Uma nova vida escrita por Tess Smile


Capítulo 7
Capítulo 5 - Detenção e Perdida na cidade


Notas iniciais do capítulo

Hello seres humanos!!
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/654817/chapter/7

Capítulo 5 - Detenção e Perdida na cidade

Logo depois de sentar ao lado de Isa eu tive que me levantar de novo para pegar minha merenda. Peguei uma bandeja e coloquei o bolo de chocolate que estava distribuindo, depois peguei uma caixinha de suco de uva e fui em direção a mesa me sentar, mas algum ser patético colocou o pé na frente o que fez com que minha bandeja caísse no chão fazendo um barulho enorme. Quem tinha colocado o pé? Ninguém mais ninguém menos que: Caroline a ruiva azeda, todo mundo olhou na minha direção e ficaram cochichando.

– Toma mais cuidado da próxima vez Brianna. – Disse Caroline com um sorriso divertido no rosto, suas amiguinhas gêmeas riram.

– Eu tomo mais cuidado da próxima vez, mas acho que seu pé precisa de uma cirurgia já que ele é torto. – Eu disse e fui andando em direção a saída, mas antes deu sair aquela, vaca azeda puxou meu cabelo. Meu cabelo soltou do coque frouxo que eu havia feito de manhã e caiu ate minha cintura, eu me virei e puxei o dela também. Começamos a debater uma na outra e alguém com muita pouca sorte veio nos separar, eu sem querer dei um soco no rosto de quem segurou-me, que no caso era o Cameron e todos começaram a rir. A diretora apareceu na porta do refeitório e me olhou com desaprovação.

– As duas... – Começou a diretora apontando de mim para a Caroline – Venham comigo, até minha sala. – Eu assenti e a segui, senti uma dor no meu ombro e vi que aquela vaca me arranhou. Virei para trás e lá estava ela com um sorriso debochado no rosto. Entramos em uma sala onde as paredes eram beges, continha um estante de livros de capa dura no canto direito, uma mesa cheia de papeis no centro com uma poltrona atrás e um sofá de couro na frente, a diretora apontou pro sofá, o que indicava que era para nos nós sentarmos.

– Senhorita Smith, mais uma vez brigando? – A diretora perguntou e ela assentiu, depois olhou pra mim e balançou a cabeça – Brianna Clarckson, certo?

– Sim. – Eu disse em um tom baixo, que ela nem deve ter escutado.

– Podem, me dizer o motivo da briga de vocês? – Ela perguntou olhando de mim para Caroline, que mantinha um sorriso no rosto.

– Ela puxou meu cabelo. – Eu fui a mais rápida e falei, Caroline me olhou e depois respirou fundo e disse:

– Ela jogou bolo na minha blusa favorita! – Que vaca mentirosa, eu não mereço isso, não mesmo, quem começou foi ela.

– Isso é verdade Srta. Clarckson? – Perguntou a diretora me olhando.

– Não, se eu tivesse manchado ela estaria com a blusa manchada, mas ela não está! – Exclamei e a diretora olhou para Caroline que olhou para mim.

– Olha aqui eu posso ter trocado, ok? – Ela disse e nós começamos a bater boca uma com a outra, eu a chamei de vadia umas vinte vezes.

– CHEGA! – Gritou á diretora nos fazendo parar, eu olhei para ela e fiquei calada completamente. – As duas, detenção depois da aula. – Sério eu nem fiz nada. – Srta. Clarckson pode ir!

– E eu? – Caroline perguntou e a diretora olhou para mim que sai correndo de lá (primeiro dia de aula e vou parar na diretoria), Isa e Cam estavam lá me esperando. Cameron estava com um saco de gelo na bochecha e logo que me viu começou a rir... ??? ... Por que ele está rindo?

