Puppet – Capítulo 3 – Ice cream and Cookies

Estava sentada num banco da praça, com Happy no colo, fazendo carinho em sua cabeça, quando noto uma sombra se aproximando.

—Olha se não é a Luce, a Srta. ”Não acordo cedo e quase perco o ônibus.” – sorriu o rosado de hoje de manhã pra mim. – Parece que a vida quer nos juntar não é?

—Olá Natsu, o que faz aqui? – ignorei totalmente seu comentário, e respondi com uma cara fechada.

—Essa bola de pelos, azul, na sua barriga, pertence á mim.

AUTORA POV

Ela ficou sem reação, imaginou um dono preocupado, cuidadoso, e gentil, afinal pela tonalidade de preocupação no telefone, parecia uma pessoa completamente diferente de  Natsu Dragneel.

Mas só por não gostar do dono do gato, não ia ficar com ele pra sempre, se levantou, acariciou Happy, que miou em resposta e o entregou ao rosado, que deu um sorriso safado.

—O que quer como pagamento?- sorriu safado em direção os peitos da loira.

A mesma ficou sem reação. Natsu Dragneel, continuava sendo Natsu Dragneel, mesmo ocupando, também o cargo de “dono preocupado”.

Após uns segundos encarando o rosado incrédula, virou a cara e foi seguindo em direção á parada de ônibus.

—Apenas pegue seu gato e vá embora, seu idiota.

O mesmo bufou, e acompanhou a loira.

—Pare de me seguir... –virou e viu um rosado desocupado andando atrás de si.

—Não estou te seguindo. Pego o mesmo ônibus que você, esqueceu?

Então a loira se lembrou da manhã, realmente, ele descia na mesma parada que ela. A mesma apenas se virou e seguiu em frente.

Mais uma vez, com o rosado em seu pé.

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LUCY POV ON

Atrasada, de novo!

Nada como acordar com seu cachorro lambendo sua cara em plena sete e meia da manhã.

Corri pro chuveiro, me enxaguando rapidamente e saindo do mesmo.

Coloquei uma calça, uma camisa solta preta, peguei minha mochila e calcei o tênis com uma fatia de pizza de dois dias atrás na boca e desci.

—Bom Dia! – gritei pra o porteiro Macao, enquanto passava correndo pelo saguão.

—Bom Dia senhorita Lucy, pode me dizer o porquê da pressa?

—Atrasada, segunda vez na semana!- disse pegando meu caderno que havia caído no chão.

—Ah, senhorita...

—Depois eu falo Macao! Tenho que correr! – disse, saindo do prédio. Acho que ele queria pedir as aulas de reforço do Romeo de novo, vou ver meu tempo.

Chegando a parada da faculdade desci correndo em direção ao portão principal e estava... fechado...

Chequei a hora pra ver se não tinha cochilado no ônibus e rodado a cidade – já aconteceu, não desejo pra ninguém – eram apenas 8:30 de sábado, por quê estaria...

Sábado...

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NATSU POV ON

Eu estava correndo pelos arredores da praça do lado da faculdade, cansado, essa era uma boa definição.

Eu havia saído pra beber ontem e acordei com a Lis do meu lado de novo, deixei ela por lá e vim correr.

Estava apenas caminhando pela falta de ar, quando olho pra porta da faculdade e vejo um vulto loiro pulando esbaforidamente em direção ao portão da Fairy Tail.

Tiro os meus fones e vou caminhando até ela, que não estava com uma cara nada amigável.

—O que foi loira?- grito me aproximando.

Ela se vira e eu percebo marcas de travesseiro no seu rosto e comida sendo mastigada na sua boca.

Depois de engolir ela me encara incrédula e fala:

—Hoje é sábado...

Começo a rir da confusão da menina, pra logo levar um tapa e ouvir resmungos.

—Calma Luigi... – pus minha mão na frente do corpo pra evitar mais um hematoma.

