Arata na Hajimari escrita por Alexiel Suhn


Capítulo 1
Capítulo I: Shinigami


Notas iniciais do capítulo

 
Recadinho: Todos sabe que os personagens de Inu Yasha pertencem a Rumiko-sensei né?! XD



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Dedico este fanfic a todos os meus leitores e amigos que acompanham.

Espero que aproveitem mais uma saga de Sesshoumaru e Rin.

Boa leitura.

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Arata na Hajimari

 

 

 

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Capítulo I: Shinigami.

 

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Sinopse: Você já amou tanto a ponto de esquecer tudo o que há em sua volta? Já amou tanto a ponto de querer fugir de sua realidade? Já amou tanto a ponto de criar esperanças em algo inacreditavel?

 

Nunca pensou que uma simples caneta seria tão interessante como estava sendo naquele momento, já havia terminado todo o trabalho e a empresa estava em seu melhor momento, mas o simples pensamento de ter que voltar para casa e não encontra-la o atormentava. Ficava até tarde trabalhando e quando não havia mais o que fazer observava a lua em sua magnífica pose no céu. Era por isso que naquele momento ele apenas largara o seu objeto de atenção e girara sua poltrona para olhar através da parede de vidro do edifício.

 

Em sua casa existia uma criança de olhos liláses e cabelos simples e puramente prateados, aguardando. Toda noite Hakudoushi dormia sobre o sofá abraçado no seu cobertor esperando que seu pai retornasse depois de um longo dia. Com certeza Rin o repudiaria se soubesse que estava fazendo isso com o filho, mas as esperanças de Sesshoumaru não mais se mantinham no auge e aos poucos eram convertidos em rendição e frieza.

 

Sesshoumaru observou a forma arredondada da lua cheia, o brilho forte que emitia iluminando os arranhas-céus de forma assombrosa, mas que ao mesmo tempo mostrava uma beleza inigualavel, também notava as partes mais escuras da face branca, aquelas que deveriam ser as grandes crateras do satélite natural da Terra. E foi pensando nos grandes avanços científicos e tecnológicos que seus pensamentos começaram a se desviar fazendo-o viajar pelo tempo de suas lembranças, agora, aqueles orbes dourados estavam focando o nada.

 

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- Sesshy! Daqui a pouco é Ano Novo. Que tal um pedido? - Rin perguntou segurando a mão do filho e do marido.

- Já tenho tudo o que pedi. - foi a resposta de Sesshoumaru observando os traços do belo rosto de sua amada e a forma de como aquele vestido branco lhe moldava perfeitamente.

- E você, Haku? - Rin agachou-se ficando na altura dos olhos do pequeno menino.

- Tenho tudo que pedi. - respondeu imitando o pai.

- Hmm, então farei o meu. Sesshy, pode segurar Hakudoushi para eu ir mais perto do mar?

- Claro. - ele respondeu segurando a pequenina mão de Hakudoushi.

 

Depois que ela se aproximou da beira da calçada, que possuía uma bela vista para o mar, tudo aconteceu muito rápido. Rin fechou seus olhos segurando as mãos frente ao peito fazendo seu pedido, parecia que a atenção de Sesshoumaru estava apenas nela, a expressão da mulher era tão pacífica, tão aprazível aos olhos de qualquer ser humano. Mas amar tanto Rin foi seu erro, foi ficar hipnotizado a ela que não notou o filho soltar-se de sua mão e se afastar entretido com fogos infantis que giravam e faiscavam no meio da rua interditada.

 

Num segundo um carro passou pelas barreiras feitas por cavaletes e ziguezagueava entre as pessoas que desviavam pela sorte. Pais puxavam suas crianças para a proteção de seus braços, mas Sesshoumaru apenas ficou observando sua amada olhar pra ele, com aquele sorriso que o iluminava e, em seguida, desmancha-lo, enquanto saía correndo. Os orbes dourados seguiram-na não entendendo o que havia ocorrido. Depois apenas viu Rin atirar-se para frente empurrando o filho, a criança saiu do alcance do carro, contudo o mesmo não pôde dizer dela e ver aquele corpo frágil ser atingido pelo carro fê-lo estremecer. 

 

 

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A poltrona girou bruscamente e Sesshoumaru levantou-se não evitando ir até a cara garrafa de uísque. A tampa foi retirada e ele tentou apenas se concentrar no líquido que enchia o copo de cristal. Após por a quantidade satisfatória no recipiente bebericou um gole da bebida, contudo nem o alcool fazia as imagens sumirem de sua mente, era como se estivesse vivenciando tudo outra vez.

 

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- Rin!! Rin!!! Aguente firme. A ambulância está vindo. - Sesshoumaru havia corrido até a mulher estirada no chão, quando tentou toca-la apenas não conseguiu, estava tão ferida.