– Cara seu soco dói, até o seu é mais forte que o meu! – Ele disse e eu gargalhei. O sinal bateu e nos fomos em direção á sala de aula. Agora eu teria aula de História com Isa. Entramos na sala de aula e todos olharam para mim, não tinha lugar vago ao lado de Isa então fui obrigada a sentar perto do Mike e do amigo dele Justin. Fui até lá e sentei fechando a cara, Justin me olhou e depois sorriu eu dei de ombros e ignorei.

A professora de História que estava na faixa dos 85 anos entrou na sala (ele viveu a história, pensei que desta idade elas já se aposentavam), tinha os cabelos grisalhos e parece que os olhos dela eram castanhos.

– Bom dia alunos... – Ela cumprimentou e todo mundo falou “Bom dia” em unicórnio, menos eu que só fiquei entediada com a mão no queixo. – Hoje faremos uma atividade eu grupo de quatro, vamos ver aqui... – Ela disse a ultima parte mais pra si mesma, odeio atividade em grupos e odeio história. – A maioria dos alunos são os mesmos do ano passado, alguém sentiu minha falta?

– Aposto que não. – Sussurrei pra mim mesma, mas Mike que estava na minha frente ouviu e se virou para trás.

– Você nem a conhece, eu aposto que sua amiga CDF sentiu! – Exclamou ele e eu fiquei corada de raiva, ele pareceu perceber – Ta corada por quê? Vergonha de falar comigo? Quando você me mostrou o seu lindo dedo do meio lá o ginásio você não corou!

– Eu fico corada de raiva também, e se quiser eu mostro meu dedo do meio pra você de novo. – Eu disse e ele balançou a cabeça em desaprovação e se virou para frente

– Vamos ver os novatos... – Disse a professora olhando a chamada, lá vem. Espero muito que ela não seja daquelas que mandam você se apresentar lá na frente. – Harry, Joshua, Dayse, Alina, Pedro e Brianna levantem a mão queridos, quero os conhecer. – Ela disse e eu levantei minha mão o mais alto possível. – Ótimo! Os grupos serão divididos por mim.

– Espero que fiquemos juntos, sabe como você tem uma amiga CDF, você também deve ser inteligente! – Exclamou Mike se virando para mim, o mandei a língua e ele também me mandou. Garoto mais chato que esse não existe.

– Parem de mostrar a língua um para o outro, crianças. – Disse a professora ao nosso lado me assustando. Como essa mulher chegou ali tão rápido? – Percebi que vocês se gostam então vão ser do mesmo grupo.

– Como é que é? – Eu perguntei olhando de Mike para a professora. – Eu não gosto dele, eu conheço ele a tipo quatro horas? Eu não posso gostar de uma pessoa que eu não conheço. Não posso ficar com ele. Eu a joelho no chão te pedindo,“Por favor não”, seja piedosa. – Eu disse e Mike gargalhou, eu olhei pra ele que se virou para frente.

– Vou abrir uma brecha só porque você é aluna nova. – Gloria Deus! – Com quem você quer fazer um grupo?

– Isa, aquela ali... – Eu disse apontando para a Isa que sorriu pra mim.

– Tudo bem, vocês poderão escolher com quem sentarão, mas só é permitido quatro em cada grupo, passarei o tema do trabalho no quadro e vocês farão em casa para me entregar semana que vem. – A professora disse indo escrever o tema no quadro.

–Parabéns! Agora você é a favorita dela. – Disse Mike se virando para trás e me encarando.

– Se depender das minhas notas em história ela vai sair correndo! – Eu disse e o encarei que mantinha um sorriso sarcástico no rosto. – O que?

– Nada, não posso te olhar mais? – Não, não pode eu sou de ouro e só quem pode me encarar é meu espelho (eu sei, sou estranha). – A Caroline te bateu muito?

– Oi? Bateu muito? Pergunta pra ela se ela apanhou muito que a resposta vai ser sim! – Eu disse e ele gargalhou chamando a atenção de Justin que está do lado do Mike.

– Já viraram amigos? – Perguntou Justin sorrindo.

