Crush escrita por Yas Keehl


Capítulo 5
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

(Mais um minuto de silencio para o tamanho dessa p**** sendo que não tem quase nenhuma apresentação... ;u;)
E AÍ MEU POVO QUE COME PÃO COM OVO! O/ (Roubei o bordão da Camila, alguém me mata pf ;-;) GENTE! Olha. O Tamanho. Essa... amdenjsbnsdbe FUCK! *-* Não pensei que fosse ficar tão grande, me disgupem (erro proposital do Damiani), serio, mas deixa. FELIZ DIA DO AMIGO, MEUS POVOS O/ Tá, foi dia 20, mas deixa²! Escritos em itálico alem das traduções, são pensamentos, ok? Ok, vocês vão entender isso durante o texto. NOS VEMOS LÁ EMBAIXO! o/



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 Um dia frio e nebuloso dava as caras naquele inicio de manhã. O final de semana havia sido bastante construtivo para os estudantes da Raimon, principalmente para quem não era do clube de musica, já que quem era de lá precisou ensaiar durante os dois dias em casa, mesmo sem previsões de próximos shows. E depois de uma segunda-feira entediante, aquela terça parecia que seria melhor, pelo menos era o que os alunos otimistas queriam e acreditavam que fosse. Para o capitão do clube de musica, o dia já havia começado antes mesmo do portão da escola abrir para os demais, Kazemaru fazia questão de chegar primeiro e ajeitar as coisas do lugar, ele também aproveitava para ficar um tempo a sós com sua namorada.

— E nós vamos sair hoje? Eu queria ir ao cinema com você, faz tempo que não saímos... –A de olhos arroxeados reclamou envolvendo seus braços envoltos no pescoço do azulado, o fazendo inclinar a cabeça para olha-la, já que ela estava em seu colo.

— Vamos sim, é que... Eu estava super ocupado ontem, realmente não deu. –Erika sorriu fraco e ele a abraçou mais forte, deitando a cabeça em seu peito.- Essa semana vai ser difícil, você sabe... Obrigado por sempre estar comigo.

— Eu amo você, como poderia ficar longe?

 Ela pode sentir um sorriso brotar nos lábios dele e assim que sua cabeça se reergueu, deu-lhe um selinho demorado que logo tomou outras proporções.

— Acha mesmo que o Kazemaru não... Hummmmm, chegamos na hora certa, Goenji, hehehehehe.

— Você é idiota, Nagumo. –Kazemaru separou-se na hora da garota ao ouvir as duas vozes dentro da sala. Nagumo o olhava maliciosamente e ria como um retardado, Goenji chegando atrás dele com duas caixas grandes nas mãos apenas revirou os olhos e entrou sem os encarar.

— Haruya sem ser infantil não é o Haruya.-Erika cruzou os braços totalmente constrangida,. Afinal, ela estava praticamente em cima de Kazemaru deitada sobre o pequeno sofá, o de cabelos azuis deu de ombros e levantou-se com as roupas um pouco amassadas, ignorou um comentário pervertido de Nagumo e despediu-se dela com um beijo na testa.

— Vocês só aparecem na hora errada. –Ele bufou.

— Eu disse pra virmos aqui mais tarde, mas o lesado aí ficou me atormentando. –Nagumo ficou com cara de indignado enquanto Goenji o olhava como se dissesse: E eu menti? Kazemaru riu dos dois e ajudou com as caixas que Shuya trazia. –São as novas paletas e alguns pratos que tinham sumido, o Diretor as trouxe ontem, mas eu esqueci de pegar.

— Ainda bem que chegaram. –Abriu as caixas e retirou tudo o que estava lá dentro- Falando em chegar, as meninas já chegaram?

— Elas vão vir na 2° aula pelo o que parece... –Nagumo se despreguiçou e andou preguiçosamente até o sofá onde anteriormente Kazemaru estava, e deitou ali.

—... A Yasmin veio? –O ruivo nem se deitou no sofá e já levantou de novo indo na direção dos dois.

— Eu também quero saber, você viu ela, Goenji?

— Cala a boca, ela deve ter faltado ontem por causa de você.

— Minha culpa?! Por quê?!

— Lerdo. –Goenji sussurrou.

— Porque você é um idiota! Ela veio, Goenji?

— Não... Quer dizer, sei lá, mas eu não a vi.

 Um silêncio se instalou na sala, Goenji era o único que parecia não ligar, já Kaze e Haruya mantinham seus olhares pensativos, até que uma voz feminina os tirou de suas distrações.

— Tsc, porcaria... Ah, bom dia meninos. –Junko segurava seu braço com força, um fio de sangue escorria por entre seus dedos, ela os cumprimentou sorrindo enquanto entrava na sala e empurrava a porta com o pé para fecha-la.

— Bom dia... O que aconteceu? –Os três disseram exatamente ao mesmo tempo, Goenji e Kazemaru se entre olharam estranhando, Nagumo fez o sinal da cruz e foi na direção da garota.

— Um cara passou por mim correndo e me derrubou, não é nada demais, só tá doendo um pouc...

— JUNKO! Grrr eu vou matar aquele muleque! –

 Tsubasa nem precisou olhar para trás para saber quem era, a batida forte na porta e o grito já foram o suficientes para lhe dar a resposta, suspirou e esperou ele se aproximar.

— Tá tudo bem, Fudou, não foi nada demais.

— Não foi nada demais?! Seu braço tá sangrando!

— Aff, depois eu que sou gay... –Nagumo saiu de perto dos dois, aquilo podia ser contagioso.

— Quer fazer algo útil? Pegue o kit dentro do armário.

— Aproveita e entra lá, kkkkkkkk.

— Pff... –Kazemaru segurou o riso, Goenji deu uma risadinha e parou.

— Eu vou, e eu acho melhor você sumir daqui, Nagumo... –Akio parecia que soltaria a qualquer momento raio pelos olhos, mas ele só foi fazer o que a loira havia dito. Já Nagumo ia discretamente à direção da porta. Não sabia o que Fudou ia fazer, mas não ia ficar lá pra descobrir.

~*~

— Ai Endo, você é um burro! –Midorikawa esbravejou enquanto o moreno ria desconcertado massageando o braço.

— Foi sem querer, eu tava atrasado, se eu não corresse eu não a entrar.

— Tá, agora se vira quando o Fudou vir atrás de você. –Endo engoliu em seco, mas fez uma cara de determinação invejável. Estava ao lado de Ryujji e a sua frente, Hiroto e Fubuki conversavam sobre algo. Como de costume, eles eram os primeiros a chegar, e Endo não estava realmente atrasado, mas eles sempre combinavam o horário de suas chegadas e somente naquela ocasião Endo havia se atrasado.

— Endo, onde você esteve ontem? E... Sexta? –Hiroto perguntou enquanto fazia sinal para Fubuki parar de falar.

— É mesmo cara, você perdeu a avaliação de Biologia!

— O que?! Ah droga! Eu esqueci totalmente! –Colocou as mãos sobre a cabeça.

— E pra onde você foi? –O olhar desesperado de Mamoru desviou-se para o chão, um rubor tomava seu rosto agora.

— E-eu...

— Que marca é essa no seu pescoço?!

 Se tinha uma coisa que Hiroto não sabia ser era discreto, berrou indo para cima de Endo e abaixando a gola de sua blusa, deixou bem à vista de seus amigos uma marca arredondada e roxa em seu pescoço.