- Haku...Hakudoushi está bem? - notava-se como as pupilas estavam dilatadas e atordoada, tentava se mexer, mas era impedida - Me...meu filho, e..ele está bem?

- Sim, Rin. Você o salvou. - o homem de olhos dourados passou a mão pelos cabelos prateados manchando-os de sangue, mas ele não estava preocupado com este fato.

- Se...Sesshy...

- Não. Não fale, Rin. - tentou acalma-la, mas era algo que nem Sesshoumaru conseguia se manter.

- "Te amo. - foi a última coisa que Rin falou antes de perder a consciência.

 

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E aquelas foram as últimas palavras dela fazia quase um ano. Sesshoumaru tomou o que restava no copo de uma única vez estreitando os olhos e lançando o copo pela sala estilhaçando-o na parede. Ele segurou o paletó, saindo da sala,  já passava das dez e tinha um filho para cuidar e foi pensando em Hakudoushi que um fio de esperança renovou-se, sua Rin voltaria, sua amada sairia do coma e ele pediria perdão pelo que fez.

 

Evitou fazer barulho quando trancava a porta com o maço de chaves. Sesshoumaru livrou-se do paletó e, foi andando pelo hall, que notou um baixo som vindo da sala. Todas as luzes estavam apagadas, mas ele sabia o que estava ocorrendo, caminhando até o sofá o homem agachou-se tocando os cabelos prateados do pequeno menino que dormia tranquilamente coberto pela manta azul que o aquecia.

 

- Ah, Hakudoushi. - ele sussurrou colocando o menino nos braços. Sesshoumaru já havia dito e repetido diversas vezes para o filho não dormir no sofá, mas mesmo assim, todas as noites adormecia esperando pelo pai.

- Papai chegou. - o menino, sonolento, coçou os olhos tentando focalizar a imagem do pai.

- Hakudoushi. - Sesshoumaru começou falando em tom de aviso, mas suavizou o tom ao olhar a criança se encolher nos seus braços - O que disse sobre dormir no sofá?

- Mas é quando posso ver papai. - para uma criança de cinco anos Hakudoushi possuía uma pronúncia boa, embora as vezes fosse enrolada ainda.

- Hakudoushi, o natal está chegando. - o homem queria mudar o rumo da conversa, não queria entrar em momentos sentimentais, nunca fora destas coisas. Rin era a única que havia conseguido fazer com que o gelo que havia ao redor de seu coração derretesse - O que quer de natal hein?

- Eu quero a mamãe, papai. - Sesshoumaru olhou tão fundo nos olhos da criança que poderia ver por alguns momentos a saudade e o sofrimento materializados.

- Já conversa...

- Hakudoushi sente falta da mamãe, ela dorme faz muito tempo, papai. Eu quero a mamãe. - os olhos encheram-se de lágrimas e Hakudoushi escondeu o rosto no cobertor, ele sabia que seu pai não gostava de birras, mas sentia tanta falta da mãe que seu coração ardia.

 

Já no quarto de Hakudoushi, Sesshoumaru sentou-se com o menino entre os braços afagando-lhe os cabelos, aos poucos as lágrimas secaram-se abrindo caminho ao sono que fazia os olhos liláses fecharem-se até adormecer por completo. Deitou a criança na cama e o cobriu, esperando que no amanhecer estivesse melhor, estava pensando agora em como prejudicou o filho em ignora-lo para não lembrar de Rin. Contudo, no momento, a única coisa que poderia fazer era dormir e no dia seguinte começar a pôr tudo na "linha".

 

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Os raios de sol invadiam o quarto enquanto o vento balançava a cortina branca de decoração. A iluminação a incomodou fazendo com que a mulher se virasse na cama para procurar seu companheiro. Apalpou a área vazia e arqueou a cabeça ainda meio sonolenta.

 

- Sesshy? - Rin perguntou se apoiando nos cotovelos e observando ao redor do quarto, mas não o encontrou - Sesshoumaru? Que horas são? - ela sentou-se na cama e tentou ajeitar o cabelo - Tive um pesadelo horrível. Sesshy?

 

Tentou imaginar o que havia acontecido. Sesshoumaru nunca havia saído da cama sem antes acorda-la e dar-lhe seu beijo matinal. Oras, ele iria ver só uma coisa, a mulher lhe encheria de beijos quando o encontrasse. Saiu da cama passando pela porta e enquanto procurava o marido notou que a governanta, Kaede, estava vindo em sua direção.

 

- Bom dia, Kaede. - Rin cumprimentou esboçando seu melhor sorriso, contudo nenhum retorno veio da mulher mais velha - Kaede?

 

A senhora simplesmente entrou no quarto do casal, provavelmente para arruma-lo, e a ignorou completamente. O que será que havia acontecido? Era o que Rin se perguntava voltando a caminhar. "Parece até que ela não me via", pensou a garota notando conhecidas vozes saindo do quarto do filho.