– Vamos ser amigos só se nos irmos, juntos pro inferno quando moremos. Mas até lá eu o trato como um simples colega de classe. – Eu disse e Justin sorriu mostrando os dentes, se eu fosse de, me apaixonar fácil aquele sorriso bastaria para meu coração bater forte.

– Eu sou um santo que quando morrer vai pro céu, então pelo visto não vamos ser amigos nunca! – Ele exclamou e eu sorri e disse:

– Isso vai ser ótimo! – Eu disse e ele virou para frente, Justin também virou depois de sorrir.

*

O resto das aulas, passaram na maior lerdeza da terra e Mike ficou se virando para trás em quase todas elas, acredita que nós temos mais de dez aulas juntos? Se a sua resposta foi não parabéns eu também não acredito! Agora minha primeira detenção iria começar, eu ainda não fazia nenhuma aula optativa então á diretora me fez vir pra detenção assim que acabasse as aulas. Entrei na sala que eu ficaria por 50 longos minutos, e para meu dia ficar pior o Mike está lá também sentado em uma cadeira de cabeça baixa, tentei sentar em uma das carteiras sem fazer barulho, mas foi em vão, ele escutou levantou a cabeça e me viu, me encarou por longos segundos e depois abaixou a cabeça novamente (Gloria Deus) o professor de matemática entrou e sentou-se mesa sem nem olhar para a gente. Tinha uma garota do meu lado mascando uma porcaria de chiclete que fazia um barulho da peste, pra piorar ela fez uma bola com o chiclete que estouro na cara dela, mas eu me deixei soltar uma gargalhada e todos olharam para mim eu corei na hora.

A garota está tirando o chiclete da cara dela, tipo á dois minutos. Finalmente ela conseguiu tirar e o ruim da história era que ela colocou outra na boca, meu Deus, minha primeira detenção está sendo a pior da minha vida.

– Quer um? – Perguntou a garota ao lado com um chiclete na mão, já estou incomodada com o barulho que ela faz imagina com o que eu vou fazer.

– Não, obrigada! – Eu disse e ela sorriu.

– Eu quero! – Disse que Mike que estava do lado direito dela, ela se virou e o entregou. Mas demorou tanto pra ele abrir aquele embrulho que deu vontade de ir lá e abrir pra ele, mas finalmente ele conseguiu. Ele enfiou o chiclete na boca tão brutalmente que me deu dó do chiclete (eu sei que o chiclete não tem vida).

– Professor? – Chamei-o que tirou o livro do seu rosto e olhou para mim.

– O que você quer? – Ele perguntou estressado, imagino que esteja mesmo, quem quer ficar depois do horário de trabalho aplicando detenção para adolescentes desgovernados (não que eu seja uma).

– Pode celular na sala? – Perguntei e ele me olhou desconfiado. – Só uma pergunta, professor!

– Não, não pode. Se, querem passar o tempo peguem um livro na estante! – Ele disse e voltou á atenção para seu livro. Eu levantei e fui até a estante e peguei um livro infantil, por que aqui tem livros infantis? Eu voltei pro meu lugar e a garota ao me lado me encarou e depois perguntou:

– Quantos anos você tem? Sete? – Eu sorri pra ela e depois ignorei. O livro era apenas de imagens (:P) coloquei o livro na mesa e abaixei a cabeça, só me restava dormir, mas nem isso eu poderia fazer já que o garoto atrás de mim começou a batucar na minha cadeira eu olhei pra trás e lhe lancei um olhar furioso, ele ignorou e continuou.

– Dá pra parar? – Perguntei e ele não disse nada, é melhor ele não ser surdo porque se não, vai ser um problema – Garoto para de bater na minha cadeira! – Ele continuou. Mas que saco só me resta fazer uma coisa – PARA DE BATER ESSA BOSTA DE PÉ NA MINHA CADEIRA! – Gritar. Ele parou e todos me olharam e depois começaram a rir o professor abaixou o livro e me olhou.

– Por que a gritaria? – Ele perguntou e o Mike levantou a mão. – Sr. Hamilton?