— Um chupão...? Endo, como você...! –Midorikawa mal conseguiu acabar de falar, Fubuki estava de boca aberta olhando para o garoto.

— I-i-isso n-não é nada! Eu tenho que ir, tchau!

— Espera! –Hiroto até tentou impedi0lo, mas Endo correu para longe dos três, deixando enormes duvidas sobre suas cabeças. – Com... ele conseguiu aquilo...!

— Você quer dizer, QUEM fez quilo, né?! –O ruivo assentiu. –Vamos atrás dele, temos que descobrir!

— Ei, ei, ei, espera aí, Midorikawazinho...

— Hum? –Tudo o que Midorikawa percebeu nos olhares dois amigos e na mão de Hiroto o segurando pelo ombro era que, ele estava ferrado. – O que foi...? –Arqueou uma sobrancelha.

— Vocês também está nos escondendo algo...

— Eu?

— Sim! E aquela garota, ér... –Hiroto olhou para Fubuki, tentando lembrar o nome da garota da apresentação.

— Ângela.

— É, Ângela! Quem é ela?

— Ah... Ela é... –Ryuuji mordeu o canto da boca fitando o chão- Ela era minha namorada.

— Que?! –Hiroto e Fubuki avançaram para cima dele, o ruivo o segurou pelos ombros.

—... É.

— Como você não nos disse isso?!

— É porque faz tempo! Sabe... Nós tivemos que dar um tempo, porque eu mudei de escola e...

— Então quer dizer que, tecnicamente, ela ainda é sua namorada?!

— E ela é muito amiga da Yasmin! Midorikawa, você devia ter me dito isso antes!

— Vocês querem deixar eu falar?! –Ambos se entre olharam e sossegaram, esperando que ele continuasse- Bom, a gente estudava na mesma escola, mas ela quis vir pra Raimon por causa do clube de música. Ela sempre cantou muito bem... –Midorikawa sorriu com a lembrança da garota, de todas as vezes que ele a ouvira cantar tão docemente quando mais novos, enquanto sua voz ainda tomava forma- Na apresentação de sexta nem parecia ser ela, a voz dela não era tão incrível naquela época.

— Caramba, em pensar que o Midorikawa já namorou alguém... –Fubuki só faltou morrer de rir com o comentário infeliz de Hiroto, Midorikawa se irritou e quis brigar com ele, mas o riso do albino o contagiou e os três acabaram rindo feito idiotas.

— Ei, Midori!

 Uma desconhecida voz feminina chamou pelo esverdeado, tirando a atenção dos três que automaticamente pararam e olharam na direção da porta de entrada do colégio, os alunos já começavam a chegar.

— Olha só, sua namora... –Antes que Fubuki terminasse de falar, Midorikawa correu e tapou sua boca, o olhando ameaçadoramente. Angel se aproximava correndo e sorrindo na direção dos três, Ryuuji se apavorou por dentro, mas mantel o sorriso no rosto.

— Bom dia! –Graden cumprimentou a todos, os dois que usavam óculos sorriram e a cumprimentaram também, Midorikawa não conseguia parar de sorrir, seu cérebro parecia ter congelado. –Eu vi você na sexta, nem tivemos tempo de nos falar, então como eu te vi aqui... –Ela levantou os ombros em forma de entusiasmo, sorriu e se aproximou do pequeno muro atrás deles, onde cobria as raízes da arvore de cerejeira que sempre enfeitava a entrada da escola, todos se sentaram ali.

— Midorikawa nos falou muito de você. –O mencionado quase teve um ataque com a afirmação do amigo de cabelos vermelhos.

— Serio? –Ângela sorriu com as bochechas levemente rosadas- É bom saber que ele ainda se lembra de mim.

— Vocês se conhecem há muito tempo, né?

 A garota assentiu a pergunta do albino, suspirou e deixou as mãos postas ao lado de suas pernas, apoiadas no muro.

— Somos amigos de infância... –Suas bochechas coraram mais uma vez, e Hiroto não poderia ignorar a aquelas reações. Midorikawa olhou para sua amiga sentada ao seu lado, mas revirou os olhos e parou de olha-la ao notar a cara de pervertido de Kiyama. - Eu adorei saber que ele está aqui na escola, podemos nos ver mais ve...

— Ângela!

 Graden, assim como os outros olharam na direção de quem a chamara, Fubuki sentiu como se fosse parar de respirar ou se fosse como ele tivesse esquecido em como fazer aquilo.

— Temos que ir! –Yasmin apontou para a porta, estava ofegante e levava em sua mão uma pasta L na cor cinza, Ângela resmungou.

 - Eu tô ocupada, pode ir na frente!

— O trabalho, esqueceu?

— Tsc, droga... Tô indo! –Balbuciou algumas frases incompreensíveis e ajeitou os óculos em seu rosto, Hiroto e Fubuki fizeram o mesmo ao mesmo tempo e ela começou a rir. –Bom... Depois a gente se vê, tenho que entregar um trabalho, porque a moça ali não gosta de andar sozinha! –Ela fez questão de aumentar o tom de voz para a amiga ouvir, Yasmin cruzou os braços e fez uma pose de quem não iria esperar por muito tempo, sua cara dizia a mesma coisa. MIdori e Hiro olharam para Fubuki, este estava tão vermelho e quente que dava até pra sentir. –Tchau meninos!

— Tchau! –Eles responderam. Atsuki ainda olhou para eles e em seguida, quando a amiga já estava por perto, seguiu com ela correndo para dentro da escola. Shirou a seguiu com o olhar até que ela sumisse de seu campo de visão, sempre que ele a olhava tudo se tornava lento, tinha a sensação de que tudo ao seu redor sumia, apenas ela tornava-se destaque para ele. Suspirou apaixonado e Midorikawa e Hiroto fizeram cara de nojo.

— Ela veio hoje... Ahh... –Suspirou mais uma vez, agora com a mão no coração.

— Sério, você precisa de um psiquiatra, Fubuki!

— Ah, me deixa.

— E a propósito, Midori, sua namorada é muito legal! –Hiroto deu dois tapinhas em seu ombro- Tô orgulhoso de você, não escolhe garotas metidas, é assim que se faz! –Ryuuji não respondeu, mas seu sorriso bobo já dizia muita coisa.

~*~

 E assim as aulas seguiram sem nenhuma novidade, nem os alunos otimistas acreditavam que aquele dia poderia ficar menos chato. E realmente, o dia permaneceu entediante, até mesmo no clube de musica, onde o tédio reinava ali, fora o clima tenso que se formou dentre os membros desde a sexta-feira.

— Uhum... Certo, eu já te passei o endereço, então quando você pretende ir? ... Amanhã?! ... Não, tudo bem, mas é que eu preciso resolver isso com urgência... –Enquanto Haruki falava ao telefone, Nagumo ao lado de Lorelai a observava e as vezes atrapalhava falando algo alto para provoca-la. –Eu entendo, até lá... Ok, tchau!

— Com quem você tava falando?

— É da sua conta? –Haruya estreitou seus olhos mirando com raiva a loira.

— Se não fosse eu não estaria perguntando. Ai! –Lori ameaçou belisca-lo de novo e ele se calou. –Mas foi ela que começou...

— Quem era, Hana?

— O cara que vai concertar meu computador. Eu preciso dele pra mixar algumas musicas, mas depois que ele pegou vírus eu não consegui mexe mais em nenhum arquivo.

— Tsc, justo agora com a chegada das competições...

