Ally: Jogo de Amor escrita por Ella


Capítulo 47
Afeto




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Segunda, 07 de Setembro. (Continuação)
Respirando ofegante Ally mal consegue acreditar que seu pai está na sua frente acordado. Ela hesita e se cala, sua voz falha:
  - Filha, não fique ai me olhando, venha me dar um abraço! - Seu pai exclama.

  - Desculpe papai! - Sorri e vai até ele.

Ela o abraça com cuidado, com medo de machucá-lo mais ou causar dor:
  - Como se sente? Está com dor? Cansado, sonolento? - Pergunta o admirando doce.

  - Estou com um pouco de dor no corpo, mas nada que precise se preocupar! - Informa calmamente. - É bom vê-la minha filha! - Beija sua testa. 

  - Digo o mesmo papai! - Acentua. - Já viu mamãe? Espera, acho que sim! - Sorri.

  - Sim, a vi sim! - Ri. - Ela estava ao meu lado quando acordei! - Detalha. 

  - Mamãe não descansou nem um minuto! - Ressalta. 

  - Eu sei, e sei também como você está debilitada com tudo isso. - Revela. - Minha filha, você não está nem comendo! - Lamenta.

  - Estou bem! - Diz modesta. - Estão cuidando de mim! - Sorri leve.

  - Hum, cuidando de você? Por acaso fala do... Nick? - Indaga. - Sua mãe me falou desse rapaz!

  - Não só dele, mas também da Nane, que é sua avó, e da Sophie, que é sua mãe. - Conta. - Ela falou dele?! - Indaga surpresa.

  - Falou! - Frisa.

  - Com licença! - Entra uma enfermeira. - Ally, ele não pode falar muito, tem que descansar. E, tem uns policiais ai fora, querem fazer umas perguntas ao senhor! - Se direciona para Marcelo. 

  - Certo. Obrigado! - Ele agradece.

  - Disponha! - Acena com a cabeça. - Ally, você tem 5 minutos, depois os policias vão entrar e seu pai vai descansar! - Informa. 

  - Está bem! - Entende meiga.

A enfermeira sai:
  - Filha! 

  - Sim papai? - Questiona.

  - Você veio com o... Nick? - Interroga.

  - Hã! - Fica receosa. - Sim, vim sim! - Responde. - Se bem que não sei onde ele está. Entrei correndo! - Explica.

  - Será que pode procurá-lo para mim!? - Pergunta. - Quero conhecê-lo! 

  - Sim. - Está tensa. - Volto já! 

Ela sai pela porta nervosa e vê Nick no corredor, apoiado na parede:
  - Nick?! - O chama. Parece distraído em pensamentos.
 
  - Sim! - Olha para cima. - Ah, oi Ally! Como está seu pai?

  - Ele quer conhecê-lo. Mamãe falou de você para ele e agora está... Curioso. Eu acho! - Torce a boca. 

  - Ok. Estou indo. - Diz aparentemente neutro.

  - Okay! - Ela sorri levemente e caminha de volta a UTI.

Ele respira fundo e engole seco. Caminhando devagar até a cama de Marcelo ele sente um medo diferente do que tem sentindo nos últimos dias, não é medo de perder, alguém ou algo, é medo de ser não ser entendido ou de não ser visto com bons olhos, e dessa forma ser rejeitado, ou julgado, ou não aprovado pelo ser que é, atualmente. Nick para em frente a cama dele, tentando não mostrar nervosismo:
  - Rapaz, venha mais perto! - Marcelo pede. 

  - Sim senhor! - Vai até sua frente.

  - Então você é o Nick? - Questiona intimidador.

  - Sim, Nicolas Blacker na verdade. Mas pode chamar de Nick! - Diz educado. 

  - Hum! - Resmunga. - Educado! É sempre assim ou é por causa do nervosismo? - Interroga brincalhão.

  - Por causa do nervosismo! - Sorri tenso.

  - Olha, confessou! - Exclama. - Interessante!

