para o menos ferido, de forma neutra, que melhor modo de impedir que alguém te siga do que exigindo o esforço dela para outra função ?! - Andem! – ordenou para os prisioneiros, vendo-os sair em fila indiana. Quando a última pulou, o motorista que dirigia o caminhão conseguiu sair, já havia chamado reforços, era bem óbvio.

Taylor corria de volta, sendo a última da fila, completamente avulsa ao motorista às suas costas. Ouviu um disparo e instantaneamente gelou, pois pensou ter sido atingida, mas ao notar que ainda estava inteira, virou-se, deparando-se com o motorista morto a poucos metros de si e Ward com um fuzil apontado para ele. Continuou a correr, enquanto algumas lâmpadas começavam a estourar sobre suas cabeças, muito estranho, mas não parou de correr, assim como o resto grupo. Dividiram-se em dois carros, Bishop levaria três, Taylor e Grant os outros dois. Riley encontraria uma forma de ir para casa, ela sempre encontrava. Aceleraram, deixando para trás um enorme caos.

Taylor virou-se no banco, com uma espécie de detector de metais, modificaram-no para procurar chips, micro-chips, rastreadores, e, além disso, fazer uma completa varredura de qualquer indivíduo. Era exatamente esse pequeno e indolor teste que fazia com a dupla no seu banco traseiro.

– Pegou isso, Alex ? – questionou, com o coração ainda sobressaltado.

– Sim, vou rodar o reconhecimento facial e ver quem são nossos amigos – o rapaz a respondeu prontamente.

– E quem são vocês ? – a mulher ruiva perguntou, realmente amedrontada, até ao falar mantinha o tom baixo.

Ward e Taylor se entreolharam, possivelmente pensando a mesma coisa.

– Natal chegou mais cedo para vocês, estamos os salvando – respondeu, estranhando aquela pergunta, não era óbvio ?! Aquele foi um resgate bem bad-ass.

– Mas não estávamos presos – a ruiva tornou a falar, enfim compreendendo um pouco daquela situação.

Ward pisou no freio tão abruptamente que jogou o corpo de Taylor para frente com o impacto.

– Vocês o que ?! – ela nem se importou com a ação dele e já tornava a questionar, Bishop, que seguia Ward, também estacionou, indo checar se a dupla estava bem, enquanto mantinha os novos convidados trancados no carro, embora duvidasse que eles fossem fugir.

– Algo aconteceu comigo e do nada eu tinha poderes – a mulher “explicava” mostrando para todos como ela conseguia controlar a luminosidade do carro e as sombras das pessoas, então foi ela que explodiu as lâmpadas, ficaram impressionados, mas não demonstraram - Eles descobriram e disseram que me levariam para um lugar onde eu pudesse aprender a controlar isso, ou eu poderia deixar a cidade toda no escuro – ela concluiu e parecia temerosa com a reação que eles teriam.

– Então todos vocês têm poderes ?! – indagou pausadamente, e a dupla concordou, Ward virou-se para o segundo indivíduo, um coreano que parecia saído de algum quadrinho.

– E você, o que faz ? – o moreno questionou na direção do jovem, que levantou o indicador, passando-o no vidro do carro onde deixou uma linha de gelo.

– Mother fucker! – Bishop exclamou, o trio tentava assimilar tudo aquilo, mas não estavam tendo tanto sucesso assim. Saíram do carro, juntando-se a Bishop na parte externa.

– Deveríamos deixá-los – o negro opinou, de forma séria.

– Não, eles têm poderes ... P.O.D.E.R.E.S – a menina soletrou para ele, apenas para que ele notasse o quão idiota era sugerir aquilo.

– Eles não são assassinos, eles não irão nos ajudar – o homem rebateu àquela afirmação.

– Eles não precisam saber que nós somos – Ward enfim disse algo, era o líder por um motivo, sabia manipular bem as pessoas.

– Claro, até porque nossa cara já demonstra o quão honesto nós somos – Bishop falou sarcasticamente, todas suas fibras diziam que aquela era uma péssima ideia, mas quem iria ouvi-lo ?! É, ninguém.

– Pessoas, um grupo de agentes está a apenas de cinco minutos da localização de vocês e eles têm um helicóptero – Riley falou, tirando todos daquele “debate” e fazendo-os focarem-se nas coisas realmente importantes, tipo, não ser preso.

– Nós os levaremos – Ward ordenou – Quando chegarmos lá, decidimos o que fazer – dito isso cada um voltou para seu respectivo carro e seguiu com o plano.

△REBEL

– Coulson – Skye iniciou aquela intervenção, o Diretor da SHIELD estava fazendo qualquer coisa, menos dirigir, tinham uma crise nas mãos e o que Phillip Coulson fazia ? Exatamente, nada – Temos um surto de Inumanos, não podemos gastar todos nossos recursos e tempo tentando achar sua filha – ela iniciou seriamente, não queria ser tão rude, mas não parecia ter escapatória, o homem precisava ouvir algumas verdades.

– Além do que, ela parece ter desaparecido, a única coisa que temos sobre ela é de dois meses atrás, Taylor pode estar em qualquer lugar – Tripp se “intrometeu”, salientando um importante fato.

– Temos outras pessoas lidando com isso – o homem respondeu, num tom sério. Eles faziam noção do que estavam o pedindo ?! Para desistir da própria filha ?!

– Mas as outras divisões dizem que não é culpa deles e que você tem que tomar responsabilidade, eles não têm ideia do que fazer com esses novos casos. Um cara, em L.A, acordou derretendo todo tipo de metal, uma mulher se tornou superelástica, outra consegue controlar todo tipo de luz ... E esses são os casos que temos notícia – a garota prosseguiu, queria muito achar Taylor, mas entrara para SHIELD para salvar pessoas, não caçar adolescentes rebeldes.

– E estão todos sendo levados até uma das instalações da SHIELD para monitoramento, realmente não vejo o motivo disso, não posso me adiantar a casos aleatórios, tenho que lidar com eles à medida que surgem, ou vocês conseguiram produzir um dispositivo que caça Inumanos ? – ele enfim se levantou, questionando num ar irritadiço para todos os presentes, já que Skye não fora sozinha naquela intervenção, Fitz-Simmons estavam ali, assim como Hunter, Bobbi e Tripp.

– Não exatamente – May surgiu às costas do grupo, e todos viraram-se para fitá-la – O comboio que os levava foi atacado e adivinha quem estava lá ... – a chinesa prosseguiu, os olhos encaravam um único ponto; Coulson.

– Taylor ... – ele sussurrou.

△REBEL


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