 

Aproximou-se mais da porta enquanto ouvia Sesshoumaru falar com Hakudoushi seriamente. Isto a surpeendeu já que normalmente quem conversava mais com o filho era ela, Rin. Furtivamente entrou no quarto, sabia que o marido a notaria, mas provavelmente não lhe cumprimentou, pois estava conversando com o menino, caminhou pelo canto do quarto e nem mesmo Hakudoushi havia lhe notado. Estagnou agora prestando atenção no que falavam.

 

- Hakudoushi, você entende que estamos passando por momentos difíceis? - perguntou Sesshoumaru agachado, apoiando um dos joelhos no chão enquanto olhava fixamente os olhos liláses, desvendando os vários sentimentos e emoções que passavam brilhantes por eles.

 

O menino apenas afirmou com a cabeça, balançando os pesinhos, tentando prestar o máximo de atenção que pudesse para entender as palavras que seu pai dizia, por um momento sentiu falta da mãe, era tão mais fácil entende-la.

 

- Eu estive... - Sesshoumaru pensou por alguns segundos nas melhores palavras que poderia arranjar na explicação - ... distante durante este ano.

- Ahn? Como assim distante? - Rin perguntou dando uns passos a frente, mas ninguém novamente a notou.

- Mas agora estarei aqui com você para enfrentarmos isto juntos. - Sesshoumaru completou sem ouvir a interferência feita pela mulher.

- Papai, a mamãe não vai voltar? - Hakudoushi perguntou olhando para o chão enquanto tentava disfarçar a voz embargada.

- Estou aqui, Hakudoushi. - ela disse batendo suavemente as palmas das mãos no peito - Eu estou a...

- Não irei mais abandona-lo. - o homem completou afagando o cabelo do menino interrompendo, sem intenção, sua Rin.

- Você fez o que? - ela fez questão de ressaltar o "o que?" - Escute bem Sesshoumaru se não olhar agora mesmo para mim eu...

 

Rin continuou a falar, mas não foi ela quem chamou a atenção deles e sim a hamster de Hakudoushi. A pequena roedora havia se levantado nas patas traseiras e guinchava, gesticulando com as patinhas dianteiras, apontando para Sesshoumaru, como se estivesse falando com ele.

 

- Ela parece estar brigando com você, papai. - Hakudoushi falou olhando a hamster.

- É claro que estou. - Rin completou cruzando os braços, algo que ela não notou é que a hamster da família fez o mesmo gesto.

 

Erguendo-se, Sesshoumaru, prostrou-se ereto, observando a hamster, arqueando uma sobrancelha aos estranhos gestos que ela fazia, mas o que estava havendo ali?

 

Foi só então que Rin parou de falar e olhou aonde estava. Não havia notado que parara no mesmo lugar em que estava a gaiola do bichinho de estimação e só então entrou em desespero ao notar que a roedorazinha do filho fazia os mesmos gestos que ela. A mulher de cabelos castanhos olhou as próprias mãos, gestos imitados pela hamster, e em assombro saiu da aréa da moradia de sua "imitadora" indo para trás, mas não controlou seus passos tropeçando e atrevessando a parede.

 

- Não! Sesshoumaru! - foi o grito da mulher enquanto caía, mas não sentiu o chão.

- Pare de gritar, garota. - foi a voz séria de uma mulher que Rin ouvia, mas olhando para os lados não a encontrou.

 

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Não entendeu o que estava acontecendo foi por isso que caminhou até a gaiola quando viu a pequena roedora correr para trás até bater nas grades da gaiola e sumir entre os pedaços de serragem. Levantou-se, balançando o focinho de um lado para outro e, como se nada tivesse acontecido, voltou normalmente para sua rodinha de plástico. Ouviu então como se tivessem o chamado, Sesshoumaru foi até a janela, observando entre o vidro, rigorosamente limpo, se achava a fonte daquela voz que gritava seu nome. Talvez fosse o vento, mas era estranho o vento sair por aí chamando por "Sesshoumarus". Depois de algum tempo acreditando que tudo isso fora apenas uma peça de sua mente voltou a atenção para o filho continuando sua conversa.

 

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- Quem é você? - Rin perguntou enquanto batia os braços como se estivesse voando, já que estava a alguns metros do chão e olhava para todos os lados procurando a voz.

- ... - um portal abriu-se frente a garota e dele saiu uma mulher séria e de olhar repreendedor - Pare de bater os braços. Não há necessidade de fazer isso.

- Mas... - Rin parou de mexer os braços e observou a mulher que usava kimono branco e vermelho - ... o que está acontecendo? Por que atravessei a parede? Porque  ninguém me escuta ou vê? Porque...

- Calada. - a mulher de longos cabelos negros estreitou os olhos ante as seguidas perguntas de Rin, como humanos eram irritantes - Seu corpo está em coma e seu espírito saiu, por isso ninguém a vê ou escuta.