  - O Nick não mente papai! - Ally conta.

  - Hum. Não?! Por que? - Questiona curioso.

  - Mentira não traz nada bom. É traiçoeira! - Ele ressalta.  

  - Verdade! - Concorda. - Bem, então rapaz, tem cuidado direto da minha filha? - Indaga.

  - Sim! - A olha. - Todos nós temos cuidado muito bem dela! - Assegura.

  - Minha esposa disse que toda a sua família tem um grande sentimento de afeto pela Ally! - Conta.

  - Moro com minha mãe e minha avó, elas estão ao meu lado desde que nasci. Elas são a minha família, toda a família ao qual preciso. Se o "toda a minha família" da Sra. Fllower for referente as pessoas que me educaram e me amam, então posso dizer que ela está certa! - Esclarece sábio.

  - Você é um rapaz inteligente Nick. Tem um bom coração e é educado! - Detalha. - Muito bem, continue cuidando da minha filha! Ela é muito preciosa para minha esposa e eu. - Explica. 

  - Sim, eu sei! - A olha bobo.

  - Está na hora. Ally, os policias vão entrar agora! - A enfermeira avisa. 

  - Está bem! - Entende. - Até mais papai! -  O beija a testa. 

  - Até querida! - Se despede. - Até rapaz!

  - Tchau senhor! - Acena com a cabeça.

Ally sai com Nick da UTI, eles ficam silenciados. Indo para a cafeteria Ellie os encontra:
  - Filha! - Exclama. - Viu seu pai?

  - Sim mamãe! - A abraça. - O que Dr. Cícero disse sobre o estado dele agora?

  - Bem... Não mudou muita coisa. Aparentemente o pulmão dele está funcionando um pouco melhor, porque seu pai está o forçando, a perna continua do mesmo jeito. - Lamenta. - Não sabemos bem o que vai acontecer, esperamos que agora que ele está acordado, a recuperação seja mais rápida. - Explica.

  - Ele vai ficar bom! - Torce.

  - Sim, vai! - Frisa. - Mas e você minha filha? Está comendo bem? Dormindo? - Interroga.  

  - Não muito. - Conta. - Estou bem fraca na verdade!

  - Ela já desmaiou várias vezes Sra. Fllower! - Nick comunica. - Ficamos bem preocupados!

  - Minha filha! Por favor! Precisa se cuidar! - Pede. - Dr. Caio pediu para você ir tomar soro, você vomitou muito esses dias!  

  - Eu... - Gagueja.

  - Vá por favor Ally! - Ele pede. - Você ainda está bem fraca! - Acentua preocupado.

  - Está bem! - Cede. - Vou porque não quero preocupá-los ainda mais! - Explica.

  - Ok! Eu vou passar na UTI para ver seu pai, e de lá vou para o meu setor! - Avisa.

  - Está bem mamãe! - Entende. - Bom trabalho! - Deseja e a abraça.

  - Obrigada querida! - Agradece. - Tchau querido! - Diz a Nick.

  - Até mais Sra. Fllower! - Se despede.

Ellie acena com a cabeça e sai:
  - Você vai comigo até a sala do Dr. Caio? - Ally pergunta branda.

  - Ainda pergunta?! - Sorri cativante. - Vamos! 

Dr. Caio fica feliz por a ver, a coloca o soro e a deixa na companhia de Nick:
  - Eu não vou ter como ir para a escola hoje não é? - Ela questiona já ciente.

  - Humhum! Não. - Afirma. 

Ela está deitada na cama para ficar mais confortável e ele está sentado numa cadeira ao seu lado:
  - Eu queria ir, mas estar aqui sabendo que papai está consciente, é tranquilizante. - Acentua. 

  - Eu sei! - Frisa. - Também me sinto tranquilizado, porque você está se cuidando! - Destaca.

Ally sorri envergonhada e boceja:
  - Está com sono? - Pergunta.

  - Um pouco! - Diz. - Mas não consigo dormir! - Detalha. 

