Eduardo Narrando

Estar indo para outro país no meio do ano, nova casa, nova escola, novos amigos, nova vida, é algo que eu pessoalmente não gosto, detesto na verdade, e o motivo disso estar acontecendo comigo? Estarei indo para o Brasil para morar com o meu tio José Ricardo. Minha mãe é uma viciada no trabalho dela e por falta de atenção a mesma decidiu me mandar para outro país.

Se estou com raiva? Para falar a verdade, não. O que estou sentindo é algo como tristeza... É como se eu fosse jogado de lado pela minha própria mãe, como se ela não gostasse de mim... Mas isso eu sinto desde que eu perdi meu pai, em um acidente de carro, eu tinha apenas seis anos e desde o acidente minha mãe se entope de trabalho e se esqueceu de mim.

Deixando essa parte de lado. No momento eu já estava na frente da minha nova casal, era enorme e elegante, dou um pequeno suspiro e começo a andar em direção da porta, toco a campainha e logo uma mulher de cabelos curto abre a porta.

-Pois não? –disse ela gentil

-Oi, eu sou Eduardo... –falei somente e vejo a mulher sorrindo

-Desculpa senhor Eduardo, eu sabia que viria mas não sabia que era você! –falou a mulher envergonhada

-Que isso, nunca nos vimos não é mesmo? E pode me chamar apenas de Duda? Me sinto um velho –digo rindo

-Claro Duda, meu nome é Valentina e eu sou a governanta dos Almeida Campos, é um prazer! Vamos, entre –disse dando passagem e logo entro na casal. Era bonita por dentro também, talvez não fosse tão ruim, pelo menos na parte da casa.

-É um prazer também Valentina! Hun, meu tio está por aqui? –perguntei notando a casa em completo silêncio

-O senhor José Ricardo está fora, trabalhando! Mas logo voltará –falou –Você quer que eu te mostre o seu quarto? –perguntou ela

-Sim, por favor! –disse e sorriu

-Vamos! –falou ela começando me guiar

***

Cristina Narrando

Droga! Mais um menino legal e bonito se vai e eu aqui. Isso é uma completa desgraça!

-Cris! Por favor, vamos conversar –pediu a garota entrando do quarto da amiga

-Nada disso Mili! Você é uma traíra –disse me enrolando nas cobertas

-Por favor, amiga, não fala isso...

-Amiga? Que amiga fica com o menino que a outra gosta hun? –perguntei irritada

-Mais foi ele quem me beijou, eu juro! –falou Mili meiga com sempre

-Você retribuiu do mesmo jeito! –disse olhando para ela, a mesma me olhou triste e sem saber o que falar, soltei um suspiro e revirei os olhos limpando as poucas lágrimas que caiam sobre minha face –Olha Mili, eu sei que o Mosca gosta de você e como sua amiga também sei que você gosta dele, pra falar a verdade qualquer um que os olhasse saberia que se amam, então não se preocupe com isso. Você sabe que eu me apaixono rapidamente por qualquer garoto bonito... –falei e cai para trás da cama

-Cris não fala assim, você vai encontrar a pessoa certa para você e não será de uma hora para outra, tem que entender isso, tudo bem? –perguntou ela sorrindo, retribui e me joguei em seus braços, Mili era uma grande amiga.

-Acho que você está certa! Agora vá falar com o Mosca –disse

-O que? Eu gosto do Mosca mas ainda respeito você!

-Para de bobagens Mili! Eu nem gosto do Mosca assim, como você

-Tem certeza? –perguntou

-Claro que sim sua boba! Vai lá –disse vendo ela saindo pela porta do quarto.

Não seria dessa vez mais, assim como a Mili disse, sei que vou encontrar o meu amor verdadeiro... Mas até lá! Droga!

Falarei um pouco de mim. Eu não conheci meus pais e moro em um orfanato, pode parecer algo triste mais não! Eu amo todos que moram aqui, meus amigos e as pessoas que trabalham aqui, claro que queria ter uma família de verdade mais eu estou bem assim.

***