- Então tudo aquilo não foi um sonho. - Rin falou mais para si do que para qualquer outra pessoa, ou seja lá o que fosse aquela mulher.

- Isto.

- Quem você é? - Rin perguntou olhando o portal que se fechava atrás da estranha mulher.

- Alguns me chamam de Kikyou. - foi a resposta seca vinda da mulher que levou Rin até o chão e antes mesmo que a garota lhe fizesse a pergunta que todos os outros espíritos faziam, ela já respondeu - Sou uma shinigami.

- Shinigami?

- Uma deusa da morte, ceifadora, como melhor quiser encarar. - Kikyou continuou falando sem,em momento algum desviar seus olhos - Enquanto permanecer fora do corpo em Terra eu serei responsável pela sua estádia aqui.

 

Rin estava ainda confusa, mas aos poucos conseguia processar estas novas informações que lhe eram dadas. Olhou o jardim envolta e voltou a observar a mulher que se denominara Kikyou na sua frente.

 

- Isso tudo é muito legal da parte de vocês, mas eu prefiro voltar pro meu corpo e acordar. Quero abraçar meu filho e meu marido.

 

Houve alguns segundos de silêncio em que Rin acreditava que tudo voltaria a normalidade tão simplesmente, mas aparentemente não era o que estava por vir.

 

- Acredito que não tenha me entendido. - Kikyou observou Hakudoushi correr até o carro e entrar na porta de trás sendo acompanhado, em seguida, por Sesshoumaru que adentrou o banco do motorista - Você está tendo a chance de se despedir de seus familiares.

 

Mais alguns segundos, que desta vez pareceram eternidades, se passaram até os olhos da garota se arregalarem em espanto. Não!!! Não poderia ser.

 

- Isto quer dizer que eu... - ela não teve coragem de terminar.

- Sim. Você vai morrer, Rin. - Kikyou completou pela garota na sua frente.

 

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Dirigia enquanto o filho cantava uma música infantil qualquer, as vezes se enrolando em alguma palavra e outras esquecendo o que deveria vir a seguir tendo que começar tudo de novo. Estava passando a marcha do carro e pensando em algo que poderia levar para Rin, fazia algum tempo que se negava ir visitar a mulher em seu leito. Nos primeiros meses, depois de ela ter entrado em coma, Sesshoumaru passava horas e horas junto dela esperando que aqueles olhos achocolatados cheios de vida se abrissem e sorrisse para o homem, mas os dias se passaram, os livros que lia para ela tornaram-se tristes e no fim preferiu apenas utilizar o telefone celular para saber se havia melhoras ou não, por fim Sesshoumaru estava voltando a ser o frio e impassível Sesshoumaru de sempre.

 

A situação de Rin o forçou a voltar ao que era, contudo o simples fato de relembrar dela fez seu coração bombear o sangue mais forte numa única batida e depois em outra ... e em outra...

 

- Papai! - Hakudoushi esperou que os olhos dourados do pai o observassem pelo retrovisor para continuar - Aonde vamos?

- Comprar um presente para a mamãe. - Sesshoumaru respondeu simplesmente voltando sua atenção na estrada ao notar uma vaga para estacionar ali próximo.

- Nós vamos ver a mamãe? - ele não pôde conter a empolgação chegando a bater as palminhas das mãos quando viu o pai novamente confirmar.

 

Por um momento, apenas por um momento, naquela empolgação, naquele pequeno gesto, naquela forma de sorrir, ele vira o quão viva Rin estava dentro do filho e sem notar esboçou um meio sorriso que rápido fora substituído por sua expressão costumeira em seu rosto, contudo ficara marcado em seu coração.

 

Ambos saíram do carro, depois daquele Ano Novo, Sesshoumaru prestava atenção em dobro no filho que lhe segurava a mão e tentava acompanhar suas longas passadas. Estavam entretidos passando pelas lojas, ou pelo menos Hakudoushi estava, a idéia de levar um presente para sua mãe lhe deixava tão feliz que apontava para os ursinhos e flores que tinha certeza que Rin iria gostar.

 

A vendedora falava e gesticulava com Hakudoushi, enquanto lhe mostrava um grande cachorro branco de pelúcia com uma meia lua na testa, algo que fez os olhos da criança brilharem. Já Sesshoumaru estava no lado de fora da loja, deixando seu ombro recostado na vidraça, olhava ternamente o céu sem se importar com o que acontecia com o resto em sua volta, claro, que com exceção de seu filho. Algo, contudo, havia lhe chamado um pouco de atenção. Um homem trajando roupas simples e sujas andava calmamente sendo guiado pela "bengala" fina de alumínio, mas não era aquilo que havia lhe chamado a atenção e sim o modo como ele agia a cada pessoa que passava no seu lado.

