Ally: Jogo de Amor escrita por Ella
Segunda, 07 de Setembro. (Continuação)
Respirando ofegante Ally mal consegue acreditar que seu pai está na sua frente acordado. Ela hesita e se cala, sua voz falha:
- Filha, não fique ai me olhando, venha me dar um abraço! - Seu pai exclama.
- Desculpe papai! - Sorri e vai até ele.
Ela o abraça com cuidado, com medo de machucá-lo mais ou causar dor:
- Como se sente? Está com dor? Cansado, sonolento? - Pergunta o admirando doce.
- Estou com um pouco de dor no corpo, mas nada que precise se preocupar! - Informa calmamente. - É bom vê-la minha filha! - Beija sua testa.
- Digo o mesmo papai! - Acentua. - Já viu mamãe? Espera, acho que sim! - Sorri.
- Sim, a vi sim! - Ri. - Ela estava ao meu lado quando acordei! - Detalha.
- Mamãe não descansou nem um minuto! - Ressalta.
- Eu sei, e sei também como você está debilitada com tudo isso. - Revela. - Minha filha, você não está nem comendo! - Lamenta.
- Estou bem! - Diz modesta. - Estão cuidando de mim! - Sorri leve.
- Hum, cuidando de você? Por acaso fala do... Nick? - Indaga. - Sua mãe me falou desse rapaz!
- Não só dele, mas também da Nane, que é sua avó, e da Sophie, que é sua mãe. - Conta. - Ela falou dele?! - Indaga surpresa.
- Falou! - Frisa.
- Com licença! - Entra uma enfermeira. - Ally, ele não pode falar muito, tem que descansar. E, tem uns policiais ai fora, querem fazer umas perguntas ao senhor! - Se direciona para Marcelo.
- Certo. Obrigado! - Ele agradece.
- Disponha! - Acena com a cabeça. - Ally, você tem 5 minutos, depois os policias vão entrar e seu pai vai descansar! - Informa.
- Está bem! - Entende meiga.
A enfermeira sai:
- Filha!
- Sim papai? - Questiona.
- Você veio com o... Nick? - Interroga.
- Hã! - Fica receosa. - Sim, vim sim! - Responde. - Se bem que não sei onde ele está. Entrei correndo! - Explica.
- Será que pode procurá-lo para mim!? - Pergunta. - Quero conhecê-lo!
- Sim. - Está tensa. - Volto já!
Ela sai pela porta nervosa e vê Nick no corredor, apoiado na parede:
- Nick?! - O chama. Parece distraído em pensamentos.
- Sim! - Olha para cima. - Ah, oi Ally! Como está seu pai?
- Ele quer conhecê-lo. Mamãe falou de você para ele e agora está... Curioso. Eu acho! - Torce a boca.
- Ok. Estou indo. - Diz aparentemente neutro.
- Okay! - Ela sorri levemente e caminha de volta a UTI.
Ele respira fundo e engole seco. Caminhando devagar até a cama de Marcelo ele sente um medo diferente do que tem sentindo nos últimos dias, não é medo de perder, alguém ou algo, é medo de ser não ser entendido ou de não ser visto com bons olhos, e dessa forma ser rejeitado, ou julgado, ou não aprovado pelo ser que é, atualmente. Nick para em frente a cama dele, tentando não mostrar nervosismo:
- Rapaz, venha mais perto! - Marcelo pede.
- Sim senhor! - Vai até sua frente.
- Então você é o Nick? - Questiona intimidador.
- Sim, Nicolas Blacker na verdade. Mas pode chamar de Nick! - Diz educado.
- Hum! - Resmunga. - Educado! É sempre assim ou é por causa do nervosismo? - Interroga brincalhão.
- Por causa do nervosismo! - Sorri tenso.
- Olha, confessou! - Exclama. - Interessante!
- O Nick não mente papai! - Ally conta.
- Hum. Não?! Por que? - Questiona curioso.
- Mentira não traz nada bom. É traiçoeira! - Ele ressalta.
- Verdade! - Concorda. - Bem, então rapaz, tem cuidado direto da minha filha? - Indaga.
- Sim! - A olha. - Todos nós temos cuidado muito bem dela! - Assegura.
- Minha esposa disse que toda a sua família tem um grande sentimento de afeto pela Ally! - Conta.
- Moro com minha mãe e minha avó, elas estão ao meu lado desde que nasci. Elas são a minha família, toda a família ao qual preciso. Se o "toda a minha família" da Sra. Fllower for referente as pessoas que me educaram e me amam, então posso dizer que ela está certa! - Esclarece sábio.
- Você é um rapaz inteligente Nick. Tem um bom coração e é educado! - Detalha. - Muito bem, continue cuidando da minha filha! Ela é muito preciosa para minha esposa e eu. - Explica.
- Sim, eu sei! - A olha bobo.
- Está na hora. Ally, os policias vão entrar agora! - A enfermeira avisa.
- Está bem! - Entende. - Até mais papai! - O beija a testa.
- Até querida! - Se despede. - Até rapaz!
- Tchau senhor! - Acena com a cabeça.
Ally sai com Nick da UTI, eles ficam silenciados. Indo para a cafeteria Ellie os encontra:
- Filha! - Exclama. - Viu seu pai?
- Sim mamãe! - A abraça. - O que Dr. Cícero disse sobre o estado dele agora?
- Bem... Não mudou muita coisa. Aparentemente o pulmão dele está funcionando um pouco melhor, porque seu pai está o forçando, a perna continua do mesmo jeito. - Lamenta. - Não sabemos bem o que vai acontecer, esperamos que agora que ele está acordado, a recuperação seja mais rápida. - Explica.