— Ei! Por que você respondeu pra Lori e pra mim não?!

— Não gosto de você.

— Ah é? Também não gosto de você!

— Ótimo!

— Ótimo mesmo!

— Não vou tomar o lugar do Suzuno brigando com você, dá licença. –Jogou uma mecha do cabelo para trás e saiu de perto do Nagumo, apenas ouvindo ele bufar e Lorelai rir da provável cara emburrada que ele fazia.

 Não muito longe, Claudine, Tobitaka, Fudou e a contragosto, Junko, realizavam uma espécie de “trieto”, na tentativa de ver qual das duas vozes ficaria melhor em conjunto com a de Crystal.

— A minha voz é melhor. Alias, eu inteiro sou melhor que o Tobitaka. –Junko se segurou pra não rir.

— Claudine, você sabe muito bem que em Bring Me To Life, o cara que canta tem a voz grossa. –Ignorando completamente o comentário de Fudou, Seiya falou logo depois dando uma rápida demonstração de como sua voz era adequada para o dueto. –Viu?

— Humpf, não vi nada de impressionante.

— Ao invés de você ficar brigando com o Tobi, por que você não se preocupa em afinar o SEU baixo?!

— Tobi? Que historia é essa de chamar ele de Tobi, Junko?!!

— Por que vocês dois não namoram logo, heim? –A de cabelos negros resmungou mandando a (in)direta para os dois. Junko corou e desviou o olhar com as bochechas rosadas e levemente infladas, Fudou mandou Claudine tomar em um lugar não muito bonito e saiu dali arrastando Tsubasa pelo braço após Tobitaka dizer onde ELE deveria tomar.

— Ahh Goenji, isso tá errado!

 Uzuyuuga apontou para a guitarra no colo do rapaz e Shuya parecia ter xingado alguém apenas mexendo os lábios.

— Você quer saber mais do que eu?! Eu toco desde os 4 anos, como você pode achar que eu não sei o que eu tô fazendo?!

— Porque você não sabe! ... Ou então tá ficando cego...

— O que?!

— Aff, se casem logo pelo amor de Deus! –Ângela zombou esticando a mão e oferecendo para Hana ao seu lado, um saco cheio de amendoins japoneses.

— Cala a boca!

— Aí! Até falarem juntos vocês falam!

— Eu quero ser a madrinha! –Hana entrou na brincadeira, com um bocado de amendoins nas mãos, jogou-os na boca.

— Eu e a Érika vamos ser os padrinhos dos filhos... Ah! –Desvia de um prato de bateria jogado para lhe acertar. –Goenji! Eu sou o líder, você não pode jogar coisas em mim! 

— Não fui eu, foi a doida da Asami.

— Doida?!! –Asami o olhou indignada, pegou outro prato da bateria e tentou acerta-lo, mas Shuya a segurou pelos pulsos.

— Para com isso mulher!

— Chamou de mulher! –Hana disse com os olhos brilhando.

— BEIJA! BEIJA! BEIJA! –Agora, todo o grupo gritava para os dois, Uzuyuuga puxou seus braço e conseguiu se soltar de Goenji, saindo de perto dele emburrada.

— Vou beijar a mãe de vocês.

 Agora todos riram dele, não pela frase, mas pelo rubor estampado em sua cara. A brincadeira havia acabado, e Asami dava graças aos céus por Katherine não estar lá, caso contrario, a zuação ia durar por dias, semanas, meses se dependesse da loira boba. E falando nela, onde será que Kat se meteu dessa vez?

~*~

— Pensei que fossemos na lanchonete hoje.

 Com os braços cruzados, uma cara de serio e a capa esvoaçante presa em seu pescoço, Kido impedia Hiroto de seguir para a biblioteca.

— Ahh cara... Eu sei, deveríamos ir lá hoje, mas não vai dar. Eu preciso pegar um livro da Mac pra estudar.

— Pra que? Seu PC não é Windows?

— Sim, mas o da minha cliente não. –O sorriso vitorioso mal cabia em seu rosto, Kido franziu o cenho estranhando o que acabara de ouvir, até lembrar-se do que Kiyama estava falando.

— Já conseguiu um cliente?! Caramba, mas você colocou os cartazes ontem!

— Eu sei, acontece que fazer o computador pegar vírus é uma das coisas mais fáceis de acontecer.

— Nossa... Parabéns.

 De longe e por trás de uma robusta arvore, a garota podia ver de longe os sorrisos nos lábios de ambos.

 Fala serio, por que eu tô me escondendo?!! Seria muito mais fácil ir lá entregar!

— Foi mau, mas podemos deixar a lanchonete pra depois amanhã?

— E amanhã você vai fazer o que?

— Arrumar o PC...

— Ah... Esqueci desse detalhe. Tudo bem né, fazer o que.

 E dando espaço para Hiroto, Kido se afastou e o ruivo se apressou em correr para o lugar que queria ir, já Yuto permaneceu parado o vendo se afastar, até algumas mechas loiras presas em uma arvore chamarem sua atenção.

— O que você tá fazendo aí...?

— Khya! –Tapou sua boca ao soltar acidentalmente um estridente grito, olhou para a cara seria de Kido e sentiu ainda mais remorso de se explicar. –Estava passando por aqui e acabei ficando presa...

 Mal sabia ele que ao ver Hiroto se aproximar de onde ela estava, a loira tentou correr para se esconder e acabou prendendo seus cabelos por entre os galhos.

— Ah... Eu posso te aju...

— N-não precisa! –Kido a olhou indiferente- Quero dizer, e-eu consigo sair sozinha...

— Hum, se conseguisse mesmo  já teria o feito.

 Torceu os lábios e se aproximou dela, pegando com cuidado em seus cabelos e os soltando da arvore uma mecha de cada vez.

— Eu conheço você, lembro-me de tê-la visto em algum lugar, mas não lembro onde.

— Ah... –Kat não quis prolongar o assunto. Sentia-se uma inútil por não ter conseguido se soltar sozinha dali, e ainda mais por ter sido desastrada o suficiente para se prender e ter que ser salva por seu “rival”. –Eu já vou indo, obrigada.

— Katherine, não é? –Ele sorriu- Lembrei de você. É uma das integrantes do clube de musica.

 A loira voltou depois de ter se distanciado para ir embora, olhando para ele agora ela tentava lembrar o que realmente tinha que falar para Kido.

— Sim... Sou eu mesma... –Kido percebeu que ela estava o olhando demais.

— Algum problema?

— Não, eu só... Ah, lembrei. –Puxou de seu bolso a carta que trouxera consigo até pouco tempo, envolvida com um envelope azul claro e sem selo ou algo que pudesse lacra-lo. –Toma.

 Kat estendeu a cata para o rapaz, mas ele não entedia o que estava acontecendo, demorou um pouco e acabou a pegando.

— É pra mim?

— Sim.

 KIdo sorriu vendo analisando a carta e vendo desenhada sobre ela um coração muito bem detalhado e bem feito, corou.

— Obrigado... Eu...

— É do seu amigo. Ele deixou cair aqui perto e como eu fui a única a ver, decidi entregar pra um dos amigos dele, e já que você apareceu aqui...

— Espera, isso não é uma carta de declaração de amor?

 Herrera corou e arregalou seus olhinhos azuis fitando com surpresa a cara muxoxa de Kido.