– É porque a Brianna esqueceu, de tomar os calmantes dela hoje! – Como ele sabe que eu bebo calmantes?

– Eu não bebo calmantes, ou talvez sim. – Comecei e fiquei pensativa, percebi que todos estavam olhando para mim. – A gritaria é porque o garoto atrás de mim estava batendo o pé na minha cadeira.

– Não precisava ter gritado com ele! – Exclamou o professor. Nós podemos nos matar aqui e ele nem liga.

– Eu pedi na maior calma e ele não parou só me restou gritar. – O professor bufou e voltou a ler seu livro, aposto que ele leu a mesma página umas quinhentas vezes só pra não ter que olhar pra nossa cara. – Não entendo esse cara. – Falei me virando para a garota do meu lado, ela me olhou e depois assentiu.

–Nem eu, ele é meio estranho desde que a namorada dele terminou com ele ano passado, deve ser revolta! – Ela falou e eu ri.

– Qual seu nome? – Eu perguntei, precisava saber o nome dela.

– Sierra Walker, eu já sei o seu então não precisa falar... – O nome dela é bonito, na verdade é o nome que meu pai queria colocar em mim, mas minha mãe não deixou. O que é bom. – Brianna Clarckson a garota que brigou com Caroline Smith. – Ela disse e eu arqueei as sobrancelhas. – O que? Todo mundo da escola esta sabendo e eu sou uma delas.

– Todos me conhecem por eu ter brigado com a ruiva azeda?- Perguntei e ela assentiu e perguntou:

–De onde você tirou esse apelido: ruiva azeda? Do tumulo do seu avô? – A que bobona meu avô ainda está vivo, parei.

– Meu avô ainda está vivo, e ruiva azeda é um ótimo apelido pra ela! – Eu disse e ela balançou a cabeça em negação e se virou para frente. Espiei o meu celular para ver as horas, faltavam sete minutos para a detenção acabar, gloria Deus. O garoto atrás de mim começou a batucar de novo só que desta vez na mesa dele, eu me virei e olhei pra ele que parou na hora, sorri e me virei. Fiz um coque frouxo no meu cabelo que estava solto desde á hora da briga com Caroline e deitei minha cabeça na mesa. Comecei a contar até cem, já que não tinha nada melhor pra fazer. Quando chegou no noventa e nove o professor falou:

– Podem ir embora, á detenção já acabou. – Faltava só um numero... Argh... Me, levantei e fui na em direção á porta. Fui até a saída da escola e gritei de braços pra cima:

– FINALMENTE LIVRES! – Sierra e Mike me olharam e começaram a rir. Ficar presa quase doze horas em uma escola não é pra qualquer um não. Eu teria que ir pra casa a pé, mamãe disse que me daria um carro e até agora não deu eu já tenho até carteira. Quase no meio do caminho, resolvo ir no hospital onde mamãe trabalha. Mas o ruim é que a Isa me mostrou tudo menos o hospital o que me resta é procurar.

*

Procurar é a pior coisa do mundo, será que eu tenho que pegar um ônibus? Agora já era eu estou completamente perdida. Continuei andando e sem querer entrei em um beco escuro que fedia bosta de cachorro.

– Veio fumar como os viciados, Brianna? – Uma voz falou e quando eu viro pra trás vejo Mike sorrindo debochado. Tantas pessoas para aparecer e tinha que ser logo ele.

– Com certeza! Nunca é tarde para experimentar Mike. – Eu disse e ele gargalhou, já disse que odeio esse garoto? Ele se acha só porque é o mais popular na escola, eu também sou popular em jogos virtuais e não fico me achando.

– Você está perdida. Está estampado na sua cara! – Ele disse e eu fiquei pensando por um tempo se contava estava ou não perdida...

– É claro que eu não estou perdida, eu estou conhecendo todos os becos para me esconder caso a policia venha atrás de mim algum dia. – Brianna mais que desculpa mais tosca. Mike me olhou e depois foi indo em embora. Eu não podia deixar meu único meio de ir embora dali ir, então corri até ele e falei:

– É, eu estou perdida. – Ele se virou pra mim e sorriu sarcástico.