- Ele vai ficar bom! - Torce.
- Sim, vai! - Frisa. - Mas e você minha filha? Está comendo bem? Dormindo? - Interroga.
- Não muito. - Conta. - Estou bem fraca na verdade!
- Ela já desmaiou várias vezes Sra. Fllower! - Nick comunica. - Ficamos bem preocupados!
- Minha filha! Por favor! Precisa se cuidar! - Pede. - Dr. Caio pediu para você ir tomar soro, você vomitou muito esses dias!
- Eu... - Gagueja.
- Vá por favor Ally! - Ele pede. - Você ainda está bem fraca! - Acentua preocupado.
- Está bem! - Cede. - Vou porque não quero preocupá-los ainda mais! - Explica.
- Ok! Eu vou passar na UTI para ver seu pai, e de lá vou para o meu setor! - Avisa.
- Está bem mamãe! - Entende. - Bom trabalho! - Deseja e a abraça.
- Obrigada querida! - Agradece. - Tchau querido! - Diz a Nick.
- Até mais Sra. Fllower! - Se despede.
Ellie acena com a cabeça e sai:
- Você vai comigo até a sala do Dr. Caio? - Ally pergunta branda.
- Ainda pergunta?! - Sorri cativante. - Vamos!
Dr. Caio fica feliz por a ver, a coloca o soro e a deixa na companhia de Nick:
- Eu não vou ter como ir para a escola hoje não é? - Ela questiona já ciente.
- Humhum! Não. - Afirma.
Ela está deitada na cama para ficar mais confortável e ele está sentado numa cadeira ao seu lado:
- Eu queria ir, mas estar aqui sabendo que papai está consciente, é tranquilizante. - Acentua.
- Eu sei! - Frisa. - Também me sinto tranquilizado, porque você está se cuidando! - Destaca.
Ally sorri envergonhada e boceja:
- Está com sono? - Pergunta.
- Um pouco! - Diz. - Mas não consigo dormir! - Detalha.
- Bem, tente. Vou pegar um café e já volto! - Informa se levantando.
- Okay! - Exclama doce.
Às 17h30 da tarde eles vão para casa, Ally conversa com o pai mais uma vez antes de se despedir. A caminho da casa Blacker o silêncio é agradável, pois em vez de ouvir buzinas, gritos e carros correndo, eles ouvem o vento soprando nas árvores, pássaros ao longe cantarolando e as suas respirações amenas.
- Como foi no hospital? Como está o seu pai Ally? - Sophie questiona preocupada e curiosa.
- Ele está bem consciente. Ainda sente dor, e dificuldade para respirar, a perna não melhora, mas, tenho certeza que ele vai se recuperar! - Diz tentando ser otimista.
- Sim, vai! - Sophie torce.
- Vou tomar banho! - Informa. - Até já.
- Até querida!
Ela sobe a escada.
- E você meu filho? O que vai fazer agora? - O interroga.
- Hum, não sei. Não sei se me banho primeiro ou se lancho logo! - Diz confuso.
- Tome logo seu banho, e então quando for lanchar, você tenta fazer a Ally comer algo! - Diz esperta.
- Boa ideia! - Exclama.
Após se banharem, os dois descem e se encontram na cozinha:
- Você demorou lá em cima! - Nick acentua.
- Estava falando com Baby. - Explica.
Ele coloca comidas sobre a mesa, enquanto ela está sentada na cadeira do canto:
- Ah, e como ela está? - Puxa assunto.
- Está bem, e com saudades, assim como eu! - Detalha.
- Saudades? Só de você ou de mim também? - Brinca sentando em sua frente.
- Hum! - Levanta os ombros resmungando.
- O que foi? Parece abatida? - Questiona.
- Só me sinto um pouco fraca ainda! - Esclarece.
- Tente comer algo. - Pede. - Faça um esforço. Não acha que seria bom para seu pai a ver forte e saudável?
- Hum. Sim! - Sublinha. - Mas... Tenho a impressão que se eu comer, vou vomitar ainda! - Comenta.
- Coma o que conseguir. - Insiste.
- Hã... Okay! - Ela olha a mesa e pega uma metade de maçã.
Ally comi a maçã devagar, e ainda não consegue comer todo o pedaço:
- Não quer mais? - A vê jogar no lixo.
- Não, não consigo! - Diz.
- Pelo menos comeu umas gramas! - Se mantém otimista.
- Sim! - Sorri torcendo a boca.
Na sala Nick liga a TV, fica batendo os pés, até que Ally aparece:
- Falou com Baby? Ela ligou de repente! - Diz tentando conseguir informações.
- Sim. Ela só queria conversar mesmo! - Se senta ao seu lado no sofá e boceja.
- Sono? - Indaga.
- Cansaço talvez. - Insinua.
- Deite na minha perna! - Manda.
- Tá bom. - Se ajeita e deita. - O que (boceja) está vendo?
- É os vingadores! - Informa. - Gosta?
- Sim, sim! - Exclama. - Adoro a Viúva Negra, ela é linda! - Destaca.
- Verdade, essa atriz é linda mesmo! - Concorda.
- É?
- Sim! - Assegura.
- Hum! - Afofa sua perna como se fosse um travesseiro.
- Minha perna não é uma almofada ou travesseiro! - Ri. - Quer que eu coloque uma almofada no colo para ficar mais confortável? - Pergunta.
- Não se atreva! - Diz séria. - Está bom assim!
- Ok. - Sorri.
Ele começa a fazer cafuné nela, e a percebe fechar os olhos cochilando. Logo Ally adormece e ao acabar o filme ele a leva para o quarto.
- Boa noite! - A cobre e beija a testa.
Vai para o quarto e apaga de cansaço.
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