  - Bem, tente. Vou pegar um café e já volto! - Informa se levantando.

  - Okay! - Exclama doce.

Às 17h30 da tarde eles vão para casa, Ally conversa com o pai mais uma vez antes de se despedir. A caminho da casa Blacker o silêncio é agradável, pois em vez de ouvir buzinas, gritos e carros correndo, eles ouvem o vento soprando nas árvores, pássaros ao longe cantarolando e as suas respirações amenas.
  - Como foi no hospital? Como está o seu pai Ally? - Sophie questiona preocupada e curiosa.

  - Ele está bem consciente. Ainda sente dor, e dificuldade para respirar, a perna não melhora, mas, tenho certeza que ele vai se recuperar! - Diz tentando ser otimista.

  - Sim, vai! - Sophie torce. 

  - Vou tomar banho! - Informa. - Até já.

  - Até querida! 

Ela sobe a escada.
  - E você meu filho? O que vai fazer agora? - O interroga.

  - Hum, não sei. Não sei se me banho primeiro ou se lancho logo! - Diz confuso.

  - Tome logo seu banho, e então quando for lanchar, você tenta fazer a Ally comer algo! - Diz esperta.

  - Boa ideia! - Exclama. 

Após se banharem, os dois descem e se encontram na cozinha:
  - Você demorou lá em cima! - Nick acentua.

  - Estava falando com Baby. - Explica. 

Ele coloca comidas sobre a mesa, enquanto ela está sentada na cadeira do canto:
  - Ah, e como ela está? - Puxa assunto.

  - Está bem, e com saudades, assim como eu! - Detalha. 

  - Saudades? Só de você ou de mim também? - Brinca sentando em sua frente. 

  - Hum! - Levanta os ombros resmungando.

  - O que foi? Parece abatida? - Questiona.

  - Só me sinto um pouco fraca ainda! - Esclarece.

  - Tente comer algo. - Pede. - Faça um esforço. Não acha que seria bom para seu pai a ver forte e saudável? 

  - Hum. Sim! - Sublinha. - Mas... Tenho a impressão que se eu comer, vou vomitar ainda! - Comenta.

  - Coma o que conseguir. - Insiste.

  - Hã... Okay! - Ela olha a mesa e pega uma metade de maçã. 

Ally comi a maçã devagar, e ainda não consegue comer todo o pedaço:
  - Não quer mais? - A vê jogar no lixo.

  - Não, não consigo! - Diz. 

  - Pelo menos comeu umas gramas! - Se mantém otimista. 

  - Sim! - Sorri torcendo a boca.

Na sala Nick liga a TV, fica batendo os pés, até que Ally aparece:
  - Falou com Baby? Ela ligou de repente! - Diz tentando conseguir informações.

  - Sim. Ela só queria conversar mesmo! - Se senta ao seu lado no sofá e boceja.

  - Sono? - Indaga.

  - Cansaço talvez. - Insinua.

  - Deite na minha perna! - Manda. 

  - Tá bom. - Se ajeita e deita. - O que (boceja) está vendo?

  - É os vingadores! - Informa. - Gosta?

  - Sim, sim! - Exclama. - Adoro a Viúva Negra, ela é linda! - Destaca.

  - Verdade, essa atriz é linda mesmo! - Concorda.

  -   É? 

  - Sim! - Assegura. 

  - Hum! - Afofa sua perna como se fosse um travesseiro. 

  - Minha perna não é uma almofada ou travesseiro! - Ri. - Quer que eu coloque uma almofada no colo para ficar mais confortável? - Pergunta.

  - Não se atreva! - Diz séria. - Está bom assim! 

  - Ok. - Sorri. 

Ele começa a fazer cafuné nela, e a percebe fechar os olhos cochilando. Logo Ally adormece e ao acabar o filme ele a leva para o quarto.
  - Boa noite! - A cobre e beija a testa. 

Vai para o quarto e apaga de cansaço.


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