Já de noite, Mal entrou no seu quarto e viu Evie se arrumando. Já Evie terminava de colocar um dos brincos.

— Onde vai? – Perguntou Mal.

— Chad quer falar comigo. – Diz Evie, olhando a amiga. Mal a olhou feio, a reprendendo por aceitar o convite de Chad. – Eu sei que não devia ter aceito, mas ele parecia tão sincero. Além de mais, é apenas uma conversa. Se ele fizer algo que eu não goste eu venho embora.

— Você que sabe, Evie. Mas, quando ele fizer o mesmo que no dia da família, não chore, tá?

Depois de alguns minutos, Evie saiu do seu quarto e foi até o jardim do colégio.

Ao chegar lá, ninguém estava. Estava um gelo ali. Os ventos corriam muito, muito rápido, como se quisessem avisar de algo. Evie viu luzes entre as árvores, na floresta na frente do colégio. Não pensou duas vezes e foi até lá. Um lago limpo que refletia a luz da lua. Isso encantava Evie. Os ventos sopraram mais forte, como se quisesse afastar algo.

Evie sentiu duas mãos nas suas costas, a empurrando. O lago era gelado. Era como milhares de facas entrando no seu corpo. Sentia sua respiração cortada. Evie não sabia nadar, muito menos estando paralisada de frio. Não dava para ver quem a avia empurrado. Estava ocupada demais tentando não morrer afogada.

Quando sua esperança acabou, Evie, apenas se deixou ir. Se deixou afundar. Seus olhos se fecharam devido a dor – como quando você vai para uma piscina cheia de cloro e deixa seus olhos abertos. Os pulmões de Evie estavam se esvaindo de ar, porém se enchendo de água. Tudo parecia estar perdido…

Até que uma mão a fez voltar a superfície. Era Jay.

Minutos mais cedo, Jay conversou com Mal, que lhe falou do encontro de Evie e Chad. Preocupado, Jay foi até o jardim. Os ventos, naquele momento, agitados, sopraram com tamanha forma que parecia um furacão. Para se proteger, Jay virou a cara. Não viu ninguém. Porém uma agitação na floresta lhe chamou sua atenção. Caminhou e viu o que ele mais temia: sua princesa em perigo. Não pensou duas vezes em mergulhar e ir buscar sua princesa.

Era estranho, pois quando Jay trouxe Evie a superfície, os ventos pararam. Pareciam, mais cedo, querer alertar de algum perigo e, naquele momento, eles pareciam ter se acalmado, pois já não existia perigo.

Isso era mentira. Pois, Evie ainda estava inconsciente. Seus pulmões ainda estavam repletos de água. Ela ainda não respirava, ou se mexia. Jay estava assustado e preocupado. Suas lágrimas caiam constantemente. Ele fez asneira no passado, e, provavelmente, não teria como reparar isso. Uma chance. Era isso que ele queria. E, agora, a garota, por quem ele era loucamente apaixonado, estava em seus braços. Talvez morta, talvez viva.

Jay resolveu gritar por ajudar. Ao olhar em volta, tentando ver alguém chegando para o ajudar, Jay viu um vulto passando entre as árvores, lá do outro lado do lago. Aliviado ao pensar ser ajuda, Jay o olhava. Porém, esse mesmo vulto foi embora, desaparecendo em as árvores.

Um grito soou alto e assustado, assustando Jay. Que olhou para o lado e viu Audrey correndo até eles.

— O que aconteceu?

— Ou não sei. Eu vim procurar ela e a viu se afogando. – Respondeu Jay, olhando Evie, ainda inconsciente, porém mais pálida que dantes.

Sem dizer nada, Jay pegou sua amada e a levou até a enfermaria. Audrey correu pelo colégio procurando Mal e Carlos. Quando chegou na frente do dormitório de Mal, Audrey tentou abrir a porta, mas a mesma estava trancada. Bateu à porta com enorme força, que mais parecia querer deitar a porta abaixo. Pouquíssimos segundos depois, Mal abriu a porta.