 

- Esse é mal, esse é mal, esse é bom... - o homem ficava falando enquanto o acessório de metal ia de um lado a outro para saber aonde iria - ... essa é má, essa é má, esse é mal, essa é boa.

 

Sesshoumaru se perguntava o que diabos ele estava fazendo até o homem parar na sua frente, prender a respiração e levantar os olhos encobertos, até o momento, pela aba do boné, foi então que os orbes dourados notaram o quão brancos eram os do outro.

 

- Mal. Muito mal. - Sesshoumaru o ouviu dizer enquanto notava todo o corpo do homem tremer - Demônio, só pode. Ser maligno. - era neste instante que o homem cego começava a falar mais alto chamando a atenção de outras pessoas que por ali andavam.

 

Não acreditava naquilo, suas sobrancelhas não se arquearam mais, porque seria difícil conseguir isso.

 

- Você é um ser maligno que merece ser extinto desta Terra. - bradou o homem na sua frente levantando a mão num gesticular agressivo, algo totalmente ignorado por Sesshoumaru que lhe deu as costas para se afastar do homem - Qual o seu problema, demônio? Irá me atacar quando não houver pessoas envolta?

 

 

- Visualizar... concentrar e... - os olhos de Rin se abriram e seus lábios esboçaram um sorriso pelo ato concluído com sucesso - ... "pimba". Kikyou-sama estava certa sobre o teleporte.

 

Rin escutara o que a shinigami havia dito, inicialmente queria chorar, mas o espírito não possuía lágrimas para lhe escorrer, queria apertar a mão contra o peito para acalmar as batidas de um coração que no momento só o corpo no hospital tinha, a angústia lhe queimava, contudo era algo que não poderia mudar isto Kikyou havia lhe deixado bem claro.

 

"- Você pode não aceitar ir comigo, contudo vagará por esta Terra eternamente, as emoções lhe atingirão, você terá raiva e, por fim, tornar-se-a um espírito maligno. Estas são suas opções, Rin." - Kikyou concluiu observando atentamente as oscilações de energia que o espírito de Rin emanava e os decifrando.

 

Aceitando a própria morte, Rin decidiu aproveitar a última oportunidade que lhe haviam dado, Kikyou havia lhe passado algumas informações do que poderia e não poderia fazer e como poderia chegar até onde Sesshoumaru ou qualquer outra pessoa que quisesse se despedir estariam.

 

Olhou para Sesshoumaru e notou o quão nervoso estava, não pelo fato de ele se expressar, pois ele raramente fazia isto, mas pela forma de seu olhar, talvez nem isso fosse, afinal, ninguém nunca notara mudança em seus olhos, porém Rin sabia... quando estava feliz, quando estava triste, quando estava com raiva e naquele momento ele estava começando a ficar com raiva.

 

Kikyou havia lhe alertado de algumas coisas, sendo um espírito notaria, com mais clareza, alguns fatos não observados pelos humanos como algum espírito interferindo ações humanas que são dadas como inexplicáveis. Também ressaltou que veria e iria traduzir as emoções e sentimentos das pessoas através da energia que seus corpos exalavam - o que era uma verdade, pensou Rin, já que uma energia enegrecida começava a ser exalada do corpo de Sesshoumaru, o que ela encarou como a raiva fluindo. Foi só então que a mulher se aproximou de Sesshoumaru.

 

- Sesshoumaru, acalme-se, por favor. Não há necessidade de se exaltar. - ela disse próximo ao marido, mesmo sabendo que ninguém a ouviria, ou era isto que pensava.

 

Por mais que não acreditasse, Sesshoumaru relaxou seus músculos, seus orbes ofuscantes fecharam-se e o ouviu suspirar suavemente, quase imperceptivelmente, aquilo, Rin queria acreditar tanto nisso, o fez sentir mais calmo.

 

- Yin e Yang... - Rin ouviu o cego falar e quando se virou a ele notou que aqueles olhos impossibilitados de ver a observavam -... havia tempo que não via um espírito tão puro...

- ... - Sesshoumaru permaneceu em seu silêncio, tentando saber de quem o homem falava e porque estava olhando para algum ponto próximo de Sesshoumaru.

- Vo..cê me vê. - Rin concluiu espantada pela nova informação.

- São almas que se completam e trazem o equilíbrio em Terra e espírito. Enquanto houver fúria ela trará paz e aonde houver a covardia ele irá impor o respeito. - o homem nem ao menos conseguia desviar os olhos de Rin, como se a estivesse estudando - Perdoe-me o atrevimento, Sesshoumaru.

- Como você sabe meu nome? - Sesshoumaru não conteve pela primeira vez a curiosidade.

- Eu a ouvi falar. - o homem respondeu ainda sem ter tirado os olhos de Rin.

- ... - seus orbes dourados percorreram a multidão para ver se reconhecia alguém que pudesse tê-lo chamado, mas nada encontrou - Quem é ela?