– Você queria ir pra onde? – Ele perguntou e eu respondi:

–Pro hospital onde minha mãe trabalha, mas ai depois de um tempo eu meio que, sei lá, tem que pegar um ônibus né? – Ele sorriu e assentiu. Eu sabia que tinha que pegar, mas não sabia qual, que vida complicada.

– Já esta tarde, você quer mesmo ir, no hospital ainda? – Na rua ele é legal na escola ele é um bruto, pessoas são estranhas, muito estranhas.

– Acho melhor não! Então eu vou pra minha casa. – Eu disse e ele assentiu. Espera, onde é minha casa? Ai meu Deus. Olhei pros lados pra tentar descobrir de onde eu vim, mas nada, Mike percebeu minha cara de duvida e perguntou:

– Ao menos sabe de onde você veio? – Neguei com a cabeça. – Meu Deus você mora aqui á quanto tempo?

– Uma semana. – Eu disse e ele rio debochado. – Não da pra conhecer tudo em uma semana!

– Dá sim. Você que tem o cérebro pequeno demais. – Ele disse e eu dei-lhe um tapa no ombro. – Se você me bater de novo, vou te deixar aqui no meio da rua.

– Você não faria isso! – Eu disse e ele arqueou as sobrancelhas.

– Eu faria sim. Primeiro eu te conheço apenas a doze horas, segundo eu não ligo pra você, terceiro você me bateu. – Ele disse e faltei dar um tapa na cara dele.

– Espera, você está com outra roupa. Não era com essa que você estava na detenção. – Eu disse me lembrando.

– Talvez eu já tenha ido, na minha casa e trocado de roupa e talvez eu tenha saído pra passear depois disso também. Isso tudo enquanto você estava perdida, procurando um hospital. E antes de eu encontrar você perdida aqui eu estava indo embora. – Ele disse e eu analisei, é isso mesmo eu fiquei minutos, horas procurando um hospital no lugar errado enquanto ele já tinha feito um monte de coisas.

– Faz sentido! – Eu disse e ele revirou os olhos.

– É, faz muito sentido. – Ele disse e depois riu da minha expressão de chocada. – Vem vou te levar pra sua casa.

– Você nem sabe onde é minha casa! – Eu disse e ele me olhou por um tempo, e disse:

– Nem você sabe! -Isso era verdade. Fazer o que, só me resta segui-lo.

– Então vamos lá! –Disse e ele me olhou com as sobrancelhas arqueadas. Fomos andando por ai sem saber por onde ir, de repente ele para e eu continuo andando, eu paro também um pouco afastada dele olho pra trás e ele está parado olhando pra mim.

– Por acaso você mora perto da casa da Isabella? – Ele pergunta e eu assinto. Ele bate a mão na testa. – E por que não me disse antes?

– Porque você não perguntou, oras. – Eu respondi e ele revirou os olhos. – Vamos logo eu estou ficando com fome e frio.

– Deuses, eu nem deveria estar te ajudando. Eu poderia estar no meu quarto agora debaixo da minha coberta, mas não eu estou aqui ajudando uma garota que eu mal conheço. Você está me devendo uma! – Ele disse e eu assenti. Continuamos a andar e finalmente chegamos na minha linda casa, assim que estávamos no meu gramado eu ajoelhei no chão e gritei:

– GRAÇAS A DEUS! – Mike me olhou e fez uma expressão de “Que garota louca”. – Eu não sou doida! Só pra deixar bem claro.

– Claro que não! Agora eu tenho que ir, e só pra lembrar você está me devendo uma! – Ele disse e foi embora sem me deixar falar nada. Garotos. Entrei em casa e mamãe estava sentada no sofá comendo pipoca e vendo um filme de terror. Ela nem pareceu ligar que sua filha mais nova não estava aqui, minha mãe nunca foi normal. Fui até o sofá e sentei ao seu lado roubando um pouco de pipoca.

