Talk me Down escrita por clariza


Capítulo 1
Talk me Down


Notas iniciais do capítulo

Hey there folks,
Eu precisava me expressar seus sentimentos pela Comandante (falsiane) Lexa e a Costia, e talvez chorar um pouco sem aceitar as coisas, espero que gostem.



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Anya tinha dito a Lexa para ficar na retaguarda, não que houvesse uma guerra eminente. Mas as coisas com a nação do gelo estavam ficando muito ruins, era sempre melhor se precaver, a floresta parecia monótona aos olhos da guerreira, tudo que ela podia ouvir eram o som do vento nas folhas, alguns animais pequenos e suas patas caminhando pelo chão coberto de folhas e galhos, ela suspirou, além dela haviam apenas dois outros guerreiros, não havia sequer a necessidade de usar a sua espada. Então ela ouviu o assovio, várias pessoas podiam assoviar, mas aquele assovio apenas podia significar uma pessoa. Costia.

Ela olhou em volta, vendo uma pequena borboleta azul morta sobre uma folha, Lexa caminhou até a borboleta a recolhendo e notando outra borboleta num arbusto próximo, a garota gritou avisando que deixaria o seu posto para olhar uma coisa e seguiu rumo à floresta seguindo as borboletas mortas até uma pequena clareira onde Costia a aguardava, costia não era uma guerreira, ela estudava com Nyko para ser curandeira ela tinha o dom para isso, as mãos delicadas e sorrisos mais gentis que Lexa havia visto na vida.

—Hey guerreira— ela disse sorrindo, elas não se viam há alguns dias, Lexa estava muito ocupada com a comandante, haviam planos a se fazer. A nação do gelo iria atacar a qualquer momento.

—É bom ser algo muito importante, a comandante precisa de mim — retrucou Lexa, fazendo Costia rolar os olhos.

—Sim, é muito importante eu encontrei algo. — Costia indicou um caminho pela floresta e Lexa prontamente a seguiu.

Lexa via em Costia o seu aposto, enquanto ela se preocupava em sobreviver Costia a questionava como seria viver caso não houvesse guerra, se Lexa era o fogo queimando tudo no seu caminho Costia era a brisa de verão em volta dela apagando os seus danos ou ajudando a destruir, como se de alguma forma estranha elas se completassem, a guerreira amava aquela garota mais do que havia amado qualquer coisa em sua vida, ela gostava das mãos suaves e delicadas, do longo cabelo preto, das tranças que sempre pareciam recém-feitas, gostava dos olhos escuros meticulosos que sempre pareciam olhar além dela, gostava da forma do rosto dela, dos lábios carnudos, dos sorrisos que Costia apenas dava para ela, da forma em que suas mãos pareciam milagrosas sempre prontas para curar as pessoas fazer com que elas se sentissem melhor, nem que fosse com as suas palavras, ela nunca parecia perder a calma ou agir por impulso, mesmo quando era necessário que alguém morresse, ela fazia isso delicadamente como se os colocasse pra dormir, esse era o dom de Costia fazer tudo como se fosse a coisa mais importante e delicada do mundo. O dom dela era o amor.

Costia era curiosa passava horas na floresta e voltava com todo tipo de esquisitice para ela como da vez em que ela trouxe ela trouxe um pequeno circulo, como um bracelete com riscos sem sentido escritos nele, ou livros que ela encontrava e pedia para que ela os lesse para ela já que ela não podia, Lexa era uma guerreira ela fora ensinada inglês desde que Anya a elegeu a sua segunda, Costia por outro lado não aprendera isso. Apenas guerreiros sabiam falar uma segunda língua, quando estavam sozinha Lexa ensinava algumas palavras a Costia, ela achava adorável Costia se embolando com as palavras, repetindo mesmo sem fazer ideia do que ela estava falando, às vezes Lexa fazia com ela falasse coisas bobas não para enganá-la, mas era engraçado vê-la falando coisas como “dois guerreiros debaixo de uma arvore plantando bananeira”.

Ainda de costas andando na frente e mostrando o caminho, Costia estendeu a mão para que Lexa a pegasse e de bom grado a guerreira o fez. Segurar a mão dela Costia trazia uma sensação que nada de mal poderia acontecer enquanto elas se tocavam, que não haveriam guerras ou homens da montanha para se preocupar, eram apenas as duas em qualquer lugar que estivessem os toques de mão sempre terminavam em beijos, em toques suaves no coração de Lexa palpitando como se fosse sair de seu peito, Costia deixava as pernas da guerreira moles.