 

Naquele momento Rin sabia que esta era sua chance para Sesshoumaru saber que estaria, em espírito, ali com eles.

 

- Rin. Meu nome é Rin, sou esposa dele. - ela falou de forma implorada para que o homem a ouvisse.

- A senhora sua esposa, Rin. Ela o acalmou e...

- Não ouse falar de minha mulher. - foi o que Sesshoumaru disse de forma ameaçadora, como aquele homem ousara tocar no nome de sua mulher?

- Acalme-se, Sesshy, por favor. - ela pediu olhando para Sesshoumaru.

- Ela o chamou de "Sesshy", senhor. - repetiu o homem, queria que Sesshoumaru acreditasse nele, muitas pessoas o chamavam de louco, mas não tinha culpa se via o verdadeiro "eu" de cada pessoa.

 

O homem de cabelos prateados silenciou-se por alguns instantes, só Rin e alguns poucos familiares sabiam que ela o chamava assim, afinal vez ou outra ela deixava o "apelido carinhoso" escapar perto dos parentes.

 

- De onde você à conhece? - perguntou Sesshoumaru se acalmando inconscientemente.

 

Muitas pessoas já estavam envolta observando a discussão dos homens e isto não agradava Sesshoumaru, então foi passando a mão entre os fios de cabelo que decidiu conversar em algum outro lugar. Hakudoushi já havia comprado o grande cachorro branco e depois disso o pai lhe deu algo de comer deixando a criança brincar no "playground" do restaurante, claro que as suas vistas.

 

- Diga-me.... de onde a conhece? - novamente Sesshoumaru perguntou ao homem.

- De agora pouco, senhor. - o homem suspirou, Sesshoumaru seria outro que não acreditaria - Sou capaz de ver e ouvir coisas que outros seres humanos não podem, senhor.

- ... - Sesshoumaru massageou as temporas, aquilo estava se tornando irracional. Sesshoumaru está irracional, pensou ele - Isto é...

- ... além da lógica, eu entendo, senhor. - completou o homem.

- A quanto tempo estou em coma? - perguntou Rin.

- Sua senhora pergunta a quanto tempo está em coma. - repetiu o homem.

- Quase um ano. - respondeu Sesshoumaru olhando abismado para o homem, afinal, nem o mais inexpressivo homem seria capaz de não demonstrar surpresa quando alguém falaria de sua mulher em seu leito.

- Senhor... - o homem levantou-se com um sorriso sincero -... as vezes existem coisas inexplicaveis que nos envolvem. Infelizmente nem sempre o ser humano é capaz de ter fé e acreditar. - ele teve uma pausa, notava que Sesshoumaru estava surpreso demais, o espírito de Rin o avisava de cada expressão que ele não poderia traduzir - Agradeço o almoço, senhor.

 

Aquilo tudo era loucura, era isto, Sesshoumaru estava ficando louco. Quando viu o homem se levantar apenas balançou a cabeça afirmando o que ele falava. Logo depois o homem simplesmente sumiu, sem nem ao menos deixar Sesshoumaru se recuperar para falar algo. Rin estava ali, ao lado de seu amado, imaginando o que ele deveria pensar sobre a atual situação de ambos.

 

Por mais supreso que estivesse não demorou muito para pagar o que haviam ingerido e chamar o filho para irem ao hospital.

 

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Entraram no hospital e Sesshoumaru caminhou, com o filho, pelos corredores daquele lugar. Por mais que houvesse agito, enfermeiros correndo, pessoas doentes reclamando, ali parecia tão silencioso, tão frio. O homem de orbes dourados parou frente à janela de vidro do quarto de Rin. Ele observou a mulher deitada, inerte, parecia sem vida, via os vários fios ligarem-na aos diversos aparelhos que bipavam medindo as batidas do coração. Involuntariamente ele tocou o vidro com a mão, observando o abdomên dela se mexer apenas por causa da máquina de oxigênio que a ajudava respirar, foi por isso que não evitou fechar a mão em punho fazendo as articulações de seus dedos estalarem fortemente.

 

Hakudoushi não havia esperado, quando viu o pai parado observando a mãe apenas entrou no quarto, levando o grande cachorro de pelúcia para a mãe, sentando-se na beirada da cama.

 

- Mamãe, Hakudoushi estava com saudade. - ele falou abraçando Rin, mas a mulher não deu resposta - Mamãe responde pro Hakudoushi, mamãe. - ele levantou a cabeça para olhar as palpebras fechadas da mãe, como se esperasse que abrisse os olhos e o abraçasse, a criança sentiu um frio na barriga e seus olhos encheram-se de lágrimas, queria que mamãe lhe desse aquele sorriso que sempre amou.