— Na verdade.... Eu acho que é sim. Eu me atrevi a lê-la e... –Kido a reprovou com um olhar negativo- Ok, eu não devia ter feito isso, mas a curiosidade foi maior e você sacomé né. –Kido riu de seu constrangimento  e começou a abrir o envelope- Você vai ler também?

— Ele é meu amigo né... –Passados apenas alguns segundos lendo e Kido já deu o verídico. –É do Fubuki. Bem, obrigado por ter me entregado, vou queimar isso antes que ele se de conta de que perdeu.

— Eh? Mas isso não é importante pra ele?

— Sim, mas a pessoa para quem ele escreveu não merece isso... –Dobrou-a com cuidado e a guardou novamente- Ela vai magoa-lo de novo como sempre fez, mesmo sem saber. –A loira sorriu fraco, sabia bem como era isso. Até porque a pessoa que geralmente a tirava do serio por conseguir sempre atingir notas melhores do que as suas estava bem a sua frente.

— Um amor não correspondido?

— Exatamente. Obrigado mesmo assim, Katherine.

— Pode me chamar de Kat, senhor mestre em todas as matérias. –Piscou brincalhona fazendo-o rir. –De nadinha e eu preciso ir, tchau!

 Apenas depois de ter visto no relógio de pulso do rapaz que horas eram, deu-0se conta do quão atrasada estava. Falou com suas “amigas” e correu para o clube, a caminho encontrando uma outra distração. O jornal da escola daquele dia já havia sido publicado e como estava curiosa para saber o que seria falado nele, parou para pegar um. Abriu direto na pagina das noticias sobre os clubes e depois de le-lo rapidamente,  deparou-se com algo que ela não esperava.

— Oh não...

~*~

— ... e da próxima vez que você brigar com o Suzuno de novo, eu não vou na Diretoria pedir pra te tirarem da detenção!

— Ah, Kazemaru, me erra. Você sabe que eu fiz isso pelo meu irmão!

— Por acaso o Nagumo é algum bebe pra precisar ser defendido?! –Ele cerrou os punhos de raiva- Crianção eu sei que ele é, mas bebe? Me poupe, né Hanabi!

— Gente! Vocês já viram o jornal de hoje?!

 Interrompendo sua discussão com a ruiva, Herrera entrou na sala e já entregou as folhas meio amassadas para o rapaz e chamou as outras para se juntarem a eles.

— Kat, você tá atrasada.

— Eu sei, me desculpe, mas antes de brigar comigo leia isso!

— Hum... Tudo bem.

Adolescentes com vozes de adultos?

 

Saudações povo da Raimon! E aí, como vocês estão? Aproveitando muito essa terça-feira? Antes de prosseguir, eu gostaria de me desculpar pela ausência da coluna do clube de musica no jornal do dia de ontem, eu estava revendo as apresentações e montando o texto para hoje. Enfim, como todos sabem, se iniciou nessa ultima sexta os shows do evento do concurso de calouros, e se você foi abduzido ou sumido do mapa e não sabe de nada do que eu estou falando, não se preocupe, pois eu reuni muitas informações sobre os concorrentes deste ano!

Vamos começar do inicio, e quando eu digo inicio, é o inicio de tudo mesmo! Desde a primeira apresentação realizada pela queridinha da Raimon (Natsumi), vários boatos começaram a correr pelos corredores da escola, alguns confirmados e outros não. Porem, a pergunta mais feita por todos durante esses três últimos dias foi a seguinte: Como pode?! Como esses adolescentes conseguiram um desempenho vocal tão incrível?! (Ok, tirando uma tentativa de cópia aí, mas isso vai ser dito em outro paragrafo).

— Sentiram a indireta? –Todas confirmaram.

 As concorrentes, que são em sua maioria garotas e vocês as conhecem muito bem, tiveram um desempenho impressionante, eu quase acreditei que elas estavam realmente cantando.

— O que?!! Essa safada tá insinuando que usamos Auto Tune?!! –Hanabi quase rasgou o jornal nas mãos do líder do grupo, mas ele a impediu e continuou a lê-lo em voz alta.

(Brincadeirinha, haha). Outro ponto que eu queria destacar aqui, foi a banda, realmente fizeram um ótimo trabalho. Agora vamos aos solos. Ah... Essa parte vai ser difícil!

 Como dito antes, a Raimon foi a primeira a se apresentar e eu não esperava menos dela, sempre magnifica, tanto que até despertou inveja e uma das concorrentes, o que resultou em coreografias parecidas e uma performance plagiada. O mais interessante foi que, a mesma pessoa que fez isso, foi a garota que bateu (Isso mesmo, bateu) outro dia em Natsumi. Irônico? Com certeza, mas eu diria que isso é inveja mesmo. O plagio fez com que ela (Atsuki) e o líder do clube (Ichirouta, mas conhecido apenas por Kazemaru) brigassem feio, e pelo que parece estão desde o dia da apresentação sem se falar (Cada ação gera uma reação, honeys). O show seguiu com a apresentação da Hana dando em cima de um garoto da plateia, depois com a Junko e, meu Deus! Foi a que mais me arrepiou com seus berros.

— O que foi que essa piranha disse?!

— Calma Junko.

 As seguintes não tiveram tanto destaque, até porque eu me entediei a partir do momento que a segunda começou a se apresentar (Sem falar na inapropriada amostra de dedo médio, não é?). E vocês? O que acharam de todas? Vamos ver as perolas que esse concurso ainda vai nos dar.

 Aqui é a Satti, e nos vemos no próximo jornal!

S.A.T.T.I

 Ao fim da leitura, Kazemaru olhou para as garotas e todas mostravam expressões e opiniões diferentes. É claro que a maioria estava com raiva, mas já esperavam que algo assim viesse da “redatora fantasma”.

— Vou quebrar a cara dela... –Hana disse num momento de impulsividade. –Você vem, Hanabi?

— Opa!

— Calma gente, eu sei que tá todo mundo querendo saber quem é essa... Garota... –Balbuciou alguns xingamentos e as garotas riram-, mas vamos calar a boca dela mostrando que somos superiores a tudo isso que ela disse, e provar que nada disso é verdade. Temos coragem de dar  a cara a tapa e tentar ao máximo, mas ela... –Riu ironicamente- Nem pra mostrar pra mostrar a cara ela presta.

— Você tá certo, mas eu ainda queria fundar os dentes dela... –Hanabi fez um biquinho.

— Até eu quero! –Lori comentou.

 - Gente, será que a Yasmin viu isso também?

— Deve ter visto, Hana. –Ângela respondeu pensativa- e agora deve estar procurando essa garota pra fazer com ela pior do que ela fez com a Natsumi.

— Tá, agora vamos mudar de assunto. Sabem quem vai vir aqui hoje? –Claudine se colocou no meio deles e perguntou, tendo como resposta vários olhares e duvida- “Alguma vez você já ouviu o bater das asas de um anjo?” Isso não lembra alguma coisa? –Kat engoliu em seco, indo buscar um garrafinha d’água que tinha por ali.

— Aphrodi? –Hana perguntou depois de alguns segundos de silencio total.

— Aphrodi vai vir aqui?!! Ah, que droga!

— É, o Diretor disse que ele vai vir aqui ajudar em algumas coisas.

— Ajudar... Sei...

— Ué, você devia estar feliz com isso, Kazemaru.

— Desde quando um semideus safado e metido estrar no mesmo ambiente que eu me alegra?

— É, mas esqueceu que ele tá com seu bracelete?

—... Ainda bem que você me lembrou disso, Claudine! Aquele safado também é ladrão!