— O que você tá fazendo? – Perguntou Mal.

— Por quê sua porta estava trancada?

— Para pessoas como você não entrarem e me acordarem. Mas pelo jeito, não tá funcionado, pois aqui estou eu, falando com você e acordada.

— Não a tempo para isso, Mal. Evie tá na enfermaria. – Mal olhou para Audrey preocupada.

Audrey foi em busca de Carlos e o encontrou no corredor, falando com Lonnie. Ambos os três correram até a enfermaria. Quando chegaram viram Mal, Jay, Doug, Jane, Fada Madrinha, entre outros… A porta abriu e Chad entrou. Com raiva, Jay foi até ele e o encostou a parede com as mãos ameaçadoras em seu pescoço.

— Eu vou acabar com você. Porquê você fez isso a Evie? – Perguntou Jay. Jay via tudo vermelho. Sabia que a culpa era de Chad e estava disposto a fazer que fosse necessário para acabar com ele.

— Nada. Eu nã… não fi-fiz nada. – Disse, com gaguejando algumas palavras, devido a falta de ar.

— Jayden, solte ele. – Ordenou Fada Madrinha.

— Jay, ele não fez nada. Estávamos ele estava no nosso dormitório, me ajudando a passar de nível no videogame. – Falou Ben.

Jay soltou Chad, fazendo o mesmo cair na chão.

— Mas ele e Evie tinham um encontro. – Disse Mal.

— Ela me disse para desmarcar, pois ela estava cansada e tal. Ai eu não fui, obvio.

Talvez fosse Gaby. Isso estava constantemente passando pela cabeça de Jay. Será? Não… Talvez… Que razões teria ela para fazer algo assim com Evie? Quer dizer,… Sim, ela sabia do que Evie e Jay tiveram. Mas… Gaby não era o tipo de pessoa que faz uma vingança secreta. Gaby era o tipo de pessoa que quando se vinga é algo sério. Ela podia matar as pessoas, mas fazia questão que a última palavra pronunciada por essa pessoa fosse “Gabryella”.

Fada Madrinha convenceu todos a voltarem para os seus dormitórios, menos Jay, que saiu com todo o mundo, mas voltou assim que Fada Madrinha fora embora.

Evie tinha um monte de aparelhos a lingando a algumas maquinhas. Ela também tinha uma máscara que lhe permitia respirar.

Jay se aproximou da princesa, se sentou na cadeira do lado dela e tocou em sua mão, sentindo uma corrente elétrica. Sorriu. Era ótimo se sentir apaixonado. Ainda mais sabendo que a pessoa que ele era apaixonado também era apaixonada por ele.

— Princesa… Acorda, meu amor. Por favor… Eu preciso olhar os seus lindos olhos. Saber que ainda tenho uma oportunidade de corrigir tudo… Você é tudo para mim. – Disse, chorando. – Eu nunca te contei a verdadeira razão por eu ter me tornado uma pessoa… ah… boa. Bem,… essa razão é você. Ver você andando por aí feliz, ficando feliz com suas incríveis notas… Ou então apenas ver você. Isso bastava. Eu sei, sou um idiota e não mereço seu perdão. Apesar de ficar não aceitar ou não poder viver com isso, eu consigo sobreviver se você estiver bem. Se lembra quando a gente se conheceu? Eu me lembro perfeitamente de você me dizer que era uma princesa. Eu ri, dizendo que não era verdade, pois naquela ilha não existia realeza. Bom… Eu me enganei. Você é uma autêntica princesa. Por isso, eu te peço: deixar eu tentar reparar o que fiz e ser seu príncipe… Eu te amo, princesa. Mais que minha própria vida… – Falou.

Jay se levantou. Sem resistir, deu um selinho na sua princesa e andou até a porta.

— Jay… — A voz de Evie, soou um pouco fraca… Porém, ela acordou…