– Há, oi filha, onde você estava? – Ela perguntou sem tirar a atenção do filme.

– Usando drogas. –Eu disse pra debochar da cara dela já que ela nem estava prestando atenção em mim.

– Foi divertido? – Isso é a prova de que ela não estava prestando atenção em mim! Eu gargalhei baixo e subi as escadas quando eu estava no ultimo degrau minha mãe gritou:

– VOCÊ DISSE USANDO DROGAS? – Meu Deus o filme deve ter entrado em intervalo. Ela apareceu na ponta da escada furiosa.

– Relaxa mãe eu estava brincando! Está muito alterada, por que não vai dormir? – Eu perguntei e mamãe me fuzilou com os olhos. – Já estou indo tomar banho. –Eu disse e ela voltou pra sala. Fui para me quarto e separei meu pijama, entrei no banheiro e tomei meu banho. Sai coloquei minhas peças intimas e meu pijama. Eu precisava me alimentar, o almoço na escola depois da aula de matemática não irá me sustentar pra sempre. Eu já disse que sou boa em todas as matérias de menos em história e biologia? Se não eu digo agora. Desci as escadas contando os degraus e fui para a cozinha. Abri a geladeira e tinha uma macarronada velha, o que me resta é come-la, já que minha mãe não liga se sua filha está ou não de barriga vazia. Peguei um prato e coloquei a macarronada a esquentei no, microondas e comecei a comer, até que não estava ruim.

Quando terminei subi as escadas e lembrei que eu tinha que falar com Callie, eu não falei com ela desde a mudança, ela vai me matar, fui até minha escrivaninha e liguei o notebook que ficava encima da mesma. Chamei Callie pelo Skype e sorte a minha que ela esta online, ela não me deixou falar nada e começou:

–Por que você não me chamou antes? Por acaso esqueceu que tem uma amiga agora? Quem é a garota que me substituiu? Eu vou pegar ela na porrada! Como você está? É melhor estar bem.

– Eu estou ótima Callie e ninguém te substituiu. Não tem como substituir uma amiga de dez anos. E eu não esqueci, de você, é que bom a Isa me levou a semana em inteira para conhecer a cidade.

– O nome da garota é Isa. Deixa eu ir ai pra ela ver, roubando minha amiga de mim. Isa é apelido?

– É, por quê?

– Você nunca arranjou um apelido pra mim! :(

– Deve ser porque seu nome é Callie, e a não ser que você queira que eu te chame de Cal fica quieta. O nome da Isa é Isabella!

– Isabella do que?

– Pra que você quer saber Cal?

– Não me chama de Cal. E eu só quero saber.

– Você vai subornar a garota no Skype, não vou dar o sobrenome dela.

– Não vou não :P

– Vai sim! :D

– Fala logo! Eu quero adicionar nossa nova amiga no Skype!

– Ela vai se assustar com você e fugir. :)

– Ta me chamando de louca?

– Magina!

– Sei...

– Eu tenho que ir dormir, bye bye! ♥

– Não vá! Já escolheu suas aulas optativas?

– Ainda não.

– Escolhe teatro e torcida!

– Nem morta eu vou ser uma cheerleader!

– Por que não?

– Porque não. Acredita que eu briguei com uma garota hoje?

– NÃO ACREDITO! Você bateu em uma garota? Isso é demais, tenho tanto orgulho de você, batendo em vacas chatas e...

Antes que ela pudesse terminar eu desliguei. Ficar ouvindo a Callie falar de como é importante bater em uma garota, não é meu forte. Fui até o banheiro e escovei meus dentes. Sai e pulei na cama, fechando os olhos e apagando o abajur. Adormeci lembrando, do meu dia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Fiz esse capítulo agora de noite, então se tiver erros é culpa dos meus olhos, eu acordei cedo demais hoje.
Espero que tenham gostado



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma nova vida" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.