— Quem é ladrão? –Hanbi aproximou-se de novo depois de desistir de ir procurar descobrir quem era a garota ou garoto por trás de Satti, e se jogou no sofá quase acertando Someoka com uma pesada na cara.

— Aphrodi.

— Sério? Hmmm o namoradinho da Kat vai vir aqui hoje...!

— Para com isso, Hanabi, ele não é meu namorado!

— Mas ele tá fim de você... Tipo, MUITO afim.

— Uhum, lembra Ângela, quando ele pediu pra falarmos com ela pra eles ficarem? –A de óculos assentiu, Katherine revirou os olhos e bebeu mais um pouco de sua preciosa agua, pegou uma bala azedinha no bolso e começou a chupa-la para tentar esquecer daquilo.

 Definitivamente Aphrodi era a ultima pessoa que ela queria ver naquele dia.

~*~

 Yasmin olhou para a porta da biblioteca e suspirou apertando a alça do bag¹ onde levava seu violão, adentrando o local sem muita animação e sem o costumeiro sorriso no rosto. Olhou para  a mulher na recepção e sorriu fraco se aproximando.

...

— Aqui? Mas moça, aqui é um local para leitura. Não é permitido nenhum tipo de barulho...!

— Eu sei, mas a sala tá vazia! Por favor, eu não quero voltar pra lá, eu... –Tenta pensar em algo para convence-la a deixar ensaiar na biblioteca. Não queria ficar no clube porque não ia conseguir ficar sozinha, e provavelmente Nagumo estaria lá, ou então se ficasse em outro lugar, ele iria procura-la para eles conversarem, e ela não queria vê-lo. –Eu nunca te pedi nada, por favor...?

 A mulher de aparência jovial não pode resistir ao seu olhar pidão, mordeu os lábios e bagunçou sua franja loira desviando o olhar para a porta, vendo se alguém não pensava em entrar ali.

— Tudo bem, mas e se alguém aparecer aqui?

— Não se preocupe, se alguém entrar eu vou embora.

— Hum... Ok, mas fique em um lugar mais afastado, assim será difícil de te verem. –A morena sorriu.

— Certo, muito obrigada.

 Seguiu para o lugar que a moça havia pedido, passando por alguns corredores, assegurou-se de ficar bem escondida, perto de uma janela onde dava pra ver tudo ao lado de fora. Tudo estava calmo, muito quieto e relaxante, apenas os livros e os corredores estavam ali.

—... Nossa, se eu soubesse o quanto a biblioteca é relaxante, eu teria vindo aqui mais vezes... –Pensou alto e deu de ombros retirando o violão de seu lugar e o colocando sobre sua coxa. Fechou lentamente os olhos e inspirou e expirou todo o ar pesado que tomava seus pulmões, aprumou o violão mais perto de seu corpo e deslizou os dedos sobre as cordas, tocando uma nota de cada vez. Olhou de novo para a janela ao lado do corredor e nele, prestou atenção na capa azul de um belo livro titulado como The Chance.

 Chances... Tantas chances eu dei para ele...

 Mordeu o lábio olhando o garotinho sorrindo na capa.

You've got a face for a smile, oh you know

Você tem um rosto feito pra sorrir, oh você sabe

~*~

— Grrrr... Eu odeio aquele pessoal!

 Era Hiroto, batendo a porta com força e xingando até mesmo a cadeira em que esbarrou sem querer, ele entrou e se juntou a Fubuki e Suzuno sentados na mesa enquanto liam alguns livros.

— O que houve? –Shirou disse sem tirar os olhos do que lia, ajustou os óculos e olhou rapidamente para o ruivo quase explodindo de raiva ao seu lado.

— Ah, aquele povo de clube de musica. É inacreditável que eles peguem todas as salas da escola só pra eles! Eu acabei de ir à biblioteca e advinha quem estava lá?

— Quem? –Disseram ao mesmo tempo.

— A Yasmin! Que droga, aquela garota nunca foi numa biblioteca na vida e... Onde você vai, Fubuki? ... Ei, tu tô falando com...!

 Shirou, sem nenhum explicação saiu da sala antes mesmo de Kiyama terminar o que dizia, nem o livro que ele parecia estar tão concentrado lendo ele levou. Suzuno riu e abaixou o livro que chegava a cobrir seu rosto, olhou para o ruivo a sua frente.

— Ele foi atrás dela.

— Eu sei... Tsc. –Puxou a cadeira em que anteriormente Fubuki estava e se sentou de qualquer jeito ali, bufou abrindo dois botões da camisa branca do uniforme que usava.

— Vai tirar a roupa?!! Se for fazer isso, me avisa pra eu sair!

— Claro que não, só abri porque está calor!

— Hum...

—...

—...

 Suzuno esperou que Hiroto dissesse algo, mas nada saiu de sua boca durante um tempo, assim que voltou a prestar atenção em sua leitura, o de olhos verdes escondidos pelos óculos m seu rosto inicio outro assunto, fazendo Fuusuke se irritar e jogar o livro sobre a mesa e o olhar com raiva.

— Deve ser horrível se apaixonar...

 Um arquear de sobrancelhas se resumiu sobre a reação de Suzuno, este o olhou com certa curiosidade sobre o que ele queria dizer com aquilo.

— Por que? –Hiroto sorriu e relaxou mais na cadeira, umedecendo os lábios com a língua.

— É só olhar pra você e pro Fubuki. As garotas que vocês gostam magoam e machucam vocês... Deus me livre de me apaixonar um dia!

— Ah, mas... –Suzuno não sabia o que dizer. Retrucar falando que era mentira sobre ele gostar de Hanabi não ia adiantar, já que o amigo o conhecia muito bem. –B-bom, o amor é cego, Hiroto... A gente não escolhe alguém para gostar, simplesmente acontece. –Pausadamente, explicou a ele enquanto se endireitava na cadeira. Hiroto continuou quieto e ele continuou. –Você nunca se apaixonou?

— Eu não, e nem quero. Tenho medo de me magoar.

 Seus olhos se arregalaram ao ouvir aquilo.

— Serio?

— Uhum...

— Nossa...

—... Suzuno...

— O que.

— Posso te dizer uma coisa? –Suzuno afastou sua cadeira para longe de Hiroto deixando uma sobrancelha arqueada.

— Pode...

— Você já parou pra pensar que... Você gostando da Hanabi... Automaticamente você pode desenvolver uma queda pelo Nagumo também?

—... É o que?!!

— Calma, olha só. –Hiroto gesticulou enquanto sorria explicando sua teoria. –A Hanabi é idêntica ao Nagumo, tirando os cabelos longos e o corpo, além do rosto ser mais feminino, mas isso não importa. Eles são idênticos!

— Hiroto, que merda é essa que você tá falando?!!

— É só você parar pra pesar e...

— Não, eu não quero pensar nisso! Olha, só fica quieto e me deixa ler em paz!

 Ele até ia dizer mais alguma coisa, mas optou pelo silencio.

—... Vou beber agua.

— É, vai mesmo. Sua cabeça não tá funcionando muito bem hoje! –O de pele mais pálida bufou e saiu da sala, e Suzuno permaneceu pensando no que ele disse, mas sacudiu a cabeça afastando tudo aquilo de sua mente.