- Acalme-se, Hakudoushi. - Sesshoumaru entrou no quarto fechando a porta, observando o menino - Você sabe que mamãe precisa se recuperar para poder dar aquele abração né?!

- ... - o menino passava as costas da mão nos olhos para secar as lágrimas enquanto afirmava com a cabeça o que o pai havia dito.

- Porque não entrega seu presente a ela? Aposto que mesmo dormindo ela ficará muito feliz de ter lembrado dela. - Sesshoumaru sentou-se na poltrona ao lado do leito de sua amada, ainda não havia criado a coragem necessária para poder toca-la.

 

O pequeno menino pegou o grande pelúcia e pôs encima da cama, próximo dos pés da mãe.

 

- Papai e Hakudoushi compraram pra você, mamãe. - Hakudoushi disse sorrindo para a mãe inerte.

- Gostei tanto meu filho. - Rin disse, mas o corpo não havia obedecido, apenas seu espírito foi capaz de falar e observar cada reação dos dois homens mais importantes de sua vida - Eu queria tanto... - ela novamente sentiu aquela angústia no peito, não podia chorar, pois não tinha lágrimas, mas será que era daquele jeito que um espírito chorava, pois se era ela estava chorando muito -... eu queria tanto abraça-los.

 

Ela tinha certeza que seu marido estava mais distante, nem ao menos havia a beijado quando chegara, muito menos a tocara. Queria tanto poder estar com eles como sempre esteve, antes do acidente, queria tanto poder mandar a angústia embora e acordar para poder chorar pelo sofrimento que estão passando. E foi tentando encostar no filho que o aparelho que mede as batidas do coração bipou mais alto. Os olhos de Sesshoumaru se dirigiram para o aparelho, mas o que o fez se levantar da poltrona foram os olhos abertos de Rin que escorriam lágrimas.

 

- Rin... - Sesshoumaru a olhou, mas foi algo tão rápido que imediatamente os orbes achocolatados esconderam-se sob as pálpebras fazendo o aparelho voltar em seus normais bipes - Rin!!! Acorde. - agora ele sentiu o desespero, seu coração despertou tão fortemente que ele próprio não conseguia conter as aceleradas batidas.

- Mamãe. - Hakudoushi continuava com os lábios entreabertos, sua mãe acordara - Mamãe.

 

Sesshoumaru havia apertado o botão de emergência que havia próximo a Rin e quase que imediatamente um médico entrara junto a um grupo de enfermeiros.

 

- Rin abriu os olhos, Kouga. - Sesshoumaru falou sem tirar os olhos de Rin caso ela voltasse a dar algum sinal de que poderia acordar - A máquina de batimentos bipou mais alto. - a expressão dele estava inexpressiva como sempre, mas por dentro... por dentro queimava de esperança.

 

O médico leu o histórico de Rin, notando que nunca havia dado registros de que iria acordar, logo em seguida começou a fazer alguns exames, checou os batimentos, a pressão, as pupilas, mas nada.

 

- Sesshoumaru, infelizmente a reação que sua esposa teve foi apenas reflexo. Algumas vezes o organismo de pessoas em coma possuem reflexos, como mexer os dedos, os pés, abrir os olhos ou até mesmo falar uma palavra, contudo isso não é o suficiente para que o organismo saía do coma.

- Mas a mamãe chorou. - Hakudoushi se intrometeu segurando a mão de Rin fortemente contra o pequeno corpo.

- ... - Kouga procurou as palavras certas para não ferir a criança - Eu entendo, Haku. Sabe, muitas vezes estar presente da família ajuda o paciente, aos poucos, de se recuperar. Talvez estar aqui com vocês deu força a Rin para esse reflexo. Quem sabe futuramente ela não acor...

- Não dê falsas expectativas a ele, Kouga. - Sesshoumaru o cortou, agora olhava indiferentemente para a janela do quarto e depois para Kouga - Não crie esperanças de algo que não pode acontecer. - Sesshoumaru pegou as chaves do carro e voltou-se para Hakudoushi - Vamos, Hakudoushi. Está na hora de irmos.

- Mas papai...

- Agora.

 

Sem mais poder questionar, Hakudoushi deu um beijo na bochecha de Rin e seguiu o pai. Rin ainda estava ali, ou melhor, o espírito dela ainda estava ali. Olhava abismada para o lugar que Sesshoumaru estava a alguns segundos e depois para o próprio corpo, a mulher colocou a mão no peito, soluçando, uma grande tristeza havia lhe tomado e novamente seu corpo respondeu ao que sentia e novas lágrimas escorreram pelo rosto dela.

 

- Parece que você ainda está aí, não é mesmo, Rin? - perguntou Kouga ao corpo inerte da mulher. Os enfermeiros já haviam saído e só restara ele ali passando um lenço para secar as lágrimas da paciente - Não fique triste minha amiga, Sesshoumaru é muito cabeça dura, você soube no momento em que o conheceu, mas não desista. - o médico deu um sorriso triste e afagou os cabelos negros da mulher, saindo do quarto em seguida.