—É LUCY!!- ela reclamou –E com licença, eu tenho que voltar pra casa, ela se virou e sentou no banco da parada.

—Ok... –Me sentei do lado dela recebendo um olhar assustador, eu tremi mas tentei continuar firme. –O quê? Eu vou pra casa também sabia?

Ela virou a cara e ficou esperando o ônibus chegar, meia hora, uma hora, duas, foi quando ela levantou e encarou incrédula o celular que mexia a uns minutos.

—Como assim teve um incêndio no terminal? –Gritou, com raiva, pra todos da parada ouvirem.

—Calma loira, nem é tão longe, a gente vai andando.

—Meu nome é Lucy, L-U-C-Y, Lucy! E eu não sei você mas está um calor miserável pra ir andando até o fim do mundo debaixo desse sol. –Apontou pra cima.

Eu ri e olhei pro outro lado da rua.

—Problema resolvido.

Puxei sua mão e fomos até uma sorveteria do lado da banca.

—Como assim Dragneel? Acha que eu vou tomar um sorvete com você do nada?

—Qual é Lucy, é um sorvete... – Mostrei o meu recém chegado bebê pra ela.

—Só um sorvete... –Se aproximou lentamente do balcão e me encarou. – Eu pago.

—Eu tenho cara de quem deixa mulher pagar as coisas quando saem comigo? Eu pago. –Digo retirando minha carteira do bolso.

No fim de muita luta, ela deixou eu pagar, e fomos caminhando pra casa com os sorvetes em mãos.

Eu acho que ela não é tão nerd e irritante assim.

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LUCY POV ON

Depois de voltar andando pra casa com o Natsu e com um sorvete de frutas vermelhas forçado nas mãos, eu finalmente pude subir.

Quando passei por Macao, ele começou a rir, e a única coisa que pude fazer foi rir com ele.

Mal subo, quando escuto o telefone tocar.

“Alô?”

“Oi Lucy! É a Levy!”

“Oi!! Por quê ta me ligando essa hora?”-olho pro relógio pra confirmar, onze da manhã de um sábado, a Levy devia estar dormindo.

“Eu tenho que ficar de babá da minha prima...”- Diz um tanto decepcionada.- “Mas enfim, eu liguei porquê meu primo,sabe o Jellal, vai fazer uma festa hoje,e ele me chamou, então eu quis chamar você...”

Ela diz esperançosa atrás da linha, pena que não suporto festas.

“Levy...”

“Qual é Lucy! Vai ser legal!”

“Seu primo, festa, madrugada? Não, não vai ser nada legal.”

“Só hoje!! Por favor! Não quero ficar sambando sozinha pela festa sem conhecer ninguém!”

“Mas você conhece o Gajeel...” – rio com o pensamento deles dois em um cômodo por mais de dez minutos.

“Nem fale na besta fera pegadora, é a segunda de hoje...” –Diz e faz um pouco de silêncio pra que eu escute o desagradável barulho vindo do fundo.

Penso um pouco... o que eu não faço pela minha anã...

“Okay, eu vou...”

“ISSO!!” – comemorou atrás da linha.

“Okay, agora me deixa ir ao menos dormir, pra eu sobreviver a hoje...”

“Espero ver a Ashley por aqui”- riu falando de mim quando estou bêbada.

“Reze pra não acontecer”

Me despedi de Levy e me atirei na cama, com a roupa que estava mesmo, me agarrei em Plue e dormi feito um anjo, não esperando a noite conturbada que íamos ter hoje.

“Há muito tempo atrás, talvez ontem em outra vida, uma pequena menina, jazia em seu berço com sua mãe ao seu lado.

A casa silenciosa, fazia os pingos de chuva parecerem batidas, até que se tornaram.

A mãe se levantou devagar para olhar quem se encontrava em frente a sua humilde casa.

Quando viu a imagem, já descoberta de sua penumbra, a mulher soltou um fino grito, acordando o doce bebê, que talvez nunca mais, poderia dormir com tal tranqüilidade desde aquele dia em diante.”