~*~

I've got a paper and pen

Eu tenho papel e caneta

I go to write a goodbye and that's when I know

Vou escrever um adeus

E é quando eu sei que eu

I've got a world of chances for you…

 A poucos metros de distancia da entrada da biblioteca, Shirou já conseguia ouvi-la e seu coração já começava a saltar em seu peito, ele riu consigo mesmo. Hiroto estava certo, ele ficava ridículo quando o assunto era ela. Aproximou-se com cautela da porta e adentrou o local, cumprimentou com um sorriso a moça que cuidava de tudo ali e continuou a caminhar para dentro, parando para falar com ela.

— Olá Tastumi!

—Oh, olá Fubuki. Vejo que veio mais cedo hoje! –Tatsumi continuou falando, mas ele não podia a escutar, fez um sim com a cabeça e foi para o lugar onde dava para ve-la melhor, entre dois corredores, teria continuado a ir para lá, mas uma frase de Tatsumi o fez parar:

— ... e não se preocupe, eu vou pedir para ela se retirar, e...

— O que? Não, não precisa! –Ela o olhou confusa. -Quer dizer, e-eu não me incomodo, pode deixar ela lá.

— Tem certeza...? –Arqueou uma sobrancelha, ele olhou para a morena de longe e a viu sorrir anotando algo em um bloco de notas, seu rosto corou e ele afirmou.

— Sim, com certeza pode deixa-la lá.

 Mesmo desconfiada, a moça permitiu o deixando finalmente entrar, mas o advertiu que a qualquer incomodo que ela causasse, iria ter que ir embora, Fubuki só ouviu por ouvir. Aquele era o SEU ambiente, não estavam nos corredores da escola, nem na sala de aula onde ela era quase que inalcançável – quase não, para ele, ela era exatamente isso-, não estavam no clube de musica, estavam apenas os dois ali e mais ninguém, era hora de atacar. Ele respirou fundo e com os olhos fixos sobre a garota que amava, seguiu para onde ela estava. Na sua mente ele estava andando rápido, decidido e confiante, mas na realidade estava andando mais lento do que planejava e com cara de medo, tanto que ela não reparou em sua presença ali.

 Ok, é só eu continuar andando. Vai dar tudo certo.

 Ele sorriu de lado, olhou-a por cima da armação de seu  óculos e continuou a caminhar.

— Hum? –Yasmin desviou sua atenção do violão e olhou para Fubuki, nesse mesmo instante Shirou desviou o caminho e sentou na mesa mais próxima que viu, abaixou a cabeça e pegou um livro que estava ali perto começando a “lê-lo”. Suas bochechas ferviam de vergonha. –Ah, me desculpe... –Trouxe o violão para mais perto de seu corpo, o albino a olhou de relance, nem reparou que era com ele que ela falava. –Eu já estou saindo, tá? –Ela sorriu, o coração dele quase parou ao vê-lo tão de perto.

— Não se preocupe, eu não me importo que fique... –Agradeceu mentalmente por não ter gaguejado.

—... Talvez eu faça um pouco de barulho aqui... –Apontou para o violão, Fubuki riu e voltou sua atenção para o livro. Ele não conseguiria dizer o que queria se ainda a encarasse.

— Sua voz e suas musicas nunca incomodam.

 A morena o olhou surpresa e o agradeceu com um pequeno sorriso, Shirou retribuiu, mas não olhou-a, não tinha coragem.

 A melodia tiste voltou a ecoar a sala, e agora ela não mais o olhava, Fubuki poderia observa-la o quanto quisesse, admirar sua voz, seu sorriso, seu jeito, mas ao ouvi-la começar a cantar notou o quanto sua voz era triste.

Maybe you'll call me someday

Talvez você me ligue um dia

Hear the operator say the number's no good

Ouvirá a operadora dizer que o número não existe

And that she had a world of chances for you

E que ela tinha um mundo de chances para você (2x)

Chances that you burning truth...

Chances que você está desperdiçando...

 Seu rosto virou para o lado da janela e o som para de chegar aos ouvidos atentos de Fubuki, quando ele olhou para ela estranhando o motivo da musica ter parado, sentiu como se uma flecha atingisse seu peito. Ela estava chorando.

— Voçe tá bem?

 Ele não conseguiu ficar quieto a vendo daquele jeito, seu corpo moveu-se sem que percebesse e quando deu por si, já estava próximo de sua mesa, quase tocando em seu ombro. Sem responder, Yasmin continuava deixando que mais lagrimas escapassem, mas sempre mantendo o rosto ao lado oposto de onde o rapaz estava, não queria que ninguém a visse daquele jeito.

— Não há vergonha em cho...

— Eu não tô chorando!

 Marrenta como sempre, Shirou sentiu pena dela por seu orgulho, mas a respeitou, mesmo que sua voz embargada tenha a entregado. Permaneceu ao seu lado, e ouvindo-a murmurar baixinho, abaixou-se para ficar a sua altura, sendo surpreendido quando ela o puxou para um abraço e o fez cair de joelhos ao seu lado, doeu um pouco, mas ele não ligou. Com todo cuidado do mundo a envolveu em seus braços, afagando seus cabelos suavemente, mal conseguia acreditar no que estava fazendo, alias, no que ELA tinha feito.

— Aquele idiota, cretino, filho da mãe!

 Eu vou te matar, Nagumo.

— Não se preocupe... Eu sei que você vai superar isso.

 A garota chorava como um bebe, escondia seu rosto na curva do pescoço alvo de Fubuki e o apertava contra seu corpo, puxando e amarrotando sua blusa, ele não podia dizer que não estava adorando aquilo, mas sentia-se péssimo por como ela estava mal. Suspirou e começou a passar a mão em suas costas, fazendo um carinho gentil e protetor, e ele iria a proteger, não só naquele momento, mas sempre que ela precisasse, ele estaria lá por ela.

— E aquela... Garota, por que ela me odeia?! Eu nunca fiz nada pr’aquela vadia!

 Ok, agora ela estava pegando pesado em xingar Satti, até porque ninguém sabia realmente quem era a pessoa por trás desse nome, mas ele não a culpava. Afinal, Satti havia falado dela como se Yasmin fosse algum tipo de trapaceira, e isso ele sabia que ela não era. Deu m beijo incrivelmente rápido no topo de sua cabeça - provavelmente ela nem o sentiu-, e sussurrou um “Vai fica tudo bem”, e Yasmin desabou ainda mais em seus braços.

 Alguns minutos se passaram até que ela se acalmasse totalmente e o soltasse, seus olhos vermelhos e inchados miravam o chão e nenhum dos dois ousou dizer nem uma palavra.

— Me desculpe... –Fubuki a olhou serio, mas ainda preocupado. Por que ela insistia em ficar com alguém como o Nagumo? Ele era incapaz de ama-la como ele a amava, além de sempre magoa-la com suas imbecilidades. Mordeu o lábio inferior e passou a mão no cabelo,

— Não precisa se desculpar... Sente-se melhor? –A encorajou com um sorriso reconfortante, mesmo sabendo que ela ainda estava frágil. Sua vontade era de abraça-la e faze-la dormir em seus braços, a protegendo de qualquer coisa que a fizesse sofrer. Ela acenou um sim com a cabeça enquanto guardava suas coisas em sua bolsa. – Ele não te merece...

— O... que disse? –ela não o ouviu, além de ter falado em um tom extremamente baixo, assim que balbuciou aquilo, Yasmin bufou e abafou o som de sua voz.

— Nada não, fico feliz que esteja melhor.