- Porque? - Rin se perguntou olhando o amigo, Kouga, sair pela porta do quarto.

- Seu corpo e sua alma estão diretamente ligados, quando sofrer fortes sentimentos próximo do corpo ele responderá. - Kikyou respondeu aparecendo do nada ao seu lado.

- Porque está aqui, Kikyou-sama? - perguntou Rin ainda tentando conter os soluços.

- Tive um outro trabalho aqui ao lado e como percebi suas dúvidas vim observar. - a ceifadora respondeu olhando Rin - Não chore, seu corpo sofre negativamente com isto.

- Vocês sempre dão essa chance de pessoas em coma se despedirem da família? - perguntou Rin tentando se acalmar respirando profundamente, mesmo que não necessitasse de oxigênio para respirar.

- Não. Você é um caso raro, o desejo puro de seu filho fez com que meu superiores lhe dessem a chance de se despedir.

- Então se ele pedisse...

- Não. Eles não lhe dariam a chance de viver. Seu destino se concluiu no momento em que decidiu salvar Hakudoushi.

- Quer dizer que eu não tinha escolhas.

- Claro que tinha escolhas. Poderia ter escolhido não salvar a criança. - Kikyou falou inclinando a cabeça para o lado como se isto fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Isso... - Rin balançou a cabeça pasma com a resposta da shinigami - ... é absurdo.

 

- - -

 

O som suave da campainha tocou, calmamente ela pôs o regador que segurava sobre a mesa, tirando as luvas e indo na direção da porta. Não deixou de abrir um grande sorriso quando viu o filho e o neto na porta.

 

- Sesshoumaru, meu querido, como estava com saudades. - a mulher abraçou o enteado dando-lhe um beijo na bochecha - Havia tempo que não aparecia por aqui.

- Desculpe-me pela ausência, Izayou. Infelizmente após o acidente... - e ele deu uma rápida pausa para conseguir pronunciar - ... de Rin, tive uma redução do tempo livre.

- Entendo meu querido. - ela olhou para baixo e viu a pequena criança com os olhos vermelhos e inchados segurando a mão do pai - O que houve meu pequeno? - ela perguntou agachando-se para ficar na altura do menino.

- A mamãe... a mamãe, não vai acordar. - ele começou a passar a mão nos olhos para evitar o choro, sabia como Sesshoumaru não gostava de birra.

- Hakudoushi. - Sesshoumaru falou em tom de alerta fazendo o menino respirar fundo a trancar o choro.

- Oras Sesshoumaru não faça isso com o menino. - Izayou falou pegando o menino no colo - Que tal tomar um sorvete com a vovó, Haku? - ela sorriu ao ver o menino sorrir mais e logo em seguida lançou um olhar interrogativo para Sesshoumaru.

- Na realidade, Izayou, gostaria de lhe pedir que ficasse com Hakudoushi por algumas horas. - foi o que o homem disse ao notar o olhar da mãe.

- Claro que fico, meu querido... - ela sorriu e deu as costas para o enteado, mas antes de ir para a cozinha parou por alguns instantes -... mas depois me explicará o que houve, okay?

- Pode deixar, Izayou. - Sesshoumaru concordou fechando a porta e saindo.

 

- - -

 

Já de calça moletom preta e regata que mostrava os seus músculos bem definidos ele adentrou o local observando os vários homens e mulheres treinando entre si. Largou as chaves encima da mesa principal e começou a caminhar para os tatames principais. Todos os lutadores simplesmente pararam o que faziam e observaram o homem de cabelos prateados andar calmamente, sabiam quem era.

 

- Sesshoumaru. O que faz aqui? - perguntaram a ele fazendo o homem voltar-se para quem lhe dirigiu a palavra.

- Descontar a raiva. - ele respondeu dando um meio sorriso.

 

-

-

-

... Continua...


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Notas finais do capítulo

Cá estou eu para entregar-lhes mais um Sesshy e Rin.
Um dia eu simplesmente tive essa idéia e pensei “É esse mesmo que eu escrevo”.
 
Sobre a história... terão poucos capítulos, no máximo 5, acredito.
Olhem a notícia boa... o capítulo 2 já está pronto e estou iniciando o terceiro.
Quando irei postar? Com todo o tormento de trabalho, estágio e faculdade tenho certa dificuldade de arranjar um momento para escrever, então... estarei postando uma vez ao mês, caso eu consiga adiantar muito os capítulos e dependendo da quantidade de reviewns *chantagista* postarei antes.
 
No mais espero mesmo que aproveitem esta história de um amor. E estarei esperando muitas opiniões, críticas e idéias do que posso ou não colocar nos próximos capítulos.
 
Espero que tenham aproveitado.
 
Beijão minna-san.



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