Costia fez caminhar por cerca de dez minutos até um lugar que Lexa nunca tinha ido, não havia rio naquela parte da floresta apenas enormes arvores robustas que complicavam a sua visão, a morena parou a encarando e colocando as suas mãos na cintura.

—Está pronta?

—Sim — respondeu prontamente, então Costia se agachou, limpando o musgo de uma grande placa de metal com uma trava, Lexa já tinha visto esses antigos abrigos anti bombas antes não entendia por que Costia estava mostrando aquilo a ela, eram todos iguais, cheio de coisas de pessoas que nunca chegaram a tempo,Costia desfez a trava e pulou lá dentro, fazendo com que Lexa fizesse o mesmo.

Lá dentro estava completamente escuro, cheio de bugigangas que ela assumiu ser de onde Costia estava arrumando os presentes dos últimos tempos, a morena achou o que procurava com facilidade, acendendo todas as luzes do abrigo e revelando duas camas e diversos livros, todos de capa grossa e dura, deveriam ter centenas deles ali, empilhados e enfileirados próximo as paredes, Lexa deu passos olhando o local com calma e vendo que o Costia estava aprontando.Alguns passos a frente Costia estava curvada sobre uma caixa preta e reluzente com um circulo opaco em cima, partindo dele havia uma ponta metálica com uma ponta muito fina quando tentou tocar na ponta recebeu um tapa na mão de Costia, seguido por um “eu sei o que eu estou fazendo” ela se abaixou, pegando um retângulo com quatro homens na capa e colocando a circunferência sobre a caixa e colocou a ponta metálica sobre ele.

—Você não fechou a porta? — reclamou, saindo de onde estava e subindo a escada e fechou, deixando o ambiente completamente iluminado,dessa vez mais aconchegante, levemente escuro — coloca a espada longe Lex, somos só nós duas aqui dentro, sozinhas, com a minha surpresa pra você.

Ela correu até a caixa apertando um botão vermelho, a principio não houve nada,mas logo em seguida a caixa começou a ranger emitindo um som suave Costia a abraçou, colocado as suas mãos na cintura de Lexa e fazendo com que a guerreira colocasse os seus braços ao redor do pescoço dela, e apertando os seus corpos juntos, a balançando delicadamente para a direita e para a esquerda, como um padrão fácil de ser seguido. Lexa já havia lido sobre isso, sobre dança na sua vila havia algo assim, porém mais animados e ela não gostava de danças, mas naquele momento com Costia nada mais importava. Eram apenas elas, como se o mundo tivesse parado de existir, se todos os barulhos sumissem e tudo que restasse era Costia, sem outras pessoas, sem pensamentos ou preocupações, sem ontem e nem amanhã. Tudo que restava era aquele lugar que existia apenas por ela, ninguém mais poderia ter descoberto esse abrigo onde havia música, havia uma dança que Lexa não odiava, Costia fazia aquilo possível. Ela sabia que quando se soltassem o mundo voltaria a ser o que era sobrevivência do mais apto, Lexa não gostava disso, ela vivia em função desses pequenos momentos em que tudo para, ela amava quando o mundo parava, ela nunca havia se sentido assim antes, era a melhor coisa que havia sentido.

—Eu tenho que ser honesta com você Lex — sussurrou Costia — Eu penso muito em você, o tempo todo na verdade, quando eu acordo, quando eu vou dormir, no meio do meu dia… É você, é sempre você e isso está me enlouquecendo por que eu nunca sei o que você está pensando.

—Eu estou pensando em você também, estou pensando em você todo o meu dia — Lexa se afastou tirando os braços do pescoço de Costia e segurando o rosto dela firmemente, ela amava os olhos dela, tão negros como a noite, mas tão brilhantes como todas as estrelas juntas, Lexa puxou o seu rosto beijando os lábios dela com suavidade, sentindo o gosto dos lábios tão doces e macios, sem resistência, as suas línguas se tocando e massageando uma a outra, Lexa desejou que aquele momento durasse até o fim dos seus dias e além deles, tudo que ela quis era ficar em algum lugar da floresta entregue a mulher que ela amava.






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Notas finais do capítulo