— Obrigada... –Formou um sorriso tão falso quanto o dele, e ajeitou o bag em seu ombro. –Eu já vou indo... –Sem o olhar, ela saiu da sala e o deixou sozinho com a pilha de livros sobre a mesa em que ela estava, sentia-se mais aliviada, mas torcia para que o albino não dissesse nada sobre o que viu. Seria péssimo para sua reputação se alguém soubesse do que aconteceu, passou por um grupo de pessoas e sorriu divinamente, jogando os cabelos longos para o lado.

~*~

— É bom ver todos vocês novamente.

  Aphrodi sorriu e caminhando cumprimentou cada membro do clube, atrás dele Nagumo o seguia impacientemente.

— Anda logo, Aphrodi, eu quero falar com você!

— Você quer parar?! Que coisa... Ah, olá Kazemaru, é bom vê-lo também.

— Queria poder dizer o mesmo, Afuro. –Sorriu cinicamente ao loiro, Aphrodi deu de ombros não ligando muito e foi ver o que o ruivo queria. Nagumo o levou até um canto mais escondido e começou a conversar com ele.

— Aphrodi!

 Ao ser chamado e interrompendo de vez o monologo que eles tinham (só Nagumo falava), Terumi olhou para trás e logo foi abraçado fortemente por uma morena aparentemente agitada.

— Yasmin, quanto tempo!

— Verdade. –Atsuki se soltou dele ignorando a presença de seu ex ali, Aphrodi olhou estranhando seu rosto estar um pouco pálido.

— Você tá bem? Me parece um pouco abatida...

— Humpf. –Olhou para Nagumo e sorriu para o loiro- Estou ótima! E que bom que veio, eu quero falar com você sobre a Ka...

— NÃO MENCIONE MEU NOME PARA ISSO! –Kat berrou por de trás de uma cortina, estava com uma paleta na mão e ameaçava jogar nela.

 Yasmin se calou e se afastou um pouco de Aphrodi levantando as mãos como se dissesse “Eu me rendo!”, Nagumo pigarreou alto para chamar a atenção de Terumi.

— Ah, eu falo como você depois, Yasmin. Preciso ver o que essa criatura quer comigo.

 Mesmo com raiva, ela saiu e os deixou a sós para conversarem. Assim que terminaram, Kazemaru avisou ao loiro que ele deveria se apressar e foi isso que ele fez, com o clube todo reunido, era só começar.

— Bom, pode até parecer que eu vim aqui a toa, mas eu vim ajudar voç...

— Mentira! Você veio aqui por causa da Kat!

— Nagumo, cala a boca! –A mencionada completamente corada, deu um tapa em suas costas o fazendo reclamar, Lori ficou rindo mais ou menos uns 30 minutos da cara de Nagumo e como se não bastasse, Afuro quase o matou com seu olhar assassino.

— Enfim! O Diretor me chamou e eu vim de bom grado, espero ajudar no que for necessário. –Sorriu e finalizou breve como sempre, lançando um olhar sugestivo a Goenji, dizendo que ele já podia iniciar. O de cabelos arrepiados levantou de sua cadeira e foi até o centro do pequeno palco de ensaios da sala, plugou o fio do amplificador na guitarra e deu início ao show tocando os primeiros acordes, ao ouvir aquilo Nagumo sorriu, assim como Goenji e Aphrodi fizeram. Afuro jogou sensualmente seus cabelos para trás e foi até o piano sentando-se, ao receber o sinal de Tobitaka na bateria e ao dar uma ultima e rápida olhada para Katherine, começou a tocar também.

I don't have plans and schemes

Eu não tenho planos e esquemas

And I don't have hopes and dreams

E eu não tenho esperanças e sonhos

I, I, I don't have anything

Eu não tenho nada

Since I don't have you

Desde que eu não tenho você

 Yasmin suspirou revirando os olhos, Nagumo estava olhando pra ela o tempo todo enquanto movia seus lábios junto com a letra da canção, foi propositalmente para seu lado e como sabia que ela não ia sair por ter ‘chegado primeiro’, aproveitou para tentar falar com ela.

And I don't have fond desires

E eu não tenho desejos amorosos

And I don't have happy hours

E eu não tenho horas felizes

I don't have anything

Eu não tenho nada

Since I don't have you

Desde que eu não tenho você

 Aquela música tinha um toque muito envolvente e gostoso de ouvir, a guitarra dava um ar sexy a ela e ao mesmo tempo não a deixava vulgar. Aphrodi não pretendia toca-la, mas atendeu ao pedido do ruivo, e até que estava gostando de toca-la.

Happiness and I guess

I never will again

Felicidade, eu acho

Que nunca vou tê-la novamente

 Nem disfarçava os olhares direcionados para Katherine, ele sabia que estava louco pela garota, desde quando a viu cantar em uma apresentação do clube da Raimon na Zeus, a conheceu e se apaixonou por sua inocência e pelo seu jeito bobo. Ele sabia que não ia ser fácil provar para ela que ele era um cara legal, apesar da maioria dizer o contrário.

When you walked out on me

Quando você me deixou

In walked old misery

A velha miséria veio

And she's been here since then

E ela está aqui desde então

Até provar pra ela que todos estavam errados iria demorar, então... Ele estava ferrado.

Yeah, we're fucked!

Sim, estamos ferrados!

 Asami era envolvida pela musica e seu corpo correspondia a ela, mexia seus quadris sentindo a canção a levar, aquela guitarra devia tr alguma magica, não era possível! Em uma breve fração de segundos, Goenji a olhou e sorriu, caprichando ainda mais no som e deixando-o ainda mais contagiante.

— O Aphrodi consegue mudar o timbre da voz também...

— Uhum... –Inconscientemente Atsuki responde ao que Kazemaru dizia, este olhou-a e sorriu.

— Pensei que não estivessem se falando. –Hana se aproximou e colocou seus braços em volta dos ombros dos dois, os fazendo se encararem de novo.

— E não estamos. –Kazemaru soltou-se dela e se afastou sem olhar para trás, Hana olhou para Yasmin e ela apenas o ignorou.

 Shuya fechou os olhos, aquela musica era muito boa.

I don't have love to share

Eu não tenho amor para dividir

And I don't have one who cares

E eu não tenho ninguém para cuidar

I don't have anything

Eu não tenho nada

Since I don't have you

Desde que eu não tenho você

 Abriu novamente os olhos e viu a ruiva de olhos azuis sorrindo enquanto cantava junto ainda mais perto de onde ele estava. Não conseguiu não sorrir e dizer baixinho...

You, you, you, oh, oh!

You, you, you, oh, oh!

 Terumi não tinha a mínima intenção de esconder o que sentia e muito menos por quem ele sentia, piscou para Kat, ele sabia que era ela que ele queria.

You, you, you, oh, oh!

You, you, you, oh, oh!

You, you, you, oh yeah!

AÊÊÊ! Melhor musica! –Ângela arrumou seus óculos e aplaudiu a banda, todos fizeram o mesmo.

— É, ele tá te querendo. –Yasmin aproximou-se de Herrera e cochichou para a garota, correndo antes que ela a acertasse com um tapa e saiu rindo da sala.

— Mandou bem, Goenji.

 Shuya não prestou atenção ao que foi dito, apenas viu a aproximação do de cabelos belos e loiros. Observava Asami sair da sala ao lado de Lori acenando para ele se despedindo.

— Ei, Goenji!

— Hum?

— Tava falando com você! ... Ah, deixa pra lá. Olha, o Kazemaru disse pra voltar pra sala, ainda vai ter a ultima aula.

— Sério? Ah, que bom.

— Bom?! Desde quando alguém acha bom ainda ter que ficar depois dos ensaios?!

 Goenji olhou para a ruiva cruzando a porta de saída para ir pra sala que coincidentemente era a mesma que a sua, sorriu e voltou a olhar para Afuro.

— Eu tenho um bom motivo pra isso.

~*~

 Após o fim da tão terrível ultima aula, todos já estavam saindo de suas salas comemorando por mais um dia ter finalmente acabado. Alguns alunos saíram tão depressa que quase atropelaram os que iam mais devagar, e esse era o caso de Lorelai, que estava praticamente sendo arrastado por Asami corredor à fora. Enquanto tentava ao máximo desviar dos apressadinhos, sentiu alguém a puxar pela blusa a fazendo parar de andar e virar-se para a pessoa atrás de si.

— Lori, vai estar em casa hoje?

 Os olhos verdes se arregalaram ao encontrar os pares ambares a olharem com tanta intensidade, Uzuyuuga nem escondia o sorriso malicioso que sustentava em seus lábios.

— Vou... Por que?

— Ele vai pedir sua mão para os seus irmãos.

— Que?! –Lorelai disse quase gritando e Nagumo riu.

— Ué, pra casar com você ele vai ter que conquistar seus irmãos, esqueceu? Do jeito que os dois são ciumentos, é bem capaz que o Nagumo nem volte de lá. –Nagumo parou de rir engolindo em seco ao imaginar os brutamontes que os irmão de Lori deveria ser. Lorelai olhou feio para a ruiva, mas acabou deixando sua expressão fofa aos olhos de qualquer um que a visse.

— Pode falar, Nagumo...

— Ah, é que eu ia lá pegar seu violão emprestado, o meu tá meio desafinado e eu prciso dele pra mais tarde.

— Ah... –A de cabelos róseos respondeu parecendo um pouco desapontada, mas ainda assim sorriu para Nagumo o olhando. -Claro, pode ir lá.

— Beleza, passo lá depois.

 E novamente correu por entre os alunos, passando e empurrando todos sem pedir licença, horas virando para se desculpar quando alguém o xingava. O olhando daquela forma, a Salazar nem percebeu quando um suspiro saiu de seus lábios enquanto sustentava o mesmo sorriso de antes.

— Ah o amor é lindo... Injusto, mas continua sendo lindo... –Agora foi a vez de Asami suspirar, antes de receber um peteleco na testa dado por Lorelai.

~*~

 Do lado de fora e com o pátio quase todo vazio, Nagumo caminhava sem muita animação, nem ouviu quando Junko o chamou e veio até ele puxando Akio pelo pulso e ao lado dos dois, com fones de ouvido estava sua irmã.

— Que saco, me solta, Junko.

— Não, nós vamos na sorveteria.

— Pra que? Eu nem gosto de sorvete. –Tsubasa inflou as bochechas irritada com o amigo, Hanabi nem estava dando atenção para eles.

— Ah, são vocês...

— Ehh?! –Junko pareceu indignada.

— Como assim “São vocês”?! Isso é jeito de falar com seus amigos e principalmente comigo, que sou sua irmã?!! –Haruya revirou os olhos.

— Pensei que estivesse ouvindo musica. –Hanabi se calou.

— A gente vai ir na praça hoje, quer ir?

— Fudou Akio me chamando pra sair...?

— Não é nada disso que você tá pensando! Só tô chamando porque a Junko disse que se eu melhorar meus modos, ela vai me dar uma camiseta do Slipknot.

— Hum...

— Você vem ou não?! –Agora foi Hanabi a dizer com certa grosseria. Nagumo pensou... Pensou mais um pouco, analisou as possibilidades e quando estava para aceitar, viu na porta da escola o motivo que o relembrou o porquê dele querer ficar.

— Não vai dar não, tenho um compromisso pra hoje. Tchau! –Desepdiu-se e saiu correndo em direção do portão da escola.

— Viu?! Só perdemos tempo! Vamos embora. –Junko acenou com a cabeça e o acompanhou para fora da escola, mas a essa altura Hanabi não queria mais ir.

— Eeei! Eu não quero ficar de vela!

— O que foi que você dis...!

— Deixa ela, Junko. Vambora. –Tsubasa não notou o sorriso maliciosos nos lábios de Fudou, mas fez o que ele pediu.

~*~

— Ei amor, me espera!

 Yasmin trincou os dentes e cerrou os punhos com tanta força que suas unhas chegaram a machucar sua mão, olhou para trás vendo Nagumo correr para tentar alcança-la, e começou a caminha mais rápido.

— Ow, eu falei pra me esperar!

— Me deixa em paz! –Antes que ela pudesse dar mais um passo adiante, Haruya a segurou pelo pulso obrigando-a a olha-lo. –Me solta, o que você pensa que tá fazendo?!!

— Vim te levar pra casa, vamos. –Entrelaçou suas mãos as dela e a puxou na direção em que sua casa ficava (a casa dela).

— E quem disse que eu quero que você me leve?! Nagumo, me solta! –Ela corou ao vê-lo parar de andar e virar-se para encara-la de frente enquanto sorria segurando em suas mãos. Ela ainda gostava dele, apesar de tudo.

— Uma moça bonita não pode ir embora sozinha.

— Humpf, você fala com se eu não soubesse me defender... –Desviou seus olhos dos dele, aquele por do sol era uma ótima e perigosa paisagem romântica, não ia deixar que ele a beijasse.

— Você sabe, mas eu, como seu namorado tenho que estar por perto caso algo aconteça. –Piscou para ela, Yasmin não acreditava em como ele podia ser tão cara de pau.

— Como meu o que?!! Você sabe muito bem que nós...! –Nagumo a calou com seu dedo indicador sobre seus lábios, ela corou mais ainda. Haruya sorriu e pegou a bolsa que ela levava de seu ombro e começou a carrega-la em seu braço. – Minha bolsa!

— Vou levar pra você.

— M-mas eu não quero! Para de ser insistente!

— Quer ela? –ele perguntou enquanto balançava a bolsa de um lado para o outro em sua mão.

— Claro que sim!

— Vem pegar!

 E começou a correr, Yasmin até se preparou pra ir atrás, mas desistiu e só ficou o observando se afastar.

— Até parece que eu vou atrás de... –Ele entrou em uma viela que ela não conhecia. –Nagumo! TSc, que droga!

 E lá se foi ela atrás de seu “namorado” para tentar recuperar sua bolsa, mal sabia ela que Nagumo queria recuperar uma outra coisa que era sua...

 


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Notas finais do capítulo

¹: É aquela bolsa onde os musicistas colocam seus violões ou dependendo, pode ser violinos também.
Trollei vocês com a parte da Kat e do Kido? KKKKK acho que não ç_ç ah, enfim. O que acharam desse capitulo? Conseguem imaginar quem é a(o) Satti?MUAHAHAHAHAHAHA cara, essa fica tá ficando boa! *-* (Leva pedrada) espero que tenham gostado, eu realmente não pensei que fosse ficar tão grande, não era minha intenção sair algo desse tamanho o.õ (Tipo, quando eu quero um capitulo grande, ele não sai grande, quando eu não quero... ¬¬) bom, eu vou dormir, pq amanhã eu tenho que sair cedíssimo e eu não to nada animada pra isso -_-
KYSSUS!!! ^.~/ ,3